ecoando…

“Confirmado que desconfirmaram a merril, né? Mas sabe como que rolou isso?

sobre o cráudifândin, vale lembrar dessa entrevista do Fred 04 (tem vinhetinha?):
http://screamyell.com.br/site/2012/01/08/entrevista-fred-04-mundo-livre-sa/

como a entrevista é grande pra carilha, aí o que ele diz:
“…Hoje em dia, você colocaria um álbum do Mundo Livre S/A para download gratuito?
Se alguma lei ou edital público tiver bancado tudo, claro que eu libero na boa, pois acaba sendo renúncia de imposto, ou seja, dinheiro do contribuinte. Mas se tiver saído do nosso bolso, tipo grana de cachê ou direito autoral, aí eu quebro, não consigo pagar minhas contas e bancar estúdio, capa, prensagem, etc. Esse lance de usar alta tecnologia pra passar o chapéu, pedir esmola hightech, craufunde de cu é rola, acho um retrocesso humilhante, indigno. …”

Já sobre a situação no Rio de shows, também tem o seguinte… Neguinho quer marcar show aqui com retorno já garantido, antes de começar as vendas!!! Não sei se vc lembra ano passado que eu perguntei: vai ter show do Primal Scream no Circo Voador? Não se via um cartaz, banner, outdoor, nas ruas, nenhum carro de som daqueles que anunciam pamonha foi alugado, não tinha um maluquete distribuindo papel nas ruas… o show até encheu, mas não o suficiente para o pessoal que garantiu ou show pelo cráudifunding receber seu dinheiro de volta. E não o suficiente para uma banda como Primal Scream que merece lotar um Vivo Rio no mínimo.

O público não vai adivinhar que tem show acontecendo, tem que divulgar! Se nem isso é feito, fica difícil…

Aí vc veja as explicações dos produtores cariocas para os shows no Rio serem os mais caros do mundo:

http://oglobo.globo.com/cultura/rio-tem-os-ingressos-mais-caros-do-mundo-4526331

hahahaha…. olha o que um bocomoco respondeu (sobre o Lolla de São Paulo, quando o assunto no título é sobre o Rio, a matéria é meio mal feita):

“O ingresso do festival Lollapalooza, que reuniu 50 bandas em São Paulo no fim de semana, custou, aliás, R$ 300. Na edição chilena, que aconteceu no início deste mês com 62 bandas, a entrada valia o equivalente a R$ 170.

— Mas o Chile é do tamanho de Campinas! — defende Ganem. — Aqui tem mais gente querendo ingresso, e as curvas da oferta e da demanda se cruzam muito acima.”

O Chile não é do tamanho de Campinas é do tamanho da América Latina!!! E foi gente do continente inteiro pra lá ser bem tratado, inclusive muitos brasileiros que já sacaram qual é a visão dos “organizadores” daqui. Enquanto for essa a atitude desse pessoal, fica até difícil querer que as pessoas venham assistir shows caros, com som ruim, que começam tarde demais para quem trabalha e estuda.

Mas continuamos na resistência!

Abs e desculpa o longo email”

Otaner

+

“É tanto desabafo que só me resta … desabafar!!!

Nem vou lamentar muito, pois não conseguiria ir no tUNEyARDs mesmo. Aliás, um dos melhores discos do ano passado aqui em casa e o som mais instigante que ouvi em anos (e olha que comprei o disco meio por acidente, depois de ouvir uma breve recomendação no Ronca e um elogio da Tulipa no programa da Marília Gabriela).

Pensando bem, com tanto festival metido a Indie, como ela passou despercebida é algo que me vem à mente nesse momento.

Nem vem muito ao caso, mas com três crianças e um certo gargalo de tutu, de fato não me fazem pensar muito nos shows perdidos (Neil Young e Blur são os únicos que me fariam – farão? – passar pelo banco e pelos perrengues gigantescos dos festivais brazucas).

Veja só, TV On The Radio e Arctic Monkeys seriam motivos mais que suficientes para ir ao  Jockey Clube de São Paulo (o lugar é realmente demais e próximo de casa) no feriado do coelhinho. Mas aí é que vem a pedrada, 300 pilas para um dia e 500 para os dois??? E se fosse ver o TVOTR ainda teria que aguentar a mega lotação dos fãs do F.F???? E a turma do Alex Turner, que show (!!!), valeu a pena mesmo pela TV de casa. Quem sabe um dia, com ventos mais favoráveis, em NYC ou London Town, ainda vejo ambas bandas.

Acho que já comentei, mas há algum tempo li uma frase do André Forastieri num pequeno texto “filosofando” sobre o tal do rock enrow (leia-se bons sons, na verdade), e a parada era mais ou menos a seguinte: porque o assunto é tão ignorado pela maioria e tão importante para muito poucos. Se bem que a julgar pelo coro durante todo o show dos Monitos de Shefield eles não parecem assim tão poucos.

E olha que estão falando fortemente de uma edição brasileira da NME (queria saber quem é o “louco” por trás disso). Ou vai durar 6 meses ou terá sertanojos, ivetes e chicletes na capa (sim, sou um homem que tem, e admite ter, preconceitos).

De qualquer forma, fica minha promessa de cuidar bem da alimentação sonora da tripinha aqui em casa. Nada de ditadura, mas o de 6 já curte Blur e Gorillaz e a de 2 peguei hoje dançando na sala ao som de um show do Supergrass (ao menos o Multishow serve para algo, ainda que de vez em quando). O menor tem pouco mais de 6 meses, mas garanto que será bem alimentado também.

Aliás, eu e o mais velho te esperamos aqui em Sumpa em 28 de maio para o show do F.F (os ferdinandos, que fique bem claro), e ainda de quebra os The Horrors, tudo de grátis no local onde o Pedro bigodón deu o tal grito de espada na mão. Vai ser a estreia do garoto em frente aos PAs (muita emoção, desde logo).

P… já estava tão empolgado que ia pedir música para terça feira (que falta fazem vocês …).

Bom, só para não perder o hábito, dá uma olhada nesse link que tem um livro (esgotado, mas em PDF) ultra, mega, hiper, cabeleira altíssima:http://www.swanfungus.com/2006/10/krautrocksampler.html

Aqui, o André Barkinski conta melhor sobre o livro:  http://andrebarcinski.blogfolha.uol.com.br/2012/04/03/sexo-drogas-e-chucrute-o-rock-alemao-esta-em-todo-lugar/

Grande abraço e até breve!!!”

Leonardo