Arquivo da categoria: historinhas

allen “todos os saNtos”…

toussaint+blackhill

allen toussaint

(1938 – 2015)

que tristeza a subida desse gigante da Música planetária… leNda, monstro absoluto gerado nos pântanos de nova orleans ao som dos mais descabelados batuques & grooves. felizmente, tivemos a benção de cruzar com Ele, ano passado, numa apresentação inesquecível no teatro casagrande. na saída, com todo o tempo disponível, sir toussaint, autografou-papeou-sorriu-posou (com pedro blackhill) e mostrou, sobetudo, com quantos paus se faz uma canoa… perdemos um mestre, a lanterna que insistia em guiar o rebanho… de lascar!

) :

herbie flowers, leNda inoxidável…

no final da matéria ainda aparece chris spedding tocando guitarra!

Herbie Flowers (born Brian Keith Flowers, 19 May 1938, in IsleworthMiddlesex) is an English musician specialising in bass guitar, double-bass and tuba. He is noted as a member of Blue MinkT. Rex and Sky and as one of Britain’s best-known session bass-players, having contributed to recordings by Elton John (Tumbleweed Connection etc.), David Bowie (Space Oddity/Diamond Dogs), Lou Reed (Transformer including the prominentbass line of “Walk on the Wild Side”), Roy HarperDavid EssexAllan ClarkeAl KooperHarry Nilsson (including bass on “Jump into the Fire”), Cat StevensSerge GainsbourgPaul McCartney and George Harrison: he also played bass on Jeff Wayne’s Musical Version of The War of the Worlds. By the end of the 1970s Flowers had played bass on an estimated 500 hit recordings.[1]

herbie

bamako-berlim com aTRIPA…

sb

Assunto: songhoy blues in berlin
“aconteceu!

os meninos do mali passaram na última sexta por berlin e botaram pra quebrar na cantine do berghain, um espaço parecido com o teatro odisséia, nesta sexta completamente sould out!
o show foi empulsionado pela funkhaus europa, uma rádio focada na pluralidade cultural, com programas não só com estilos musicais diferentes, mas também falados em várias línguas (turco, arabe, espanhol…).
no palco o songhoy blues não decepciona. foram quilômetros de escalas de blues repaginadas pela sonoridade malênse (?) com direito a cover do conterrâneo ali farka touré. o destaque para além das guitarras fica com a simpatia do vocalista, que em boa parte do show deixava seu instrumento para interagir com o público e ensinar passinhos de dança, talvez típicos do mali?, só sei que a alemãozada pirou e em muitos momentos me senti em um tipo curioso de carnaval (alô, shogun!).
pra finalizar, consegui o autografo do baixista na capa do ep “recovered”, que além da belíssima “kashimir”, já emitida pelo ronquinha, conta também com versões de “should i stay or should i go” (cantado em uma das 35 línguas que se fala naquele país) e “soul makossa”, tudo com uma qualidade de som que dá alegria aos ouvidos.
em anexo, a prova do crime 🙂
podemos começar a campanha songhoy blues no rio já!
abração”
joão xavi (berlim)

negativos & positivos (268) [mangueira78]…

como a festonha predileta de shogun está chegando, o N & P de hoje traz um fato do século passado em se tratando de desfile das escolas de samba. no carná de 78, pré-sambódromo mas na marquês de sapucaí, a mangueira foi a última a se exibir, com dia claro e chuva… no que a escola terminava a apresentação, um cordão “sei lá de quem” impedia que o povão invadisse a avenida e se misturasse aos últimos componentes da estação primeira. o desfile era no sentido catumbi – presidente vargas (o contrário de hoje) e a rapeize que ficava aguardando o fim dos desfiles deitava e rolava no canal do mangue. tá captando a logística? acontece que atrás da mangueira, contida pelo tal cordão, vinha uma tchurma encapetada, MEGA empolgada, doidinha para pisar a passarela do samba together com a verde&rosa. caramba, era a saideira dos desfiles… e aí, a pressão foi avassaladora, o cordão foi pro espaço e a felicidade imperou geral… como a xeretinha estava, exatamente, entre o final da mangueira e o início do desfile de seus torcedores…

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o povão da mangueira  /  marquês de sapucaí  /  fevereiro1978

aquecendo pros hermanos, ontem (4)…

não sei quando será a próxima turnê… mas a de 2015 deixou, como sempre, marcas profundas em corações-almas-tímpanos de quem por ela foi enfeitiçado. agradeço aos hermanos por terem confiado (+1 vez) ao roNca a responsa de sonorizar os “antes,durantes&depois” de todos os shows. para colocar a tampa, os registros da xeretinha…

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batman, a leNda responsável pelas estrogonóficas projeções no palco, tramou com a produção de retratar (de um dia pro outro) a rapeize que esteve envolvida na turnê… e, sem que a banda soubesse, exibiu o material durante “pierrot”, a última música da noite…

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cheers!

aquecendo pros hermanos, ontem (3)…

pra começar, a rapeize que segura o touro à unha…

lindezas

léo, o fã número 1, o primeiro a comprar o primeiro ingresso, o primeiro a entrar, o único a testemunhar TODOS os shows dos hermanos no brasa…

leo

frederico exibindo o livraço de carol na sala dos produtos hermanísticos…

frederico

a tchurma que cuida do Som…

dani

o pato fu esteve presente nas quatro datas cariocas…

pato

fernanda

aTRIPA, ahhhhhhhhhhh aTRIPA…

tripa2

tripa1

pra fechar, a razão de tudo: o amor infinito…

hermano.vasco

negativos & positivos (267) [status quo]…

já passamos por sufocos inesquecíveis em shows onde a gente se mete na muvuca, né? lembra de alguns? hahaha… de imediato, uns dez pipocaram na minha caixola. mas num deles, passei por experiência, totalmente, inédita e que nunca mais se repetiu. a doideira aconteceu no show do status quo… que tem, em londres, o grau de despirocação do público como zeca pagodinho em xerém, apanhador só em PoA, tinariwen no saara e racionais no capão redondo. captou? pois bem, na hora em que neguinho apagou as luzes do estabelecimento dando sinal que o trelelê iria começar, ouvi um rugir aterrorizante que vinha do fundo da arena… e tudo no escuro total. o barulho parecia uma bola de ferro se aproximando… e aumentando. mamãe, o tsunami tá chegando! claro, piquei a mula pra trás de uma coluna e testemunhei a turba sinistróide de moleques detonando TODAS as cadeiras do espaço para chegar perto do palco. papo de rolo compressor com seus componentes vestidos tal e qual francis rossi. a rapeize que estava sentadinha até hoje procura por suas “zonas de conforto & segurança”. ainda bem que, antes, do lado fora, as coisas estiveram mais relax…

status.tico

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status quo  /  wembley empire pool (londres)  /  junho1975

negativos & positivos (266) [“claude nobs”]…

na última linha do livro de nile rodgers que coloquei aqui no tico, está o nome de claude nobs, lendário e saudoso criador do festival de montreux, na suiça… no que bati os olhos nas letrinhas, recordei um dos momentos mais inacreditáveis que já presenciei.

em 1987, os paralamas tocaram no festival e como claude sempre foi fissurado em música brasileira, oferecia um almoço à brazukada presente na cidade. o regabofe acontecia em sua cinematográfica casa encarapitada nas montanhas. enquanto a rapaziada dava cambalhotas, no jardim, com a mais fina flor da culinária e da manguaça local, resolvi me embrenhar pelo interior da maison… e fui esbarrando em peças surreais como autógrafo emoldurado de ella fitzgerald, porta retrato com claude e um tal de miles davis abraçadinhos, prateleiras & prateleiras de discos alucinantes, fotografias com deep purple (manja a letra de “smoke on the water”, né?), equipamento de som & imagem de tirar o fôlego e a fotografia de elvis costello, especialmente, autografada…

costello.poster

“claude nobs”  /  montreux (suiça)  /  julho1987