nas esquinas…

ainda agora, cruzei com meu camarada catatau.

disse ele:

– maurição, tá sabendo que o pessoal da festinha da CBF ligou pro sócrates perguntado porque ele não foi ao embalo?

+

assisti a vasco X fluminense num pé-sujo aqui perto.

nunca tive apetite para compartilhar essas emoções… mas fui.

o local tinha de tudo… gremista, listradinho, botafoguense, sãopaulino, vascaíno… tudo.

ao mesmo tempo, estava rolando listradinho X internacional… e o proprietário do estabelecimento, tricolor, claro, manteve a TV em vasco X flu.

o jogo rolava… e um listradinho, paramentado, não parava de falar… de “narrar” o jogo… e de encher o saco dizendo que a porra da televisão deveria mostrar os listradinhos… e não sossegava, comentando, aos griitos, o embate vasco X flu.

teve uma hora, que o dono do pico foi em direção ao aparelho e abaixou o som TOTAL, zerou o volume!

todos se espantaram… e reclamaram.

aí, o dono da cocada chegou a um palmo dos cornos do listradinho e latiu:

– porra, se tu quer ficar falando pra caralho, enchendo o saco, narrando o jogo, fica… e eu tiro o som!

o listradinho:

– porra, eu tô aqui te dando dinheiro, tenho direito…

o dono:

– tem porra nenhuma, não preciso do seu dinheiro, vai pro inferno com ele. vai embora. vai narrar na casa do caralho. vaza!

o listradinho botou a viola no saco… e o volume voltou para a felicidade de todos!

PQParille, eu quase infartei de tanto rir! FODA!

muitas horas depois, passei lá de novo…

e o listradinho continuava no mesmo lugar, nem tão firme… nem tão forte!

( :

+

no mesmo pico, semana passada, tinha um caboclo bozó… é, da vênus.

ele explicava a logistica da globo para transmitir os jogos finais do brasileirão…

aí, disse:

– geralmente quando um clássico blábláblá…

quando foi interrompido por um listradinho:

– pô, lá vem você com esse negócio de gerúndio, de geralmente…

quando levou a raquetada:

– ah, é… geralmente é gerúndio… e geraldo é particípio passado!

PQParille, só lendas!!!

( :

e pra fechar…

no dia em que registrei os roncatripas, estava eu observando as condições de luz, quando se aproximou um garoto – de uns 12 anos – simples, quase de rua, dizendo…

– olá, você tem umas moedas para eu fazer um lanche?

e respondi:

– rapá, eu vi você chegando e pensei em te pedir umas moedas para pagar uma conta aqui no bar

o garoto, olhou beeeeem no fundo dos meus zôio, sério… meteu a mão no bolso e me deu muitas moedas, das boas!

eu peguei, pensando que era brincadeira dele… mas assim que as moedas trocaram de mãos, ele – sempre sério – virou as costas e foi embora.

com cara de babaca, gritei: “volta aqui rapá, obrigado… mas as moedas são suas”

é mole?