ainda o ruivo…

“Fala Mauval, Mantendo contato com a Nave Mãe. Que cascudo deve ser esse filme do Ginger Baker!!! A abertura do trailer com o John Lydon em dois ângulos distintos é, desde logo, antológica. Como diz o Keith Richards, nunca queira levar um soco de baterista, e aí digo eu, muito menos uma bengalada, há há há há!!!!!!!!!! Falando no Ginger Baker, uma vez li uma entrevista do Lulu Santos em que ele falava que estava cheio de ouvir blues de branco, sem swing, e citava o ruivão em pessoa. Logo pensei, o Lulu é um gênio da música pop (o maior do Brasil?), mas quando abre a boca para falar é uma tristeza (uma vez disse que não gostou de um disco do Radiohead – até aí tudo bem -, pois colocou para ouvir enquanto estava na esteira e não bateu! P…, na esteira???). Enfim, o cara, branco do jeito que era, tocou com o Fela Kuti, que reconhecidamente desprezava músicos brancos (o Macca que o diga), e o Lulu ainda vem falar que o homi não tem swing!!! Mudando um pouco de assunto, mas sem descer da bateria, muito bacana o post da filha do Paul Cook, mais uma prova da abençoada relação entre o punk e a música jamaicana. Você sabia que a menina tocou teclado e fez backing vocals para as Slits (pode procurar na internê que tem umas imagens muito legais)!!! Outra coisa, esse domingo a revista da Folha de São Paulo publicou uma matéria sobre a atual situação do dial paulistano, com enfoque no encerramento de atividades de rádios voltadas para uma programação “menos” comercial. É de chorar, especialmente para quem passou os anos mais importantes da formação do gosto musical ouvindo as antigas 97 e 89, e posteriormente achou na Oi um espaço aberto à vida inteligente – e sagrado às terças de noite. Bom, a tal matéria falava também sobre o crescimento das rádios de internet, e aí vai uma pergunta/apelo, apesar de saber que você, com razão, não vê sentido no programa totalmente fora do rádio: enquanto não se chega a uma solução para voltar às ondas de frequência modulada, não vale a pena pensar em abrigar o programa exclusivamente na grande rede? Bom, fica apenas o tema para reflexão. Grande abraço, Leonardo (S.P)