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sarna pra se coçar…

ed.pb

as atrocidades que testemunhamos, diariamente, não são suficientes para incendiar nossa ira?

não são suficientes para nossa inclemência galgar parâmetros?

recebi, de ontem pra hoje, trocentas mensagens por conta do ódio coletivo que vem sendo gerado

pelas letrinhas que eduardo postou em seu facebook.

na boa, será que essa multidão indignada não tem mais nada para encarar?

estão descontrolados pela língua fanfarrona/ingênua/esnobe/provocativa de alguém que faz isso há décadas,

simplesmente, para dar risada?

será que não existe em nosso brasil (UAU, como os revoltados são patriotas) outras situações

para combatermos injustiça/preconceito/desrespeito?

ou tudo será consequência da falta do que fazer?

cacilds, neguinho entra no quintal (público) dele para vomitar toneladas de agressões como se

eduardinho fosse um facínora, o inimigo público número1… quando, na real, ele está tirando onda.

e mais, as derradeiras palavras de eduardo são:

“ter que escrever esse texto infame”

ou seja, ele mesmo reconhece a patetice da mensagem.

vamos combinar, toda a “violência” descrita por ed é pinto perto do que já foi realizado por

Artistas que idolatramos e julgamos acima do bem e do mal.

o certo mesmo é que ele arrumou uma MEGA sarna para se coçar.

a essa altura do championship, dezenas de brazukinhas espalhados pelas cidades por onde os

shows de ed passarão já estão articulando os pedidos de “manuel”,  de como serão entoados

os gritos “vai curintcha”, “bahêêêêa”, “vaxxxxxxxxco”, “meeeeeeeeengão”, “dá-lhe porco”, “gaaaaaaaaalo”…

e, claro, os figurinos “patropi-especial-pro ed” da platéia… ultra-mulambenta exalando desodorante vencido, urina & cerva vagaba.

traduzindo, o climão dark/coltrane será atropelado pelo bafo da onça… hahaha!

lascou, ed… segura o tranco… e força na peruca!!!

ED MOTTA EUROPE AOR TOUR 2015

April
22 La Boite à Musique, Metz (France)
23 La Belle Electrique, Grenoble (France)
24 Jazzahead, Bremen (Germany)
25 Hannover Jazz-Club, Hannover (Germany)
26 A-Trane, Berlin (Germany)

May
03 Bray Jazz Festival, Dublin (Ireland)
04 Barbican Centre, London (UK)
22 Jambooree, Barcelona (Spain)
23 Jambouree, Barcelona (Spain)
28 Domicil, Dortmund (Germany)
29 Elbjazz Festivall, Hamburg (Germany)
30 Teatro Forma, Bari (Italia)
31 Teatro Communale, Busseto (Italia)

July
04 Jazzfest Wien, Vienna (Austria)
12 North Sea Jazz Festival Club (solo), Rotterdam (Holland)
18 Pori Jazz Festival, Pori (Finland)
19 etc TBC

OBS = conforme venho avisando aqui nos últimos 3 anos, eu agradeço e fico honrado em ser prestigiado pela comunidade brasileira, mas é importante frisar, não tem músicas em português no repertório, eu não falo em português no show… Preciso me comunicar de forma que todos compreendam, o inglês é a língua universal, então pelo amor de Deus, não venha com um grupo de brasuca berrando “Manuel” porque não tem, e muito menos gritar “fala português Ed”… O mundo inteiro fala inglês, não é possível que o imigrante brasileiro não saiba um básico de inglês. A divulgação da gravadora, dos promotores é maciça no mundo Europeu, e não na comunidade brasileira. Verdade seja dita, que meu público brasileiro de verdade na Europa, é um pessoal mais culto, informado, essas pessoas nunca gritaram nada, o negócio é que vai uma turma mais simplória que nunca me acompanhou no Brasil, público de sertanejo, axé, pagode, que vem beber cerveja barata com camiseta apertada tipo jogador de futebol, com aquele relógio branco, e começa gritar nome de time. Não gaste seu dinheiro, e nem a paciência alheia atrapalhando um trabalho que é realizado com seriedade cirúrgica, esse não é um show para matar a saudade do Brasil, esse é um show internacional. Que desagradável ter que toda vez dar explicações, e ter que escrever esse texto infame…

diz pra gente, fred…

ronca.mic

É famosa a crônica de Clarice Lispector dedicada à morte do bandido Mineirinho. Escrita em 1962 para revista “Senhor”, ela narra o horror pelos treze tiros que a polícia disparou contra o malfeitor mais perseguido da cidade até então. Mais famosa ainda é uma de suas frases finais, referente à ultima bala que acerta o bandido: “O décimo terceiro tiro me assassina — porque eu sou o outro”. Há 43 anos, Clarice nos mostrava que, em uma ideia torta de justiça, quando morre um bandido, morre também um pedaço da sociedade. E o que dizer quando quem morre com balas na testa são crianças?

“Porque eu sou o outro”. Até onde conseguimos ter empatia por aquele que se tornou o bode expiatório da nossa falência comunitária? Esse movimento da escritora é fundamental para sabermos como lidar com o sentimento de derrota social que vivemos. A bala que atravessou Clarice e hoje atravessa crianças como Eduardo de Jesus talvez não atravesse a maioria de uma população que já repete de forma automática a lógica vingativa da justiça como um dispositivo de encarceramento e extermínio. Escrever que o outro à margem é também parte de todos nós pode suscitar mais ódio em leitores que viveram a dor da perda de um ente querido através de criminosos. Mesmo que uma adversativa nesse caso seja inaceitável para eles, é fundamental lembrar que a Justiça existe para que a vingança e o assassinato premeditado não sejam a regra social e nem uma política de Estado.

Colocar em xeque a atual ação da polícia no Complexo do Alemão e nas demais ações que tiveram por consequência a morte de crianças e inocentes não é atacar gratuitamente a política de segurança do governo (mesmo com equívocos claros), nem defender criminosos homicidas. É apenas dizer que não podemos associar automaticamente a vida de pessoas pobres (crianças e adultos) a um destino incerto por estarem próximos dos espaços em que a criminalidade viceja nas brechas de governos omissos com seus direitos básicos. Pois a questão que devasta os que “são o outro” é a constância cirúrgica do extermínio. Toneladas de papéis e tintas já foram gastas para falar das banalidades do mal, da morte, da arma ou do ódio em nossa sociedade e, mesmo assim, sabemos que a resposta à violência criminal por parte do Estado e de boa parte da sociedade será sempre mais violência.

Em números absurdos apresentados na segunda-feira em uma matéria deste jornal, 70 vidas de crianças e jovens foram ceifadas pela ação da Polícia Militar carioca apenas nos últimos quatro anos. Isso, levando em conta apenas dados oficiais. Sabemos que os dados oficiosos podem ser bem maiores. Criamos uma máquina de guerra implacável de extermínio do futuro. Uma máquina que atravessa todos os pontos da vida, naturalizando a desigualdade social e seus corolários assassinos. Jovens são mortos no ponto de ônibus, saindo da faculdade, por conta de mochilas ou celulares. Crianças são mortas em becos de favelas, apenas por estarem ali em meio a uma guerra que não é delas.

E nada vai mudar. Porque a maioria da sociedade acredita que proteger os seus é aumentar a força da violência, é afastar ainda mais os que não são parte da sua perspectiva de mundo. Essa naturalização da desigualdade social é o que há de mais perverso. Ela gera pena, desprezo e conformismo. É assim porque é assim. Morreu porque estava em um lugar perigoso. É pobre porque não estudou. Como se a vida em um país como o nosso fosse apenas fruto de escolhas racionais, e não de determinismos históricos. Sabemos que um jovem pobre e negro no Rio de Janeiro simplesmente já carrega, da certidão de nascimento até o seu obituário, a desconfiança de seu passado, a certeza dúbia do seu presente e, por consequência, o desprezo pelo seu futuro.

Eis aí o fato que se torna incontornável no atual debate sobre a Maioridade Penal. Você só pode pensar em encarcerar como um adulto o jovem menor e criminoso quando você olha para a sociedade com a lente obtusa do acontecimento. Diminuímos a idade prisional porque a exceção tem que virar regra. Prender um jovem em cadeias de adultos pode surgir como solução do problema ao aplacar a dor dos que perderam alguém e saciar um senso difuso de justiça contra tudo e todos. Mas não resolve a produção fordista de jovens aptos ao crime. Como não olhar para isso, por mais que se respeite a dor dos que são destruídos por esses crimes, e não ver que os verdadeiros criminosos somos nós, que os abandonamos à sorte de um mundo-moedor-de-carnes, em um país cuja lógica acumuladora só incita vontade de posse e de compra?

A bala que matou Eduardo de Jesus atravessa todos que pensam a vida como um direito. Se fosse viva, Clarice teria morrido não no último, mas no primeiro tiro que matou o menino do Alemão.

Fred Coelho

(o globo, hoje)

joni joni joni joni…

Joni Mitchell;

barra pesada esse início de abril… PQParille!

logo cedo, uma tempestade de mensagens sinistras: “joni mitchell foi hospitalizada”.

as trovoadas chegavam de todos os cantos… e pensei com meus botões:

– mas como pode tanto barulho por alguém que não tem esse tamanho todo porraqui?!

a dúvida começou a descer pelo ralo quando vi a notícia estampada no globo.com

que foi capaz de creditar a importância de joni à versão de “big yellow taxi”

feita pelo counting crows, em 2002… é de chorar, ainda mais!

) :

– Conhecida pela música “Big yellow taxi”, regravada pela banda Counting Crows em 2002

maitê pousará peladona (de novo) caso o fogão volte à série A…

maite

isso mesmo… maitê proença pousará, mais uma vez, sem roupa.

só que agora, será no caso do botafogo retornar à elite do futebol brasileiro.

certamente, não faltarão zilhões de fotógrafos para registrar a estrela solitária da fofa.

ainda não foi divulgado qual será o aeroporto, pista, praia ou cobertura… nem tão pouco, o tipo do equipamento aéreo que transportará a nudez alvinegra.

de qualquer forma, o globo.com já deve estar apurando essas respostas para que possa aumentar os acessos histéricos ao site.

segura a bomba que eles acabaram de detonar…

– Maitê é torcedora do Botafogo e garantiu que, “se for para seu time vencer e a audiência do programa subir”, ela pagaria a promessa. A atriz, que está gravando uma novela, já pousou duas vezes para revistas masculinas e costuma lidar bem com sua nudez.

rio 4.5.0 (ou é muita paixão no coração)…

450 no lombo da cidade maravilhosa… UFA, ainda estamos de pé!

mas olhando as imagens destes quatro registros acima, é impressionate como a cidade foi dizimada.

não teria sido possível um outro caminho urbanístico para o rio de janeiro preservar um pouco mais de sua História?

no aguardo das palavras de flavão (professor selvagem) e z´da mar´, duas leNdas fissuradaças na aldeia tupinambá.

anyway, anyhow, anywhere… por mais que muitos tenham jogado contra, chegamos pra lá de serelepes aos 450.

coNgrats para todos nós… do brasa!

rio rio rio… te amo!

( :

acabou-se o que era doce (ou flavão largando marimbondo pelas ventas)…

cacique de ramos  / av. rio branco (rio de janeiro)  /  fevereiro1978

“O que aconteceu com o carnaval carioca?

O que se vê é a triste confirmação da pasteurização MUNDIAL do Brazil com “z”, em todas as suas entranhas. Como diz o outro: bundamolização total. A playboyzada local, junto com a playboyzada visitante enterraram de vez com o que havia de lúdico no carnaval de rua da cidade. Essa turma, de todos os cantos do brazza e do mundo, invadiu tudo, perfumou tudo, tornaram tudo muito mais sem graça, triste, solitário, e com doses generosas de arrogância e espírito civilizatório, desde que o mundo é mundo (e ele nunca foi brinquedo, como diria B. Negrón).

Do Leblon a Ilha do Governador, cruzando por J. Botânico, Gávea, Humaíta, Botafogo, Flamengo, Laranjeiras, Catete, Glória, Aterro, Lapa, Centro, Leopoldina, Linha Vermelha, Ilha (trajeto que fiz), geral escrotizado. Talvez o carnaval de rua e de vizinhança da Zona Norte seja o mais interessante no momento, porque o bombadão Centro/Zona Sul “vou te falar pra tu uma coisa pra você”: que carnaval de rua mequetrefe, cretino, ruim pra caralho! Só pilantra, ladrão, vacilão, playboy otário, verme, filho da puta e garotinha retardada. Impressionante. Over, acabou, zefini! Para o mundo, que quero descer!! E pegar buzão?! Pânico, terror, pavio aceso pronto pra explodir a qualquer momento. Tensão. Galera de bate-bola, “neguinho” desmaiando no chão do coletivo pra lá de Marrakesh, cachaça, cocaína, que situação. Será que chego em casa vivo?

Porrada então, nem se fala. Por que a multidão acha que pode fazer o que quer? Se não tivesse distribuído uns 3 ou 4 boxe nos “mentex’ de 5 ou 6, fudeu, ia ser atropelado junto com Dona Selvagem. “Branquinho” abusado, sem noção, escrotamento à flor da pele, poderosidade playboyzesqua carioca, paulistana, mineira, paranaense, gringa, favelada, cretina, tudo junto e embolado. E você ainda tem que ter “espírito carnavalesco”. Caralho, que porra é essa?! Se deslocar, chegar em casa, descansar, trabalhar, chegar, passa a ser uma missão mais do que sinistra. Na ‘moral’, que se foda a multidão, que se foda o carnaval. Branquinho e neguinho se fudendo, se matando, destruindo, putarizando, estuprando, cagando pra tudo e todos. A inversão sociológica é coisa do passado e tentar fazer uma reflexão antropológica séria considerando os fatos e relativizar todas as atrocidades encarnadas é considerar o suicídio como o único e melhor remédio.

Risível, fake essa playboyzada pasteurizada cantando marchinha de carnaval dos anos 30/40/50, só comédia. Fantasias?! Sem comentários. No mínimo o caso é psiquiátrico. O figura ou a figura são esculachados o ano inteiro, tentam se enturmar e só se fodem. Chega o carnaval e se vestem de:  personagens de cinema blockbuster, seriado de TV à cabo e, como cantou Bezerra da Silva, “tão crentes que estão abafando”. Mas também o que esperar de uma juventude festiva, alegre e trigueira, sempre sorrindo que ao longo do ano sai na noite da cidade dizendo “vamos pra balada”? Já era, tá dominado…

Parabéns Rio de Janeiro, 450 anos, acabou-se o que era doce.

Cañamo, desligo!”

Flavão da Ilha do Amor

é crise a grave (ou o bonequinho sempre “acertando”)…

ok, essa ladainha vem desde a pré-roda… tem tempo que neguinho não se entende… não cruza os bigodes…

um gosta assim, outro gosta assado… cada macaco no seu galho.

tudo para desembocar no célebre e jurássico: “opinião, cada um tem a sua”.

mas peraí, devagar que o santo é de barro… na boa, com todo respeito, mantendo a atenção ao tal galho de cada um,

mas não dá pra dizer que é mole comer rapadura… não dá pra divulgar a cordialidade do estado islâmico…

nem tão pouco posar de educadinho no meio da FJV… não dá!

enfim, como diz o sábio filósofo gérson (o canhota): “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”… simples assim.

tudo isso pra declarar, civilizadamente:

PQParille, a porra do bonequinho do globo NÃO poderia estar mimindo no filme “o jogo da imitação”!!!

pronto, só isso… quer dizer, vale lembrar de um chapa que assiste a todos os filmes em que o bonequinho esteja sonolento.

segundo o desbravador, não tem bola fora.

sério… bom pra ele, o chapa!

( :