o club atlético lanús fica na grande buenos aires, no município lanús… tipo nilópolis para quem reside na cidade do rio de janeura.
tenho amigos que já estiveram no la fortaleza, estádio do clube, acompanhando o vascão, em 2012… e os relatos não são muito amigáveis. claro, a polícia local meteu a borracha na brazukada só para “educadamente” mostrar o caminho da saída (hahahaha…). a rivalidade com o river é de meter medo… parece que a torcida da capital sequer colocou os pés, ontem, na fortaleza… casca!
na boa, sou MEGA fissurado pelo futebol argentino e por seus periféricos… pô, meu papai sempre disse que o mais cascudo jogador de bola no planeta – em todos os tempos – é o argentino… e levo adiante essa idéia dele.
os acontecimentos de ontem na fortaleza são, em todos os sentidos, a manutenção do futebol VIVO contra todos os demônios que querem transformá-lo num joguinho bunda mole à la wimbledon…
depois da interpretação de robert wyatt da música acima (em inglês, of course), no #255, neguinho começou a indagar onde achar a própria… como foi dito no programa, ela foi editada pouquíssimas vezes, na realidade, apenas em dois discos (que eu saiba):
acho que o cd é bem mais fácil de ser encontrado, via web… além de apresentar um apanhado inoxidável do gênio criador de robert wyatt e de participações Dele com outros músicos
o chapa betão (que é fornecedor de “descubra” na paulicéia) acabou de contar que sir macca, noel gallagher e U2 estão no mesmo hotel… e que, ontem, rolou embalinho generalizado com a rapeize!
a projeção estava marcada para 15h… e a xeretinha ficou boladaça quando o sino da igreja informou que estávamos no exato momento de começar “long strange trip” (direção de amir bar-lev / produção de scorsese).. resultado, ela fez o clique acima, segundos antes das cortinas do IMS se fecharem (automaticamente) e a sala receber mais umas dez testemunhas, no máximo.
mas o fato é que hoje, o documentário de QUATRO horas sobre o grateful dead terá sua derradeira exibição no festival de cinema do rio de janeura…
19:20 / estação net rio 4 / botafogo
IMPERDÍVEL IMPERDÍVEL IMPERDÍVEL IMPERDÍVEL
ao final do filme, quando passou a última letrinha dos créditos, dario (chapaço) indagou lá do outro lado das cadeiras:
– e aí, maurição… curtiu?
com língua grossa, joelhinhos tremendo e coração saindo pela orelha, respondi:
jisus… vascão (e o papagaio de pirata, jorginho) exibindo – gloriosamente – o vinil original (com encarte) “amigos em portugal”, em selo lusitano “fundação atlântica”, lançado e gravado em lisboa/1983, do
UAU… há décadas eu paquerava esse disco e, finalmente, a pepita foi trazida semana passada da terrinha pelo estrogonófico vascão… que nome, que homem, hahahahaha!
que fascinante… tem neguinho que não tá entendendo / acreditando como a lorde, musa neozelandeza do indie (ARGH!), teve a cara de pau de interpretar a canção “in the air tonight” de phil collins, na visita delazinha à BBC radio1… e colocá-la no repertório do show de terça feira passada, em manchester, capital indie (ARGH!) da galáxia.
na boa, então, neguinho não tá entendendo paul newman há muuuuito tempo… deve ser a mesma rapeize que passou anos torcendo nariz para bruce springsteen… que chapou com o tributo MEGA indie (ARGH!) ao grateful dead (como assim, bial? grateful dead?), que hoje (i repeat, HOJE) acha elza soares uma diva, que balança o esqueleto ao som de afrobeat. enfim, a tchurma que para aceitar o mundo fora de seu próprio umbigo tem que tomar doses industriais de vaselina para engolir a trosoba… e que, a cada revelação de onde vem o apito do trem, fica ainda mais confusa… hahaha, é vero. nego pira geral.
enfim, gostando ou não de phil collins, o primeiro disco lançado por ele – “face value” / 1981 – é uma obra prima… pode levar fé. só a música “in the air tonight” o colocaria no pedestal da década… o álbum ainda tem eric clapton, produção de hugh padgham (bowie, elton, macca, police, XTC, zappa), as cornetas do earth wind & fire, sonorização de nick launay (PiL+ arcade fire, nick cave, killing joke, gang of four), versão cabeleira altíssima de “tomorrow never knows” (isso, ela mesma de george), violino de l.shankar, baixo de john giblin, além de ter galgado parâmetros estratosféricos nas paradas de mais vendidos do planeta… e neguinho segue não captando a real, deveras fascinante…
phil – que produziu john martyn (perdão eterno por qualquer batatada) e por pouco não se matou – lançou, ano passado, sua biografia com o título em homenagem à tchurma do “apito do trem”…
xeretinha flagrou, na terça feira, o mitológico raul mourão (gerente do livro “preto & branco”) montando as figurinhas para a exposição que deverá acontecer em dezembro… a confirmar!
raul é um fervoroso listradinho e desfilou, ontem à tarde, apaixonadamente, com a bandeira do rubro-negro… num desses momentos, cheguei para ele e relatei o seguinte fato que ocorreu terça feira:
– pô, chefe… estava eu na pastelaria quando entrou um ex-presidente do flamengo pra traçar um de carne… detalhe, o cidadão não foi um presidente qualquer, ele marcou a história do mengão. pois bem, no que ele encostou no balcão, os três funcionários (todos listradinhos) perguntaram um uma só voz: “bom dia, doutor. como vai ficar a final em BH?”… e o ex-mandatário do clube respondeu: “hummmm… não vai dar não. ficou ruim pra gente”. porra, eu fiquei injuriado com a resposta dele. caraca, como pode um ex-presidente do flamengo se mostrar covarde, uma ameba, um verme e responder a três flamenguistas que não daria pra vencer o cruzeiro? que porra é essa?
e raul, conhecedor dos labirintos na gávea, respondeu:
– evidente que ele torcerá contra já que faz parte da oposição do clube
não falei com ninguém sobre o desconhecido fenômeno geológico que abalou, ontem, o arraial dos medina… UFA
mas vamos começar a sessão pela voz de deus, a voz do povo, a voz do MAM:
Assunto: Ontem…
“Maurição…
Juro, queria ter uma real definição do que foi o que meus olhos e mente testemunharam ontem…
Força da natureza? Mistura exata de energia e talento?
Não sei lhe dizer agora… Talvez alguns dias a ficha caia por completo e eu tenha a resposta.
Abraços”
MAM
well, well, well diante de um relato desses, só me resta ficar de bico fechado e trazer ao tico a descabelada experiência cabriocárica pela qual a xeretinha foi engolida, ontem…
(o de boné, de costas, é chad smith… batera do RHCP)
(zak interpretando o pai entre tito e bigorrilho)
ainda deu para garantir o rabisco de roger no compacto e a fotoca onde ele fez questão de apontar pro dito cujo ao abraçar a nação roNqueira. hahaha…
pete foi MEGA gentil com herbert… conversaram solitos no camarim. mas ao contrario de roger, não se envolve muito com a rapaziada por mais que, nas poucas vezes que apareceu, tenha sido pura simpatia.
anyway, anyhow, anywhere… uma noite cravada a fogo em nossos corações
no que coloquei o post – ali embaixo – do aquecimento do MAM para a estréia do the who em solo brasileiro, me toquei que hoje é mais um dia perfeito para trazer ao tico a HQ que ele fez, em outubro2012, relatando a epopeia de vivi com meu primo roberto para testemunhar o the who (lançando quadrophenia), em paris / fevereiro1974.
de cara, fica aqui minha saudação ao MAM e a todos os fissurados no the who (LUIZ ANTONIO MELLO, caralho!) que, finalmente, estarão no mesmo quadrado… todos os quadrados, together!
quando essa experiência mística de ver o the who completou 40 aninhos, relembrei a obra do MAM e o texto que escrevi (não lembro quando) que serviu de roteiro para a HQ no “negativos & positivos (16)”, em fevereiro2014.
aproveito a inoxidável ocasião desse sábado 23setembro2017, para tirar do baú esses artefatos (+ fotografias + foto de daltrey no aeroporto + outras letrinhas) que me fazem encarar o presente com relativa tranquilidade… hahaha!
o texto, as fotografias e a HQ podem ser conferidos AQUI
não faltam estrangeiros no rio de janeura nesses dias de setembro, procede?
já pensou como eles estão processando a situação nas últimas horas?
como é possível entender que – na mesma área da cidade maravilhosa – acontece um evento para milhares de pessoas hipnotizadas pelo mantra consumista “por um mundo melhor” e que, logo ali, a mesma metrópole se transforma num campo de batalha com todas as vozes envolvidas entoando “por um mundo pior”.
temos nos nossos cornos um filme de ficção com roteiro recheado pelos mais manjados e previsíveis componentes: ganância, miséria, mentira, corrupção, idiotização, violência, trairagem, incompetência… mas nunca fomos tão surpreendidos pela escalafobética mixagem desses dois mundos tão distantes… e tão próximos.
em breve, os próximos episódios do épico “a guerra dos mundos”