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cartola & marley…

ziguezagueando, ontem, pela pedra do sal (praça mauá – RJ) dei de cara com esta imagem de cartola pintada na parede.

ela é a reprodução da cláááássica Fotografia de milton montenegro registrada em 1977, no teatro da galeria (rio de janeura)…

é aí que a gente chega ao detalhe principal do assunto:

essa criação de milton já não mais pertece a ele… virou algo incontrolável, sem “dono”… é do povo, da humanidade.

nessa brecha, entram em ação os espertalhões que a usam em livros-discos-etc sem dar a menor satisfação.

mais ou menos como o click em que xeretinha captou os dreads de marley para cima… é camiseta, bandeira na torcida do santos, avental, tattoo, caneca…

jah rastafari!

( :

segura a barraquinha…

esta é uma situação que me deixa injuriado.

captou o momento aqui em cima?

isso… é o trocador que faz de seu espaço uma cabaninha e não toma conhecimento dos passageiros.

poderia ser o motora… ou os dois juntos.

a minha leitura do recado é:

“ilustríssimos passageiros, não estou nem aí pra vocês.

se alguém levar um tombo, vai sangrar até morrer.

se rolar um assalto, não precisa falar comigo… não vi porra nenhuma.

se quiser saber onde fica tal rua ou onde é o ponto… esquece…

e  tem mais, cambada de muquirana…

você que está bem atrás da minha tendinha, também vai se lascar porque não vai ver por onde o busão tá passando.

se for turista, foda-se… se for velho, foda-se… se tiver problema de visão, foda-se.

aliás, todos vocês VTNC”

como é que faz pra…

“devolver” 25 milhões de doletas?

vai ao banco e faz a retirada?

faz uma transferência?

pra quem?

e se a fila estiver grande?

o atendimento é especial?

tem cafezinho e água gelada?

sai do banco com o dindim na mão?

e se pedirem uma esmola?

e se quiser tomar um sorvete e não tiver dinheiro trocado?

e se aparecer o primo querendo um qualquer emprestado?

e se bater uma ventania das fortes?

PQParille… neguinho mente que nem sente!

mamãe!

galáxias…

Os livros podem mudar a vida de uma pessoa? Essa é a principal questão levantada pelo documentário dirigido por Fabiano Maciel. As lentes apresentam projetos que incentivam o hábito de ler em regiões periféricas do país. O longa-metragem é fruto do edital lançado pela RioFilme em parceria com o Canal Brasil, que assina a coprodução com a República Pureza.

O filme dá início à saga literária através dos depoimentos de Luis Amorim, um açougueiro brasiliense responsável por também “disseminar” a leitura entre clientes e funcionários. A partir daí, conhecemos outros personagens interessantes, como o borracheiro mineiro Marcos Túlio; os agentes culturais Kcal Gomes, de Pernambuco, e Márcia Licá, de São Paulo; e Otávio Jr., fundador da biblioteca comunitária do Morro do Alemão, no Rio de Janeiro.

Dentre os depoimentos, ganha destaque a história de Evando dos Santos e sua mulher, Maria José. Alfabetizado durante a fase adulta, ele é o responsável por um acervo de mais de 57 mil livros alocados em sua própria casa, enquanto a esposa revela estar saturada com o excesso de “letras” ao redor.

As narrativas são costuradas por relatos de personalidades já reconhecidas no ambiente literário, como o ensaísta José Miguel Wisnik; o roteirista Marçal Aquino; o artista plástico Nuno Ramos; a crítica Maria Rita Kehl; o escritor Luiz Ruffato e o cronista norte-americano Gay Talese, dentre outros.

Canal Basil – Quinta, dia 02/10, às 19h.