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a última loja de discos…

Assunto: “A última loja de discos” # 1 no ar
“A última loja de discos”  entrou hoje no GShow.

http://gshow.globo.com/programas/webseries/videos/

São 12 episódios que entram no ar quinzenalmente sobre as desventuras do pessoal que trabalha na Ringtone, a última loja de discos do título: Coma, Chikabom, Dorothy e o inacreditável Adamsandlerson (homenagem ao valoroso Rio Grande do Sul!).

Eu e o Alexandre Rossi, o notório Rolinha, escrevemos os roteiros.
A série conta com as vozes de Miá Lello, Angelo Arede, João Velho e Mauricio Rizzo.

Enjoy.”

Besos”

Allan

barba+cabelo+bigode (vaquinha na web)…

 Barba, cabelo e bigode é um projeto de documentário de curta-metragem que aborda a trajetória rebelde de dois históricos jogadores de futebol que fizeram história em clubes de expressão do Brasil.

Barba, cabelo e bigode pretende ter como estrutura narrativa o diálogo entre os seus depoimentos em primeira pessoa. Sua edição dinâmica buscará confrontar e complementar as versões sobre os episódios rememorados e os respectivos pontos de vista daí originados. Flagrantes atuais de ambos, o seu acervo pessoal de fotos e o material iconográfico de arquivos públicos consistirão em boa parte do material visual do filme. Entre algumas das imagens históricas, contaremos com aquelas do precioso documentário Passe livre, de 1974, de Oswaldo Caldeira, sobre Afonsinho.

Barba, cabelo e bigode terá por volta de 30 minutos de duração. O filme terá como cenário a ilha de Paquetá, onde ambos trabalham e costumam se encontrar para disputar partidas no clube local.

bobby & cia…

Assunto: futebol + música = roNca
“Salve, Mauvall!
Passeando pelas internetas me deparei com isso aqui: o designer britânico James Campbell Taylor resolveu imaginar os maiores jogadores de futebol do mundo como capas de discos. Fantástico! Lembrei imediatamente do roNquinha, claro.

Saca só:
http://pennarellodesign.com/

Basta clicar na imagem do pelé!
p.s. cê continua babando pelas ‘Warpaint’ aí pelo tico e eu vou me apaixonando.. êh, laiá!
p.s.s. aproveitando o pombo pra agradecer Igor Ferraz e Pollyana Lopes, realizadores do filme ‘A Tripa’. Conhecer

essas histórias por trás de tantos anos de ronca só me faz projetar meu próprio futuro com o programa

– faço parte da geração oifm, mas parece até que escuto há 20 anos. Já é orgânico, tipo respirar, saca?
Obrigado, Mauricio.

Grande abraço,”
Leandro

negativos & positivos (16) [especial – the who, 40 anos]…

reparou na data bem no meio do ingresso?

pois é, hoje, damos de cara com exatos quarenta anos em que vi o the who (completaço) lançando o álbum “quadrophenia”, em paris!

muuuuuita emoção!

já disse um quatrilhão de vezes que tenho sodade apenas das pessoas que não estão mais comigo…

ok, tá bom, e do vasco de 97!

ter tido a chance/sorte de presenciar um dos shows mais extraordinários/devastadores que já passaram sobre

a face da terra não é absolutamente nada comparado à experiência de contar com meu primo roberto ao lado.

com a chegada do scanner de negativos, resgatei fotografias que tirei nesse dia e que há muito tempo estavam “esquecidas”.

e mais, consegui apreciá-las muito melhor que em seus gloriosos dias de meros slides… projetados na parede!

o tico de hoje vai ser longo, a data merece… tá preparado?

em 2003, aqui no poleiro, escrevi sobre minhas lembranças desse 10fevereiro1974.

com as frequentes mudanças tecnológicas, as letrinhas desapareceram da web… mas foram recuperadas, recentemente, pel’aTRIPA.

no que o texto reapareceu, e postado de novo, MAM (o michelangelo do roNca) tratou de criar uma história em quadrinhos

ilustrando a saga parisiense para ver o the who.

cheguei a colocar alguns desenhos dele aqui no tico, lembra?

pois bem, para celebrar essas quatro décadas, começo com o texto de 2003 + algumas fotos (totalmente inéditas) captadas pela xeretinha e a “capela sistina” (para mim) realizada pelo MAM, um dos maiores fissurrados em the who on earth!

beleza?

boa viagem…

– no dia 6 de fevereiro, roberto (meu primo) e eu partimos de londres para paris.
de cara, fomos para o louvre. quando estávamos numa daquelas galerias enormes e, surpreendentemente, vazia, ouvimos um grito vindo das profundezas do museu e que reverberou pelas paredes de mármore – CARALHO!!!
quando olhamos para nos certificarmos da maluquice, avistamos um sujeito correndo em nossa direção prestes a bater o recorde dos 200 metros rasos. era um paulista que conhecíamos de londres e que, coincidentemente, estava em paris. o cara chegou esbaforido e balbuciou –
“puta que pariu, o who toca daqui a quatro dias em paris, fodeu… vamos comprar os ingressos agora”
ele que já vinha no pique foi só seguir o embalo, eu e roberto engrenamos numa correria para o local onde o pariscope indicava como venda dos tickets. chegamos rapidinho, encaramos uma filinha, compramos os ingressos e nunca mais voltamos ao louvre!!!
o who estava lançando o álbum quadrophenia. o disco que mais eu ouvia quando deixei o rio.
sabe lá o que é isso? estar em paris e, sem esperar, ser atropelado pelo THE WHO com keith moon!!!
circulamos pela cidade por 96 horas até o momento decisivo, como diria cartier bresson.
até que chegou a hora H. o show estava marcado para as 5 da tarde. ao meio dia já estávamos com tudo pronto para seguirmos para o parc des expositions. um local gigantesco, tipo um rio centro.
fomos de metrô que mais parecia um comboio de alucinados rumo ao paraíso. o que era a pura verdade.
ao chegarmos no rio centro deles, encontramos uma multidão de franceses, ingleses, espanhóis, turcos, paquetenses…
“cacete, vamos entrar logo nessa merda”. um de nós gritou e os outros dois foram atrás.
gente pra todos os lados. nas roletas, era um sufoco da porra. e eu pensando:
“isso aqui é pinto perto do maracanã”. mas a coisa tava preta.
assim que entramos, mais uma surpresa – o palco estava a uma distância similar a do leme ao posto 6!!!
ou seja, existia a praia de copacabana inteira entre nós e townshend, moon, daltrey e entwistle.
fomos nos aproximando e encaramos uma parede humana imóvel a quilometros de onde queríamos ficar.
peraí, o que está acontecendo? fui me metendo por entre a “francesada” até perceber o motivo do muro.
que era o seguinte – os que chegaram mais cedo, ao invés de ficarem em pé, se deitavam como se estivessem num camping. resultado? toda a área em frente ao palco até a torre de iluminação foi ocupada pelos folgados.
e o pior, NINGUÉM entrava nesse espaço. NINGUÉM! impressionante!
fizemos uma reunião de cúpula e resolvemos – “porra o de gaulle que se foda, luiz XV que se foda, o louvre que se exploda, a torre eiffel que desabe… VAMO INVADIR ESSA MERDA… VASCÔÔÔÔ…” e invadimos!
imagina a cena – milhares de pessoas refasteladas com comidinhas, lendo filosofia, namorando, dormindo, bebendo vinho… de repente três alucinados começam a pisotear o french pic nic!!!
roberto e eu fomos na frente. conforme íamos atravessando o campo “minado”, era porrada de todos os lados que a gente tomava. olhei pra trás e vi o paulista (não me lembro o nome dele. uma pena) sendo “expulso” e voltando lá pro ponto inicial da travessia.
vou contar uma coisa, nunca passei por uma situação tão casca grossa.
simplesmente era todo o parc des exposition olhando para os dois malucos – eu e roberto.
e a gente não parava. era porrada em cima de porrada, cusparada, palavrão em todas as línguas… e a gente não parava. tínhamos como objetivo um ponto bem em frente ao “santuário” (o palco).
finalmente chegamos onde queríamos ficar. imagina de novo – nós dois em pé no meio de um monte de gente rosnando. virei pro roberto e falei
– “cara, chegamos até aqui. agora, vamos arrumar uma porradaria e no que vagar um pedacinho de chão a gente se senta e liga o foda-se”.
no meio dessa aventura fiquei me recordando das histórias que meu pai contava sobre a final da copa de 50 no maracanã. ele dizia que muitos de seus amigos se jogavam do alto da arquibancada e desciam por cima
das cabeças das pessoas sentadas até surgir um lugar.
24 anos depois colocamos a mesma estratégia em prática.
voltando ao ponto em que paramos. aconteceu o que era previsto. no que estacionamos, uns quatro franceses se levantaram para iniciar o pugilato. e a porrada seria das boas! seria porque no exato momento do gongo, um francês nos puxou e cedeu um espaço de seu lote pros brasileiros atrevidos. cara que sufoco!!! bem, as coisas se acalmaram e curtimos as preliminares do que seria um show devastador em todos os sentidos. o sistema de som ficava fissurando a rapaziada com trechinhos em eco de quadrophenia –

“love reign o’er meeeeeeeeeeee” ou “can you see the real meeeeeeeeeeeeeeee”… PQP!!!

de repente as luzes se apagam e, finalmente, todos se levantam. no meio da escuridão ainda tomamos uns safanões dos recalcados. quase nem sentimos tamanha era a vibração.
dali em diante, aí sim, o pau comeu na casa de noca!!!
falar mais o quê? o que era pra contar já foi dito. o resto é História que foi cantada nesse “set list” –
I Can’t Explain, Summertime Blues, My Wife, My Generation, The Real Me, The Punk And The Godfather, 5.15, Sea And Sand, Drowned, Bell Boy, Doctor Jimmy, Love Reign O’er Me, Won’t Get Fooled Again, Pinball Wizard, See Me Feel Me, Substitute, Magic Bus, Naked Eye, Let’s See Action, My Generation.
um detalhe – nunca mais vimos o paulista.
ah, a saideira – de paris fomos para amsterdam e no aeroporto encontramos com roger daltrey no dia seguinte ao show. chegamos junto e ele foi muito gente fina. autografou pra mim o poster da tour francesa e posou para essa foto:

.

roberto forévis

( :

nilton santos (1925 – 2013)

lembro Dele em frente da loja de material esportivo no início da rua voluntários da pátria…

não por acaso, em botafogo, bairro da zona sul carioca!

em muitas situações, eu passava por Ele e dizia, apenas:

“mestre”

Ele, apenas, sorria… todo pimpão!

agora, imagina… e projeta para os padrões atuais:

um bi-campeão mundial de futebol, considerado até hoje o mais foda lateral esquerdo de todos os tempos…

aposentado e dono de um simplérrimo empório comercial!

Lenda!

) :

lou reed?

sério, não é por conta da derrota do vasco pra ponte preta (são 17:20) que estou soltando marimbondo enferrujado pelas ventas!

quer dizer… é um pouco!

o fato é que a subida de lou reed não tem nenhuma importância nesse mundinho bundamole em que vivemos.

pior ainda, não tem… e não terá!

“walk on the wild side” é coisa do século 20!

em uma semana, o nome dele estará no “museu” igualzinho ao de machado de assis, bert jansch e noel rosa!

o planetinha seguirá girando ao som das corporações, da banalização, da massificação… ao rítmo do emburrecimento galopante!

o importante é o agora, NOW, o HYPE (de dois meses)… independente do que seja… e que se foda o resto!

 “valores” como tempo, precisão & atenção de nada valem!

junte à pauta o assunto paulinho tapajós onde a informação de sua subida

foi tratada tal e qual um papel higiêncico usado!

acabei de saber que um dos filhos de paulinho assim reagiu ao jeito da mídia noticiar a morte do pai:

– esse não é meu pai!

PQParille!!!

a notícia no UOL sobre a morte de lou reed  o coloca na gaveta dos guitarristas…

– MORRE GUITARRISTA LOU REED, aos 71 anos

quer dizer, quem nunca ouviu falar dele, vai achar que perdemos alguém do quilate instrumental de clapton, hendrix, page,

pepeu, lanny gordin!

e ainda convidam: “ouça os grandes sucessos de lou reed”!!!

que porra é essa?

sucesso? caraca… em que mundo vivemos?

ahhhhhhhh, tá… esqueci, ele morreu hoje… vale tudo!

semana retrasada, um desses sites informou que quando chuck berry chegou à música,

“só havia atitude e que ele trouxe musicalidade”!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

coitado, era aniversário dele!

qualquer um fala sobre qualquer coisa.. de qualquer jeito… e pronto!

tá captando onde quero chegar…ou não chegar?

será impossível aos “pensadores” da modernidade se tocarem que é preciso navegar comtra a correnteza?

que tal uns goles?