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rodrigo, o faraó e a placa iNspiradora…

Assunto: Adaptation no front capixaba

“Salve Mauval, beleza pura?

Sigo me adaptando ao front capixaba com alegria. Mas a saudade do Rio aperta de um jeito inexplicåvel. Saudade e nostalgia.

Na foto, uma placa inspiradora, fica numa ladeira daqui de Vitória onde eu sempre passo. E ela me faz pensar um bocado no que ela quer dizer. Especialmente enquanto estou a bordo, de fone de ouvido e olho parado, totalmente high no jumboteco.

Que companhia! Obrigado Mauval e Nandão!

E o Pharoah Sanders? Ė Love Supreme nas alturas!

Abração,”
Rodrigo

claudia e o #424 se aproximando dos povos antigos…

Subject: a elevação espiritual sôNica
“mauricio,​ cá estou! demorei. é verdade…. mas precisava de um tempo para acalmar o tsunami emocional e juntar essas letrinhas. que lindeza a passagem do faraó no 
roNca. uma experiência transcendental, como disse nandão.
 
curioso é que essa “experiência” foi minha principal companhia ao longo de 2020.
no auge da quarentena, trocando mensagens com uma amiga, comentamos sobre o projeto “ô de casas” da mônica salmaso. segundo minha amiga, as apresentações da mônica e dos outros músicos (cada um no seu canto/casa) eram responsáveis por manter sua (dela) sanidade intacta. ela quis saber qual era a minha estratégia para amenizar os impactos do isolamento e as incertezas trazidas pela pandemia. respondi que tinha algumas. mas uma, em particular, era especial.
então contei a ela que estava ouvindo “upper egypt and lower egypt” todos os dias, praticamente usando como mantra.
 
meses mais tarde, assistindo a uma palestra (no youtube) da professora e filósofa lúcia helena galvão sobre civilizações antigas, ela comentava sobre os egípcios e como eles eram um povo ambicioso. construir cidades, erguer pirâmides sim, mas ela enfatizava que havia uma ambição maior, um anseio que norteava aquele povo. essa ambição era a conexão com a divindade. o sagrado que existe em cada um de nós. as leis, os costumes e toda organização social tinham que funcionar em harmonia com a maat.
 
na modernidade, esse anseio está praticamente adormecido na maioria de nós.
construímos telescópios espaciais para mapear o universo e planejamos colonizar planetas vizinhos num futuro próximo. mas, do ponto de vista espiritual,  parecemos bem menos ambiciosos.
 
acho que o #424 apontou um caminho –  quem sabe ouvindo mais o faraó, a gente se aproxima dos povos antigos e reacende a tal chama adormecia. quem sabe…
 
( :
 
beijos”
claudia

a “árvore” de são jujuba…

após um dos maiores vexames políticos do planeta futebol, o CRVG iniciou uma nova administração que promete levar o dito cujo à modernidade… ou seja, diante do atraso jurássico instalado, há décadas, pelos herdeiros de salazar – com muito esforço – os novos caciques da colina chegarão aos anos 80.

cacilds, o trabalho dessa rapeize será árduo para recolocar o CRVG nos trilhos de, pelo menos, um gerenciamento inteligente.

na longa fila de reparos imediatos, está o psicodélico sistema de luzes operado pelo CRVG para envergonhar seus adeptos… e que deverá ser implodido ainda nesse sementre. afinal, essa ferida é exibida, semanalmente, para todas as galáxias… mamãe!

logo mais, às 20:30, são jujuba receberá fluminense X botafogo e a patética iluminação do estádio será apresentada a novos torcedores.

na boa, com todo respeito ao futebol nigeriano, mas nem a série D de lá é jogada sob luz tão desrespeitosa… parece um balcão de churrascaria à beira de uma estrada abandonada.

well, well, well… pelo menos estamos respirando em (quase) todos os sentidos!

detalhe: a imagem acima me lembra um campo de pelada onde a sombra da árvore invade o campo… hahaha! (riso de nervoso)

andré, nei e robertinho…

Subject: feliz natal
“Salve Maurição!
Tô correndo atrás dos programas passados e nesse buraco de minhoca cheguei na noite de Natal. Uma belezura tudo! Desorientação maravilha sempre!
Escrevo pra pedir pra você mostrar o que, na minha humilde opinião, foi um dos pontos altos de 2020: “Nei Lopes, Projeto Coisa Fina e Guga Stroeter No Pagode Black Tie”. Uma maravilha! O Nei Lopes defende uma tese da pesada de que o pagode é uma das mudanças fundamentais na estética da música popular brasileira. Parte funda da piscina onde o Nei Lopes é um imperador dos mares e o Tom Zé já tinha dado umas braçadas.
Na maioria das resenhas que li, o disco é descrito como pagodes com arranjos de big band. E é o que é. Mas se a gente for mais fundo na coisa, o nome correto é banda de baile. As bandas de baile são um patrimônio esquecido e o Nei Lopes bota luz nesse tipo de som. Hoje, os bailes onde essas bandas tocam são o que chamam de “baile da terceira idade”. Mas o tipo de som das bandas de baile é coisa seríssima. É escola de músico.
Eu lembro de um show que assisti do Robertinho Silva no qual ele contou sobre como foi o convite do Milton Nascimento para tocar com ele. Ele contou que o telefone tocou e era o Milton o chamando para tocar. Sabe qual foi a resposta do Robertinho? “Não. Obrigado. Tô muito bem na minha banda de baile”. Ai ai ai… Sem mais.
Abração,

André

a bula do #424…

alceu valença – “tomara”

U2 – “cry/the electric co.” (ao vivo, 1981)

defalla – “instinto sexual”

ohio players – “fire”

elvis presley – “paralyzed”

los wembler’s – “sonido amazonico” (12″)

rachid taha – “rock the casbah”

tim hardin – “black sheep boy”

eric B & rakim – “paid in full” (12″)

pharoah sanders – “upper egypt, lower egypt”

zé kéti – “máscara negra” (7″)

los fabulosos cadillacs – “vos sabes”

pj harvey – “down by the water”

gerry & the pacemakers – “you’ll never walk alone”

ouça AQUI o programa