gourmetization…

atripa

Assunto: Pra doido

“Bom dia Dupla Inoxidável!

Ouvi os comentários do Shogun a respeito do festival que era indiezação e virou playba pra caramba. E falo com propriedade pq tirando esse ano, estive presente em todas as edições e todos os dias de festival.
E ele levantou um ponto muito interessante mesmo, a entrada de um cervejaria.
As duas primeiras edições, que ocorreram no Jokey Club, foram feitas com patrocinio da Heineken. Inclusive a segunda edição, acho que foi o maior festival da história do nosso país, com The Killers, Pearl Jam, Black Keys e Queens of stone age como headliners, além de várias outras bandas que gostando ou não, dominavam o cenário indie na época.
Porém na terceira edição ocorreram três mudanças.
Local – o festival passou a ser no autodromo
Patrocínio – AMBEV patrocinando agora
Produtora – A GEO Eventos que fez os dois primeiros, que até era do grupo da Globo quebrou e quem passou a produzir foi a Tickets for fun.

Desde então ocorreu sim uma mudança de foco. Desde o primeiro, já davam importância para os Djs, contratando grandes nomes, e atraiam público que só se interessava na parte eletrônica. Porém de uns anos pra cá, além de trazer grandes nomes, estão trazendo vários nomes, colocando djs inclusive nos palcos principais, algo que não ocorria, eles ficavam relegados ao palco eletrônico, Perry.
Além disso a divulgação aumentou muito, o que levou a sábado desse ano, mesmo com um line-up bem xumbrega, ser o dia com recorde de público. Ou seja, os caras estão faturando mais e atraindo mais público, então é difícil voltar para aquele posicionamento que tinham no começo.,

E como o Mauval diz, é a mesma coisa que está acontecendo no futebol. Estão gourmetizando tudo, e a música já virou um negócio.

Grande abraço e continuem sendo essa reserva da música de doido, como diz o shogun, em uma sociedade que cada vez mais, vai aos festivais pela tirolesa e não na esperança de algum show strogonófica.”

Felipp