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ainda…

a chegada do the who ao brasa, em 2013, já estava sendo cogitada há tempos!

láááááááá atrás, há uns 10 anos (ou mais), a vinda foi cancelada depois da negativa da vênus em fazer uma matéria com a banda nos USA.

pensou o responsável: “ué, se a globo não se interessa em divulgar/antecipar os shows do who, quem estará ao meu lado?”

POW, cairam as datas sulamericanas… algumas já estavam à venda!

enfim, quando recomeçou o zumzumzum, este um (escaldado) pulou fora: “não é coisa minha”!

quando o cartaz, ali debaixo, pipocou na web, já veio cheio de dúvidas: não tinha nada no site da banda, não havia nenhuma informação extra!

ok, normal, pros dias atuais… de repente, alguém tratou de antecipar os shows.

ué, tem neguinho que faz “crítica” de disco com sobras da gravação imaginando ser o verdadeiro… normal!

as pegadinhas abundam – e são cortejadas – na grande rede!

hoje, pela manhã, liguei pra outra tchurma que poderia estar envolvida com o the who: “não tem nada, maurição”!

enfim, com a pressa que paira sobre o planeta… é assim que a banda toca… ou não toca!

( :

coincidentemente, dia 10, bato de cara com 39 anos em que vi townshend-moon-daltrey-entwistle lançando o disco quadrophenia, em paris…

e o MAM está registrando o acontecimento, lembra?

sempre com o help d’aTRIPA, otaner conseguiu resgatar um post de 2003 (há 10 anos) em que lembrei deste dia.

por conta dos acontecimentos recentes, acho que vale a pena relembrar:

– no dia 6 de fevereiro, roberto (meu primo) e eu partimos para paris.
de cara, fomos para o louvre. quando estávamos numa daquelas galerias enormes e, surpreendentemente, vazia, ouvimos um grito vindo das profundezas do museu e que reverberou pelas paredes de mármore – CARALHO!!!
quando olhamos para trás para nos certificarmos da maluquice, avistamos um sujeito correndo em nossa direção prestes a bater o recorde dos 200 metros rasos. era um paulista que conhecíamos de londres e que coincidentemente estava em paris. o cara chegou esbaforido e balbuciou –
“puta que pariu, o who toca daqui a quatro dias em paris, fodeu… vamos comprar os ingressos agora”
ele que já vinha no pique foi só seguir o embalo, eu e roberto engrenamos numa correria para o local onde o pariscope indicava como venda dos tickets. chegamos rapidinho, encaramos uma filinha, compramos os ingressos e nunca mais voltamos ao louvre!!!
o who estava lançando o álbum quadrophenia. o disco que mais eu ouvia quando deixei o rio.
sabe lá o que é isso? estar em paris e, sem esperar, ser atropelado pelo THE WHO com keith moon!!!
circulamos pela cidade por 96 horas até o momento decisivo, como diria cartier bresson.
até que chegou a hora H. o show estava marcado para as 5 da tarde. ao meio dia já estávamos com tudo pronto para seguirmos para o parc des expositions. um local gigantesco, tipo um rio centro.
fomos de metrô que mais parecia um comboio de alucinados rumo ao paraíso. o que era a pura verdade.
ao chegarmos no rio centro deles, encontramos uma multidão de franceses, ingleses, espanhóis, turcos, paquetenses…
“cacete, vamos entrar logo nessa merda”. um de nós gritou e os outros dois foram atrás.
gente pra todos os lados. nas roletas, era um sufoco da porra. e eu pensando:
“isso aqui é pinto perto do maracanã”. mas a coisa tava preta.
assim que entramos, mais uma surpresa – o palco estava a uma distância similar a do leme ao posto 6!!!
ou seja, existia a praia de copacabana inteira entre nós e townshend, moon, daltrey e entwistle.
fomos nos aproximando e encaramos uma parede humana imóvel a quilometros de onde queríamos ficar.
peraí, o que está acontecendo? fui me metendo por entre a “francesada” até perceber o motivo do muro.
que era o seguinte – os que chegaram mais cedo, ao invés de ficarem em pé, se deitavam como se estivessem num camping. resultado? toda a área em frente ao palco até a torre de iluminação foi ocupada pelos folgados.
e o pior, NINGUÉM entrava nesse espaço. NINGUÉM! impressionante!
fizemos uma reunião de cúpula e resolvemos – “porra o de gaulle que se foda, luiz XV que se foda, o louvre que se exploda, a torre eiffel que desabe… VAMO INVADIR ESSA MERDA… VASCÔÔÔÔ…” e invadimos!
imagina a cena – milhares de pessoas refasteladas com comidinhas, lendo filosofia, namorando, dormindo, bebendo vinho… de repente três alucinados começam a pisotear o french pic nic!!!
roberto e eu fomos na frente. conforme íamos atravessando o campo “minado”, era porrada de todos os lados que a gente tomava. olhei pra trás e vi o paulista (não me lembro o nome dele. uma pena) sendo “expulso” e voltando lá pro ponto inicial da travessia.
vou contar uma coisa, nunca passei por uma situação tão casca grossa.
simplesmente era todo o parc des exposition olhando para os dois malucos – eu e roberto.
e a gente não parava. era porrada em cima de porrada, cusparada, palavrão em todas as línguas… e a gente não parava. tinhamos como objetivo um ponto bem em frente ao “santuário” (o palco).
finalmente chegamos onde queríamos ficar. imagina de novo – nós dois em pé no meio de um monte de gente rosnando. virei pro roberto e falei
– “cara, chegamos até aqui. agora, vamos arrumar uma porradaria e no que vagar um pedacinho de chão a gente se senta e liga o foda-se”.
no meio dessa aventura fiquei me recordando das histórias que meu pai contava sobre a final da copa de 50 no maracanã. ele dizia que muitos de seus amigos se jogavam do alto da arquibancada e desciam por cima
das cabeças das pessoas sentadas até surgir um lugar.
24 anos depois colocamos a mesma estratégia em prática.
voltando ao ponto em que paramos, aconteceu o que era previsto. no que estacionamos, uns quatro franceses se levantaram para iniciar o pugilato. e a porrada seria das boas! seria porque no exato momento do
gongo, um francês nos puxou e cedeu um espaço de seu lote pros brasileiros atrevidos.
cara que sufoco!!! bem, as coisas se acalmaram e curtimos as preliminares do que seria um show devastador em todos os sentidos. o sistema de som ficava fissurando a rapaziada com trechinhos em eco de
quadrophenia –
“love reign o’er meeeeeeeeeeee” ou “can you see the real meeeeeeeeeeeeeeee”… PQP!!!
de repente as luzes se apagam e, finalmente, todos se levantam. no meio da escuridão ainda tomamos uns safanões dos recalcados. quase nem sentimos tamanha era a vibração.
dali em diante, aí sim, o pau comeu na casa de noca!!!
falar mais o que? o que era pra contar já foi dito. o resto é História que foi cantada nesse “set list” –
I Can’t Explain, Summertime Blues, My Wife, My Generation, The Real Me, The Punk And The Godfather, 5.15, Sea And Sand, Drowned, Bell Boy, Doctor Jimmy, Love Reign O’er Me, Won’t Get Fooled Again, Pinball Wizard, See Me Feel Me, Substitute, Magic Bus, Naked Eye, Let’s See Action, My Generation.
um detalhe – nunca mais vimos o paulista.
ah, a saideira – de paris fomos para amsterdam e no aeroporto encontramos com roger daltrey no dia seguinte ao show. chegamos junto e ele foi muito gente fina. autografou pra mim o poster da tour francesa e posou para essa foto:

 

página1

lembra quando coloquei aqui no tico a via crucis que foi ver o the who com meu primo roberto, em paris/1974?

é o assunto do dia 5 de setembro, algumas páginas atrás!

pois é, o MAM (componente d’aTRIPA) urrou ao ler o relato da “invasão”:

“qualquer dia desses, vou fazer a história em quadrinhos dessa trosoba”

êita… pressão!

afinal, MAM colabora com o roNca há anos & anos!

se o crumb ilustrou a bíblia… o MAM tira de letra “a invasão”, né?

a produça está correndo solta… entre uma aula de russo e um jogo do fogão, nosso artista coloca a mão na massa!

quando a obra estiver pronta, vamos colocar – semanalmente – “a invasão” aqui no tico… esta é a idéia!

para esquentar o assunto, MAM enviou material do que poderá ser a primeira página da HQ!

em primeiríssima mão…

 

fatiando (a.k.a “a love supreme”)…

há tempos eu não entrava em contato com uma boa parte de nossa torcida.

ao longo dos últimos tempos, a comunicação das coisas roNca aconteceu, apenas, via a tchurma cadastrada aqui no site.

sendo assim, muita gente ficou foreta de nosso bate-bola… normal, falta de tempo, falta de vontade… opção!

hoje, ao refazer algumas listas de ouvintes, enviei um “pombo sem asa” para a tchurma que estava “adormecida”…

já que espero informar, em breve, algumas novidades envolvendo o roNca… take it easy, nadica de dial ou programa!

enfim, o projétil alcançou todos os tipos de ronqueiros… mas a grande maioria estava “off”, à vera!

conclusão: recebi uma avalanche de mensagens solicitando inclusão…

e acabei fatiado, despedaçado, esquartejado pelo carinho, sem igual, de nossa tossida… aTRIPA!

muuuitos ouvintes, que estavam sumidos, apareceram gloriosamente… outros tantos se manifestaram pela primeira vez.

PQParille, minha tarde foi “cabeleira altíssima” graças ao mais poderoso dos aditivos: a emoção!

eu só posso tentar retribuir na mesma moeda… com vibe do mesmo quilate, com o mesmo respeito, carinho…

e pra segurar esta onda, vou mostrar uma das mais espetaculares demonstrações disto tudo que já recebi:

a edição feita pelo MAM, em 2011, com algumas fotografias minhas que ele catou aqui e “ali”.

para contextualizar, tudo ao som de gil scott heron com “pieces of a man”…

( :

botando a tampa, três exemplos dos “pombos sem asa” de ontem…

“Salve Maurício,
Demorou mas chegou, conforme prometido.
Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras, não é não?
Bom, ainda que essas imagens valham mais que qualquer palavra (fé no futuro, sempre!!!), não custa nada dizer um sonoro MUITO OBRIGADO, pelo ingresso, pela sonorização, pela simpatia, especialmente pelo momento transcendental ao som Dele, Coltrane, e também pelo Gainsbourg do final no show dos Hermanos, aqui em São Paulo.
Grande abraço e muitas saudades daquelas terças espetaculares.
Ps. Esse objetozinho metálico é uma réplica em CD do Metal Box, porque o original só passa pela minha mão.
Leonardo

+

“Oi Maurício eu quero continuar recebendo as notícias no Ronca sim!
Aliás,sabe que certa vez estava voltando da casa da minha ex-sogra e resolvi chamar um taxi pois já estava tarde e as minha bebês estavam dormindo. Meu ex-marido(o Alex) e eu entramos no carro e fomos curtindo as músicas que o taxista ouvia no rádio, não lembro o que tocava, mas era agradável. Em um determinado momento tocou a vinheta da rádio, ele estava ouvindo a Jovem Pan.
Nessa hora eu comentei que achava uma pena o Ronquinha ter saído do ar pois era o único programa que me fazia ligar o rádio,foi quando para a nossa surpresa o motorista falou ” Desculpa me meter na conversa de vocês eu adorava esse programa. É uma pena mesmo ter saído do ar.”ele também era um orfão do programa! Aí ele falou para o Alex ” Pô, essa tua camisa é muito maneira, eu tenho uma que é edição da copa”.aí o alex disse ” cara, não fala que a camisa é minha que dá até briga…”
E dava briga mesmo! porque desde quando nos conhecemos ele ia na minha gaveta e  roubava a minha camisa do ronquinha!Logo a camisa que eu mais gostava e que me traz lembranças tão boas! Por quatro anos eu não pude usar a camisa porque o sr. Alex ia na minha gaveta e pegava antes que eu pudesse pensar em vestir! e eu sempre falei para ele que se um dia a gente se separasse ele poderia leval tudo, menos a minha camisa!
E de fato nos separamos! foi uma separação tranquila, sem maiores problemas. Na semana passada ele veio buscar algumas coisas que ainda estavam por aqui e teve a cara de pau de perguntar ” Michelle, cadê a minha camisa do Ronca Ronca?”
;) piscando
Michelle
+
Subject: Ronca em São Luís…
Aí, Maurição…belesma?
Pra não chover no molhado, nem vou falar sobre a falta de opção nas noites de terça… Em todo caso, estamos na expectativa, sempre de olho no Site Roncador!
Segue uma “fotoca” recém retratada em São Luís do Maconhão…onde, pasmem, numa tarde conhecendo o Centro Histórico, eu e minha namorada só ouvimos Legião! Pelo menos em três momentos diferentes, na mesma tarde, a trilha captada no ar era essa…mto lôco! Cadê o reggae?
E aproveitando, update me!
 Fábio