Arquivo da categoria: historinhas

kid coNgo…

danado, hein?

pra quem estiver viajandão (muitos d’aTRIPA estão batendo perninhas foreta do brasa), vale investir nos discos dele.

kid congo circulou por aqui, em 89, junto ao the bad seeds de nick cave e relembra a situation…

The Bad Seeds went to Brazil to play. Nick really fell in love with Brazil and he fell in love with a girl in Brazil. By this time I’d actually moved back to London. Mick and Nick had moved back to London and I followed suit and got a house with Nick and Anita in Cobham Common. There we had a three-story house and in the attic there was a piano where he wrote all of the songs for The Good Son. This time we left Berlin because drugs had really taken their toll and we really wanted out. Nick and Anita had gone to rehab and I had started going to NA meetings and stopped taking drugs and started to get myself together because by the end of Berlin, even though this was the height of the most popular thing I’d done, I’d really lost interest. I was no longer excited about music. I’d turned to stone. That’s what heroin does to you. People were overdosing and dying in the scene and I was seeing that people didn’t care about it and I had this crazy moment of like, “This is so fucked up and this is not me. I was this crazy music fan and now I’m just this jaded feeling-nothing person.” And it really scared me so I decided to move with Nick and Anita back to London with a fresh start of things. And since they were going to be there anyway it made logical sense.

And at this time we went to Brazil to play and it was about this time Nick met a girl who was to be the mother of his child. He was really taken with Brazil – as we all were. So we decided – Nick decided – that it would actually turn out to be cheaper to get a studio in Brazil, and fly us all out there and stay there to record an album. So we went to Sao Paulo and stayed for three weeks making The Good Son – tracking it all. And that was a great time. A great experience. I was sober and I was excited about making a record again.

The music was changing. He was getting more songwriter-y – they were more song-like. Although there was still an experimental edge, the songs were a little more formed – I think because he wrote them all on piano. He was going through a big change at the time as well. And so that was really a great experience being in Sao Paulo and being in Brazil. It was such a completely different atmosphere than Berlin or London which was a kind of cold and hard reality. And Brazil was beautiful and sunny and the people were really nice. Even though there was a lot of poverty and crime there, it still was OK with us. It was a good good good time. (daqui)

nick+kid

(nick & kid)

ronca.tico

negativos & positivos (370) [henry mccullough]…

que tal as imagens acima? mas não é de macca ou joe que vamos tratar aqui nesse negativos & positivos. a luz  de hoje desaba estrogonoficamente sobre o moNstro guitarrista de ambos os clássicos:

henry mcculough

o gigante irlandês também circulou pelo grease band (a tchurma de joe em woodstock), spooky tooth e gravou dezenas de discos espetaculares. em 1980, ele se juntou ao hinkley’s heroes dividindo palco com mel collins (king crimson), bobby tench (jeff beck), roger chapman (family), mitch mitchell (hendrix) e muitos outros.

xeretinha ficou de joelhos diante da catedral e…

henry+chappo

henry mcculough & roger chapman  /  the venue (londres)  /  dezembro1980

roundhouse & radiohead…

thom & a rapeize no santificado palco do roundhouse, ontem… +tonite e amanhã.

3.300 testemunhas por noite num espaço que jah abrigou the doors, hendrix, stones, clash, zeppelin, pink floyd, soft machine e trocentas outras figuraças.

com capacidade similar ao circo voador (abarrotado), o roundhouse é um dos mais sinistróides espaços sônicos sobre a face da terra.

imagina a vibe desses dias com a turmeca de oxford a bordo!

ronca_palma

negativos & positivos (364) [chuck berry]…

nunca fui de fazer contato. quase sempre o meu olhômetro se encarregou de identificar o negativo a ser ampliado… o que é bom e ruim ao mesmo tempo. é bom porque volta e meia descubro imagens inéditas (a essência do negativos & positivos)… e é ruim porque como olhômetro é pra lá de falho, certamente, deixei boas fotos “esquecidas” ao longo dos anos. nesse fim de semana, cruzei com um inoxidável contato Dele…

chuck.tico

chuck berry  /  rainbow theatre (londres)  /  fevereiro1975

o #180 esmigalhando nossos corações…

180

é a tal História bem manjada… mas que é sempre lembrada: em muitas situações, ao pousar o jumboteKo em alguma pista clandestina, bate a sensação (imediata) de ter feito um voo inoxidável… ou seja, de termos colocado no ar um programa especial, alguns furos acima da maioria.

em outras ocasiões, ao colocar a tampa, fica o clima de termos feito um programa “normalzinho”… e aí, ao ouvir o roNca, a coisa cresce, a gente se surpreende, bate o inesperado, bate a percepção de como os pontos se encaixaram, de como o “normalzinho” galgou parâmetros… e tudo acaba sendo bem diferente da primeira impressão.

ontem, foi assim… durante o voo, com o #180 sendo transmitido, percebi detalhes inéditos à primeira audição… e, para reforçar, os pombos abundaram na mesma afinação: “o #180 tá foda”… foram muitos.

tipo estes…

“Salve salve Mauval,

Sabe aquela manhã que vc acorda meio tristinho porque brigou com alguém que ama ou quando vc recorda que seu time não vence o arquirrival há 17 jogadas ou até mesmo porque o céu está cinzento? Pois é…aí vc lembra que está prestes a ouvir a edição #180 do roNca roNca…e tudo se transforma! Meu amigo…que música essa?  brian wilson – “good vibration”. É pra levantar o astral de qualquer um que escute!!!!

Boa semana”

AndersonTX

+

Assunto: O 180 foi foda!

“Fala Mauricio!

Porra, que programa foi esse o #180?? Sensacional! Talvez porque começou com “Good vibrations”. Talvez por causa do banzo do Shogun. Ou pela dobradinha Cauby com Aretha e Duane. Sei lá, só sei que foram duas horas que bateram forte aqui pelo astral, pelas descobertas… enfim… valeu demais!

Pedido pra semana que vem: Descobri esses dias Rabih Abou -Khalil, que sonzera!

Grande abraço”

Thiago

até a sorte entrou no e$quema…

mega

Conhecido por responder a mais de uma centena de processos nos âmbitos cível e criminal, o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Mato Grosso, José Geraldo Riva mostrou, de novo, que é um homem de sorte. Perto de completar um mês em liberdade (ele foi solto em 8 de abril após seis meses de prisão por decisão do ministro do STF Gilmar Mendes), Riva comemorou, na noite de quinta-feira, o prêmio de R$ 11,2 milhões da Mega-Sena vencido por seu filho, José Geraldo Riva Júnior, e mais dois amigos, identificados como Djalma e Vinicius. Uma foto de Riva comemorando o prêmio com o filho circula nas redes sociais.

A aposta de Riva Júnior foi uma das três vencedoras da Mega-Sena das Mães, sorteada pela Caixa Econômica Federal na noite de quinta-feira. Segundo a Caixa, ela foi feita na lotérica Ponto da Sorte, em Cuiabá (MT), com oito números, no valor de R$ 98. Com isso, os três ainda acertaram 12 quinas (R$ 373 mil) e 15 quadras (R$ 12 mil), o que elevou o prêmio de R$ 10,8 milhões da Mega-Sena para R$ 11,2 milhões. Apostas de Belém (PA) e Santo André (SP) também acertaram as seis dezenas da Mega-Sena na quinta-feira. Os números sorteados foram: 08-11-25-39-41-60.

— Falei com um dos três (depois do resultado). Eles estavam na agência (da Caixa) retirando o prêmio. Avisaram que vão passar aqui amanhã (sábado) — afirmou Márcio Sato, dono da Ponto da Sorte.

Deputado estadual por cinco mandatos, José Geraldo Riva responde a 117 processos, segundo o Movimento Ficha Limpa. Ele foi preso pela quarta vez em 13 de outubro de 2015 durante a Operação Metástase, que investiga desvio de R$ 1,7 milhão de verba de suprimento da Assembleia de Mato Grosso. Ele já havia sido preso em maio de 2014, durante a operação Ararath; em fevereiro de 2015, na operação Imperador, acusado de participar de desvios de R$ 62 milhões; e em julho de 2015, na operação Ventríloquo, sob acusação de desviar R$ 10 milhões.

(o globo)

o futebol está voltando pro UK…

marcelo “caipirinha” informa sobre a mudança que está em curso nos estádios britânicos.

a matéria é da BBC… basta clicar AQUI

olha a cadeira que será colocada no estádio do celtic (glasgow)…

celtic

ela permite neguinho ficar em pé, dar cambalhota, se jogar em cima dos outros e, principalmente, deixa longe a tchurma que vai ao estádio achando que está no sofá de casa.

mauricio + pulitzer (ou sobrou pra vênus)…

Idomeni, Greece - November 28, 2015: Barred refugees struggle for donation of water, blankets, diapers and few clothes as they complete their 10th day encamped by the train station in Idomeni, Greece, without permission to cross the border into the Macedonian town of Gevgelija. Hundreds of thousands of refugees, mostly from Afghanistan, Iraq and Syria, fled their homes, risking their lives in dangerous boat trips, illegal border crossings and long bus and train journeys, seeking asylum and a decent life in Western Europe and Scandinavia. The latest UN report from January 2015 estimated that more than 220,000 people had become fatal victims of the endless war in Syria. CREDIT: Photo by Mauricio Lima for The New York Times
Idomeni, Greece – November 28, 2015: Barred refugees struggle for donation of water, blankets, diapers and few clothes as they complete their 10th day encamped by the train station in Idomeni, Greece, without permission to cross the border into the Macedonian town of Gevgelija. Hundreds of thousands of refugees, mostly from Afghanistan, Iraq and Syria, fled their homes, risking their lives in dangerous boat trips, illegal border crossings and long bus and train journeys, seeking asylum and a decent life in Western Europe and Scandinavia. The latest UN report from January 2015 estimated that more than 220,000 people had become fatal victims of the endless war in Syria. CREDIT: Photo by Mauricio Lima for The New York Times

mauricio lima galgou parâmetros inoxidáveis na fotografia mundial ao receber, dia 18, o prêmio pulitzer de fotografia 2016!

em tempos onde o orgulho de ser brasileiro desce pelo ralo, o xará segue a bordo da categoria “ele me representa”… acima de tudo (e de todos) por conta de sua incontrolável coragem.

ontem, ele também fisgou o John Faber Awards, durante o Overseas Press Club of America (OPC),

pra fechar a tampa, algumas letrinhas dele que foram retiradas DAQUI:

Do que você tem mais medo?
Intolerância. Individualismo. Isso pode ter um impacto negativo nas futuras gerações. O modo que as pessoas vivem hoje, a maneira com que se comunicam, onde tudo é efêmero, me assusta. Até na própria fotografia. Não consigo ver foto no celular. Não é a plataforma ideal. Apesar de não ser tão velho, ainda prefiro ir a uma exposição ou museu e ver a foto no papel, livro. Faço parte de uma geração, talvez a última, que trabalha com filme na imprensa. No início da carreira, o contato com o filme no laboratório era muito mágico. Hoje, você tira uma foto com o telefone e publica. Talvez mais de mil pessoas vejam. Existe um vício.

quem deu a idéia pro flamengo fazer tamanha vergonha?

na boa, não acredito que tenha sido idéia do wallace, capitão do flamengo, invadir o gramado, às pressas, para saudar a torcida de manaus e cravar uma bandeira de seu clube no centro do gramado…

fla

realmente, não acredito que essa ação de guerrilha típica do estado islâmico pra marcar território tenha brotado da cabeça dele… afinal, ele deixou pra trás todo o protocolo civilizado (e exemplar para as torcidas) de entrar em campo junto ao adversário e com as crianças de ambos os clubes. isso, as crioncinhas estavam lá, aguardando horas a fio para realizar o sonho único de pisar o gramado de mãos dadas com seus ídolos…

vasco.kids

ok, não foi uma criação do wallace, atleta profissional com larga experiência… mas então, quem do flamengo deu a patética ordem do clube protagonizar tamanha vergonha? sem dúvidas, um hooligan, uma anta bélica que poderia ser o responsável por problemas seríssimos fora das quatro linhas… já que a invasão foi um ato cristalino de desrespeito e incitação à violência.

como a TV da pastelaria estava na vênus, não houve maiores considerações sobre o desvario… pelo contrário, a mala narradora deu umas risadinhas como se fosse a coisa mais comum do mundo.

pelo andar da carrocinha, essa desgraça já foi esquecida pela mídia… que, certamente, não desconfiará a razão da próxima morte envolvendo torcidas (des)organizadas.

pra fechar, vem o colega do wallace (do outro lado) e bota lenha…

mas afinal, quem foi o autor da maluquice?

triste!

o feitiço (ou as meninas balançando o coreto)…

RSD2016

o record store day tem sido pauta constante no roNca desde o dia em que nasceu. afinal, ele é a celebração máxima de algumas de nossas mais cascudas paixões: música, lojas de disco, criatividade, “divisão do pão”, originalidade & o diabo A4.

muito antes do RSD, todas essas conexões sonoras já habitavam nosso poleiro… e, por aqui, foram formadas gerações de fissurados em música… e vinil.

com o boom da música digital, era de se esperar alguma forma de reação ao sumiço do disco físico… e ele não tardou: “a volta do vinil” (sem que ele jamais tenha ido).

felizmente, o velho “plástico redondo com um furo no meio” agradou em cheio, sobretudo, à rapaziada que jamais havia visto um desses exemplares.

a indústria, claro, começou a (re)lançar os clássicos e a investir nas novidades onde muitas delas saiam apenas em vinil… festança. os gráficos de vendas do mercado galgavam parâmetros loucamente.

a “novidade” tomou uma dimensão tão frenética que atingiu o status de fetiche… ou seja, os novos interessados começaram a ficar, literalmente, enfeitiçados pelo “velhaco”, pouco se importando pelo som que vinha dentro dele. muitos sequer abriam o lacre. muitos, consequentemente, jamais ouviram os discos.

o importante era ter / exibir… tirar onda com o vinil amarelo. com a capa em 3D. com o poster gigante. com o formato quadrado do disco… enfim, a música não importava muito… tanto não era considerada que, ao longo dos últimos anos, o gosto da rapeize ficou pra lá de despirocado. tanto faz possuir na prateleira um arctic monkeys autografado quanto uma edição triangular da celine dion… tanto faz mesmo.

diante dessa incontrolável sede dos novíssimos consumidores, o record store day se afastou bastante de certos objetivos iniciais. atualmente, o mais relevante é saciar o tal feitiço de milhares e milhares de fissurados espalhados pelos cinco cantos do planetinha movimentando uma dinheirama como há muito tempo não se via.

aí, você pergunta: “o RSD perdeu a qualidade?”

aqui nos trópicos, distante da realidade dele, eu posso garantir que não perdeu a qualidade… mas, ao mesmo tempo, acho que o RSD ganhou uma quantidade enorme de lançamentos desnecessários para os que estavam com ele desde o início… discos que visam, acima de tudo, preencher a fúria consumista… e vamos combinar, lááááá atrás, por mais que o RSD visasse o sucesso financeiro, havia outros tipos de prioridades.

coincidentemente (ou não), esse ano, foi a primeira vez em que passei longe da magia do RSD. a operação de trazer as pepitas – que sempre envolveu um monte de traficantes/amigos/”aviões” – foi desmantelada. o preço influiu forte… mas o principal foi a diminuta quantidade de discos para fazer a roda aqui do poleiro girar.

anyway, anyhow, anywhere, o importante é a rapaziada seguir conectada e que ela mantenha o mercado em movimento pelas próprias pernas sem deixar que tudo se transforme numa modinha com validade… e como são meninas que fazem o coreto balançar: