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rafael & king crimson em BsAs…

“Estimado MauVal, a galera porteña ficou completamente alucinada com a apresentação do King Crimson por aqui.
Cheguei em cima da hora, e a introdução com as três baterias começou assim que pus a bunda no assento.
A galera tava um pouco tímida no começo, mas, aos poucos, começou a se ouvir um “Roberto, te amo!” entre uma pausa e outra. Sim, Roberto, não Robert.
Eles não conseguiram se conter e mandavam ver no aliento mesmo sentados. Incrível.
Ao final da apresentação numa tocada apoteótica de 21st Century s man, eles não se aguentaram e levantaram pra soltar um “olé olé olé olé Crimson Crimson”.
Destaque também para atuação impecável dos snipers. O laser verde trabalhou como nunca e intimidou os mais abusados.
Eles só deram uma trégua no final, que foi quando aproveitei pra tirar esse retrato do Luna Park lotadinho só pra você sentir o clima. Isso na segunda noite de apresentação.

Abração!”

Rafael

 

nathalie, nathalie, nathalie (ou nathalie X 1000000000)…

Assunto: porcelaNa

“fala, Mauval!
Finalmente envio uma foto da porcelana! Demorei, mas, agora vai.
ontem a noite, ouvi o #356, não consegui ouvir “ao vivo” na semana passada…e, depois daquela puxada de orelha,hahaha resolvi fazer um registro singelo da porcelaNinha. segue a foto, no anexo.

mando também um áudio do amigo Willian, de Japeri, que pegou a que seria última caneca da Renaissance… ele tentando me consolar e mostrando os poderes de cura da porcelana rs (viraria vinheta facil, haha)
enfim, depois de altas sipitucas, resgatei uma caneca e está em minhas mãos!
tai na foto, como cê pode ver! 😛

depois de colocar a audição do ronca em dia, me embrenhei pela madrugada a dentro na companhia do nick cave e os bad seeds.
criei coragem e peguei o Ghosteen pra ouvir.
Que disco bonito. E, igualmente triste. Olhinhos fizeram blublu fortemente. Precisa estar preparada pra essa viagem
Tô meio sem palavras pra esse disco. Sigo impactada e tentando digerir Ghosteen. Rolou um abalo sísmico aqui e alta comoção em “Hollywood”, que já é a minha preferida. altas reflexões.
aproveitei os efeitos do disco e peguei os últimos textos que ele anda escrevendo, aquelas cartas em resposta aos fãs. Que coisa linda e de uma gentileza sem tamanho. Ele, sempre o melhor conselheiro e melhor que qualquer terapeuta. <3 hahah
chorei de novo, lendo as cartas. Nick Cave né, sempre arrancando lágrimas.

enxugando os olhos aqui…
ansiosa pra te ouvir falar sobre o tema King Crimson no arraial do Medina, no #357
e certa de mais choradeira com alguma música do Nick caverna nesse programa.

beijos pra ti e pro Nandão
avisa pra ele segurar a onda com esse veneno, hein! hahaha”

🙂
Nath

a bula do #357…

cream – “toad” (parte, ao vivo, 1968)

cream – “white room”

china – “consumo”

madness – “baggy trousers”

madness – “one step beyond”

heaven 17 – “let me go”

la lupita – “pa’larisa”

cuca – “todo con exceso”

joan baez -“no expectations”

arthur russell – “springfield”

massive attack & elizabeth fraser – “teardrop” (scream team remix, 12″)

fellini – “teu inglês”

frank sinatra – “that’s life”

frank sinatra – “my way”

king crimson – “indiscipline” (ao vivo, 2017)

jessye norman – “isoldes liebestod”

ouça AQUI o programa

nasceu, há 50 aninhos, para assombrar a humanidade…

Como obra-prima do King Crimson levou o rock a ‘Dark side of the moon’

Lançado há 50 anos, em 10 de outubro de 1969, o álbum ‘In the court of the Crimson King’ inspirou bandas como Yes e Pink Floyd

LONDRES — Cinquenta anos atrás, em Londres, todo mundo que se interessava em música estava falando sobre uma extraordinária banda nova. Eles ainda não haviam lançado um álbum, mas apresentavam sua mistura inovadora de rock, jazz, música clássica e psicodélica em shows ao vivo. Um desses shows foi para meio milhão de pessoas, abrindo para os Rolling Stones no Hyde Park. Outro fez um ilustre membro da plateia, Jimi Hendrix, chamá-los de melhor banda do mundo.

 As revistas de música (bíblias para os fãs no período pré-digital) destacavam algumas características e as gravadoras disputavam seu contrato. A banda se chamava King Crimson e seu primeiro álbum foi “In the court of the Crimson King”, lançado há 50 anos, em 10 de outubro de 1969. Assim como “Nevermind”, do Nirvana, “Ziggy Stardust”, de David Bowie, e a estreia homônima do Run DMC, foi definidor de um gênero.

As cinco canções eram pastorais, pesadas, extravagantes e até simples, com riffs apocalípticos se misturando a influências do hard rock, do jazz clássico e moderno até canções da Idade Média.

— Foi um divisor de águas — diz Ian McDonald fundador da banda e um dos co-autores das canções do do álbum. — Lembro de ouvir e pensar: “O que é isso?”. As bandas voltavam para repensar suas músicas quando ouviram. Eu sei que o Yes fez isso quando ouviu.

Isso pode não ter sido completamente bom. Apenas quatro anos depois, o Yes lançou seu álbum “Tales from topographic oceans”, uma composição única dividida em quatro lados do vinil e inspirada em uma nota de rodapé na autobiografia de um místico indiano. Na turnê, o palco trazia casulos de fibra de vidro que em um show não se abriram, deixando o baixista preso. As canções eram tão longas que uma vez o tecladista Rick Wakeman pediu uma refeição no palco e comeu enquanto os outros membros da banda tocavam. Mas isso dificilmente poderia ter sido previsto quando “In the court of the Crimson King” foi lançado.

— Nunca pensamos nisso como rock progressivo — diz McDonald, que tocava flauta, saxofone e teclado. — É até engraçado, esse termo não era usado. Só fizemos o que achávamos que a música precisava.

– A transição do blues ao jazz

O King Crimson não foi a única banda britânica em 1969 a abandonar o elemento blues do rock e buscar a complexidade e virtuosismo do clássico e do jazz. Em setembro daquele ano, o Deep Purple se apresentaria para grupos e orquestras com a Royal Philarmonic no Albert Hall; álbuns de referência de The Moody Blues, Procol Harum, Genesis, Yes, Pink Floyd e outros foram lançados; e bandas da futura realeza do prog-rock, como Wishbone Ash, Hawkwind e Supertramp, estavam sendo formadas. Mas “In the court of the Crimson King” foi o momento decisivo, “uma obra-prima misteriosa”, de acordo com Pete Townshend, do The Who.

O grupo era (e ainda é) liderado pelo mago da guitarra Robert Fripp, um mestre em afinações incomuns e acordes e vozes complexas, diz McDonald. Fripp é o único membro permanente do King Crimson nesses 50 anos. O baixista e vocalista principal era Greg Lake, que mais tarde iria se transferir para a superbanda Emerson Lake & Palmer.

McDonald, co-fundador da Foreigner, gigante do final da década de 1970 (“I want to know what love is”), trouxe uma série de influências — “banda de exército, coros de vozes masculinas, trios de jazz…”. Um solo de flauta que ele toca na faixa-título “é um aceno direto a Scheherazade [de Rimsky-Korsakov] ”. As letras do poeta Peter Sinfield, sem querer, estabeleceram um modelo para grande parte do rock progressivo, admite McDonald.

— Algumas pareciam medievais. Infelizmente, isso significa que as pessoas pensam que o rock progressivo precisa ter dragões e fadas.

–  As capas viram obras de arte

Outro elemento que virou modelo para o rock progressivo foi a capa do álbum: um pesadelo de cores vivas pintado por um amigo de Sinfield, Barry Godber. Aquela capa parecia ter transcendido a simples embalagem para se tornar arte, da mesma forma que a música ia além das formas simplistas do pop da época. Os lançamentos seguintes aprenderam essa lição — as paisagens alienígenas de Roger Dean alavancaram a popularidade do Yes quanto as letras místicas.

“In the Court of the Crimson King” abriu muitas portas. Yes, ELP, Pink Floyd e outros venderam dezenas de milhões de álbuns de rock progressivo — só “Dark Side of the Moon”, do Pink Floyd, já vendeu quase 50 milhões de cópias desde seu lançamento, em 1973.

Mas então veio o punk rock com seu minimalismo “faça vocêmesmo” e ética de lo-fi que quase instantaneamente fizeram qualquer esforço progressivo parecer ridículo. Robert Fripp não ficou surpreso — muitas bandas progressivas saíram “tragicamente do caminho”, disse ele, acrescentando: “O King Crimson teve a inteligência de deixar de existir em 1974; o que torna aqueles que associam a banda aos ‘excessos bombásticos do rock progressivo’ no mínimo idiotas”.

No entanto, o rock progressivo se recusa a morrer. Annie Clark (St Vincent) descreve como aprendeu na adolescência a tocar Jethro Tull, uma das bandas que mudou seu som por causa de “In the court of the Crimson King” — numa sala de prática com um pôster do King Crimson. Ao memso tempo, bandas como Marillion, Radiohead, Mars Volta e Muse usam, abusam ou reinventam o rock progressivo (mesmo que, como o Radiohead, eles se recusem veementemente a admiti-lo). E Fripp reformou o King Crimson várias vezes, com várias formações – este mês, a última encarnação encerra uma turnê mundial, com direito a passagem pelo Rock in Rio .

Enquanto isso, como diz McDonald, “50 anos depois, o álbum ainda se mantém”. Ele está certo. E isso é muito mais do que se pode dizer sobre “Tales of Topographic Oceans”.

claudio & as raridades (ou tem coisas assim)…

Assunto: Foto da Raridade

“Olá Mauricio e Nando! Tem muito tempo que comprei a caneca, logo na primeira leva do Bibi que dava como brinde pela consumação. Comprei a minha na loja do Shopping Tijuca, logo no dia seguinte ao programa em que você anunciou a venda delas. Imaginei vários cenários para compor a foto, até mesmo na rua. No final foi em casa mesmo, junto com outras relíquias que ganhei nas festas do nosso ronquinha, veladas pelos olhos poderosos de Faye Dunaway e Robert De Niro. Dois cds: um duplo do Hendrix numa do Santa Fé e uma coletânea que ganhei na do Ballroom. E um adesivo para o carro do programa que na época da Globo FM chamava-se “RADIOLLA” e era toda quarta das 22 até meia noite. Saí de casa no Méier para pegar os meus na rua do Russell, quase meia-noite. Eram dois. Esse que aparece na foto está no meu carro atualmente. Para quem perguntava o que era aquele adesivo, eu dizia: “É o programa do meu amigo Mauricio!”. Tem coisas assim, que fazem parte da nossa vida para sempre.
Um Grande Abraço!”
Claudio

o #357, hoje, às 22h, aqui mesmo no poleiro…

jumboteKo de bússola esmigalhada, ao som de massacrantes comentários sobre “coringa” e “arraiá do medina” com nandão cuspindo parafuso enferrujado + joan baez, china, arthur russell, fellini, sinatra, la lupita, king crimson, heaven 17, massive attack… e muito mais. sinistróide!

hoje, às 22h, aqui mesmo no poleiro + deezer, spotify (?!), itunes, tunein, mixcloud, castbox, pocketcasts… e a novidade playerfm