a copa selvagem (4)…

Assunto: Re: roNNNNNNNNNNNNNNNNca na copa: resgate na caverna

“Bem vindos rapazetes e raparigas, roNNNNca na copa absolutamente SELVAGEM!

Rapá, tenho que ir direto ao assunto, infelizmente.

Acabei de ouvir de um dos narradores da Plimplim ao final do MELHOR jogo da Cup 2018 até o momento – at last – as seguintes palavras:

– Teremos um país diferente disputando a final da copa!

Bom, não sei se o infeliz quis dizer que a final seria disputada por uma seleção pela primeira vez (que nunca chegou a uma final), mas o fato é que soou no mínimo muiiiiito estranho, sobretudo pelo adjetivo que empregou.

De pronto minha irmãzinha S.Silva, largou:

– Pqp, que asneira. O ocidente é obsceno!

Caralhas, não poderia ser mais precisa. Que poço, que caverna, não a tailandesa, de onde sabemos, conseguem sair.

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Cup 2014

Recém chegado em ThereHell, um ano na capital, chegou a Cup 2014.

Solteirão, cheio de chinfra, uns caraminguás no bolso. É guerra!

Apê no brilho, aquele goró na geladeira, um quitute no esquema, enfim, bunker no ponto pra lançar pingo de solda desenfreadamente. Lembro que vi dois jogos. Eu disse DOIS, isso mesmo.

O um, conforme os preparativos já narrados, foi fazendo um esquenta no bunker, me arrumei e parti. Me dirigi para a rua da cidade com a maior concentração de bares. Não tinha como errar, era escolher o campo de batalha e cair dentro.

Ao chegar lá, nada, rua totalmente deserta, vácuo……

Como diria nosso querido poeta Chacal “neguinho, tanto neguinho esperto e nenhum bar aberto!”. Juro, nenhum com uma única exceção, onde figuravam três pachecoides numa mesa e outra com umas duas senhoras. Diria que a quermesse não estava muito animada e provavelmente não ficaria.

Os bares não costumam abrir cedo e o futebol não é muito a praia da cidade, sem entrar em muitos detalhes. A noite é que a coisa funciona. Só depois vim a saber que somente em duas áreas da cidade, Saci e Dirceu, a rapaziada se concentrava na rua e tal, com os famosos PAREDÕES, mas aí já era tarde (agora em 2018 teve até Rua da Argentina, viram?).

Bom, agora era chegar em algum canto e assistir a pelada, não tinha jeito. Nova circulada e vi o bar de um amigo que parecia estar aberto. Bati lá e se tratava de algo totalmente familiar hahahahaha. Só estavam ele, a esposa, a filha recém nascida e uma sobrinha. Caceta, que cara de pau a minha. A sorte é que era um bar de cervejas especiais:

– Pô Alziro, posso chegar na humildade?

– Claro Flavão, já está aqui mesmo né, fazer o quê?

E finalmente fui resgatado. É possível que tenha sido o jogo do escrete contra o Chile ou Colômbia.

Alziro até hoje lembra e diz que naquele dia queria mesmo era um camarada pra calçar a chuteira no asfalto, manja, e depois da pelada, deixou a família em casa e fomos continuar os trabalhos na birosca do assentamento hahahahahaha

Que momento!

A do massacre alemão, a derradeira, a gente acerta no último roNNNNNNNNNNca na Copa, sábado!

Cañamo desligo!”

Selvagem, o Professor Flavão do Brasil ou ao contrário, tanto faz…
Beira do Rio Parnaíba, UK

* O poema “Latas Vazias” antecede a canção “Não quero dar explicação” contida no primeiro disco do Nervoso, “Saudade das minhas lembranças” (2004), recitado pelo próprio autor. Dali saem umas vinhetas, hein?