o chorinho da glicério…

“Maurício,

Li o tópico “NYC” no site e fiquei com vontade de completar com minha experiência de Dylan, em San Francisco, Neil Young (1 vez, acústico, no Bridge Concert e a outra no Voodoo Festival, em New Orleans), Jack White, no Voodoo também e, fechando a tampa, pra matar o véio aqui, Leonard Cohen, em Austin. Tudo no pequeno espaço de 15 dias. É muita emoção pra um coração cinquentão  ;-))  Isso sem falar no First Aid Kit, no Fillmore de SF e as bandinhas de jazz nos bares de New Orleans. By the way, que cidade maneira! O espírito da reconstrução e do orgulho estão por toda parte. Isso é que é viradão!

Mas, dos shows, o Neil & Crazy Horse do Voodoo estavam eletricamente inspirados, o cara está cada vez mais energizado, fôlego de um garotão e domínio musical de um Beethoven do rock: Walk Like a Giant, do disco novo, foi especialmente arrepiante; Dylan, como disse o Gerson, foi muito parecido com o show do Rio, mas bem diferente também, não sei se por ele estar em “casa”, mas o show estava mais fluido, mais solto, e “musicalmente interativo” (mesmo sem ele trocar uma única palavra com a galera), se é que o cara pode ser chamado de comunicativo, at all….Quanto ao Mark Knopfler, apesar de só ter conseguido assistir a uns 30 minutos, me surpreendeu pela limpeza e beleza do seu som. E, o que dizer de Leonard Cohen e sua super banda? É melhor procurar umas reviews, porque não tenho palavras: basta dizer que foram mais de 3 horas de pura emoção, beleza, inspiração. Que puta elegância, tanto com o público, quanto com seus músicos. A Sharon Robinson cantando Alexandra Leaving foi de doer de tão bonito.

Agora, basta, até o fim do ano, curtir o chorinho na feira da Glicério, que estarei em paz com minhas necessidades musicais (até porque o ano foi bom pra cacete: Wilco em março, Dylan em abril, CS&N em junho, Paulinho da Viola 2 vezes, Chick Corea, Mogwai, Marisa Monte….).

Grande abraço,”     Mauro