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a maioria…

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quarta feira, no trajeto para a foto rio 2015, avistei quatro pessoas conhecidas. dessas que paramos rapidinho, batemos papo sem demora, tudo longe de grandes emoções… mas encontros que vão além de um simples acenar… sacume, né?

pois bem, nas quatro situações – uma no busão / duas no metrô / uma ao sair na estação cinelândia – nenhuma das peças me viu… sabe por quê? adivinha! as quatro estavam com os cornos enfiados em seus respectivos celulares.

ok, tudo bem, como já foi dito aqui, nossos encontros não teriam nada de tão imperdível… mas e os amigos mais vibrantes, que elas deixaram de ver? e o tudo em volta que elas, também, não perceberam? ontem à noite, depois de sofrer contra o cruzeiro, ali na pastelaria, ao passar por um desses restaurantes turbinados, todos os SEIS ocupantes de uma mesa estavam mergulhados na bagaça celulenta… PQParille!

em pouquíssimo tempo, a maioria absoluta dos seres planetários não enxergará nada que ultrapasse os limites do smartphone… ok, essa tchuma terá a vantagem de não testemunhar o momento exato do apocalipse… que sorte!

tenho um chapa italiano que reside no rio de janeura. o filhote nasceu aqui e a mamãe é brazuka. ano passado, ele me disse que o garoto (uns oito anos), mesmo sob brutal pressão familiar (materna) para ser listradinho, estava inoxidavelmente (?!) conectado ao vasco… gerando um MEGA mal estar no domicílio.

o pai, torcedor fervoroso do juventus (turim) não estava nem aí, tanto faz como tanto fez. até que, semana passada, depois da final da champions league (barça 3 X 1 juventus), cruzei com o paolo e cheguei com o pé na porta: “e aí, seu filho segue torcendo pro vasco?”. ele…

“é ruim, hein? além da família, todos os colegas da escola são listradinhos. mudou total. mas isso não é nada perto dele ter torcido pro barcelona na final da champions”

eu: “caramba, que dor no coração. que filhinho mais desnaturado, hein? triste”

ele: “pois é, a maioria…”

chorei (ou blublu forte nesse sábado ensolarado)…

atripa

“MauVal

te acompanho há tempos. fotos, rádio…o Escambau
nos anos 80 vagando pelo RIO te descobri na FLUMINENSE, e depois vieram
o RONCA TRIPA e o RADIOLLA
PANORAMA GLOBO-FM
Mal sabe você as peripécias para ouvir teus programas, num período sem internet, e que as FMs só podiam ser sintonizadas nas prórpias cidades.
trocas de fitas cassetes via correio, cansaram os carteiros, e depois fui trabalhar num lugar que talvez um dia eu conto como fazia prá te ouvir, negligenciando no serviço…
guardo até hoje uma pergunta que você fez ao SHOGUN da época sobre se o programa teria sucesso ou ouvintes em SÃO PAULO, tinha.
tanto tinha que meu trabalho de conclusão do curso de radialismo foi apresentar um programa à la RONCA TRIPA, passei com NOTA 7, sob caras de espantos de colegas e professores, rsss, às favas
com a internet não recebo mais as cassetes cariocas. posso te ouvir tranquilamente, dependo da conexão  e te acompanhar.
fotos e programa
tudo isso para chegar nesta emoção deste sábado triste por brant & coleman e enquanto me preparo para o jogo do CORINGAO lá na ZL
chorando aqui MauVal, PQPARILE, !!!!!
SUCESSO SEMPRE deste paranaense/paulistano/negão/corinthiano/ e ronqueiro”
Pedro Geraldo

cartola sem hendrix, por enquanto…

Assunto: Patrono
“MauVal,

a Faculdade paulistana Zumbi dos Palmares, tem como objetivo, desde antes das discussões das cotas raciais, dar a possibilidade de ensino superior, a preços módicos, para a população negra, e os de baixa renda. Como esta parte dos estudantes também rala desde cedo para sobreviver, as aulas só acontecem no período noturno. Já formou pedagogos, administradores e segue célere formando, advogados.
cada sala da faculdade tem um patrono, negros de destaque, aqui e pelo mundo. políticos, ativistas, escritores, artistas. pessoas em que os estudantes devam se espelhar.
olha só o PATRONO da SALA 9, e desculpa pela foto mequetrefe. além DELE tem JAMELÃO, MUSSUM, CLEMENTINA… não encontrei JIMI HENDRIX….
SORTE SUCESSO
P.S. sábado triste com as subidas de Ornette Coleman & Fernando Brant
TOCA MÚSICA MAURICIO, TOCA MÚSICA”
pedro geraldo
cartola

“caipirinha” & zane…

pedi para marcelo “caipirinha” (residente em leeds – U.K – há trocentas décadas) mandar pra gente algumas letrinhas sobre a situation zane lowe / apple music…

“Eu conheço o Zane Lowe assim como o Jose Mujica, bem de longe. Pouquíssimas vezes escutei o programa dele, e sobre ele mesmo não sei nada além dele ser da Nova Zelândia, ter trabalhado na XFM antes da Radio 1, e falar pra caramba no programa, com um estilo “animadinho” demais pro meu gosto. Como você já escreveu, nada contra, muito pelo contrário, parabéns por manter coisas interessantes na baboseira em que a Radio 1 se transformou já faz muito tempo, mas não é o tipo de apresentador em que me ligo. Quer dizer, é o que você já escreveu.

Sobre a iniciativa da apple, fico esperando pra ver no que vai dar, não vou desde já achando que vai ser um divisor de águas, acho até que vai ser mais marola que tsunami.”

Marcelo

Picture shows ZANE LOWE

gigantes…

lá pelo meio de 1980, registrei (por conta própria) alguns fotógrafos que estavam na atividade. amigos, desconhecidos… papo vai, papo vem e click. já comentei essa série aqui no tico. .. e que, claro, com o passar do tempo ganha relevância e trocentas “interpretações”.

ontem, fui a uma das muitas exposições que fazem parte da foto rio 2015 e reencontrei uma tchurma inoxidável. entre os monumentos, estavam os queridos zeka araújo e ricardo beliel… que foram fotografados por mim em 1980, há exatos 35 anos…

zeka+beliel

que oportunidade para refazer o caminho lá de trás…

zeka.tico

beliel.tico

D+D+D+D+!!!!

as fotocas são no centro cultural justiça federal (av. rio branco).

o berimbau é nosso…

ferrare

Governador Valladares é estranho mas estou calmo, contemplativo, relax como uma neguinha sarará miolo, como cantou Herbert Gilberto na beira daquele brejo imundo, cagado, mijado chamado Abaeté (FOTO). Mas, como disse, estou calmo como uma casa no campo, meus livros, meus discos, meus micos, Aizita Nascimento, Adele Fátima, bronhas, bronhas, bronhas, e nada mais como cantou Frank Zappa. Sentado aqui na beira da lagoa do Eteaba, zona rural do Mali, tocando bronhas seguidas e constantes, penso nas minhas origens. Preto como a noite no Egito (FOTO), Belford Roxo (FOTO) e Crepúsculo de Cubatão (FOTO), cercado de pretos como eu, leio num papel higiênico de cânhamo da grife By Gabeira, colado com porra no azuleijo de um banheiro que o governo do Mali aumentou a cota para brancos nas universidades, colégios, hospitais, puteiros, cassinos, bocas de fumo A cota agora é de 99,9% já que o último branco que passou por aqui foi Charles Darwin acometido de uma violenta caganeira que quase matou o pai da Teoria da Evolução que, ululando, gritando “London Calling”, rolou até o Congo onde foi estuprado por uma embaixatriz ninfomaníaca, viciada em cães labradores, raça preferida pelas zoófilas da África, Ásia, Oceania e Leblon. Como bem disse Euclides da Cunha “labrador na coleira, babando no calçadão, com certeza, trepou a tarde inteira com a proprietária da pensão”. Enigmático o velho Euclides.
Aqui, calmo, tendo que matar um ou outro (lobo come lobo em terras malinesas) cumpro meu dever. Como você soube, fui condenado há 20 dias de trabalhos comunitários no baixo Kraftwerk, bairro de segregados negros albinos expulsos de Bambaataa pela zoófila e rainha Latifah, avó de Shakira. Por quê? Bank assault, Gov. my Gov., minha especialidade. Só que entrei no banco e não havia dinheiro. Nem clientes. Nem guardas. Estava todo mundo (o dinheiro inclusive) dormindo embaixo de uma jaqueira por causa do calor filho da puta. Peguei minha arma, atirei pra cima e nada. Arma quente, calor, travou. Veio uma carrocinha de crianças e cachorros e me levou.
Sou obrigado a dar aulas na faculdade do Mali na cadeira de História do Mundo Imundo, onde 300 negros me chamam de “japa” porque perto deles a minha honrosa epiderme primata é amarela. Pobre, a faculdade não tem quadro negro (negro tem, mas giz não) Dei aula cuspindo na parede ou mijando minha torpe caligrafia tentando estabelecer o mínimo de comunicação com os alunos que, grunhindo, chamam aquela merda de pátria educadora.
Conto que o Brasil nasceu mesmo de um peido que D. João VI deu em 1808 quando Nestor Cerveró Primeiro, o temido Olho de Cu, murmurou no ouvido do rei: “Jonas, cagou geral. Napa (Napoleão) vai invadir essa porra (Portugal) e vai degolar todo mundo, começando por você. Destemperado, aguerrido, inflamado como um Eurico Miranda ainda mais pré-histórico (se é que é possível) Johnny Six Vaad vendeu sua rede de pombos-correio, duas rádios AM, 15 FMs, roubou uma caravela, encheu de puxa-sacos e se mandou. Na beira do Tejo, o povo olhava aquele espetáculo e dizia ” o escroto do Johnny vai a guerra”. Devendo até o rabo das filhas aos ingleses, Sexto foi acompanhado por uma minguada de frotilha de 476 navios da Rainha Camila Parker I para não dar o calote. Gov, nega do povo, nega aflita e indignada, começou o bacanal. Johnny Six Vaad chegou ao Rio e liberou geral. Foi quando…os escravos livres…inventaram o berimbau, na sequência a cuica e pra fechar a cagada, digo, o ímpeto cultural, defecaram o tamborim sob o olhar atento do antropólogo Haroldo Bosta Vianna I.
Vaad, rebatizado pelo chamado “islã mulato” de Çaad (com ç), decretou a suruba ampla geral e irrestrita. Inventou o Banco do Brasil para meter a mão, comprar galinhas e sair comendo pelas ruas. A corrupção era tanta que tinha preto vendendo preto, branco vendendo branco, canário vendendo peixe e até índio vendendo chinês. Era o Brasil.
Em minha concorrida aula, chorando copiosamente, encerrei: “A putaria continua. Mensalão, Petrolão, shopping no Congresso, aí vem golpe de estado, os milicos também roubam e esse iô iô chamado Brasil vai….vai…vai…”, posso falar? Os alunos gritaram UUURGHO!!!! (grito primal). Eu encerrei: “Vai parar na vulva e nos pariu”. Ummagumma Ferrare, Puta Educadora, Mali, Caxias, RJ. U.K

zane & a nova-velha música…

Tune in to Beats 1, broadcast live from cities around the globe. Zane Lowe and his handpicked team of renowned DJs create an eclectic mix of the latest and best in music. Or dial in to curated stations that have been totally revamped.

nas últimas horas foi desvendada a razão para a saída de zane lowe da BBC… onde entrou como dejóta/apresentador/produtor em 2002. com a subida de john peel, em 2004, ele passou a ser, com steve lamacq, um dos principais herdeiros ao trono. ultra-mega versátil, zane circulou loucamente por todas a frentes que a música e seus periféricos podem oferecer… até que, há três meses, deu bye bye para a BBC e assumiu, na segunda feira, o posto máximo do novo projeto sônico da apple… D+!

ou seja, para gerenciar a novíssima empreitada de rádio a apple não inventou nada… chamou um importante nome do rádio… simples assim.

pros meus versos, zane está longe de ser um comunicador como peel – ou até mesmo lamacq – mas não há como negar a versatilidade, a credibilidade e o talento dele em saber fazer a roda da música girar. o fato é que a apple apostou na qualidade e na sagacidade de um dejóta que conversa com josh homme do mesmo jeito que troca idéia com diplo, jay z, polly harvey e dylan. a apple deu um tiro nos cornos de quem pensa exclusivamente em números, acessos e ôba ôba.

imaginando nossas fronteiras, não sei quem por aqui poderia assumir uma função parecida com a de zane… aliás, prefiro não imaginar, já que tem gente garantindo que temos, no multishow, nosso jools holland… mamãe!!!

zanelowe
The news is finally out. Honestly, it took a lot for me to leave the UK, but here we are. And here’s why @beats1 lets go!    2015-06-08
Picture shows ZANE LOWE

a bula do #131…

ronca.ronca

freddie king – “san ho zay”

elmore james – “shake your money maker”

móveis coloniais – “saionara”

nils lofgren – “back it up”

nils

little joy – “keep me in mind” (ao vivo no roNca, em 3fevereiro2009)

dexys midnight runners – “listen to this”

dexys

dexys2

liam bailey – “villain”

luke jordan – “cocaine blues”

os tincoãs – “embola embola”

family – “larf and sing”

raquel coutinho – “tão perto”

ian dury – “clevor trever”

stevie ray vaughan – “superstition” (ao vivo)

the stooges – “penetration”

neil young – “helpless” (ao vivo)

dambô & pauliño nunes – “subiu”

the ex – “art of losing”

daryl hall & robert fripp – “urban landscape”

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daryl hall & robert fripp – “NYCNY”

bryan ferry – “the times are a changing”

the rolling stones – “bitch”

the rolling stones – “can’t you hear me knocking”

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