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o SGR#4, hoje, às 23h, no dial & web…

SGR.alceu

climão, hein?

nosso deslocamento pela rua do russel 434, às 23h (em AM, FM e web), será tão descabelado quanto um frevo embalado… estarão a bordo: itamar assumpção (em louvor especial à rapeize sintonizada em sumpa, 94.1FM), hotel catete (direto de BH), the clash (live, em londres/1980), carne doce (saboreando uma codorna em goiânia), sly & the family stone (ajoelhado diante de são big boy), nevilton com “flores” (seguindo os mandamentos de john peel), café tacvba (tequilinha marota, cheers)… & o diabo A4

tá bão?

são jujuba, meu amor…

geral

por Luiz Antonio Simas

Não é apenas sobre futebol. É sobre a cidade. A tragédia de ontem em São Januário é derivada de inúmeros fatores, tais como o despreparo da PM, a crise política do Vasco, a cultura da violência como elemento de sociabilidade entre membros de torcida, a construção de pertencimento a um grupo a partir do ódio ao outro (elemento marcante da relação entre Vasco e Flamengo nas últimas décadas), o esfacelamento da autoridade pública no Rio de Janeiro, etc.

Ela tem como pano de fundo, todavia, o assassinato do Maracanã. Morte matada, cruel, pensada nos gabinetes mais sórdidos do poder. Como um sujeito que tenta participar minimamente do debate público sobre a cidade, escrevi sobre isso em O Globo (Santuário Profanado, 26/12/2011) e em O Dia (A cidade era o Maracanã, 27/04/2016). Retomo aqui algumas ideias daqueles artigos.

O Maracanã talvez tenha sido a maior encarnação, ao lado das praias, de certo mito de convívio cordial, ao mesmo tempo sórdido e afetuoso, da cidade do Rio de Janeiro. O estádio foi pensado, em 1950, para ser frequentado por torcedores de todas as classes sociais, mas não de forma igualitária. Ele foi espacialmente dividido, como se cada torcedor tivesse que saber qual é a sua posição na sociedade: os mais pobres na geral, a classe média nas arquibancadas, os mais remediados nas cadeiras azuis e os mais remediados ainda em suas cadeiras cativas.

Esta fabulação de espaço democrático que era o antigo Maracanã, todavia, ainda permitia duas coisas que nos faziam acreditar em uma cidade menos injusta: a crença num modelo de coesão cordato, em que as diferenças se evidenciavam no espaço, mas se diluíam em certo imaginário de amor pelo futebol; e a possibilidade de invenção de afetos e sociabilidades dentro do que havia de mais precário. A geral – o precário provisório – acabava sendo o local em que as soluções mais inusitadas e originais sobre como torcer surgiam.

A geral era, em suma, a fresta pela qual a festa do jogo se potencializava da forma mais vigorosa: como catarse, espírito criativo, performance dramática e sociabilização no perrengue.O fim da geral, a rigor, poderia ser defensável, considerando-se a precariedade do espaço. O problema é que ele veio acompanhado de um projeto muito mais perverso: não era a geral que precisava sumir; eram os geraldinos. Na arena multiuso, interessa um público restrito, selecionado pelo potencial de consumo dentro dos estádios e pelos programas de sócios torcedores. Facilita-se assim a massificação das transmissões televisivas por canais a cabo.

O fim da geral foi, simbolicamente, o esfacelamento de um pacto de cordialidade que usou o manto do consenso para desenhar simulacros de democracia na cidade. Mas até isso já era. Prevalece agora a lógica da exclusão explícita.

Noves fora isso, a destruição do Maracanã fez parte do projeto mais amplo de assalto ao Rio de Janeiro promovido pela organização criminosa de Sérgio Cabral / Pezão e comparsas.

Eu não acredito em qualquer pacto ou em qualquer reconstrução da cidade do Rio de Janeiro – esfacelada, aniquilada, assaltada , extorquida, mediocrizada – que não passe pela devolução do Maracanã aos cariocas.

Um efeito perverso, dentre vários, que vai ser gerado pela noite triste em São Januário é o reforço do discurso dos que acham que o futebol tem que ser mesmo elitizado. Outro efeito deletério é a desqualificação de São Januário, um templo da cultura carioca e um patrimônio do Brasil que, todavia, não pode comportar clássicos.

Desculpem-me os que acham que estamos discutindo futebol ao debater o que aconteceu em São Januário e o crime cometido contra o Maracanã. Não é isso. Nós estamos discutindo a cidade e o Brasil como mínimas possibilidades de convívio digno, fraterno e inventivo entre nossas gentes.

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infelizmente, não conheço o luiz antonio.

assim como ele aponta a morte do maracanã como causa do esfacelamento democrático no mundo da bola, ele anexa o desejo gigantesco da mídia gourmetizada, padrão FIFA, “meu barça” de implodir o estádio do CRVG.

não vou entrar aqui, evidente, em disputas clubísticas mas para entender o que estou tentando dizer, basta alargar ainda mais o texto do luiz na direção de são januário, símbolo máximo da zona norte carioca / centro da extrema democracia racial / exemplo inoxidável de convívio pacífico com os desprovidos de tudo / templo eterno da força do povo.

sempre foi muuuuito duro para a zona sul aceitar essa distância “filosófica”. imagina agora, onde  o preconceito assume proporções medievais.

ontem mesmo, ao final do jogo (num pé sujo da ZS frequentado por porteiros-flanelinhas-desempregados-traficantes de vinil), um desses signatários do desconhecimento globalizado gritava: “a culpa é da barreira do vasco” (a barreira é a favela colada a são januário).

olhei pros cornos dele e disse: “oh maluco, você já foi lá pra dizer essa merda?”

o fato é que quanto mais a sociedade (via mídia) se mostra includente, a realidade deságua em um pântano habitado pela mais fina flor da intolerância… e da barbárie.

simples assim

territorio

bigboy+alceu+vavá+moraes+chacrinha = baú de hoje…

bigboy

é a tal História, muitos reverberam o talento cabriocárico de big boy… mas poucos já ouviram mais que dois minutos seguidos Dele… procede?

pois bem, as coisas começarão a mudar, hoje / às 23h, quando o baú da globo apresentar um bloco inteiro do “cavern club”, programa devotado aos beatles com apresentação de big boy… CASCA!

ainda no baú: chacrinha falando da buzina + vavá (o leão da copa) + moraes moreira, LIVE, em 1982 + alceu valença deitando os cabelos numa versão de tirar pica pau do oco de “bicho maluco beleza”.

rádio globo AM & FM & web

lembrando a frequência de são paulo…

globoSP

nevilton e o novo filhote (ou os nossos novos filhotes)…

nevilton

Assunto: altas novidades! =D

“Salve! Salve, Mauval!
Tudo certinho ai, meu caro!?
Espero que esteja tudo ótimo!

Rapaz! Passei um tempinho viajando e meio offline com o mundo!
Quando voltei você tinha anunciado uma porção de boas novas ali no Ronca!!! Desorientação total!!! Muita felicidade que essa história toda já tá cheia de raízes rasgando os arredores, hein!? hahahaha
Muito legal! To acompanhando a parada toda Em Cartaz tambem e adorando revisitar os Vale A Pena Ouvir De Novo!

E olha só… to chegando com boa nova também! Hoje, sexta, vai ao ar uma música nova minha… em tudo quanto é plataforma e etecéteras-musicais!!!

Se chama “Flores”… to na tentativa de adiantar a primavera, pois a friáca aqui em SP tá de lascar!!! hahahahah Sugerindo pra turma se esquentar dançando, né!? hahahahahha

Está disponível AQUI

E como é que está a vida!? Triplicou a correria ai também!?
Deve estar sendo o maior barato visitar esses arquivos todos, hein!?
Muito bom! Muito bom! Parabéns e vida longa ao Ronca Ronca e todos seus movimentos!!!”

Nevilton

klebinho, o tempo & o VAPODN#4…

ed

Assunto: VAPODN#4

“Fala, Mauricio.

Globo FM, Entre e Ouça, Young Gods, Rock It, videolaser, Livraria do Rock, Sergio Vascãocelos, Mistura Fina, Torre de Babel, calendários para 92, Claudio Paiva, TV Pirata, Conexão Japeri, People, Radiolla (que toca a bola e não enrola).

Depois disso tudo, uma conclusão: tô velho.

E as preferências do Ed em 92?
Melhor banda, Steely Dan; melhor cantor, Donny Hathaway. Ele cravou.
Será que permanecem?

Sempre engraçado quando voltamos no tempo e nos deparamos com algumas opiniões, nossas e dos outros.

Enfim, time goes by.
Ou: time is on my (our) side.

Abraços”

Kleber

PS. Calbuque ligeiramente alterado em Londres. Compreensível.

ouça & eNtre…

atripa

Assunto: #239 (ou memórias ainda não póstumas)

“Salve salve Mauricio, belezuríssima?

Caramba, esse #239 mexeu com meu coraçãozinho. Primeiro, porque sim. Não tem como não ser quando o programa é inoxidável como esse. Segundo, por causa do seu amigo Ed Motta. Ou melhor dizendo, pela época a qual se passou o programa. O “Entre e Ouça” virou muito a minha cabeça e para além da música. Lembro de a crítica ter malhado esse disco e eu, do alto da “sabedoria” que impunham os meus 9 anos de idade não conseguia entender como as pessoas podiam considerar ruim um disco com uma capa tão bonita. Parecida com os desenhos que eu via na TV Educativa. Dinamarqueses, acho. E quando finalmente ouvi o disco, entendi esse povo menos ainda. Me fez descobrir sons maravilhosos a partir dele e uma lição maior e até mais importante: sempre desconfiar do que eu leria dali em diante e não só de algo relacionado a música. Mas isso é outra história.
Bom, esse parangolé todo é pra te perguntar se você sabe a quantas anda o documentário sobre o Sambalanço. Lembro no #182 o Tárik falar que já estava finalizado e dependendo de umas burocracias da Ancine e não sei mais o quê e coisa e tal. Te pergunto isso porque tem uma galera chegada minha do  festival Coquetel Molotov que tá muito a fim de exibir esse filme na mostra de cinema deles. Então se for possível você passar o contato do Tárik e/ou do Fabiano Maciel, eu agradeceria muitíssimo.
Ainda no assunto Coquetel, falei do “Preto e Branco” e do lance que rolou em Minas com eles. Você toparia fazer algo do gênero por essas bandas de Hellcife? A etapa do ciclo de palestras geralmente ocorre nas primeiras semanas de outubro.
No mais, tô ligada na Rádio Globo e estou adorando.

Beijo, abraço, aperto de mão”
W.

VAPODN#4, no ar, NOW, com ed motta (em 1992)…

ed.VAPODN#4

pérola radiofônica que foi ao ar em 18março1992, no radiolla/globo fm.

a intro e a saideira estão cortadas… mas, felizmente, a introdução foi tocada durante o programa já que ela é uma gravina realizada pelo próprio eduardo… YEAH!

inoxidáveis agradecimentos a doctor calmon, o mais cascudo fã do romeo void, em todas as galáxias… simples assim!

vinte e cinco aninhos atrás. vem…