a jornada…

Governador Valladares, estávamos eu e Baldinha Ferrare, minha wife, curtindo a noite romana (eu bebendo esmalte Colorama ela boquetando os cães), quando, de repente, um argentino com passaporte italiano nos chamou. Ele disse “ei! ei! ei, hermanos!!!”. Doidaralhaço como Joe Strummer gravando Sandinista, olhei para aquele sujeito de batina, cara de pica-pau e rosnei algo incompreensível já que Colorama, além da onda, dá uma dor na genitália inigualável. Com um labrador (raça preferida de todas as zoófilas do mundo, principalmente de Ipanema, UK, RJ) entre as pernas, Baldinha surgiu e berrou “é o Chico, Umma!!!” (diminutivo de Ummagumma, meu nome). Olhos vermelhos, ardendo, vomitando, defecando e urinando, tudo ao mesmo tempo, balbuciei “porra, Baldinha, até de Chico tu pega cachorro”. Levemente constrangida, a anã que me fez sair dos trilhos desta vida detonou “é o Chico, Papa Francisco, Umma”. Sim bispo Valladares, era o papa em pessoa durante suas incursões noturnas pelo mundo dos miseráveis, decrépitos, pansexuais, lesbians, queers, Jeff Becks e Wilsons Simonais. Rastejando, fui aos pés do papa e uivei “o que é que manda, santidade?”. O papa, falando castelhano como Maradona, Kempes e Neymarketing, foi curto e grosso: “vocês vão representar a escória humana em minha viagem para a Jornada Mundial da Juventude, vulgo JMJ, Grajaú-Leblon”. Baldinha, cerimoniosa como sempre, perguntou “é surubão, meu papa?”. Mal estar, dor de cabeça, cheiro de motel e ficou combinado que Baldinha e eu iremos no avião dos animais (seguranças, sacristões, Esquenta e baba-ovos em geral). É aí que a mensagem de Z´ (da mar´) que você cuspiu no Tico-Tico faz sentido. Se eu tivesse raízes seria um pé de jacarandá, mas Paquetá não sai de mim. Baldinha Ferrare não conhece e acha que quando bebo Colorama com Oncinha (vejam no Google que cachaça é) e fico falando da ilha, da ilha, da ilha, acha que é a Grã Bretanha, onde aluguei my body por uns tempos em troca de pratos de comida e ingressos para ver Yardbirds, Kinks e andar de roda gigante. Quando fui o prefeito pirata de Paquetá, os cavalos  eram robustos (foto), as bicicletas pintadinhas, lubrificadas e as mulheres muito bem tratadas por meu semen com Omega 3, já testado pela Fundação Oswaldo Cruz em Bonsucesso, UK, RJ. Agora, leio que tem cavalo morrendo a serviço, que um dia desses 287 crianças numa charrete choraram copiosamente quando o cavalo, um ex-alazão e marido de chacrete de 54 anos tombou morto, no meio da rua. O secretario dos animais do Rio, Agnaldo Rayol, decretou a proibição dos cavalos, mas o estafeta que levava a mensagem para o Diário Oficial passou mal (caganeira) atrás da Candelária e teve que limpar com o decreto. Falsificou outro e entregou errado. Escreveu bicicletas no lugar de cavalos e deu no que deu. Sim, Gov. my Gov. o aroma de que estou voltando faz algum sentido. A princípio como assessor junior de exorcismo do Papa, depois….como bem escreveu The Beatles, Are You Experieced??? hein??? hein??? Ummagumma Ferrare (O Vândalo de Estimação) do galpão de achados e perdidos da Alitália, Roma, UK, RJ.