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ficar. ouvindo. música.

ferrare

Gov, my gov, tô felizão. Queria te dizer isso, meu amigo. De repente a vida aqui ganhou outra textura. Tô vivendo um lance de outra dimensão cósmica. Sabe que eu não sou religioso, mas é espiritual. Espiritual é a palavra. Como as músicas do Mumuzinho que ela mais gosta. Porque rola isso de ficar ouvindo música. Ficar. Ouvindo. Música. E papeando horas. Ou até nos olhando. Demoradamente, pra só então dizer oi. Já aprendemos bastante das potências sutis da vista. Na verdade, a gente tá aprendendo ainda. A gente sabe que sabe pouco e gosta de terapia, saca. É uma beleza. Por isso, a gente se desembaraça. Acreditamos no processo e no tempo conspirando a nosso favor. Já se conhece pra carai. Putz, peguei carai com ela e ela tá cheia daquelas minhas mãos. Fica engraçadíssimo nela. A gente ri. Tamos, por exemplo, nos especializando em improviso de tropeções. Desse jeito, qualquer cantinho, qualquer beco é divino e maravilhoso. Podemos ser uma festa inteira. Ficar em casa é uma Puta night. São pistas de danças, sabe. Como eu me divirto com ela. E ela brilha no salão. Uma lindeza de ver dançar. De suspirar e tudo. Transborda dela um tipo de luz, sabia. Eu vejo. Ela me emociona. As vezes distraído choro de felicidade. Acontece. Tô no fluxo da vida. Outro dia eu também tava deitado numa rede, era fim de tarde, ela tava deitada no meu peito, tinha um coqueiro altão balançando calmo, não tinha como não chorar, entende. A gente se cresce por dentro. Ela me ilumina, me alarga. É minha paixão alegre. Tanta coisa já é, e ainda tem uma extensão. Outro pedaço dela. Menina Manuela. Que quando me conheceu veio caminhando em silêncio, chegou bem perto, apoiou o indicador de criança sobre o meu umbigo e disse carinhosa: que fofo. Carai. Obrigado, obrigado, obrigado, universo.

Minha Gata, assim dito de boca cheia, à moda suburbana de quem veio de Realengo. Você é foda. Seu aniversário foi essa semana e eu te desejo um novo ano gostosãum. Tô contigo e temos o mundo inteiro. Amo você cada dia um espaço maior. Mesmo.

Ummagumma Ferrare, direto do PROJAC (24 cápsulas por dia), receita por Dra. Nise da Silveira, Coconut Groove, UK

o #185, hoje, às 22h…

185

vamos começar pelo petisco mais inoxidável de logo mais: novíssima vinheta da carmela (prepare seu coração) + shogun apresenta uma inédita via pr’aTRIPA faturar um “faz-me rir” (sério, muuuuito sério) + “cine shogun” especial para DUBlin + victor jara, PJ & TY, big star, osmar milito, dr. alimantado, romulo fróes, cate le bon, sir victor uwaifo, ramsey lewis trio, captain beefheart… & o diaboA4.

dose!

o arrepio no busão…

atripa

Assunto: êxtase
“Mauricio..
o filósofo Peter Berger descreve como êxtase  a forma mais radical de recusa da mediocrização e alienação social.
E o que foi o último programa senão todo o êxtase que a música pode proporcionar?
Ao terminar “The Ministry of Defence”, deu para sentir todo o clima do estúdio… sua respiração… a emoção que nos tira de nossa merda rotineira. Eu estava no onibus, a caminho do trabalho… e senti um arrepio, uma sensação de que “bateu forte”…
porra mauricio… obrigado… muito, muito, muito obrigado cara”
Leandro

trocando o disco…

atripa

Assunto: Quando se fala a mesma língua.
“Salve MauVal. Salve Shogun.
Sou meio viciado em podcasts e vivo procurando novos programas para degustar.
Faz umas três semanas, que encontrei o podcast “Troca o disco” e me deparei hoje com o programa 80 de título “banalização da cultura” e me empolguei ao ouvi-lo e perceber o quanto podemos discutir sobre a sociedade através da música.
Boa audição.”
Marcelo

vai um disquinho aí?

feira2

um detalhe interessante, principalmente, aos que se apaixonaram por vinil nos últimos tempos: você pode até se arrepender de não ter colocado as garras sobre determinado disco mas fique certo que um dia ele cruzará seu caminho… basta procurar.

resumindo a ópera, não vale a pena se aporrinhar pelo leite derramado, estourar o bol$o ou entrar em disputa corporal (tipo acima) para conseguir qualquer que seja a pepita… mas não vale mesmo.

até porque, na maioria dos casos, você não estaria atrás do compacto de uma banda búlgara, lançado em 1966, com tiragem de doze cópias, procede?

e vamos combinar que essa banda deve ser ruim pra meirelles (hahaha)… afinal, se fosse boazinha, teria mais gente interessada nela para aumentar a circulação.

o mais importante de tudo é a Música, em qualquer suporte (vinil, K7, cd, MP3, digital).

cheers

( :

a “feira” & a feira…

feira2

excelente a feira de discos que aconteceu, hoje, aqui no rio. muitas ofertas a bons preços e outras tantas pra lá de salgadas… como sempre, um dos pontos mais positivos é encontrar a rapeize fissuradaça em música.

mas o fato é que, como em 110% das situations no brasa, sempre fica aquele gostinho do “alguém me passou pra trás” ou “tem gente se dando bem e não é a maioria”.

esclarecendo: como você bem sabe, o mercado do vinil tomou proporções $inistróide$… sobretudo, a compra&venda das edições originais da música brasileira. com essa nova po$$ibilidade de faturar, muuuuuita gente mergulhou na comercialização das pepitas.

ok, ótimo, quanto mais interessados na cena melhor pra todo mundo.

acontece – e não é novidade – uma feira como a de hoje sofre interferências barra pesada dos que são, a princípio, meramente, intere$$ados nos discos… captou?

ou seja, quem está por dentro da feira – por exemplo, administradores/expositores – coloca em prática uma feira extra exclusiva para essa tchurma.

tipo, o horário de “abertura” da “feira” foi 11h… pois bem, teve neguinho “da$ interna$” que chegou às 9 da matina para “recepcionar” os vendedores… na calçada do bennett, local da “feira”.

outra, determinado expositor/vendedor cascudão aqui do rio, quase sempre chega com a “feira” beeeeem começada… como o material dele é muito especial, quando o elemento estaciona o carango, os “intere$$ados” montam uma tropa de choque em frente ao espaço – ainda vazio – do referido comerciante e ali ficam até os discos serem colocados à venda.

a fotoca de hoje é, exatamente, no instante do “sinal verde”… dá pra perceber que das três caixas com discos, duas (ou as três) estão sendo operadas “a socos & pontapés” por gente com crachá da “feira”… manjou?

prestenção, esse relato está longe, muuuuuuito longe, do chororô de alguém ter levado um Lp que eu estava querendo ou qualquer situação parecida. o que importa é a corriqueira sensação que a grande maioria jamais terá acesso à Feira como ela deveria ser.

fica aqui a idéia dos expositores/vendedores criarem uma feira exclusiva para eles… coisa normalíssima em qualquer mercado muito concorrido…. e aí, depois deles terem feito todos os negócios possíveis, eles montam uma feira para os que, simplesmente, ambicionam adquirir discos com alguma “prioridade” e que são os verdadeiros responsáveis por fazer essa roda girar… tadinhos de nós!

simples a$$im

ah, pra fechar… na saideira, passei pelo ponto da rapaziada bacanuda da tropicália discos (bruno & márcio) e avistei um sujeito embolsando o que seria um dos meus discos mais desejáveis do dia: “sound” de roscoe mitchell.

olhei pro cara e disse: caramba você está levando um disco monumental que tenho numa reedição. essa versão original da delmark é alucinante.

o sortudo disse: estou com o dinheiro curto se é pra gastar que seja com algo foda.

e eu deixei a feira felizão por saber que, a essa hora, roscoe mitchell está deixando um apaixonado por música coladindo no teto!

simples assim

a oNda…

atripa

Assunto: #184 ou bateu uma onda forte
“salve, Mauval!
Boa noite.

Chegando agora na área… domingão à noite.
Um atraso de 5 dias, mas tá valendo.
A crise chegou freneticamente aqui em Caxias e me impossibilitou de ouvir, ritualmente, o programa na terça-feira às 22h.
Fiquei esses dias todos na correria, internet bichada e só hoje consegui baixar o #184
ouvindo agora e alucinada com essa 1 horinha de programa… só você mesmo, pra tocar a PJ na íntegra 💙

Todo meu amor à você, Mauricio.

Abraços,”

Nathalie
🙂

diegão+DUBlin+guiNNess…

Assunto: dublin
“Porra, Maurição…
Na chegada aqui  muitos , mas muitos bares…. e ela
E tbm outras
No mais  agora é só aguardar o momento de começar a labuta …
Com o verdao na ponta … foi só sair do brasa hahaha
roNca aqui só quarta por causa do fuso…
From roNca Dublin embassy
Best regards”
Diego
diego.guinness

joão iNforma de berlim (ou assange + pj harvey)…

assange

O assunto é o evento com a participação da PJ Harvey que vai rolar hoje aqui em Berlin e será transmitido pela Web. O pagode começa às 20:30h daqui, aTRIPA tem que contar as 5 horinhas de diferença, ou seja, começa aí às 15:30. Acho que aTRIPA merece conferir esse papo. Segue a descrição:
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A live discussion with Julian Assange via videolink; present at the Volksbühne in Berlin will be: William Binney (U.S. intelligence official), Sarah Harrison, Angela Richter, Michael Sontheimer and Hans-Christian Ströbele. Special Guest: PJ Harvey

Discussion in German and English, simultaneous interpretation provided.

Surveillance does not stop at the national border. Online data of millions of citizens worldwide are stored in databases and state archives of intelligence services. Julian Assange was one of the first net activists to make this new form of global surveillance and information control public introducing the platform WikiLeaks as a counter-project to secure transparency.

On June 19th 2016 a worldwide network of resistance will mark the 4th anniversary of his refuge in the Ecuadorean embassy in London. The event will be taking place simultaneously at venues in Berlin, London, Paris, New York, Sydney, Quito, Naples and Geneva focussing on the crucial significance of freedom of information for all and the important work whistleblowers and investigative journalists do. And of course there will be a case for supporting the over 500 organisations and law professionals who have called on the Swedish and British authorities to free Assange and respect the recent decision of the UN Working Group that he has been arbitrarily detained.

WikiLeaks activist Sarah Harrison, William Binney (U.S. intelligence official), Hans-Christian Ströbele (politician Bündnis 90/Die Grünen) and the journalist Michael Sontheimer will debate the challenges of big data, the ethics of “breaches of secrecy” and the responsibility of policy makers live at a round table at the Volksbühne hosted by the German theatre director Angela Richter, who has met with whistleblowers for several years and uses these experiences in her directorial work.

Followed by this, Julian Assange will join the conversation via video link presented in all these places simultaneously. Special guest in Volksbühne am Rosa-Luxemburg-Platz: PJ Harvey

There will also be a livestream of the event without simultaneous translation via our website! A video recording of the event including the simultaneous translation will be published 1-2 days after the event via our website and Vimeo-channel. http://www.volksbuehne-berlin.de/