a copa selvagem (5)…

Assunto: roNNNca na Copa: O PICADOR

“Copa Selvagem:

É manada, o que NÃO é bom não dura para sempre e estamos fechando o caixão do roNNNNNNNNNca na Cup 2018, diretamente do bunker de ThereHell, UK.

Pautas intergalácticas, muito assunto, perdas, ganhos, enfim. A jiripoca pia sem dó nessa imensa panela de pressão que é o nosso planeta.

E, finalmente, o tão esperado kaozótico relato da taca, da pisa, do espancamento vergonhoso que os bunda-mole do escrete canarito sofreram de 7 a 1 dos AleMÃO.

Desesperançoso e em carreira solo pelas ruas de ThereHell, fui assistir Brazza vs Ale na ADUFPI, clube dos professores, um centro de convivência cheio de velhinhos e crianças. E eu estava nesse clima, querendo encontrar com meu “eu”, versão Osho 100%.

As mesas harmoniosamente ocupadas com os cabeças brancas, a pirralhada zuando o plantão com cornetas, vuvuzelas, bombinhas, estalinho. O salão principal com o telão, decoração de bandeirinhas, então que comecem os trabalhos e desce a ampola do diurético no gelo, now!

O Jogo começa e de repente foi aquela sessão de cruzado, uppercut, jab, móca, cascudo, botadão, tesoura voadora, dedo no olho, um completo esculacho!!!! Quando olhei em volta os velhinhos já estavam destruindo as bandeirinhas da decoração, fazendo discursos inflamados, SAMU na atividade, revolta geral, vários deles medindo pressão e a pirralhada? Duzentos menores chorando ao mesmo tempo, PQP!!!!

Aí um moleque no alto de seus 4 ou 5 anos na mesa vizinha, berrando no meu ouvido, com uma corneta sensacional:

– Buaaaáá, o Brasillll tá perdendo!!!!!

Daí, cheguei para o pilantrinha, já de olho na corneta que eu iria adquirir e azucrinar geral:

– Menor, a parada é a seguinte, essa corneta não tem mais utilidade, acabou. Estamos sendo humilhados! Toma 10 cruzeiros e deixa ela na minha responsa!

Como “malandro não pede emprego em casa de vagabundo”, o menor remenda:

– Dez não, vintão senão falo pro meu pai que você quer roubar meu brinquedo! BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!!!!

– Que isso menor, tamujunto, já é, na moral, sapatinho, sem stress. Toma os 20 cruzeiros, tranquilão!

– Já é Carioca, bom fazer negócio contigo. A peça é boa, aproveita, hein!

Depois da negociata com o meliante, azucrinei os coitados dos velhinhos com a corneta e até hoje ela segue guardada entre as lembranças do maior massacre sofrido pelo Patropi na história das copas…

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E claro, na birosca do assentamento a vida vai seguindo seu curso sobrenatural, óbvio.

E o futebol sulamericano está em crise?

S.Silva, a Napalm Girl, anda soltando marimbondo pelas ventas, boladaça!!!!

A peça baixou no assentamento, direto de São Sebá e largou prego pra cima de geral:

– Flavão, olha essa crônica da vida real: vindo para cá em conversa com um taxista sobre a derrota da seleção, comentei sobre a falta de jogadores personagens, sem brio e sem Identificação com o futebol brasileiro, por essas razões levantadas por você e conectadas no Tico-Tico. O taxista lembrou da era Ronaldo e de sua competência inquestionável. Quis compará-lo a um Lukaku, Mbappé em termos de qualidade futebolística. Eu ponderei a comparação pela colocação política daqueles jogadores. Complementei dizendo: Ronaldo afirmou que não é negro, senhor. Então o taxista abismado responde prontamente: ué, ele é negro? Ele não é negro. Vivemos os efeitos perversos da colonização; uma colonialidade que se reverbera no dia a dia de forma simultaneamente sutil e cruel. Como você disse Flavão, até da caverna é possível sair, mas o buraco aqui é no nível do pré-sal.

Caracoles, que clima, que mundo! S.Silva, Napalm Girl, lennnda!!!!

No próximo roNNNNca da vida real, a história de quando conheci S.Silva, sabe onde? Montevidéo……….essa história já brotou por aqui, vou tentar resgatá-la…..

E enquanto isso em México DF o papo é de Picador, Pontillero e Banderillero….

QUE MUNDO!!!!!

Cañamo Desligo”

Flavão do Brasil, O Professor Selvagem, ou ao contrário tanto faz…

Encontro dos Rios Parnaíba e Poty, UK

(Foto: Flavão do Brasil, Plaza de Toro México, México DF. 2007)