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de cabeça pra baixo…

láááá atrás, quando foram anunciadas as atrações do RiR2019, pensei com meus botões:

– PQP, não tem UM nome que me faça ter vontade de ir ao arraiá do medina!

mas como os paralamas estavam no pacote, engoli seco, pensei em nossa amizade, em nosso trabalho, blábláblá… mas sério, passou forte o pensamento de abortar a missão diante da inédita insalubridade desse ano… mamãe!

adiante, o arraiá informou a visita mais inesperada/surpreendente/inusitada/inoxidável de todos os tempos: KING CRIMSON… hein? como assim, bial?

só me restou torcer muuuuuuito para coincidir com o dia dos paralamas e… BINGO!

e tudo ficou ainda mais amarrado com os paralamas abrindo o palco mundo às 18h e o KC fechando o sunset às 21:15… perfeito!

os relatos do show de SP infomaram uma duração de quase três horas (o setlist está ali embaixo)… claro, o palco sunset não comportaria todo esse tempo… portanto, MEGA risco do rio de janeiro ver fatiada a primeira vez de fripp & seus bluecaps na cidade maravilhosa.

mas pensei eu – de novo – com meus botões: não é possivel que a banda e a produção do arraiá não pensem em algo fora dos padrões para essa estréia carioca. que o king crimson se apresente pelo menos por duas horas. que empurrem adiante o lixo que virá a seguir no palco mundo. que tirem meia hora de cada uma das buchas para o KC ter o mínimo de tempo necessário para fluir decentemente… até porque as referidas inutilidades não estariam aqui se não fosse o KC… simples assim.

até que às 21:15… começa uma das maiores grosserias sônicas que já passaram pelo brasil. isso, não me refiro ao rock in rio apenas… que já passaram por todos os palcos, de todas as cidades, de todas as galáxias brasileiras… PQP!

não vi o movimento da rapeize na platéia mas ouvi a empolgação a cada massacre ejaculado do palco tomado pela máquina de sons mais mortífera on earth.

áudio perfeito, cenário simples total, zereta de telões, três bateristas, tony levin esmigalhando os graves, mel collins, frippa… e Música para residir até o apocalipse final em nossas lembranças… J I S U S

até que, prestes a completar a primeira hora, a banda ataca de “21st century schizoid man”, há séculos a saideira do KC… pensei eu – de novo – com meus botões: “mamãe, essa porra vai acabar com uma hora de duração. não é possível que a produção do arraiá e banda não tenham se revirado para arrumar, pelo menos, mais meia hora”

“21st century schizoid man” cravou a fogo um dos três momentos mais cabeleira alta em todos os tempos do rock in rio junto com “cortez the killer” (neil young, em 2001)… o terceiro você escolhe!

mas o fato é que – como era previsto – a música fechou a apresentação do KC… uma hora apenas para quem estava esperando por eles desde 1969 mais todos os outros fissurados que atravessaram os séculos para testemunhar algo tão descaralhante.

claro que essa hora estará forévis em outra dimensão, uma outra experiência, numa gaveta muuuuito incomum de nossas vidinhas… algo para ser lembrado forévis do jeitinho da foto que abre essa lorota.

pra fechar, a confirmação habitual da estrutura montada pelo arraiá do medina. é surpreendente conferir no brasil de hoje (e de sempre) a qualidade imposta por eles em todos os detalhes. sinistróide.

seria muito bom se eles passassem um pouquinho desse “saber fazer” para a curadoria musical do arraiá… simplesmente, para satisfazer um público que para eles não existe.

que a vinda do king crimson traga (também) inspiração ao arraiá…

não é mesmo, meu campeão?

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prof raul mandou pra gente (ou king crimson/parte2)…

Assunto: KC

“Boa noite MauVal (ou já é bom dia?)

Que show! Fripp e Cia entregaram o que prometeram. Um espetáculo onde a música é o principal, sem projeções de imagens ou vídeos, sem mudança na iluminação (exceto no minuto final de Starless), sem pirotecnia. Música, música, música… E que músicas! Que leituras dos seus clássicos. O KC não é uma banda cover dela própria.

Esqueça todos os medos. O King Crimson vai sair ovacionado. Essa formação com três bateristas é PERFEITA para o Arraial do Medina. Os caras têm uma sinergia incrível. Aliás, a banda toda.

Um setlist enxuto, como exige a apresentação no palco Sunset, é que vai ser difícil elaborar para satisfazer os fãs que esperaram tanto e não puderam estar neste show de Sampa.

Até domingo, Fripp

Um abraço,”

Raul

P.S. Eu só chorei uma (ou duas vezes).

 

 

king crimson, intervalo em SP, e aTRIPA desorientada…

aTRIPA desgovernada (sempre) no espaço das américas no primeiro show do king crimson em solo brasileiro… 50 aninhos de espera.

o cartão de visita no estabelecimento é este…

captou o toque?

alguns snipers, cirurgicamente amoitados, jogam um laser mortal sobre o “desavisado” que tenta registrar o espetáculo… sinistróide.

certamente, essa ação terrorista será implantada aqui, domingo… e imagino que, com a platéia em pé (e embolada) do palco sunset, os snipers trabalharão loucamente… cenas lamentáveis à vista.

no instante em que as msgs d’aTRIPA estão chegando (prof raul, valdeco & seus bluecaps, lirinha, maria eduarda & sister, roberto “gavião” e outros tantos), rola um intervalo de…

no total, eles dizem, o show deverá ter papo de duas horas e meia.

há relatos de momentos inéditos aos olhos d’aTRIPA como por exemplo, um cidadão que se deitou no chão e começou a espernear de alegria… acredite!

dizem também que há doses industriais de caramelo sendo consumidas como se não houvesse amanhã… CHEERS!

parece que teremos mais lorotinhas… adiante!

o abração no adelzon, ontem, no teatro rival (rj)…

noca da portela mostra o tamanho do abraço que adelzon alves recebeu, ontem / teatro rival (rj), de muitos e muitos amigos-fãs-devotos por conta de seus 8.0… sinistróide.

o monumento ficou cercado por bambas de primeiríssima grandeza como noca, zé katimba – o aniversariante – genaro da bahia e rildo hora…

ao final da rave, adelzon identificou na plateia um dos mais estrogonóficos nomes da cultura brasileira, diretamente de salvador, o nosso LKJ, clarindo silva (à esquerda)…

ele mesmo à direta: afrodescendentezinho da beija flor!

a chapa esquentou tanto que adelzon teve de abandonar o embalo antes de paulinho mocidade chegar junto. afinal, o programa dele, na rádio nacional, estava prestes a começar… THIS IS RELIGION

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rei gustavo e o ártico…

Assunto: Re: Macaquinhos

“Tava uma fila absurda qnd eu cheguei por volta de 18:40 mas tava andando rápido. a banda de abertura foi O Terno cujo trabalho eu não conheço. Só conhecia essa banda de nome. Encontrei uma amiga minha das antigas lá que estava com mais uma amiga então ficamos nós 3. Com relação ao show em si eu senti falta de mais músicas do álbum novo como por exemplo “She looks like fun” “Science Fiction” mas é complicado né quanto mais músicas os caras lançam de encaixar tudo em um Set de aproximadamente 20 músicas. Eles estavam com a energia de sempre muito eletrizante o show, clássicos do primeiro álbum e várias do álbum novo tmb. Com aquela formulinha de abrir com “Do i wanna know ” e fechar com ” R U mine”. A galera tava bem animada também cantando junto as letras. Foi bonito. Mas uma coisa que eu percebi é que eu não tenho mais aquele entusiasmo de antes, não sei se é a idade.. tô indo pra 29 mas quando eu os vi pela primeira vez em 2007 com 17 anos na Marina da Glória, nossa, foi a melhor noite da minha vida. Não sei se quanto mais a gente vai tendo contato com o mundo , vamos criando uma “casca” e nos impactando menos com as coisas. . Sei lá, tive essa viagem. Mas não quero dizer que o show foi meia boca… nada disso. Como disse, eles estavam impecáveis e foi muito bom de ver e ouvir… esse foi meu terceiro show deles. Pena que passa muito rápido né?. E demora tanto até poder ver de novo.. mas é isso…

Um abraço!”
Gustavo.

muita chuva, warpaint, carne doce e muuuuita chuva…

não lembro de ter visto tanta chuva por tanto tempo sem parar… PQP!

sabe quando você desiste de se proteger e entrega o corpitcho à fúria das águas?

pois é, foi assim que avistei nandão chegando ao HUB pro show warpaint/carne doce, ontem… de longe avistei a crionça andando tranquilamente sob o dilúvio que desabava na área do porto maravilha (?!)… parecia estar num domingão ensolarado em pleno calçadão de icaraí, que momento!

diante da tormenta que invadia o palco, neguinho inverteu a entrada das bandas: o warpaint abriu os sirviços (papo de 22:30) e o carne doce colocou a tampa.

o local estava bem cheio e animado. som ok, água pra todos os lados, espirros em profusão… o warpaint chegou numa boa mas acho que ficou evidente o perrengue causado pelos céus… jeeny iniciou a apresentação com uma sipituca no amplificador do baixo e não há humor que resista a uma nhaca dessas… o astral em são paulo foi outro (tem várias imagens no Utube). rolaram algumas mudanças no setlist e uma música a mais em sumpa…

claro que o espaço deu uma esvaziada depois delas… já era tardão, a chuva não parava (PQP) mas a torcida do carne se manteve firme e forte… D+

emocionante testemunhar uma rapaziada muuuuito jovem totalmente entregue ao som dos goianos… na minha frente tinha um garoto de uns 12 anos que vibrava e cantava todas as músicas da banda… FODA!

salma, literalmente, joga um feitiço estonteante sobre a audiência… as pessoas ficam envolvidas por ela (e pelo som da banda) em grau máximo de entrega…

depois do show, aderson (baixista do carne) chegou junto com a edição em vinil do “tônus”, o mais recente disco deles… “this is religion”!

pra fechar, picando a mula sob chuva inclemente (PQP), encontrei com a mitológica nathalie, figura fuNdameNtal n’aTRIPA… papo pra lá, papo pra cá e ela me entrega um bloquinho (lembra que o do programa estava acabando?) feito por ela, LINDO, lotado de carinho-amizade-participação… chorei em casa… FUEDA, “this is religion 2”!

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o fatiamento de corações, mentes & almas…

clique avassalador de professor vidigas, THE butcher em candangolândia!

mas a situation é a seguinte, imagina você numa partida de futiba onde um dos times em campo terá como linha atacante: garrincha, puskas, van basten, maradona e edmundo… isso, massive attack com CINCO monstros para enfeitiçar seus olhos, arrancar sua língua pela orelha, para te levar ao prazer incomum. captou?

pois bem, transporte tudinho para um local abarrotado por uns sete mil espíritos em sintonia total com um palco habitado por jim, nick, george, warren, martyn, david e larry… percebeu?

foi isso que aconteceu, ontem (domingo), no espaço das américas (SP) na volta de nick cave & the bad seeds ao brasa, quase trinta anos depois… grosseria em dose industrial apoiada por repertório barra pesada e performance como poucas vezes temos a chance de testemunhar.

tendo as gavetas do roNca como referência, acho que a entrega de nick ao seu ofício no palco pode ser comparada ao desejo incontrolável de bruce springsteen em fazer amor com sua (dele) platéia… PQP, fueda!

já comentamos como o recente percurso de nick cave na música é algo sem muitos precedentes… de como ele superou tudo, de como conseguiu enfiar uma criação sônica foreta da massificação nas mentes de zilhões de novos ouvintes.

a audiência de ontem estava 1000% inserida na música das sementes… para mim, foi surpreendente a quantidade de gente cantando todas as músicas, palavra por palavra. o show levou por volta de duas horas e quarenta minutos, na maioria do tempo, eu tive pertinho (à esquerda) uma menina muito jovem (com a namorada) que chorou em várias canções, se requebrou, urrou, pulou e se despediu com o rosto de felicidade plena… à direita, um pouco mais distante, tinha uma outra, sozinha… cacilds, ela cantou TODAS as músicas, quietinha, paradinha, mergulhada na mais profunda parte da piscina… D+

no que entrei, hoje, no asa dura, de volta pro rio, quem passa por mim no corredor?

– hey, foi você que cantou todas as músicas de nick cave?

– hahaha… eu mesmo. adoro muito. sei tudo

“from her to eternity”, “jubilee street”, “tupelo”, “the mercy seat”, “red right hand”, “stagger lee” e a surpresa, na marra, de “jack the ripper” ficarão séculos e séculos ecoando pela minha existência… D+D+D+D+D+D+D+D+D+D+D+D+

sabe a sensação das coisas serem positivas? do mundo andar pra frente?

mas nem tudo foram flores no espaço das américas… pela primeira vez em sua vidinha, a coitada da xeretinha foi confiscada pela produção de um show (produção nick cave). até agora não entendi direito como aconteceu o fato e, na boa, prefiro não compreender o que levou a coitadinha da xerê a passar quase três horas isolada do mundo… parece piada mas é pura realidade… pelo andar da carrocinha rolou um mal entendido fuderoso envolvendo o credenciamento de fotógrafos com a produça do show (nick cave) que determinou que os retratistas teriam suas MEGA máquinas confiscadas após a única música autorizada a ser clicada e que, depois do árduo trabalho (!), seriam enxotados para as laterais do palco (na platéia) e ali ficariam, isolados (acredite!) até recuperarem suas ferramentas… hahahahahaha, que comédia.

ao saber desse mal estar, simplemente, comentei: “muito obrigado pela credencial mas eu não estou aqui apenas para fotografar. paguei o ingresso para me divertir vendo o show onde bem quiser e com quem quiser. portanto, não me interessa registrar uma música apenas (a primeira do show)… e se vocês estão proibindo a documentação profissional do show, fiquem sabendo que a pobrezinha da xerê está mil furos abaixo de 99% dos celulares aqui dentro”

nesse momento, brotou uma eficiente e simpática funcionária do espaço das américas super disposta a atenuar a nhaca… e conseguiu.

enfim, fui obrigado a me separar da chorosa xerê que soluçava: “nunca aconteceu isso com a gente”… e respondi: “meu amor, ja que estamos em são paulo, pense no ensinamento do grande boça – puta mundo injusto, meu”.

mas já está tudo certo… disse pra ela que nada irá substituir os cliques que deixamos de fazer mas que, entre mortos e feridos, esse 14 de outubro mostrou como não podemos viver separados

L O V E

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segura a viagem…

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  9. (Introduced as “a prayer to Brazil”)

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  14. (Nick walked in the crowd)

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  15. (Audience members invited to the stage)

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  16. (Audience members on stage)

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  17. Encore:
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  20. (First time played in 2018)

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Note: Original setlist included Skeleton Key, Mermaids and Distant Sky as optional songs, as well as Jack the Ripper, which was played. Foi Na Cruz was attempted, but Nick Cave couldn’t remember the lyrics.