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cineminha “john cale em SP”…

que tempos, hein?

mas aTRIPA, em performance inoxidável, conseguiu ingresso para o nublu festival com juçara marçal e john cale, no sesc pompéia, dia 14… conclusão?

de cara, ao entrar no sesc, esbarrei com ottinho… que astral e felicidade. aTRIPA estava muito bem representada por renan (ex-residente em sheffield-UK) e outros tantos que passavam balbuciando algo como: “tô de olho parado, maurição”, “quero um açaí do bibi”, “saudade do xandão” (hahahaha), “manda música, manda música”… doideira!

juçara, kiko e thaís começaram a viagem deitando os cabelos em “comme à la radio” de brigitte fontaine, “oi cat” (tantão) e outras preciosidades…

como sempre, é bom destacar a tremenda vibe alucicrazy do sesc pompéia. que lugar fueda, que assim ele se perpetue… amém!

durante o intervalo, comentei que estava ali para testemunhar mister cale realizar qualquer tipo de apresentação… mesmo que ficasse calado/imóvel por uma hora eu pediria bis, aplaudindo em cima da mesa… simples assim!

em poucos minutos john cale & trio assumiram o palco para desfilar, talvez, a História mais brutal da música planetária nesses tempos agonizantes. não sei quem pode concorrer com ele a esse espaço incomum em nossas vidinhas movidas a sons… oxente, produzir stooges, patti, squeeze, nico & etc. criar o velvet. gravar com terry riley, nick drake, kevin ayers, lowell george… lançar inúmeros discos solo de qualidade espantosa. instigar. transgredir. ousar + trocentas outras traquinagens. UFA!

enfim, a felicidade estava presente antes dele começar a missa com “helen of troy”…

… dar sequência com “the endless plain of fortune” até chegar ao trio calafrio que encerrou a experiência místca: “femme fatale”, “fear is a man’s best friend” e “sister ray” (set completo AQUI)… tudo isso a poucos metros do “é deus, mamãe”, respirando o mesmo ar… JISUS

cale estava claramente cansado (7.8), querendo distância de todos (não recebeu ninguém), doido pra vazar, com a voz desgastada… mas, como era esperado, cravou mais uma noite pra ficar forévis no coração!

em solo paulistano ainda tivemos a passagem solene da fita demo do coquetel molotov (que guardo desde os tempos da flu fm) para a rapaziada do nada-nada discos produzir um compacto com o material…

+ encontro com o mitológico tunel que fez questão de apresentar o carango que paul weller entrou numa de imitar (segundo o próprio tunel, hahahahaha)…

enfim, correria… muita gente de máscara nos aeroportos apesar de não ter avistado um ser da aviação usando a peça. nenhum piloto, nenhuma atendente. nenhum comissário… crazy!

ok, claro, cada um faz o que achar melhor em qualquer situação… mas acho que tem uma dose de loucura/desconhecimento/modismo (!) reinando forte.

pra fechar, juçara com quem – em 72 horas – cruzei duas vezes, em niterói e são paulo. até brinquei com ela: “você deveria ter chegado no microfone pra perguntar: quem aqui no sesc me viu anteontem em niterói e está aqui nesse instante?”

ela encara, dá o recado, sorri e bota a tampa no cineminha…

cheers

gustavo mandou pra gente (ou john cale, ontem, em josé dos campos)…

“Ainda em transe por conta dos shows de a pouco!
Começando pelo Juçara Marçal, que eu não conhecia e que foi, já de início, uma linda surpresa. Ela abriu a noite com o saudoso Itamar Assunção (Je T’aime Mais Que O Jerome). Só imagina… Itamar abrindo passagem para as interpretações de Brigitte Fontaine num Francês belíssimo. Coisa de lôco! Juçara ainda conseguiu rechear com Tom Zé (brigitte bardot) para alegria de muitos, eu incluso.
Já alucinado, lembrei que a noite tava só começando… Entra John Cale! Os passos denunciando as muitas primaveras e ainda sim um gigante! Um gigante seguido de gigantes, Joey Maramba, Dustin Boyer e Deantoni Parks (estes dois últimos, inclusive, literalmente gigantes). O que seguiu não tenho palavras pra descrever. I’m so sorry Mauval. “É Deus mamãe” define bem. Sem mais!
ABS. Pra vc e pro Nandão.”
Gustavo, aqui de Sanja.

mamãe, isso mesmo, “pablo picasso” do modern lovers. LASCOU

mais AQUi

serico & the clash, outubro1981, lyceum/londres…

conforme anunciado no #375, aqui estão algumas das fotografias clicadas pelo mitológico serico quando o the clash se apresentou por sete dias no lyceum/londres, em outubro1981.

pois bem, o fio desencapado penetrou em cinco shows! como? hahahahaha… acho que nem ele sabe. o fato é que, num desses, nosso ídolo estava com a xeretinha na mão e coladão no palco… mesmo massacrado pela turba insana de adoradores de joe strummer & seus bluecaps, ele conseguiu clicar algumas vezes. imagina a pressão?

esses negativos foram enviados pra mim logo após a temporada no lyceum… cheguei a fazer uma camiseta, no final de 81, com a primeira imagem da sequência.

“sandinista” foi lançado em dezembro1980 e neguinho tava seco pra rever a banda em casa. segura…

serico forévis…

o príncipe de brixton e do núcleo bandeirante

cheers

( :

nathalie & shame…

Assunto: Show do Shame <3

“Fala, Mauval!
tudo tranquilo?
rapaz, passei esses dois dias me recuperando do show do Shame no domingo. Dai, hoje,consegui ordenar as idéias e vim aqui te escrever.

Esse fim de semana rolou o Balaclava Fest na Audio, e fui dar um pulinho lá por SP, pra sacar esse festival. Minha maior expectativa era nesses garotos do Shame… mas, assisti Battles (genial), Boogarins e o David Pajo. Esses dois anteriores, tocaram no palco grande lá da Audio, O festival, contava com dois palcos. Esse era bem enorme, lugar com ar condicionado e os caracas. Sou contra. (nunca vi sentir frio em show de rock, rs embora esse domingo tava um calor dos infernos em São paulo, a la Rio de Janeiro…)

enfim, o show do Shame, seria num palcozinho menor. Tipo numa sala mesmo. Perfeito (acho que devia comportar umas 200 pessoas ali, talvez, ou mais)
eu já imaginava a catarse…

Pois bem, começou o show lá pelas 21h da noite. Na primeira música, a galera já foi ao delírio. Já sacamos que seria insanidade até o fim e eu, percebi que já tava exausta de tanto pular, hahah
Mas, tava tão feliz e via a felicidade estampada na cara de cada um ali, que queria mais é que eles tocassem fogo na porra toda. Tava lindo!
O palco era pequeno e baixo. Eu tava perto, mas não a ponto de ver os caras direito. Gosto de ver a música sendo feita, as mãos e os instrumentos sendo tocados.. Mesmo feliz, não tava satisfeita. Daí, nessa de ficar pulando pra lá e pra cá, rs, consegui me embrenhar pela muvuca e me meti lá na frente, tipo há 1 metro dos caras. haha

O show deles é uma coisa muito insana, furiosa, visceral, caótica, enérgica e muito maravilhosa!
Foi uma experiencia mística mesmo. Catártica!
Nem consegui ver o show da Elza, que seria logo na sequência, (nesse outro palco maior). Tentei assistir uma música, mas não rolou.
A Elza é a Elza, claro.
Mas, depois dessa explosão de energia, não conseguia concentrar em outra coisa.

Esse show foi meio que pra gente sentir que tá viva, sabe? E agradecer mesmo por isso. E foi uma espécie de ritual desordenado de purificação pra turma ali presente, rs
todas essas tensões de 2018/2019, saíram naquela dança, nesse ritual (caótico) orquestrado pelos meninos do Shame.
Acho que nunca pulei tanto na vida! hahah
E foi bonito, viu!? Galera cantando junto com os caras. Superou de verdade minhas expectativas.
Há tempos não assistia uma apresentação que me causasse tanto impacto assim. Entrou pra lista dos melhores shows que já assisti!

Confesso que senti uma pequena inveja do Pedro Blackhill, que vê os caras “todo fim de semana”, ja é melhor amigo e o escambau. 😛
Sai de lá no domingo, querendo ver +1 show no dia seguinte.
Mesmo cheia de dor no corpo.
Hoje, ainda sinto dores nas pernas… hahaha
Agora é torcer pros caras voltarem ao Brasil, dessa vez ao rio(por favor) na turnê do próximo disco, que parece que sai no ano que vem.

tentei fazer umas fotos pelo celular, mas, saiu meio que uns borrões,rs
e, levei o manto pra São Paulo pra usar no dia do festival. Mas, tava tanto calor, que mudei o figurino. Sabe que o MaNto é uniforme oficial né?

te envio umas fotos do show e uma outra tietando o Charlie Steen, fio deseNcapadíssimo (tô sem o manto, mas, ta valendo 🙂 )

ps: achei que ia te ver por lá, hein! Você ia adorar! Vamos num próximo. 😛

grande abraço!”
Nath

rafael & king crimson em BsAs…

“Estimado MauVal, a galera porteña ficou completamente alucinada com a apresentação do King Crimson por aqui.
Cheguei em cima da hora, e a introdução com as três baterias começou assim que pus a bunda no assento.
A galera tava um pouco tímida no começo, mas, aos poucos, começou a se ouvir um “Roberto, te amo!” entre uma pausa e outra. Sim, Roberto, não Robert.
Eles não conseguiram se conter e mandavam ver no aliento mesmo sentados. Incrível.
Ao final da apresentação numa tocada apoteótica de 21st Century s man, eles não se aguentaram e levantaram pra soltar um “olé olé olé olé Crimson Crimson”.
Destaque também para atuação impecável dos snipers. O laser verde trabalhou como nunca e intimidou os mais abusados.
Eles só deram uma trégua no final, que foi quando aproveitei pra tirar esse retrato do Luna Park lotadinho só pra você sentir o clima. Isso na segunda noite de apresentação.

Abração!”

Rafael