Arquivo da categoria: historinhas

negativos & positivos (155) [“o misterioso casal”, em paris]…

como sempre, tem muita gente que aporta aqui (pela primeira vez) e fica meio sem entender o poleiro.

portanto, é bom informar que a série “negativos & positivos” mostra (basicamente) imagens que

jamais foram ampliadas por mim… consequentemente, nunca vistas pelos meus olhinhos.

cavucando uns negativos clicados no terraço da notre dame, esbarrei com essa fotoca que

me lembra um still de filme europeu (húngaro, romeno, tcheco) dos anos 60.

não tenho noção de quem seja o “misterioso/enigmático casal”…

notre dame (paris)  /  abril1981

é crise a grave (ou o bonequinho sempre “acertando”)…

ok, essa ladainha vem desde a pré-roda… tem tempo que neguinho não se entende… não cruza os bigodes…

um gosta assim, outro gosta assado… cada macaco no seu galho.

tudo para desembocar no célebre e jurássico: “opinião, cada um tem a sua”.

mas peraí, devagar que o santo é de barro… na boa, com todo respeito, mantendo a atenção ao tal galho de cada um,

mas não dá pra dizer que é mole comer rapadura… não dá pra divulgar a cordialidade do estado islâmico…

nem tão pouco posar de educadinho no meio da FJV… não dá!

enfim, como diz o sábio filósofo gérson (o canhota): “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”… simples assim.

tudo isso pra declarar, civilizadamente:

PQParille, a porra do bonequinho do globo NÃO poderia estar mimindo no filme “o jogo da imitação”!!!

pronto, só isso… quer dizer, vale lembrar de um chapa que assiste a todos os filmes em que o bonequinho esteja sonolento.

segundo o desbravador, não tem bola fora.

sério… bom pra ele, o chapa!

( :

ainda o #113 (ou bernardão no mesmo barco)…

o #113 segue com as labaredas pegando fuego.

agradeço, como sempre, pela reverberação impressionante que está chegando d’aTRIPA… 10, nota 10.

a passagem de carlos moore pelo roNca marcou (definitivamente) nossos corações, almas & tímpanos.

como é saudável perder o ar na parte funda da piscina… UFA!

portanto, mais uma vez, obrigado a todos que estiveram together no mergulho.

aproveito para destacar a mensagem de bernardão…

Assunto: carlos moore 
“pqp, mano…

só posso escrever:
MUITO obrigado
emocionado, aqui…
Achei que fosse conseguir ouvir apenas um pouco do programa pra ter um gostinho, e deixar o “resto”pra depois, mas foi impossível dar um pause no arquivo…as únicas vezes que parei, foi para ouvir de novo, algum pedaço…enfim…
MUITO obrigado”
BNegron

carlos & o “tablet”…

engolfado pela natureza, carlos moore exibe (orgulhosamente) o novíssimo tablet onde tem

registrado – nas últimas décadas – telefones/endereços/bilhetes/lembranças/anotações de figuras como

max roach, naná vasconcelos, nina simone, gilberto gil, miriam makeba +

taxistas, barbeiros, carteiros, quituteiras, advogadas, fotógrafos… & o diabo A4.

algumas dessas páginas serão contadas, amanhã, no #113.

xeretinha esbarrou com o mestre, hoje, por volta das 17h!

não custa perguntar: e o K7, azeitado?

negativos & positivos (151) [notre dame / paris]…

carlos moore, nossa visita da semana que vem no #113, é uma lenda em paris.

ele deixou profundas conexões durante o tempo de residência na cidade luz.

por falar em paris e luz, lembrei de um clique…

quando estava tudo pronto (velocidade-abertura-suporte) para a xereta fazer um registro tradicional da estonteante notre dame,

em plena madrugada, fomos atropelados pelo corcundinha… que estava boladão…

e acabou transformando a foto em algo pra lá de iluminado…

notre dame  /  paris  /  abril1981

o ovo e a galinha (ou dr. carlos moore no #113)…

como você bem sabe, não gosto de contar com o ovo na galinha… ou colocar a carroça na frente do jegue.

mas, mesmo assim, vou anunciar a MEGA visita que teremos terça que vem, no #113…

isso mesmo, a inoxidável figura cabriocárica de carlos moore… leNda!

escritor, guerreiro, pensador, cubano de pais jamaicanos, residente em salvador…

autor da biografia de fela kuti!

agora, prestenção:

carlos virá da terra de riachão, exclusivamente, para fazer o #113 e comentar sobre o lançamento (em português) de sua

biografia “pichón“… editada, originalmente, em 2008.

lembra quando ele nos visitou em junho2011?

até hoje esse roNca é lembrado pel’aTRIPA como um dos programas mais espetaculares de nossa trajetória.

portanto, para dar tempo suficiente da informação circular, já estou contando com o ovo na galinha, ok?

e mais, pode preparar o estoque de K7 porque a seleção musical será de tirar fôlego.

imagina sonorizar só um pedacinho da vida de carlos moore!

negativos & positivos (150) [egberto gismonti]…

egberto gismonti  /  rio de janeiro  /  fevereiro1980

curiosa a relação da xeretinha com o monumento aqui em cima.

não são muitas as peças com quem a conexão tenha sido tão próxima…

mesmo que não muito volumosa.

prestenção…

foi no circense, lançado em 1980, que pela primeira vez uma imagem de xereta foi publicada em disco…

olha o registro, aqui no encarte, no canto inferior direito, egberto saindo do estúdio da EMI…

muita emoção!

nesse período, nos cruzamos algumas vezes (shows, na rua, em estúdio, na casa dele)…

mas já tem tempo que nossos bigodes não se esbarram.

a foto de hoje no N & P foi captada na residência gismonti… num verão chapa quente, há exatos 35 anos…

quando um fino raio de sol entrou pela janela, iluminou (ainda mais) o rosto de nosso ídolo…

e eu pedi para ele encarar o dito cujo… UAU!

muuuuito bacana egberto voltar, HOJE, à sala cecília meireles!

bem-vindo!

D+!

juju music no circo…

(juçara marçal, thomas rohrer, rodrigo campos e kiko dinucci)

juçara disse no #112:

– nosso som está muito mais pra batata quente que pra picolé

traduzindo: ela informou ao pessoal do circo voador que a apresentação seria, basicamente, o disco “encarnado”. que, claro, é quente, muuuuuito quente, mas está anos luz de distância do clima descontraidão/relaxadão de uma típica noite de verão na lapa carioca.

e não vou te enganar não, pouquíssimas vezes testemunhei um show tão “anti-verão” na minha vidinha… nem tangerine dream!!!

aliás, raras foram as situações onde vi o palco oferecer o contrário do que a maioria queria… com moral e na marra (= destemor).

mas quem lá estava aguardando, cabriocaricamente, o batatão fumegante… foi ao delírio.

alucicrazy… D+D+D+D+!

e ainda tivemos o inoxidável final com “opinião”, MEGA clássico de autoria do monumento vascaíno zé keti

e os agradecimentos a pedro “blackhill”… leNda, casca… PQParille!

xeretinha pirou!

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sonhando com a tangerina…

a subida de edgar froese, há cinco dias, deixou os fissurados em música eletrônica / rock progressivo bem tristes.

EF fundou e levou às últimas consequências o tangerine dream… casca… pioneirismo total.

já comentei algumas vezes meu encontro com a banda, no royal albert hall, em 1975.

lembro, perfeitamente, de estar ultra MEGA esgotado… e que “tirei um quieto”, forte, ao som do TD.

aliás, toda a área em que eu estava sonhou com a tangerina, freneticamente… ZZZZzzzzzzzzzzzz…

o cansaço e minha pouca afinação ao som foram decisivos… mesmo assim, eu tinha certeza de estar presente

em algo muito relevante e “cabeleira altíssima”… imperdível para um brasileiro.

tanto que esse show no RAH é considerado pelos entendidos algo inoxidável, cabriocárico… hélpis!

ficam aqui nossas saudações ao monumental edgar froese… leNda!

R.I.P

assuNtando o envio da rolling stone pra quem não cruzou com ela…

aqui em cima, mais uma das cinco páginas publicadas na rolling stone com imagens clicadas pela xeretinha.

no lado esquerdo, ac/dc e charlie watts… no direito, rod “the mod” batendo bola em copa e o Rei.

enfim, volta e meia pinga mensagem de neguinho dizendo que a revista não chegou à banca da cidade.

não é preciso reforçar o fato d’aTRIPA estar espalhada por todos os caNtos do globo terrestre, procede?

e em muitas dessas áreas a RS não passa nem perto.

well well well… diante dessa fatalidade, estou matutando o envio para quem não cruzou com ela.

mas preciso saber quantas revistas terei que afanar de uma banca… no mocó, na calada da noite.

portanto, se a RS não foi distribuída em sua cidade e você a deseja loucamente, por favor, manda

seu endereço completo para programa@roncaronca.com.br até às 22h de amanhã, segunda feira.

conforme a quantidade de pombos que chegar, conseguirei juntar a quadrilha pro tal assalto e alavancar

uma promo com X revistas, ok?

( :

ah, se não fossem os amigos…

nada como ter amigos serenos, tranquilões, racionais… não é mesmo?

lembra do clima pré-copa?

estava previsto do pau comer na casa de noca. “não vai ter copa”, lembra?

e, no meio do furacão, estavam programadas três edições da festa roNca roNca no barzinho, na lapa.

isso, na lapa… que seria, com certeza, um dos campos de batalha… padrão FIFA total.

e eu alavancando a camiseta roNca pros embalos… com neguinho na minha orêia: “NÃO VAI TER COPA”!

até que um desses raios despencaram nas minhas idéias e nasceu este modelito meigo para o maNto…

UAU… explosivo, hein?

no que mostrei a arte para alguns chapas, chegaram os panos quentes junto com serenidade/inteligência/experiência:

– pô, maurição. não faz isso não. nada a ver

– tá doido? e se neguinho soltar a porra de uma bomba dentro da festa?

– ihhhhhhhh, maurição. você tá equivocado. a copa vai acontecer tranquilamente

– rapaz, desiste desse idéia bizarra, infantil e desnecessária

UFA!

nada como as verdadeiras amizades!

( :

é do K (ou o F.F em PoA)…

Opinião Foo Fighters

Edu K: “Terei eu ficado velho ou vocês ficaram moles demais?”

ZH pediu para dois músicos darem suas opiniões sobre o show do Foo Fighters em 21 de janeiro na Fiergs

Todo mundo sabe que me alimento de polêmicas no café da manhã – faz tempo que deixei de lado a dieta Berlinense de coke & milk – e que sou um Merry Prankster de nascença, mas chegamos a um ponto na famigerada história de nossa cultura pop, como espelho (ainda que estilhaçado) de nossa sociedade em geral, em que não vai mais ter caô nem chazinho da tarde com bolachas: teremos, sim, que escolher lados!

Só para coalhar ainda mais este singelo texto de referências pop, é como se estivéssemos vivendo dentro da trilogia Star Wars: ou você está do lado negro da força ou você frequenta o mesmo salão de beleza que Luke Skywalker para manter aquele belíssimo Farrah Fawcett hairstyle. A crescente onda de conservadorismo de direita quem vem assolando o planeta como um tsunami da moral e dos costumes é nefasta, e merece atenção. Existe uma certa pressão pela homogeneidade hoje em dia. Não deve-se desviar muito da horda. Individualismo é palavrão. A globalização teve esse efeito nefasto. Por outro lado, parece que nunca foi tão fácil controlar as massas. Belo trabalho, Big Brother. É preciso fincar o pé no chão e defender nosso espaço – nosso, assumindo que você seja um desajustado como eu – antes que nos prensem na parede. Com isto, declaro hasteada e tremulante, bem lá no alto, minha bandeira FREAK e vamos, finalmente, ao assunto que cá me trouxe: os famigerados Foo Fighters.

Bem, antes que os fãs do clickônico baterista do Nirvana me tirem pra Judas (Priest haha), deixo claro que não estou tirando os Foo pra Cristo, mas, sérinho: será que ainda quero fazer parte (como…roqueiro?) de algo que hoje em dia tem seu maior representante (ao menos segundo histéricas opiniões por todos os lados e timelines neste pós show de Porto Alegre – ao qual compareci, antes que você me acuse de ficar atirando pedras de uma distância segura) numa banda como os Foo Fighters? OK, o clichê, adequado à minha avançada idade é “sai fora, seu velhote de merda”, mas terei eu ficado velho ou foram vocês que ficaram moles demais?

Vejam bem, nada contra some good ‘old rock n’ roll fun e os Foo são ainda um tanto chinelos dentro do profissionalismo todo de um show de rock de arena e mandam bem no quesito (o que me agradou, na verdade), mas…is this the death of bad ‘old rock n’ roll fun? No more ‘Bad Music For Bad People’? Me parece que vivemos em uma época similar a época que fomentou e inventou o rock, com uma bundamolice que impera, posturas de direita que proliferam, um conformismo que sufoca e uma violência estapafurdia que permeia tudo e todos, com gente defendendo pena de morte, discriminando por raça e credo (ainda…) e torcendo a cara e os beiços pra qualquer tipo de sexualidade que ameace seu mundo “papai & mamãe”: o circo perfeito pra pegar fogo com a explosão de uma nova expressão libertária e popular que acorde a população de extras de The Walking Dead caminhando pelas ruas e se alimentando de cérebro de minhoca pasteurizado nos shoppings das cidades. Nova expressão, diga-se, porque o rock não será tal coisa. O rock é um monstro coorporativo hoje, não serve mais às causas revolucionárias.

Para finalizar, faço um mea culpa e assumo: sou mesmo um charopão, apenas o Peréio da nova geração, mas faço este apelo ao povo guerreiro da disposição e terror: saiam das suas tocas de toelho e sigam-me os vivos ao topo da montanha! Vamos ver se lá de cima já se consegue enxergar The First Rays Of The New Rising Sun…​

*Edu K é músico e produtor musical