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a brazucada, marcelo “caipirinha” & eduardo motta (em leeds)…

“Salve Simpatia!

Infelizmente, a passagem do Ed por Leeds não deixou boas lembranças, acho que em particular pra ele e pra banda. Houve um desencontro muito grande entre os músicos (e a música) e a platéia.

Apesar de uma certa presença de regulares do Wardrobe e alguns interessados em música (o Hunter, por exemplo, tava lá), quem tomou conta da noite foram os brazucas, mas aqueles do tipo “sambista de Maceió”, “forrozeiro de Criciúma”, “funkeiro de Ipanema”, tá sabendo? Essa turma chegou, tomou conta do lugar, passou o tempo todo de papo, rindo e contando estórias, sem nenhum interesse pelo show. Se fosse o Elomar, Metá Metá, Hermeto Pascoal ou Egberto Gismonti, a turma também estaria lá no mesmo número e com a mesma falta de interesse, falando e esperando os DJs (brazucas também) finalmente “tocando música boa” – aquilo que você imagina.

Depois de duas ou três musicas o Ed e a banda começaram a pedir silêncio, respeito e etc, mas os pedidos foram totalmente ignorados. Pra quem tava do meio pra trás do show, o volume da conversa era mais alto que o da banda. E a banda, evidentemente, p da vida, ainda no palco só por profissionalismo.

Além disso, acho que houve outra coisa que desagradou até os regulares do Wardrobe (um lugar de jazz/folk/world, foi lá por exemplo que entrevistei o Berth Jansch pro tico-tico em 1900 e muito tempo atrás): o Ed cantando em inglês. Três dos interessados em música que estavam tendo ali seu primeiro contato com o Ed, entre eles o Hunter, me perguntaram a mesma coisa: “no Brasil ele também canta em inglês? Por que ele tá cantando em inglês aqui?”. A combinação do material promocional proclamando “Ed Motta the Brazilian MPB legend”com o Ed cantando em inglês foi péssima. Pode ser que isso cole em outros cantos do planeta, mas por aqui é difícil.

Terminado o show, Ed & banda tiraram o time de campo rapidinho, não teve papo com ninguém depois do show. Normal, não tinha clima pra isso.

Tão ruim como a atmosfera foram as fotos que tirei – te mando aí em anexo a melhorzinha de uma série lastimável, e também o flyer do show.

Abração,”

Marcelo///

negativos & positivos (57) [jack bruce]…

minha lista de discos favoritos muda com o vento.

mas, claro, tenho algumas certezas como “electric ladyland” (de hendrix), “shields” (do grizzly bear)

e “songs for a tailor“, de jack bruce!

cacilds, quase furei o disco nesse weekend… que coisa… ele não cansa… não se repete… parece novo a cada audição!

acho que estas características é que fazem um disco entrar na gaveta dos clássicos! não?

leNNNNNNNNNNNNda…

jack bruce / new victoria apollo (londres) / maio1981

lolla picado + bagulho doido…

êita… cheguei bem tarde à TV.

mas a vibe começou cedo… papo de 11h… quando cruzei com o alfredinho.

a peça estava do outro lado da rua e gritou:

– maurição, tá sabendo que o josimar vai tocar lá no lulapalusa?

– hein?

– é… o josi do fogão fez uma banda e vai tocar no lula, hoje

– porra, alfredinho! tu já tá chamberlain total? não seria o johnny marr?

nesse instante, um ônibus se colocou entre nós… e o papo cortado!

no que liguei a TV, uma das mocinhas do canal bis disse:

– em instantes, jake bugg que vem sendo chamado de novo bob dylan!

hahaha… começamos bem!

mas o fato é que o caboclo inglês, de 20 anos, está muito além da maioria absoluta do que a garotada tem para ouvir, hoje!

talentoso, no vácuo do arctic monkeys, bonitinho, sem marra, bom gosto, produzido por rick rubin…

e uma vasta soma de $$$ para alavancar/manter a carreira!

a mais recente edição da revista MOJO (blondie na capa) traz uma grande matéria com ele.

entre os discos favoritos de jake está…

pronto, depois dessa, ele tem sinal verde para fazer o que bem entender!

( :

nesse momento, ele está tocando “hey hey, my my”, de neil young, no lulapalusa…

e a platéia parece não ter idéia do que se trata… “normal”… é “assim mesmo”.

vou correr atrás dos discos dele para tocar no roNca e recomendar àTRIPA.

a jovem ala das meninas ronqueiras vai subir pelas paredes… é paixão na certa!

acabei dando uma travada na transmissão… pra voltar com um arcade fire ali… um new order aqui!

o mais bacana de tudo é ter os dois, LIVE, na telinha! D+!

acabei sem testemunhar o josimar, quer dizer… o johnny marr…

e foi impressionante a quantidade de inutilidades no festival, hein?

virando o disco… mas no tema:

fui catar os gols do domingo e dei com os cornos com os segundos iniciais da estréia do programa superstar, na vênus!

mamãe… que bagulho é esse?

lascou!

(lembra ali de cima em que jake cantou “hey hey, my my” – de neil young- e ninguém conhecia no lulapalusa?)

quer dizer… é isso aí, galera… vamu nesssssssa… UHU…

e não deixe de entrar no aplicativo do $uper$tar!

aTRIPA (madri+buenos aires+olinda)…

UAU!

este é o complemento criado por igor e pollyana ao doc. sobre aTRIPA... o popular “bonus track”!

sempre foi muito forte a idéia de contar com os ouvintes de fora do rio… de fora do brasil… que são muitos, muitos & muitos!

só que, na edição final, eles optaram em priorizar a tchurma que pudesse ser registrada cara a cara.

para reforçar a presença fundamental/histórica/resistente/cascuda dos ouvintes que residem em outras cidades,

aí está a homenagem montada por igor&pollyana com as leNdas anleNe/lisaNdro/willaNa!

D+D+D+D+!

lolla…

é bom esclarecer – mais uma vez – que quase tudo em nossas vidinhas está baseado em gosto pessoal…

e essa é a grande causa dos conflitos entre humanos… TODOS!

afinal, poucos são os que aturam/respeitam/convivem com opiniões diferentes das próprias.

– porra, tu é um mané mermo, hein? como pode gostar dessa merda de sertanejo?

– caraca, maluco! que idiota você é se empapuçando de rabada?

– mas que perda tempo torcer pela porcaria do grêmio, hein?

– sua casa não tem espelho não? que namorado horroroso você arrumou, amiga!

– como você pode ter coragem de sair com uma camisa dessas?

– és uma besta em frequentar aquele culto de mentirosos!

well, well, well… o desfile de desafinações é infindável!

toda essa xaropada para dizer que a única banda que eu realmente gostaria de conferir no lollapalooza que começa amanhã, em são paulo, é o apanhador só… principalmente pelo fato de nunca ter visto a tchurma gaúcha!

situação bem diferente do terra, ano passado, com the roots + beck + blur… onde marquei presença.

claro que seria bom ver/rever outras atrações… mas não nas condições de um festival.

todos os nossos conterrâneos podem ser presenciados em outras situações.

eu não colocaria em risco a passagem do café tacvba, ano passado, pelo circo… 10, nota 10!

e dos quatro “grandes” internacionais, nenhum me levaria para são paulo… onde o cu$to benefício seria bem negativo pro meu bolso.

muse é uma das mais desnecessárias bandas sobre a face da terra!

nine inch nails não mais me faz ir até a esquina!

soundgarden igualmente!

e o arcade fire…

parece que virou – definitivamente – o grupo que mais rende homenagens ao cassino do chacrinha de tanta papagaiada no palco!

e olha que, em 2005 quando estavam trabalhando o primeiro – e ótimo – disco, já detectei essa tendência no show do tim festival.

achei tudo bem forçação de barra… muita coreografia, troca de instrumentos, caras & bocas… desnecessários!

mas como a música era boa, nota 7!

o tempo rodou, o arcade fire seguiu fazendo discos acima da média do mercado…

até desembocar no mais recente, “reflektor”, produzido por james murphy (LCD).

ouvi algumas faixas na web… e desanimei.

pra mim, o lado mais sedutor do arcade fire é – ou era – a sonoridade mais acústica, menos processada, mais simples…

e de tudo que passou pelos meus ouvidos, do novo disco, nada se aproximou desse lado da moeda.

pra piorar, quem já viu garante que os shows atuais fazem o programa do velho guerreiro parecer uma missa de sétimo dia.

portanto, tentarei acompanhar o lolla pela TV… desde que não reprisem, no mesmo horário, algum programa do abelardo!

negativos & positivos (52) [ondino+didi+telê+zezé]

quando tio ondino esteve no rio, em 1991, foi homenageado pelo fluminense… no salão nobre do clube.

tudo por conta do tri campeonato que conquistou, como técnico, nas laranjeiras, em 1938-1940-1941!

para o embalo, foram chamadas algumas das maiores lendas do futebol brasileiro.

a maioria foi treinada por ele no flu.

nesta foto captada pela xeretinha – toda orgulhosa – consigo identificar…

em pé: ademir menezes (terceiro da esq para dir), tio ondino (olhando pra gente) e telê santana (na ponta).

sentados: didi (de bengala), zizinho (com a mão na boca) e zezé moreira (na ponta)…

ondino viera & seus bluecaps / rio de janeiro / novembro1991

novamente bem no meio da rapeize, aqui está ele com o time campeão de 1938…

( :

a sacolinha de joe boyd…

o cidadão aqui em cima é – na minha opinião – o mais importante nome no planeta música.

imagina a seguinte situação:

você vai ali na pastelaria e conhece, na hora, um gringo que está atracado a um gordurame de camarão.

rola a tradicional apresentação.. e você, sempre curioso(a), pergunta…

– ah, tá… e o quê você faz?

ele responde:

– trabalho com música desde os anos 60 e lancei pink floyd, nick drake, fairport convention…

durante a apresentação do curriculum você tem um potofe, desmaia… e começa a babar estatelado na pastelaria!

hahaha!

enfim, joe boyd é uma leNda!

sentiu as escolhas dele na amoeba?

PQParille!

lembra de quando contei no roNca a disputa de uma partida de ping-pong dele com kassin?

vamos fazer uma vaquinha pra trazer joe boyd ao roNca?

( :

“faz de conta”…

almocei, hoje, com uma das mais cascudas personalidades da comunicação moderna.

papo vai, tomatinho pra lá, carne assada pra cá, papo vem… desabamos na total falta de opinião/determinação que nos cerca.

de como neguinho faz qualquer coisa para galgar parâmetro$, de como neguinho se ajoelha diante do maior crápula só para aparecer…

de como são raríssimos (comparados à massa ao redor) os que possuem idéia própria e, realmente, lutam por ela.

tudo afinado à situação “vivemos no mundinho do faz de conta, da mentirinha… mas vamos em frente”.

 relembramos fatos inacreditáveis, demos muitas gargalhadas… e pagamos a conta (salgada)!

no que cheguei em casa, leonardo – d’aTRIPA paulistana – enviou o link da coluna do andré barcinski sobre levon helm

onde estão as seguintes letrinhas:

“Helm é convidado a ir ao Grammy receber um prêmio pelo trabalho com The Band, recusa: “Isso é uma armação de engravatados. Onde eles estavam quando Richard e Rick precisaram de ajuda?” (Richard Manuel cometeu suicídio em 1986, e Rick Danko morreu do coração em 1999). Em vez de ir à festa dos “engravatados”, Helm faz um show de sua banda, os Midnight Ramblers”

viena’s calling…

Assunto: Shows em Viena nos próximos meses
“Camarada!

Só para te deixar informado sente o clima que eu encontro aqui nos próximos meses em shows e festivais:
– Rolling Stones, The Isley Brothers, Al Jarreau, Sharon Jones, Dr. John, Black Sabbath, Bob Dylan, Nine inch Nails, Gregory Porter, Queens of the Stone Age, Sisters of Mercy e o Kraftwerk vai fazer oito shows em quatro dias tocando um album por show (dois shows por dia) na integra.

Como pode perceber é pressão! E tem muito mais, arte, designer, cervejas, cafés, pic nics e etc.
A cidade já foi uma das grandes capitais da invenção e influência no mundo mas depois da guerra proveniente do nazismo o mundo ficou com o pé atrás em relação ao país! Eles têm uma vergonha grande por ter gerado um cara que foi uma aberração e pensam apenas agora no bem estar das pessoas.

Segue foto que fiz de um exposição chamada SoundFrame onde o som e a luz são trabalhados por novos artistas.
Saca o clima.
Abraço e é meu convidado para uma visita aqui, caso não conheça. Serei seu guia!
Cheers com Guinness! ahahaha”

Luiz

negativos & positivos (48) [otto stupakoff]…

mergulhei forte, ontem, na obra de alguns fotógrafos brasileiros.

bem no fundo da piscina, relembrei o encontro que tive com um dos mais cascudos.

de como ele abriu coração/casa/alma para um desconhecido (eu), de como esperou a chegada do filho para fazer o registro,

de como se esforçou ao máximo para que o trabalho do “colega” (eu) fosse bem realizado!

PQParille… fueda… mestre!

otto stupakoff / joatinga (rio de janeiro) / maio1980