Arquivo da categoria: historinhas

MEEEEEEEEEEEEEEEEESTRE…

lenny é um dos maiores conhecedores de Música on earth!

ele inventou o “conceito” nuggets, no início dos 70… isso, as coletâneas de banda obscuras dos 60…

bolou/fez/produziu a primeirona… e todas as outras, importantes!

escritor, jornalista, historiador, contador de causos… leNda!

tá bom? não?

ok, lenny é O guitarrista de PATTI SMITH!

PQParille… taí outro caboclo com quem eu gostaria de dar uma volta em paquetá! sério!

lenny não sossega… e você pode/deve acompanhar as andanças da peça aqui!

http://www.youtube.com/watch?v=JVD7gM4-B8g

( :

 

maliando…

segue forte a reverberação das presenças de alexandre & moreno, terça passada, no jumboteKo.

o especial MALI tocou fundo na alma d”aTRIPA!

Subject: Hipopótamo
“O 310 foi massa, fez bater com mais força o coraçãozinho. Música simples e riquíssima, que emociona pela sinceridade. A essência é essa, né, som que liberta a alma. satisfy my soul, como diria Bob Nesta, aniversariante da semana. O voo me lembrou o “quero ser negro, pai” rsrsrs

E nesta bula está faltando ele – Al Green. Adorei o “take me to the river”, ainda mais tocando no contexto dos rios africanos, onde tudo brota.

Valeu, Mauval.”

beijão  Sissi
+
Subject: afrika é aqui!

Fala Maurição!

Cara, o programa de 3a.feira foi fantástico, antológico, uma aula não só sobre a grandeza das Áfricas, mas sobre a vida… Estou, neste momento, acabando de fazer a janta aqui em casa e, graças a versao podástica do roNquitcha, podendo ouvir noutro dia. Na 3a.feira mesmo, ouvi um pouco e vibrei na comuna do feicebuque. Mas agora é que fiz a audicao na íntegra.
Então, campanha nacional para irmos pra Bamako!
Há alguns anos, venho conhecendo e me encantando pela diversidade das Áfricas: na música (ouvindo Tinawiren), nas artes (trampei em uma exposição sobre tapeçaria e ornamentos no Centro Hélio Oiticica), ensinando o pouco que aprendi em escolas… por aí!
E o programa foi ótimo para ensinar e cativar mais gente pra causa! Moreno e Alex fizeram a diferença. Falando no Moreno, fiquei instigado em ver o símbolo nacional de Mali… a do hipopótamos quebrando a canoa, manja? Será q ele nao tem nenhuma fotito? Coloque la no tico-tico!
Te mando em anexo o que achei na net: um selo da republica, com o dito cujo posando!
Pra fechar o email, o mais chocante do programa foi quando Moreno falou da falta de comida, causando cegueira geral… cara, tem muuuuita coisa pra gente fazer nesse mundo mesmo… É arregaçar as mangas e entrar nas (micro)lutas!!! Da minha parte, fico feliz em dizer que hoje foi meu primeiro dia de volta à Maré: ministrarei oficinas de Rádio pra molecada, dentro de duas escolas (quase prisoes)… vamos ver qual vai ser!
abracos,”
marcelo
+
Subject: RE: tuaregues & cia…
“Que aula, e que felling cara! Absurdo……a história das crianças contadas pelo Moreno fez meu chão dar uma balançada ( em pleno metro, a caminho pro trabalho), um tipo de vivencia desse tipo faz no minimo a pessoa enxergar o seu cotidiano de forma diferente, as musicas como sempre redondas, acho que não teve nenhuma meia-boca nesse programa cara, programa redondinho! Tenho que conferir ainda, mas acho que essa aqui que teve um destaque especial pra mim “joe cocker mad dogs & englishmen – “feelin’ alright” (ao vivo)”….
Obs: Contei a história pro povo do escritório, a reação foi a mesma que a minha, olhos de geral brilhando.”
Valeu Mau Val.

Rdio+roNca

começa, hoje, a tabelinha Rdio & roNca roNca!

será um playlist por semana, sempre às quintas feiras, para reverberar o mundo roNca & seus periféricos.

por exemplo, como estamos às vésperas do reinado de momo, a estréia apresenta um bloco de vinte “batelitas”…

ultra conectado à sonoridade do jumboteKo.

o Rdio é um serviço de música digital voltado à informação/formação e a um novo jeito de compartilhar sons!

e som é o que não falta… afinal, são mais de 18 milhões de faixas para sua degustação!

com o Rdio ao lado, fica escancarada a possibilidade para montar/usar/arquivar uma coleção “cabeleira altíssima” de artistas fundamentais aos seus tímpanos!

prestenção no primeiro degrau:

MALI

jumboteKo, de terça feira, encostou no roNca em que recebemos carlos moore (em 7jun2011), lembra?

o biógrafo de fela kuti deu uma aula… de Vida, lembra?

ontem, recebemos estes dois monumeNtos do conhecimento…

alexandre & moreno deitaram e rolaram na História e na Música do Mali!

ensinamentos que ficarão ecoando forévis and évis em nossos ouvidinhos!

moreno ainda interpretou algumas músicas que estarão em seu próximo disco solo!!!

D+!!!

segura “janelinha & bula”:

rodriguez – “this is not a song…”

morphine – “only love” (ao vivo)

café tacvba – “olita del altamar”

moreno veloso – “bani” (ao vivo no roNca)

ohio players – “fire”

moreno veloso – “não acorde o nenem” (ao vivo no roNca)

ali farka touré – “ledi coumbe”

moreno veloso – “bambanaya” (ao vivo no roNca)

tinariwen – “walla illa”

joe cocker mad dogs & englishmen – “feelin’ alright” (ao vivo)

los esquelitos – “cumbia siglo XX”

moreno veloso & orquestra imperial – “ouvindo vozes”

ali farka touré & ry cooder – “soukora”

ali farka touré & toumani diabaté – “ruby”

moreno veloso – “jacaré coruja” (ao vivo no roNca)

chelpa ferra + arto lindsay & pedro sá – “mesa de samba”

dee dee bridgewater – “bad spirits”

amadou & mariam – “mon amour”

moreno veloso – “verso simples” (ao vivo no roNca)

john zorn – “pathway of fire”

moreno veloso – “rio longe” (mario caldato mix)

al green – “take me to the river”

moreno veloso – “passo à frente” (ao vivo no roNca)

 

o urso no circo, ontem…

há tempos, muito tempo, eu não cruzava com um urso no circo!

e, pode ter certeza, vai ser ruim de esquecer a noite de ontem!

o grizzly bear bateu de frente com todas as minhas expectativas… e digo mais, foi além!

repertório classe AAA, sem jogar pra torcida, levação de som FODA, zereta afetação, D+D+D+D+!

xeretinha, muito feliz! hahaha!

a lamentar, a falta de público carioca para esse tipo de música.

e olha que o GB é, certamente, uma das bandas mais hypadas (ARGH!!!) do planeta…

estão em todos os festivais, presença constante na mídia globalizada, disco “novo” (entre os melhores de 2012 em todas as pesquisas)…

mas nada disso é suficiente pros cidadãos da cidade de são sebá!

incrível como no rio de janeiro, num período de férias, mesmo a 90 pratas e com chuva, não existam mais que MIL pessoas empolgadas…

de verdade!

enfim, o urso saiu radiante do circo… junto com os “gatos pingados”…

(talvez por tudo isso, daniel johnston não passará pela cidade maravilhosa)

ainda…

a chegada do the who ao brasa, em 2013, já estava sendo cogitada há tempos!

láááááááá atrás, há uns 10 anos (ou mais), a vinda foi cancelada depois da negativa da vênus em fazer uma matéria com a banda nos USA.

pensou o responsável: “ué, se a globo não se interessa em divulgar/antecipar os shows do who, quem estará ao meu lado?”

POW, cairam as datas sulamericanas… algumas já estavam à venda!

enfim, quando recomeçou o zumzumzum, este um (escaldado) pulou fora: “não é coisa minha”!

quando o cartaz, ali debaixo, pipocou na web, já veio cheio de dúvidas: não tinha nada no site da banda, não havia nenhuma informação extra!

ok, normal, pros dias atuais… de repente, alguém tratou de antecipar os shows.

ué, tem neguinho que faz “crítica” de disco com sobras da gravação imaginando ser o verdadeiro… normal!

as pegadinhas abundam – e são cortejadas – na grande rede!

hoje, pela manhã, liguei pra outra tchurma que poderia estar envolvida com o the who: “não tem nada, maurição”!

enfim, com a pressa que paira sobre o planeta… é assim que a banda toca… ou não toca!

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coincidentemente, dia 10, bato de cara com 39 anos em que vi townshend-moon-daltrey-entwistle lançando o disco quadrophenia, em paris…

e o MAM está registrando o acontecimento, lembra?

sempre com o help d’aTRIPA, otaner conseguiu resgatar um post de 2003 (há 10 anos) em que lembrei deste dia.

por conta dos acontecimentos recentes, acho que vale a pena relembrar:

– no dia 6 de fevereiro, roberto (meu primo) e eu partimos para paris.
de cara, fomos para o louvre. quando estávamos numa daquelas galerias enormes e, surpreendentemente, vazia, ouvimos um grito vindo das profundezas do museu e que reverberou pelas paredes de mármore – CARALHO!!!
quando olhamos para trás para nos certificarmos da maluquice, avistamos um sujeito correndo em nossa direção prestes a bater o recorde dos 200 metros rasos. era um paulista que conhecíamos de londres e que coincidentemente estava em paris. o cara chegou esbaforido e balbuciou –
“puta que pariu, o who toca daqui a quatro dias em paris, fodeu… vamos comprar os ingressos agora”
ele que já vinha no pique foi só seguir o embalo, eu e roberto engrenamos numa correria para o local onde o pariscope indicava como venda dos tickets. chegamos rapidinho, encaramos uma filinha, compramos os ingressos e nunca mais voltamos ao louvre!!!
o who estava lançando o álbum quadrophenia. o disco que mais eu ouvia quando deixei o rio.
sabe lá o que é isso? estar em paris e, sem esperar, ser atropelado pelo THE WHO com keith moon!!!
circulamos pela cidade por 96 horas até o momento decisivo, como diria cartier bresson.
até que chegou a hora H. o show estava marcado para as 5 da tarde. ao meio dia já estávamos com tudo pronto para seguirmos para o parc des expositions. um local gigantesco, tipo um rio centro.
fomos de metrô que mais parecia um comboio de alucinados rumo ao paraíso. o que era a pura verdade.
ao chegarmos no rio centro deles, encontramos uma multidão de franceses, ingleses, espanhóis, turcos, paquetenses…
“cacete, vamos entrar logo nessa merda”. um de nós gritou e os outros dois foram atrás.
gente pra todos os lados. nas roletas, era um sufoco da porra. e eu pensando:
“isso aqui é pinto perto do maracanã”. mas a coisa tava preta.
assim que entramos, mais uma surpresa – o palco estava a uma distância similar a do leme ao posto 6!!!
ou seja, existia a praia de copacabana inteira entre nós e townshend, moon, daltrey e entwistle.
fomos nos aproximando e encaramos uma parede humana imóvel a quilometros de onde queríamos ficar.
peraí, o que está acontecendo? fui me metendo por entre a “francesada” até perceber o motivo do muro.
que era o seguinte – os que chegaram mais cedo, ao invés de ficarem em pé, se deitavam como se estivessem num camping. resultado? toda a área em frente ao palco até a torre de iluminação foi ocupada pelos folgados.
e o pior, NINGUÉM entrava nesse espaço. NINGUÉM! impressionante!
fizemos uma reunião de cúpula e resolvemos – “porra o de gaulle que se foda, luiz XV que se foda, o louvre que se exploda, a torre eiffel que desabe… VAMO INVADIR ESSA MERDA… VASCÔÔÔÔ…” e invadimos!
imagina a cena – milhares de pessoas refasteladas com comidinhas, lendo filosofia, namorando, dormindo, bebendo vinho… de repente três alucinados começam a pisotear o french pic nic!!!
roberto e eu fomos na frente. conforme íamos atravessando o campo “minado”, era porrada de todos os lados que a gente tomava. olhei pra trás e vi o paulista (não me lembro o nome dele. uma pena) sendo “expulso” e voltando lá pro ponto inicial da travessia.
vou contar uma coisa, nunca passei por uma situação tão casca grossa.
simplesmente era todo o parc des exposition olhando para os dois malucos – eu e roberto.
e a gente não parava. era porrada em cima de porrada, cusparada, palavrão em todas as línguas… e a gente não parava. tinhamos como objetivo um ponto bem em frente ao “santuário” (o palco).
finalmente chegamos onde queríamos ficar. imagina de novo – nós dois em pé no meio de um monte de gente rosnando. virei pro roberto e falei
– “cara, chegamos até aqui. agora, vamos arrumar uma porradaria e no que vagar um pedacinho de chão a gente se senta e liga o foda-se”.
no meio dessa aventura fiquei me recordando das histórias que meu pai contava sobre a final da copa de 50 no maracanã. ele dizia que muitos de seus amigos se jogavam do alto da arquibancada e desciam por cima
das cabeças das pessoas sentadas até surgir um lugar.
24 anos depois colocamos a mesma estratégia em prática.
voltando ao ponto em que paramos, aconteceu o que era previsto. no que estacionamos, uns quatro franceses se levantaram para iniciar o pugilato. e a porrada seria das boas! seria porque no exato momento do
gongo, um francês nos puxou e cedeu um espaço de seu lote pros brasileiros atrevidos.
cara que sufoco!!! bem, as coisas se acalmaram e curtimos as preliminares do que seria um show devastador em todos os sentidos. o sistema de som ficava fissurando a rapaziada com trechinhos em eco de
quadrophenia –
“love reign o’er meeeeeeeeeeee” ou “can you see the real meeeeeeeeeeeeeeee”… PQP!!!
de repente as luzes se apagam e, finalmente, todos se levantam. no meio da escuridão ainda tomamos uns safanões dos recalcados. quase nem sentimos tamanha era a vibração.
dali em diante, aí sim, o pau comeu na casa de noca!!!
falar mais o que? o que era pra contar já foi dito. o resto é História que foi cantada nesse “set list” –
I Can’t Explain, Summertime Blues, My Wife, My Generation, The Real Me, The Punk And The Godfather, 5.15, Sea And Sand, Drowned, Bell Boy, Doctor Jimmy, Love Reign O’er Me, Won’t Get Fooled Again, Pinball Wizard, See Me Feel Me, Substitute, Magic Bus, Naked Eye, Let’s See Action, My Generation.
um detalhe – nunca mais vimos o paulista.
ah, a saideira – de paris fomos para amsterdam e no aeroporto encontramos com roger daltrey no dia seguinte ao show. chegamos junto e ele foi muito gente fina. autografou pra mim o poster da tour francesa e posou para essa foto:

 

o urso!!!

muito muito muito bom saber que o novaiorquino grizzly bear está em solo brasileiro!

passou, ontem, por sumpa… e, amanhã, visita o circo voador!

há treze anos na ativa, a banda é um caso raro de originalidade e competência.

peça única o tal do urso!

( :

carnavalizaNdo…

prestenção, fufavô…

as letrinhas a seguir representam minha adaptação e inclusão no mundo real.

tempos atrás, trabalhei numa rádio onde era “desaconselhado” anunciar um vencedor de promoção que não morasse na zona sul carioca… especificamente: lagoa, jardim botânico, gávea, copacabana, ipanema e leblon… com muuuita boa vontade, poderiam ser cogitados flamengo e botafogo.

fui informado desta papagaiada tão logo acabou a primeira promo que levantei no programa.

como 98% das cartas vinham de outras áreas (majoritariamente niterói, zonas norte e oeste), peguei a “meia dúzia” da ZS e solicitei que “eles” resolvessem a nhaca!

assim como em todos os outros portos por onde o programa se encostou, a maioria absoluta dos participantes esteve conectada às áreas “menos nobres” da cidade de são sebastião!

no entanto, esta foi (e é) a tchurma que fez a pipa subir… sempre foi a rapeize interessada… que jogou junto!

para os “entendidos” em marketing e pesquisa, o pessoal C/D nunca foi interessante aos veículos de comunicação por onde circulei.

tá captando? tá percebendo onde quero te levar?

participei da equipe que criou a flu fm e jamais tivemos consciência do que estava sendo colocado em prática… mas colocamos! mesmo sem saber, a flu fm alastrou, engrandeceu, compartilhou (não existia este verbo) e semeou uma informação musical, até então, ausente do dial.

por lá, também existia a vontade de “comer bolinho carne e arrotar caviar”… mas, por ser de niterói, o caô não colava muito!

diante dos meus cornos o mundo girou… diante dos meus cornos as pessoas mudaram… diante dos meus cornos a curiosidade musical galgou parâmetros… diante dos meus cornos vi zilhões de ouvidos fissurados em legião, the cure, echo, paralamas, DUB, new order, tim maia, siouxsie & the banshees, afrobeat, aztec camera, gang of four, toots & the maytals, pistols & centenas de outros nomes “desconhecidos” naquele início dos anos 80!

ralamos, ralamos pra meirelles… e conseguimos chegar, em 1985, ao terceiro lugar do IBOPE!

o trabalho rendeu frutos gigantescos na segunda metade da década de 80: dois maracanãzinhos lotados com the cure (87), outro abarrotado com new order + echo, siouxsie + circo voador + todos os discos dessa tchurma lançados + dezenas de casas voltadas à nova cena abertas pelo brasa + músicas bacanas nas rádios + uma nova geração da MPB estabelecida.. UFA, a revolução venceu!

todos fizeram o dever de casa! TODOS!

deixei a flu fm em dezembro/85… criei o roNca tripa, radiolla e o roNca roNca… passei pelas rádios panorama, imprensa, globo e cidade + um ano na web, pela usina do som, em 2000. todos eles foram tempos inesquecíveis onde consegui impregnar a marca de quem sempre este a bordo do “jumboteKo”… mas não houve oportunidade de me envolver em algo além do simples fazer um programa de rádio.

sempre sonhei – e trabalhei – para ir além… sempre busquei falar com mais gente, todas as gentes.

até que, em 2006, recebi o convite para fazer parte da Oi fm!

o projeto era crescer junto com uma das únicas possibilidades de suce$$o naquele brasil tão distante: a telefonia celular!

e assim foi – programa ao vivo (dial & web) para são paulo, recife, porto alegre, ribeirão preto, campinas, rio de janeiro, santos, fortaleza, vitória, belo horizonte… com fortíssimas perspectivas de salvador, curitiba e brasília!!! investimento não faltava!!!

com dois anos de roNca roNca na Oi fm, tive certeza absoluta que, de novo, eu estava enfiado num projeto que poderia formar uma nova realidade musical no brasa! tive certeza!

tínhamos uma rede FM montada, uma operadora de celular apOiando, uma novíssima safra de artistas despontando, saturação dos artistas consagrados, a internet jogando a favor… enfim, a realidade era muuuito parecida com a do início dos anos 80 na flu fm! a diferenca básica é que, dessa vez, estávamos cutucando o BRASIL!

nada tirava do meu pensamento que a roda estava prontinha para girar!

e que, a partir ne nossa insistência, a TV globo, finalmente, descobriria o poder da Música! que a imprensa brasileira cairia de boca em novas perspectivas sonoras. que o Rádio despertaria… que a informação circularia livre, leve, boa, e solta!

ué, bastaria o “empurrãozinho” de DEZ rádios espalhadas pelo brasa reverberando, afinadamente, um novo jeito de tratar a Música para TUDO mudar!

mas, infelizmente, a roda mal saiu do lugar… claro, tivemos alguns sopros aqui e ali… mas nunca como deveria ter sido.

as amarras do busine$$ desmontaram todas as minhas expectativas… o projeto inicial foi minguando e tudo acabou do jeitinho lamentável que conhecemos.

no meio do trajeto, o brasil mudou bastante, as classes C e D passaram a ser O alvo da comunicação… só que o “conteúdo” levado para elas degustarem sempre menosprezou a inteligência brasileira… tá certo, não vou entrar nesta gaveta, senão a coisa vai ficar muito longa!

(lembrando que a afinação nesta conversa é, principalmente, musical, ok?)

a internet ganhou proporções dantescas e tratou de horizontalizar tudo e todos…  a profundidade da piscina passou a ser igual a do lavapé… descartar é um dos verbos mais conjugados. o planetinha gira a uma velocidade estonteante, nada fixa, a tonteira é constante… sério, lascou!

é assim que a banda toca… e neste show, não há mais espaço para o meu sonho que virou realidade, nos anos 80… ou para a minha certeza, de meados dos 00, que desceu pelo ralo… atualmente, não há lugar para a expansão, para formar, para multiplicar, em grande escala, assuntos que fazem parte da bula roNca…  basta apurar o “material” em nossa volta!

não sinto sodade nem tristeza,  muito pelo contrário… simplesmente, estou certo do meu quadrado. que adoro e defendo  – cheio de orguho e esperança – até minha última gota de suor… esteja onde eu estiver! hahaha… épico mas é vero!

mas todo este bláblá foi para colocar, aqui no tico, um email que enviei aos ex-companheiros de Oi fm, exatamente, às vésperas do carnaval de 2008… simples assim: