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o #166, HOJE, aqui mesmo, às 22h…

166

com muita serpentina, smirnoff, paetê, antarctica, confete & samba no pé (?!)… o #166 começa a fechar o reinado de momo com: iron butterfly, wobble-edge-czukay, martha & the vandellas, marvin gaye, the zutons, picassos falsos, husker du, gerônimo, ray charles, the ex, ryuichi sakamoto, sir van “the man”… & o diabo A4!

requebra aí!

josh,jack,shogun & mônica…

shogun

“Oi Mauricio, tudo bem?

Quero dizer que em todos esses anos que acompanho o Ronca Ronca nunca ouvi criatura mais sem papas na língua que o Shogun. É impressionante a má vontade dele com  o Jack White tá sobrando até pro Josh Homme  um dos poucos caras que gosto desse novo cenário musical. De todos que te ajudaram  a fazer  o programa o Shogun é o que tem mais a cara do programa como diria o Nicolas: ele existe? Espero que você e o Shogun continuem juntos por muito tempo.”

Mônica

P.S.: pergunta pro Shogun o que ele acha do Jack como baterista

rei momo, pica pau e mágico de oz…

ferrare

Governador Valladares, diz a lenda que o carnaval acaba amanhã, mas já disseram a mesma coisa em relação a zika, a inflação, desemprego, dilmorreia e outras moléstias. Fato é, Gov. my Gov. vara no branco, pinto no i, preto na branca, é que estou apaixonado como uma garoupa em águas profundas. Minhe nêga, digo, chefe supremo, Kim Jong-un tropical, tenho algumas certezas nessa vida bandida mas só uma vem à tona: certeza 1 – ninguém entendeu picas do meu ultimo descarrego, Pietro Gabrielli. Sabe por que, Aizita, digo, Gov. my Gov.? Sabe por que? Porque ninguém conhece Genesis, Peter Gabriel, ninguém conhece Watcher of The Skies. Se fosse sobre Naldo, Cassiano, Brasileirinho (ninguém sabe quem são), Mumuzinho ou Maurice White, o Dostoieviski dos funkeiros, a ficha ia cair no ato. Ouvintes e ouvintas do Ronca Ronca estão viajando e isso aqui está tomado por uma horda de taparracas mineiras, gaúchas e paulistas (FOTO) que vem ao Rio consumir vara.com.br. Só isso. Vara! Muita Vara! E depois, quem sabe, beber um copo dágua e ir até a sua casa fazer o que você batizou de “overdub na chavasca”. Nunca entendi por que suas clientes saem de sua toca com ares de Helena Rubinstein (ninguém sabe quem é) misturada com aquela gostosa que aparece vestida na lata de Leite Moça. Ninguém me entende, mas ela entendeu. Nesse carnaval me apaixonei por um obscuro objeto do desejo que jamais conquistarei. Ela vinha no alto do carro de som, seminua e exibida como árvore de Natal no Lincoln Center (ninguém sabe quem é) , enquanto eu, distraído, em vez de vender comecei a doar LSD para o povo. Ela olhou para mim, desceu o olhar, contemplou minha vara apocalíptica e aflita e fez sinal de positivo. Louco, arrebatado como Antonio Maria (ninguém sabe quem é) com a jeba em riste sob o manto da fantasia de Lustre de Puteiro (ninguém sabe o que é), acompanhei minha musa durante os 37 quilômetros de sangue, suor, calor filho da puta, e lágrimas, aturando marchinhas contemporâneas de merda. Quando bloco chegou em Irajá, totalmente ensandecido e recitando Sade, François Rabelais e Bel Marques (esse todo mundo conhece) na onda de meu LSD à la SUS, de graça, ela desceu do carro de som. Nervoso, boca seca, trêmulo, arranquei a minha fantasia e partir pra dentro e caí com os cornos no asfalto onde entrei na porrada. Acordei na UPA de Bangu e minha vara na UPA de Jacarepagua. Ambos perguntando, “a deusa era fato, boato ou onda do LSD adoidado?”. Agradeci ao Rei Momo, Pica Pau e ao Mágico de Oz (ninguém sabe quem são) na enfermaria e, mesmo escalavrado, voltei pra zona. Ummagumma Ferrare – Syd Barrett Museum (ninguém sabe o que é) , Vargem Pequena, Vara Longa, UK.

chico, galo & aTRIPA…

Assunto: MaNto & Mundo Livre & Otto no Galo da Madrugada
“Fala, Mauricio!
Prestenção no cineminha da presença inoxidável do MaNto (antigo & castigado pelo uso excessivo) com Mundo Livre S/A & Otto no desfile do Galo da Madrugada, no sábado, em homenagem aos 50 anos de Chico Science. Apenas cinco horas de show!
Estamos ao vivo. Sempre.

Tem carnaval.”

Leon
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Pietro Gabrielle…

ferrare

Governador Valladares, tudo embaixo? Continuo perambulando pelo Rio de Janeiro, 57 graus à sombra, com saudade do Senegal e do concurso Miss Shortinho de Dakar. Huuuummmmm, cada mulata, cada taparraca rebelde (não existe depilação na Africa Bambáta) com a cabeleira de James Brown, cada coito tórrido sob o manto da noite, da fome, da varíola, do tétano, da gonô. Ah, Senegal Senegal, saudade do seu carnaval.
Estou na Mauá Boullevard onde inauguraram uma espécie de asa delta gigantesca que lembra urubu dos Andes. Eu estava por ali faturando algum e um cara que se diz seu amigo, o anglo-boliviano Pietro Gabrielle (FOTO), parecia perdido, segundo ele “envolto em mais uma crise de depressão misturada com cornofobia que sempre me assola no carnaval, Natal, Reveillon, Pascoa, 7 de setembro, 14 de julho, Saint John, Saint Peter, Saint George, Saint Ringo, Saint Morrissey e até 31 de março”…  E completou o desabafo: “governador Valladares me conhece porque eu estava tentando me atirar da Torre Big Dick em London Calling e ele me interrompeu com uma frase profunda, aguda, marcante, que me faz chorar…” (o cara parou, chorou e voltou a falar)… “governador Valladares me disse  – Pedro, se joga logo da porra dessa torre mas antes deixa eu preparar a minha xeretinha. Esse salto eu não perco de jeito nenhum”. Ele falou em português mas  entendi a solidariedade. Quando eu vim aqui me deprimir nos anos 80 e tentei me atirar dali da Perimetral…. cadê…? cadê, negro escroto? Cadê The Perimetral Highway?” Expliquei ao homem que a Perimetral tinha sido roubada junto com umas vigas de aço e em seu lugar tinha entrado aquele urubu andino que o povo xinga de Tomorrow Never Knows Museum, vulgo, Museu sem Imagem e sem Som. Emocionado, o homem cuspiu na mão e veio me cumprimentar sussurrando “Please to meet you, the name of this band is Pietro Gabrielle (FOTO), cantante e compositor do piscinão de UK. Você não está me reconhecendo porque é preto e além do mais estou fantasiado de From Genesis to Revelation, traje pornô da Inglaterra Vitoriana dos anos 70, mais conhecida como Berro Dágua.”
Gov. my Gov. ele começou a rodar como pomba gira, cuspindo no chão e cantando um ponto de umbanda muito conhecido: “Watcher of the skies watcher of all / His is a world alone no world is his own… e se jogou no chão em prantos, berrando “pára, pára, pára negro, pára nanquim sórdido, pára”. Minha nêga, digo, meu líder não me restou outra opção senão chutar os cornos daquele bicho esquisito que no auge da choradeira deu vexame, gemeu “quero tocar no Ronca Ronccaaaaaa. mamãe eu quero…mamãe eu quero”. Gov. sem querer me meter na sua privada vida, quem é esse seu esquisito amigo anglo-boliviano Pietro Gabrielle? Ummagumma Ferrarre, Mauá Place, Downtown, UK.