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léo (pai de larinha) mandou pra gente…

Somos todos bregas

O antigo mau gosto musical virou convicção no Brasil

Luíz Antômio Giron

Discos sempre foram para mim fontes de descoberta. Talvez o hábito de ouvi-los tenha ficadp fora de moda por causa da internet e da pirataria, mas nada se compara em nitidez sonora a um CD feito com plástico, alumínio e bits sonoros. Pois ontem escutei dois discos de duas cantoras representantes de faixas de público aparentemente diversas que me ajudaram a refletir sobre a atual situação da música popular brasileira: O que você quer saber de verdade (EMI), da cult MPB carioca Marisa Monte, e Ao Vivo(Universal), da mineira e sertaneja Paula Fernandes.

Há dez anos, para não ir muito longe, minha experiência sonora seria considerada abstrusa, pois obviamente duas artistas de registros tão diferentes iriam apenas mostrar a multiplicidade da música brasileira – e reafirmariam minhas convicções em relação àquilo que é refinamento e singeleza. Marisa, representante da alta cultura; Paula, das camadas populares. Mas minha experiência não se deu assim. Antes pelo contrário: o que eu ouvi nos dois discos são cantoras quase idênticas, entoando baladas românticas muito simples, acompanhadas por instrumentos acústicos, repletas de uma versalhada tida antes por piegas, tresmolhados de bons sentimentos e mensagens de amor nada discretas. Ambas seriam chamadas de bregas no Brasil Velho. Nos anos 60 e 70, a música romântica influenciada pelo bolero, a modinha e a toada caipira era considerada um produto barato, para uso do povão. Nos 80, bandas da vanguarda paulistana e cantores como Eduardo Dussek exploraram a verve paródica, meio que esnobando o brega, mas lucrando com o gênero. Depois da apreensão ingênua e da paródica, as pessoas assumiram o gênero com pungente fé. Hoje o brega é a convicção de um povo. Ele se consagrou. Marisa e Paula, duas grandes artistas vocais brasileiras, assumem com serenidade o novo bom gosto. Uma prova de que o brega se converteu em cult –e vice-versa.

O cult está brega. Isso quer dizer que o cidadão brasileiro cool e descolado se vale de todo tipo de referências para compor a sua roupa, seu modo de agir e seu imaginário. Esse novo comportamento reflete a mudança demográfica do país, com a ascensão das classes C e D. Essas camadas se tornaram importantes e terminam por impor seu gosto, seus hábitos e costumes ao restante da sociedade de consumo. A gente vê isso na novela Fina Estampa, da TV Globo, de Aguinaldo Silva. Ela relata a ascensão social da pobretona Griselda (Lília Cabral), que de quebra-galho se torna empresária. A novela não maquia a luta de classes, e mostra o conflito entre a emergente Griselda e a socialite Maria Teresa (Cristiane Torloni). Baseado em pesquisas, o autor faz um retrato realista de como a mulher brasileira se tornou chefe de família, está galgando posições – e, no universo da cultura, obriga a turma do narizinho empinado a prestar atenção no que ela gosta, no que ela sente, pensa e consome. Esse “ovo Brasil” é uma realidade insofismável. É preciso considerá-la e respeitá-la. Os novos-ricos e os novos-classe-média vieram para ficar e se mostrar, para horror das marias-teresas da vida.

Além da novela, o cinema brasileiro tem explorado, de uns cinco aos para cá, o universo da nova classe média: são favelas que enriquecem com o tráfico e o tráfico que domina os “bem-nascidos”(Tropa de Elite 1 e 2Meu nome não é Johhny), mulheres que lutam para sobreviver sem preconceito (O céu de Suely,Bruna SurfistinhaDe pernas para o ar), formas de arte em extinção que insistem em se manter vivas (O palhaçoSuprema Felicidade), personagens que questionam a identidade e os tabus sexuais (Se eu fosse você 1 e 2). É um novo mundo que se descortina, e talvez não se coadune com aquela ilha da fantasia sonhada pelos estetas, que hoje só sabem admirar o cinema classe-média-bonitinha da Argentina. Infelizmente (eu diria felizmente), o Brasil não é a Argentina. O Brasil se mostra muito mais rico e variado em termos demográficos e, por isso, culturais. Se é cultura “inferior” nos padrões europeus, paciência.

Os gostos, os hábitos, os amores e os ventos mudam, já dizia o poeta seiscentista Luís de Camões. Até a novidade sofre tantas e tamanhas metamorfoses em sua estrutura que chega o dia em que as coisas mais antigas, descartáveis e antes desprezíveis viram artigo de luxo. Experimentamos hoje o choque do velho, em contraposição ao que preconizavam as vanguardas artísticas até os anos 1920. No terreno da música cultura de massa, o processo se acelera ainda mais. Não apenas velhos paradigmas voltam à tona – trata-se de uma forma de reciclagem rápida dos produtos culturais – como também os usos e costumes de classes sociais antes antagônicas começam a interagir e a se fundir de forma irreversível, alterando o que se pensa sobre o mundo e como se consome arte, entre outras coisas.

Mas voltemos à música, que sempre foi a antena das tendências por aqui, e, apesar de viver momentos não muito brilhantes, continua a ser uma arena de mudanças. O que tem acontecido na música brasileira é uma quebra de paradigma. Caiu a hegemonia do eixo Rio-São Paulo. A música axé da Bahia tomou conta do país inteiro, e gerou estrelas como Ivete Sangalo, Claudia Leitte e Carlinhos Brown. O interior invadiu as capitais, e surgiu o forró universitário e, mais recentemente, o sertanejo universitário. O funk se fundiu com o samba e a MPB. E vieram para baixo os sons amazônicos. ÉPOCA publicou recentemente uma reportagem intitulada “E o brega virou cult”, de Mariana Shirai, sobre o gênero tecnobrega paraense e sua influência no movimento Avalanche Tropical, que congrega bandas e DJs bregas do país inteiro. Dessa enxurrada fazem parte a cantora Gaby Amarantos, Garotas Suecas e a Banda Uó.

O que as vertentes do pós-bom gosto ensinam? Em primeiro lugar, que é inútil ter preconceitos musicais, porque ela é invasiva mesmo, capaz que é de se apossar de sua alma. Em segundo, que aquilo que é considerado de mau-gosto na verdade ajuda a enriquecer a imaginação. Em terceiro, que nada é fixo no mundo, e nada mais dinâmico e pervasivo que o som. Quarto, torna-se urgente reavaliar nossas próprias crenças artísticas.

Por isso, finalmente o “populacho” e os “caipiras” invadiram os salões. Na nova geopolítica sonora do Brasil, podemos ouvir os ecos do brega na voz de Marisa Monte, e traços de erudição na de Paula Fernandes. Junte as duas e o resultado será parecido com Vanessa da Mata, uma acoplagem do sertanejo e do alto pop dançante. Junte a duas e você ouve a volta ainda não anunciada de Zezé di Camargo & Luciano. Você vai entender nas entrelinhas o tecnobrega, a axé. Junte-as em uma audição e você comporá o seu rosto. O Brasil joga na nossa cara quem e como somos de fato. Querendo ou não, se fazendo de culto ou nem tanto, você é brega, meu velho.

(Luís Antônio Giron escreve às terças-feiras.)

retirado do revistaepoca.globo.com

meu pai!!!

ok, ninguém precisa saber – aos 20 anos – quem foi pai santana…

agora, imaginar que o luan santana ficou órfão, hoje, é de chorar lágrimas de sangue!!!

é…

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SUPERsábado!

não, não é todo dia que podemos comemorar os 100 anos de uma leNda… aliás, de uma LENDA!

hoje à tarde, participando do clube Oi – horário conduzido, LIVE, por nandão na rádio – tive a oportunidade de dizer que nelson cavaquinho é, com certeza absoluta, um dos 100 brasileiros que deram cara ao nosso povo… manja?

imagino alguns outros que também podem estar nessa lista… mas nelsão é o único com lugar garantido… na minha!

que a gente consiga manter por outros tantos séculos a presença Dele… na nossa alma!

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e para tudo ser muito festivo, a partir das 22h, estarei sonorizando o antes & depois da apresentação dos paralamas no circo voador!

25 anos do disco selvagem? com a banda deitando os cabelos na íntegra do míssil!

MEGA momento espetacular que passou por este click que cliquei no saudoso bar memória (YEAH!), há 25 aninhos…

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cacilds… que pressão!

cheers!

lascou!

Subject: Retrato do Brasil
“Comentei com um colega de trabalho bem mais jovem do que eu, papo de 19 anos a menos,  sobre a morte do Luiz Mendes e qual foi a minha “surpresa” – quem foi Luiz Mendes?
Encerrei a tentativa de dialogo imediatamente. Falta-me paciência didática.”
Oswaldo

gera mandou pra gente…

“Fala Mauricio, muito oportuna e legal a sua colocação quanto ao Maraca não sediar nenhum jogo do Brasa durante a Copa do Mundo. Apesar de eu não ter  interesse em ir assistir a um jogo ao vivo na Copa, é lamentável que um estádio da importância histórica do Maracanã, considerado um dos templos mundiais do futebol e que tantas emoções proporcionou a mim, a vc e outros milhares de amantes de futebol, seja limado de um jogo da seleção de forma vergonhosa pela Dona Fifa e seus asseclas, por interesses que jamais chegarão ao nosso conhecimento.

Como vc bem disse, é triste e revoltante saber que tanta dinheirama está sendo jogado pelo ralo através dos governos federal, estadual e municipal, enquanto os hospitais públicos e municipais padecem de investimento, com pessoas morrendo simplesmente porque não conseguem um atendimento, um exame, uma cirurgia…. . O mesmo ocorre com as escolas públicas e municipais que carecem de maiores investimentos para melhoria do ensino no ambito geral, seja através de salários dignos para os professores, melhores condições de educação para os alunos….

Infelizmente, caberia a nós uma mudança nessa letargia que nos ataca diariamente, pois a cada dia que lemos um jornal ou assistimos a um noticiário na TV, nos deparamos com mais um escandalo de corrupção, roubalheira e tudo continua como “dantes no quartel de abrantes” o que é triste pra caramba, já que tenho um filho ainda com oito anos e que sinceramente eu gostaria que ele viesse a viver num país, onde tais problemas não existissem, mas acho que tal crença é apenas uma utopia de minha parte.

Mauricio, vou te pedir algo que nunca fiz desde a época do Rock Alive, que é tocar uma música na próxima terça-feira. O nome da criança é Joe Cocker e a música se chama “Woman to Woman”, porém, se não tiver a referida canção, toca qualquer coisa do MAD DOGS & ENGLISHMEN, já faz um t empinho que não escuto ele no ronquinha.

Abs”

Gera

perguntinhas…

– o brasil só jogará no maraca se fizer a final da copa2014?

– como assim bial?

– a dinheirama/roubalheira a serviço do MEGA mico?

– e o “povo”?

– e os geraldinos?

– e os arquibaldos?

mas na boa…

como diz nandão – “tô pouco me lixando pra copa do mundo”!

agora, gastar rios de dinheiro e o maraca correr o risco de sequer ser usado na copa… é dose de aturar!

afinal, se os canarinhos não passarem porraqui… não serve pra paul newman!

psit, ô, ô… é o maracanã!

pois, que deixassem o estádio como estava e usassem os bilhõe$ para melhorar a rede pública de saúde, por exemplo!

e a final que fosse jogada onde o vento faz a curva!

será que teixeirinha & sua corja não pensaram na turistada que virá ao brasil… e que corre o risco de “passar por roma sem ver o papa”!

hahaha… que comédia!

( :

de novo…

alguém…

pode informar se o brasa esteve, ontem, entre os 80 países que se manifestaram por uma “new order” planetária?

na boa, eu não soube de nada porraqui… mas, de repente, aconteceu alguma coisa, né?

hein?

sem saída!

http://www.youtube.com/watch?v=g9UTGHRjj9E

“Os deputados que forem pela aprovação, a favor da votação, permaneçam como se encontram”

BRASÍLIA – A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, numa sessão meteórica de pouco mais de três minutos, aprovou, na manhã de quinta-feira, 118 projetos. O deputado Luiz Couto (PT-PB), o único presente, foi chamado com urgência na comissão para ter pelo menos um parlamentar no plenário da CCJ. Quem presidiu a sessão foi o deputado Cesar Colnago (PSDB-ES), terceiro vice-presidente. Quando Couto chegou, Colnago declarou: “havendo número regimental, declaro aberta a reunião”. Para abrir uma sessão na CCJ, a mais numerosa e mais importante da Câmara, são necessárias assinaturas de 31 deputados. Esse quórum existia, mas todos assinaram e foram embora, como ocorre em todas quintas-feiras.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/09/22/com-apenas-um-deputado-em-plenario-ccj-aprova-118-projetos-em-sessao-de-tres-minutos-925423503.asp#ixzz1ZBWjEgFc
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como assim, bilau?

com o solzito que estava fazendo, hoje, pela manhã, resolvi dar um chego perto de iemanjá para tirar o mofo da carcaça.

coisa rápida… dei uma parada lá na ponta das pedras, tranquilão!

mesmo com o astro rei ofuscando a visão, percebi, a chegada de um afro-brasileiro com a roupa da COMLURB.

quem não percebe, né mermo?

no que o caboclo vinha se aproximando, fui enxergando melhor… e melhor… e o da limpeza abriu o cinto, abriu a calça…

nesse momento, a visão estava 100% cristalina… mas sem conseguir imaginar o que iria testemunhar!

e o agente laranja veio andando… e botou o membro pra fora, SIM, de perfil, a uns três metros de mim… e…. e…. MIJOU!

assim, soltinho, sem nenhuma cerimônia… nem no banheiro dele ficaria tão à vontade!

um pouco mais à frente, havia crianças, senhoras, poetas, designers… nada intimidou nosso “manequinho”!

não resisti:

– o gente fina, essa cena era tudo que eu não precisa ver num início de dia, manja?

e ele, educadamente:

– blá blá blá blá blá blá blá… desculpa!

e vazou… me deixando sequeladaço pela visão matinal!

PQParille

( :

ahhhhhh, tá…

ontem, levei mais tempo que o habitual para chegar na rádio… a véspera de feriado entupiu as vias!

no que entrei no TX, dilma começou o pronunciamento… sim, o motora tinha TV na caranga.

e o trânsito ruinzão… e a presidente falando, conquistas, brasil fodão, o primeiro em tudo… crise? qual?

e não parava de falar como o país está em plena rota de esplendor… e o trânsito, uma bosta!

UFA, cheguei… paguei e pedi ao motora:

“depois, me avisa se ela falou em corrupção”

como jamais voltarei a encontrá-lo… estou sem saber!