Arquivo da categoria: historinhas

globalizado?

reparou a data em que o pacote foi enviado pra minha maloca?

pois é, a encomenda levou quatro meses e alguns dias para chegar!

teria feito o percurso londres – rio de janeiro a nado?

ok, já comentei sobre o assunto algumas vezes… na embalagem veio um disco, banalidade…

e se fosse um documento importante? algo fundamental para o trabalho, estudo ou saúde?

quatro meses para atravessar a poça? em 2015?

o pacote estava zeradinho, sem nenhuma marca de ter sido jogado pra lá e pra cá…

tipo, ficou meses largado num canto… aguardando uma otoridade chegar com a decisão:

“ok, pode soltar essas encomendas pros otários”

quando fui conferir macca, em  novembro / são paulo, um chapa jornalista garantiu que esse tipo de

“operação tartaruga” por conta da alfândega / governo é proposital para que você desista de adquirir produtos no exterior.

e que, em breve, entrará em uso uma tal “taxa do correio” combrando a retirada de qualquer compra realizada fora de nossas fronteiras.

bem-vindo ao “novo mundo”!

negativos & positivos (145) [negrete & bonfá]…

coincidentemente, a legião urbana e o rock in rio nasceram na mesma semana.

a banda lançou seu disco de estréia aos primeiros suspiros de 85… enquanto o festival começou dia 11janeiro do mesmo ano.

na noite mais tranquilona do R’n’R (james taylor & cia), a gravadora EMI/odeon armou uma festança, no copacabana palace, em homenagem a seus artistas incluídos no festival (queen-paralamas-whitesnake-iron maiden-blitz…).

tremenda BLT (boca livre total)… com presença da legião que estava entrando na pista da gravadora.

detalhe inoxidável pra rapeize, do lado de fora do hotel, fazendo gracinha na janela…

negrete & bonfá  /  copacabana palace (rio de janeiro)  /  janeiro1985

a mudaNça segue viva…

sabe como é o lance de casa própria & mudança ao mesmo tempo, né?

mamãe… é dose pra mamute em sétimo mês de gravidade, manja?

ninguém tem noção onde é o registro, o vazamento inundou tudo… o quadro de luz está em curto, o IPTU pirou…

PQParille… mas é assim  mermo!

portanto, prestenção no pombo a seguir:

######

Assunto: como baixar???

“Ola MauVal!!

Q venha 2015 cheio de novidades!!!!
Casa nova, novos sons, musicas do passado mas q são novos aos nossos ouvidos, maravilhas q só vc e Shogun podem nos proporcionar…
Costumo baixar e depois gravar no smart todos os programas para ouvir no trabalho e nas pedaladas da semana até o proximo programa, e acredite, ouço várias vzs…é mto bommm!!
Porém esta semana, programa 108 baixei normalmente, mas não consegui copiar pro smart..imagino q seja o arquivo zip…
E agora??? Como faço??? Como ouvir o programa além do pc??
Favor ajude!!
Abraços!!!” J.LIma
######
como até acertar a mudança as coisas estarão “meio desarrumadas”, vou colocar a janeliNha de nosso antigo endereço…
até porque, a participação de eduardo bueno tornou o #108 algo inoxidável… que não pode correr riscos, procede?
e que, com a correria de gerar o especial “the basement tapes”, acabou subindo com outros destaques.
MUITA atividade que não sei até quando poderemos “pegar a correspondência antiga”, manja?
.

música com pressa…

“Jorge meu irmão, são onze e trinta da manhã e terminei de compor uma linda canção para Yemanjá, pois o reflexo do sol desenha seu manto em nosso mar, aqui na Pedra da Sereia. Quantas canções compus para Janaína, nem eu mesmo sei, é minha mãe, dela nasci.

Talvez Stela saiba, ela sabe tudo, que mulher, duas iguais não existem, que foi que eu fiz de bom para merecê-la? Ela te manda um beijo, outro para Zélia e eu morro de saudade de vocês.

Quando vierem, me tragam um pano africano para eu fazer uma túnica e ficar irresistível.

Ontem saí com Carybé, fomos buscar Camafeu na Rampa do Mercado, andamos por aí trocando pernas, sentindo os cheiros, tantos, um perfume de vida ao sol, vendo as cores, só de azuis contamos mais de quinze e havia um ocre na parede de uma casa, nem te digo. Então ao voltar, pintei um quadro, tão bonito, irmão, de causar inveja a Graciano. De inveja, Carybé quase morreu e Jenner, imagine!, se fartou de elogiar, te juro. Um quadro simples: uma baiana, o tabuleiro com abarás e acarajés e gente em volta.

Se eu tivesse tempo, ia ser pintor, ganhava uma fortuna. O que me falta é tempo para pintar, compor vou compondo devagar e sempre, tu sabes como é, música com pressa é aquela droga que tem às pampas sobrando por aí. O tempo que tenho mal chega para viver: visitar Dona Menininha, saudar Xangô, conversar com Mirabeau, me aconselhar com Celestino sobre como
investir o dinheiro que não tenho e nunca terei, graças a Deus, ouvir Carybé mentir, andar nas ruas, olhar o mar, não fazer nada e tantas outras obrigações que me ocupam o dia inteiro. Cadê tempo pra pintar?

Quero te dizer uma coisa que já te disse uma vez, há mais de vinte anos quando te deu de viver na Europa e nunca mais voltavas: a Bahia está viva, ainda lá, cada dia mais bonita, o  firmamento azul, esse mar tão verde e o povaréu. Por falar nisso, Stela de Oxóssi é a nova iyalorixá do Axé e, na festa da consagração, ikedes e iaôs, todos na roça perguntavam onde anda Obá Arolu que não veio ver sua irmã subir ao trono de rainha?

Pois ontem, às quatro da tarde, um pouco mais ou menos, saí com Carybé e Camafeu a te procurar e não te encontrando, indagamos: que faz ele que não está aqui se aqui é seu lugar? A lua de Londres, já dizia um poeta lusitano que li numa antologia de meu tempo de menino, é merencória. A daqui é aquela lua. Por que foi ele para a Inglaterra? Não é inglês, nem nada, que faz em Londres? Um bom filho-da-puta é o que ele é, nosso irmãozinho.

Sabes que vendi a casa da Pedra da Sereia? Pois vendi. Fizeram um edifício medonho bem em cima dela e anunciaram nos jornais: venha ser vizinho de Dorival Caymmi. Então fiquei retado e vendi a casa, comprei um apartamento na Pituba, vou ser vizinho de James e de João Ubaldo, daquelas duas línguas viperinas, veja que irresponsabilidade a minha.

Mas hoje, antes de me mudar, fiz essa canção para Yemanjá que fala em peixe e em vento, em saveiro e no mestre do saveiro, no mar da Bahia.  Nunca soube falar de outras coisas. Dessas e de mulher. Dora, Marina, Adalgisa, Anália, Rosa morena, como vais morena Rosa, quantas outras e todas, como sabes, são a minha Stela com quem um dia me casei te tendo de padrinho.

A bênção, meu padrinho, Oxóssi te proteja nessas inglaterras, um beijo para Zélia, não esqueçam de trazer meu pano africano, volte logo, tua casa é aqui e eu sou teu irmão Caymmi”.

casa cheia (ou + paixões)…

lembra quando este niNho passou porraqui?

pois é, pouquíssimos dias depois…  dá uma sacada como está o climão no domicílio…

UAU… vai encarar a fera?

a porradaria come o dia inteiro… dias desses, teve um deles que se estatelou no chão… e voltou à riNha!

( :

por falar em memória, lembra – na saideira do distante 2014 – quando comparei aTRIPA às torcidas de futiba,

afirmando que o roNca nada seria se não fosse a cumplicidade/dedicação da nação roNqueira?

lembra, tá logo ali embaixo?

pois é, citei várias outras torcidas como exemplo… e, no mesmo dia 31, chegaram toneladas de mensagens de todo

o brasa (e do exterior) solicitando o mesmo carinho com suas respectivas paixões.

como amontoei as letrinhas, dia 31, meramente puxando pela memória, muitas entidades não foram incluídas.

anyway, anyhow, anywhere… segue o remix:

#####

o que seria do paysandu sem a torcida dele?

e o furacão do paraná? e o coritibão? a macaca de campinas?

o náutico de ottinho? o leão da ilha? o monumental são paulo?

o águia de marabá? o meNgo? o brasiliense? e o vitória?

o sampaio corrêa (de minha queridíssima gigi)? os américas (todos)?

e o eterno bangu de nosso ferrare (que escreveu soltando prego pelas ventas pelo meu esquecimento do alvi-rubro)?

enfim…

o que seria do roNca roNca sem aTRIPA?

aTRIPA & aTAMPA2014 (ou “as portas do seu coração”)…

http://www.youtube.com/watch?v=GC4At8jk4dA

nas horas da/de mudança é que a gente vê quem é gato ou leão.

tipo:

– mané, dá um chego aqui em casa que tô precisando uma mão pra tirar a geladeira

o mané:

– pô, maurição… tô enroladão. tenho que colocar alpiste na gaiola do canário

tá captando?

pois é… exatamente nesses momentos é que aTRIPA chega junto… com tudo, avassaladora, destemida… casca…

em um segundo a geladeira sumiu!

como eu disse no #108, mais um ano que se vai e mais uma vez é Ela que paira sobre tudo e todos.

portanto, só me resta agradecer por toda a companhia, amizade & carinho que, mais uma vez, você colocou na nossa pista!

( :

lembro quando cruzei com ferraz para ele apresentar a idéia do documentário sobre o roNca (ali em cima está a versão compacta).

papo vai… papo vem… eu disse pra ele:

– ferraz, fodaralhaça a sua idéa. mas acho que você tem algo na mão que pouquíssimos outros podem chegar perto. não existem, infelizmente, muitas outras pontas de comunicação em rádio/TV/jornal/web que possuem uma audiência tão frenética quanto o roNca roNca. fazer um doc sobre o jumboteKo é bacana mas não será muito diferente de registrar qualquer outro programa. é o apresentador falando, contando estórias, tocando discos, blá blá blá. agora, mostrar a relação das pessoas que se identificam com o programa há anos & todos os seus periféricos é um outro negócio… e aí, ferraz, esse tesouro está no seu colo!

biNgo!

afinal, o que é o palmeiras sem a torcida dele? e o santinha? o santão? o fogão? o grêmio? o galo? o vôzão? o remo?

o bicampeão brasileiro? o vascão? e o colorado? o curingão? o bahêa? o fluzão?

e o roNca sem aTRIPA?

boas entradas … e boas saídas!

que venha 2015!

cheers

a bula do #108…

UFA!

como bem você sabe, mudança é uma das situações mais terríveis que existem, procede?

só de pensar, fico todo empolado… cacilds, fazer uma é dose pra mamute!

meu xará da baratos da ribeiro disse que nos últimos quatorze anos, se mudou doze vezes… mamãe!

enfim, cá estamos de casa nova… e melhor: própria!

o “novo velho” endereço, claro, irá passar por reformas profundas, em 2015.

por enquanto, ainda sujeita à “pintura”, disponibilizamos a “janeliNha”… que, ontem, na correria do #108, ficou sem a “bula”.

muita… mas muita emoção esse roNca saideira2014.

PQParille, meu zoinho fez blublu forte durante toda a narração de ernani!

como sempre, agradeço ao infindável carinho & companhia d’aTRIPA… UAU!

+

shogun-flavia-yano-calmon que são os responsáveis pela nossa mudaNça ter rolado da melhor forma possível.

o áudio está ali embaixo, segue a bula do descabelado #108:

bob dylan & the hawks – “leopard skin” (ao vivo – 1966)

basement tapes – “low & behold” (take1)

basement tapes – “quinn the eskimo” (take1)

basement tapes – “bourbon street”

basement tapes – “please, mr. henry”

basement tapes – “people get ready”

basement tapes – “this wheel’s on fire”

basement tapes – “ain’t no more cane” (take1)

basement tapes – “going to acapulco”

basement tapes – “i shall be released” (take1)

basement tapes – “too much of nothing” (take1)

basement tapes – “i’m not there”

sonic youth – “i’m not there”

basement tapes – “crash on the levee” (take2)

george harrison – “if not for you”

elvis presley – “tomorrow is a long time”

basement tapes – “sign on the cross”

ernani pires ferreira – “narração do páreo melhores1985” (rock alive-fluminense fm-dezembro85)

basement tapes – “you ain’t going nowhere”

negativos & positivos (143) [bi ribeiro & paula toller]…

aproveitando o maçarico ligado,

bigorrilho entrou numas de homenagear o ilê aiyê, em plena N.Y.C.

paula entrou na vibe… elegantemente ornamentada pelo manto (amarelo ovo) da festa “funk & reggae” que acontecia

no mistura fina, barra da tijuca… mixando soul-DUB-samba-ska-funk-reggae & o diabo A4… UAU!

o repertório do embalo virou Lp, lembra?

enfim, os dois estão muito bem posicionados no registro… mas o transeunte, à direita, é o ponto “cabeleira altíssima”…

bi ribeiro & paula toller  /  nova iorque  /  setembro1986

adiantando o momenNto + cascudo…

com razoável tempo na janela, temos uma penca de momentos inoxidáveis em FM e web.

lançamentos cabeludíssimos, entrevistas, batatadas Históricas, sessões inesquecíveis & muitas outras “imexíveis conquistas”.

mas o lance é o seguinte, existe uma determinada ação que paira sobre todas as outras.

o instante mágico em que os Deuses do Rádio abençoaram nosso programa.

minutos onde todos os elos da Radiodifusão se encontraram sob o manto da criatividade-informação-originalidade-

galhofa-sagacidade-competência-performance-ineditismo-técnica & “cabeleira altíssima”!

sério, pode preparar o K7 para registrar algo avassalador, brutal, imortal… peça única, mesmo.

que, finalmente, restará sobre a face da terra pós apocalipse… junto com a baratas e os discos em vinil.

e aviso, o protagonista da situação é alguém que jamais teve relação com rock alive, ronca tripa, radiolla ou roNca roNca!

é terça feira, dia 30, no #108… no especial “the basement tapes / bob dylan & the band” com eduardo bueno, de coNvidado!

casca

negativos & positivos (142) [tobias marcier]…

sabe aquele tipo de pessoa que te marca pra sempre,

mesmo que você não tenha tido muitos encontros ou amizade profunda?

a figura que, sem mais nem menos, aparece em seus pensamentos.

pois é, tobias é um típico exemplo desses seres que iluminam minhas idéias.

volta e meia, mostro – aqui no tico – alguma imagem captada pela xeretinha que, “inexplicavelmente”, habita

a gaveta de registros pra lá de especiais… pra mim.

a expressão, o “olho no olho”, o “fiodesencapadismo”, o enquadramento, o leve tremor… sodade!

tobias marcier  /  santa teresa (rio de janeiro)  /  abril1975

Ele & Ele…

Dylan’s versions

Dylan’s officially released version of the song is a live recording from his April 12, 1963, concert at New York‘s Town Hall. Dylan had recorded the song in December 1962 as a demo for M. Witmark & Sons, his publishing company. This particular recording, long available as a bootleg, was released by Columbia in 2010 on The Bootleg Series Vol. 9: The Witmark Demos: 1962-1964. A studio version of the song, an outtake from the June 1970 sessions for New Morning, has also been bootlegged.

The song was featured in the first season finale of The Walking Dead.[1][2][3]

Elvis Presley version

Elvis Presley recorded the song on May 26, 1966 during a session for his album How Great Thou Art. The song originally appeared as a bonus track on the Spinoutmovie soundtrack album. Dylan once said that Presley’s cover of the song was “the one recording I treasure the most.”[4]

According to Ernst Jorgensen’s’ book Elvis Presley: A Life In Music – The Complete Recording Sessions, Presley first heard the song via Charlie McCoy, who had previously participated in the Highway 61 Revisited and Blonde on Blonde sessions. McCoy played the 1965 Odetta album Odetta Sings Dylan before an Elvis session and Presley “had become taken with ‘Tomorrow Is A Long Time.'”

Dylan has said that this was his favorite cover of any of his songs.[5]

cretino…

na boa, não fiquei pra ver a devastação que estava prestes a rolar, ainda agora (é meio dia), na pastelaria.

no que adentrei ao recinto, neguinho já chegou com a faca na boca.

soraya levantou a bola:

– porra, maurição que povinho de mierda esse nosso em ouvir tanta música ruim, hein?

fiquei quieto… mas cadú rebateu:

– você que não sabe de nada, essas são as músicas que falam ao coração do brasileiro as…

soraya, espumando, desceu o machado:

– cadú, desde quando tens noção do que é importante pro brasileiro, cretino

foi a dica para eu vazar… rápido.

já na lotérica, pensei na estupenda palavra dita por sossô (soraya) – CRETINO!

UAU… mesmo em desuso, que monumento da língua portuguesa.

já reparou que ela não é mais utilizada?

mas é óvio, a cretinice abunda loucamente… portanto, não necessita ser (re)lembrada, verbalizada.

lembra quando era comum ouvir:

– fulano é um cara decente, de princípios… pode levar fé nele

pois é!

os cretinos estão agrupados tal e qual os guerreiros de sparta.

são blocos intransponíveis, invencíveis… eternos.

prestenção na bula desses vermes e sente como é o mais cascudo “crachá” da modernidade em todas as áreas:

Cretino é utilizado para designar uma pessoa cínicamanipuladora e trapaceira, que tem prazer em prejudicar outras pessoas, independente da relação que tenha com elas. O cretino é alguém medíocre, que só pensa em si mesmo, e não se preocupa com mais ninguém. Aquele que faz alguma traição ou que infringe qualquer padrão de dignidade.