ok… mas imagina a encrenca que vai ser a operação!
imagina a “taxa” que eles irão cobrar quando você religar as trapizongas!
depois, conta aqui pra gente!
ok… mas imagina a encrenca que vai ser a operação!
imagina a “taxa” que eles irão cobrar quando você religar as trapizongas!
depois, conta aqui pra gente!
Assunto: #221“Salve Mauvall,Que programa bonito foi o #221! Um dos principais ensinamentos que levo do ronquinha é a não obrigatoriedade de comemorar data alguma, lembro que foi libertador quando ouvi essa ideia sei lá quantos anos atrás, já estava esperando o clima anti carnavalesco quando me deparo com uma edição totalmente diferente. Ao ouvir o programa dessa semana tenho a impressão que ao escutá-lo novamente vou sentir a mesma emoção da primeira vez, o que quero dizer com isso é: rememorar só o que faz sentido, saca?! Marcar uma data com essência e não como tradição. Foi incrível perceber a música como silêncio, e que silêncio doloroso! Enfim foi bonito demais, pra não perder o hábito sugiro alguma coisa do Rômulo Fróes nas próximas edições.Abraços”Elvison
circulando pela parte fuNda da piscina, o jornalista ricardo schott (apresentador do programa “acorde” na rádio roquette pinto fm) reverberou o #221 com as seguintes letrinhas:
“O roNca roNca de ontem está muito bonito. E muito triste. O repertório (apresentado sem as aparições de Mauricio Valladares e Shogun) é inteiramente dedicado a uma amiga do programa que saiu de cena na segunda de carnaval. Se fazer rádio decente (na web ou na FM) hoje em dia é um ato de coragem, fazer um programa como esses é um procedimento bem mais corajoso ainda.”
“Hallo, Rio!
Cheguei hoje para um novo período na terra onde sol brilha o ano todo e mesmo que o pão não seja tão bom, tem tapioca, acerola e pão de queijo.
Na bagagem, além do mestrado, o privilégio da experiência de uma nova língua, histórias, paisagens, pensamentos e culturas. A Alemanha é foda, tudo funciona, o social ainda prevalece, investem muito em cultura e a Berlim inspira mesmo! Por dois anos estudei no prédio da Bauhaus, absorvi muito de suas ideias e lá também desenvolvi habilidades manuais que jamais imaginei. Hoje meu sonho de consumo é uma puta furadeira sem fio, veja só! Também me meti no mundo novo da programação, voltei a estudar trigonometria, aprendi a soldar, fico feliz ao experimentar um novo sensor e tenho até um projeto de IoT em desenvolvimento. Sou do vídeo e este continua sendo meu principal meio de expressão, mas agora contar histórias ganhou mais ferramentas artísticas.
E virando os 30, veio o peso de decidir qual futuro eu quero, contrabalançado à leveza de saber que as coisas podem sempre mudar completamente. E mesmo contra todas as recomendações de exílio em tempo de governo ilegítimo, segurança crítica e trabalho escasso, decidi voltar pro Brasil, me juntar aos meus na luta e resistência. Junto com o processo usual de adaptação, peço paciência aos mais próximos… aprendi bem a reclamar com eles lá e vivi pouco do golpe ainda. Mas venho com força e coragem de fazer funcionar a vida por aqui!
E nossa maior arma é amar. Em meio a tanto ódio declarado ganhando espaço, é hora de amar ainda mais. Amar o próximo, o diferente e mesmo o incompreensível. Eu tenho a sorte grande de voltar a conviver com gente tão incrível e tão amada nas bandas de cá. Mais ainda tenho a alegria de ficar bem próxima agora do namorado que enfrentou a distância, acreditou nesse futuro juntos e tem me ajudado tanto nessa transição. Vai ter muito amor sim!
Rio, é carnaval!
Essa semana me encontra na rua, nas outras manda jobs! No ano inteiro, que seja gentil comigo!”
que a gente imprima essa derradeira mensagem da liana e a coloque, exatamente, no primeiro ponto que a vista alcança… diariamente, todos os dias, pra sempre…
this is religion
“ela chegou e partiu num carnaval.
completou 30 anos há poucas semanas. completou também um mestrado na bauhaus e uma estadia em berlim. ciclo encerrado, ela disse. voltou pro verão carioca, pro calor dos amigos e pros beijos do companheiro tão amado. ‘bom tê-la de volta’, comemoramos.
estava radiante, esbanjando ainda mais felicidade e amor, sentimentos que articulava com habilidade impressionante.
nos encontramos, pele com pele, pela última vez num bloco de carnaval. porque tinha que ser assim. a última linda e poderosa imagem que guardo é daquela índia, com pintura de urucum realçando os olhos negros, entoando fora temer entre as marchinhas do prata preta. era ela, pura e ela. forte, combativa, festiva, destemida, companheira, realizadora… e o sorriso de arrebentar qualquer um de paixão.
ficam a saudade e o mistério de uma condição que ela, pela pressa que tinha de viver, no fundo, parecia saber: nossa estadia é um sopro”….
christina – “quantas lágrimas”
patti smith – “banga”
johnny winter – “bad luck and trouble”
patti smith – “april fool”
john martyn – “the sky is crying”
patti smith – “amerigo”
jim james – “state of the art”
milton nascimento – “testamento”
não alimente os animais – “king kong”
public image limited – “this is religion 2”
kode 9 – “magnetic city”
larry coryell – “the great escape”
código ternário – “código ternário”
tinariwen – “tiwàyyen”
orlando silva – “chora cavaquinho”
silvio santos – “índio quer dançar”
siba – “marcha macia”
patti smith – “maria”
jo ann kelly – “louisiana blues”
patti smith – “after the gold rush”
little joy – “shoulder to shoulder” (ao vivo no roNca, em 3fev2009)
patti smith – “nine”
sun ra – “where pathways meet”
tinariwen – “arhegh and annágh”
paulo moura – “bicho papão”
francisco alves – “foi ela”
patti smith – “this is the girl”
“This is the Girl
This the blind that turned in wine
This is the wine of the house it is said
This is the Girl who Yearned to be heard
So Much for cradling a smoldering bird
This is the Girl”
(Patti Smith)
2017 pegando pesado. igualzinho ao ano passado… arrancando o coração pela boca. sufocando. esmigalhando os sentimentos. enchendo baldes e baldes de tristeza.
liana morava em berlim mas voltou, definitivamente, ao brasa no sábado de carnaval… pro carnaval e pra fazer uma nova vida na cidade de são sebastião… tão distante de brasília, o berço, a existência quase toda.
“olhos negros” (assim um poeta a batizou) circulava muito aqui pelo tico, pelo jumboteKo… fissurada em música, arte, design. apaixonadaça por momo, the king… tanto, mas tanto, que pousou no planeta em pleno reinado dele, há três décadas exatas… e nos abandonou justo numa segunda feira gorda dele.
– chegará o dia em que vou ouvir o “banga”, em vinil, com você… na sua casa.
pois chegou… e na nossa casa, hoje!
L.O.V.E
voa passarinho voa…
tristeza brutal
) :
carnaval / rio de janeiro / fevereiro1977