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MOJO – top50/2013…

50 Time is a Mountain – Time is a Mountain
49 Tim Hecker – Virgins
48 The Flaming Lips – Terror
47 Julia Holter – Loud City Song
46 Foxygen – We Are The 21st Century Ambassadors of Peace & Magic
45 These New Puritans – Fields of Reeds
44 Johnny Marr – The Messenger
43 Haim – Days Are Gone
42 Paul McCartney – New
41 Goldfrapp – Tales of Us
40 Black Sabbath – 13
39 Roy Harper – Man & Myth
38 Kanye West – Yeezus
37 Cate Le Bon – Mug Museum
36 Low – The Invisible Way
35 Midlake – Antiphon
34 Karen Gwyer – Needs Continuum
33 Billy Bragg – Tooth & Nail
32 Glenn Jones – My Garden State
31 Elvis Costello and The Roots – Wise Up Ghost and Other Songs
30 Primal Scream – More Light
29 Jon Hopkins – Immunity
28 Manic Street Preachers – Rewind the Film
27 Disclosure – Settle
26 Villagers – {AwayLand}
25 James Blake – Overgrown
24 Eleanor Friedberger – Personal Record
23 Earl Sweatshirt – Doris
22 Laura Marling – Once I Was an Eagle
21 Mavis Staples – One True Vine
20 Pet Shop Boys – Electric
19 Laura Mvula – Sing to the Moon
18 Arcade Fire – Reflektor
17 Charles Bradley – Victim of Love
16 Factory Floor – Factory Floor
15 Queens of the Stone Age – … Like Clockwork
14 Holden – The Inheritors
13 My Bloody Valentine – m b v
12 Prefab Sprout – Crimson/Red
11 Phosphorescent – Muchacho
10 John Murry – The Graceless Age
9 Nick Cave & The Bad Seeds – Push the Sky Away
8 Mark Kozelek & Jimmy Lavalle – Perils From the Sea
7 Vampire Weekend – Modern Vampires of the City
6 Deerhunter – Monomania
5 John Grant – Pale Green Ghosts
4 Arctic Monkeys – AM
3 David Bowie – The Next Day
2 Daft Punk – Random Access Memories
1 Bill Callahan – Dream River

sem 1/2as…

Subject: “Sem meias palavras”
“Salve Mauricio!
Esse video do tatuado no forró que você colocou me fez lembrar do espetacular “Sem meias palavras”, noticiário policial de Caruaru.Já esteve por lá? Quando eu for em Pernambuco, faço questão de ir nesse cidade.Deve ser povoada apenas por lendas, ao menos é a impressão que esses videos passam, rsrsrs…abraço”

gram parsons no gragoatá…

John Doe e o corpo de Gram Parsons – Illan Benoliel

Quando me pediram para escrever este  texto, não sabia sobre o que poderia ser. Outro dia, vi um filme sobre a história de um músico que já venho acompanhando há algum tempo, chamado Gram Parsons. Gram era um músico na década de 60 e 70 e fez parte de diversas bandas, como The Byrds e o Flying Burrito Brothers. Foi um dos principais precursores do country-rock e diversas bandas o têm como principal influência, como Poco, Eagles e o Pure Prairie League. Também era um grande amigo de Keith Richards e o ajudou a escrever Wild Horses. Mas não é sobre a vida dele que quero falar, apesar de contar um pouquinho sobre ela no início desse texto, mas sim sobre sua morte. Mais precisamente o que aconteceu com ele depois de morrer.
A infância de Gram não foi fácil, apesar de vir de uma família rica. Seu pai era depressivo, e, quando Gram tinha apenas 12 anos, cometeu suicídio. Dois anos depois sua mãe se casa com Robert Palmer, e pouco depois morre de cirrose, causada por um problema com bebida. Quando Gram foi para a faculdade, começou a perseguir seu sonho de ser um músico de country e a se associar a bandas, até que montou a The International Submarine Band, que lhe trouxe algum reconhecimento. Depois se juntou ao The Byrds, que já fazia grande sucesso nos Estados Unidos. Gram saiu do Byrds depois de se recusar a tocar num show na África do Sul do Apartheid. Sem banda, se juntou ao Flying Burrito Brothers, onde passou mais alguns anos, antes de começar sua carreira solo, quando descobriu uma das vozes femininas mais famosas do country, Emmylou Harris. Ela participou dos dois álbuns que Gram gravou, um deles só lançado após a sua morte.
Gram tinha um road manager, Phil Kauffman, que tomava conta de todos os seus assuntos enquanto ele estivesse na estrada. Parsons gostava de passar seu tempo livre num parque na Califórnia chamado Joshua National Park. Ele e Phil eram grandes amigos e eles tinham o seguinte pacto: o primeiro que morresse seria cremado ali.
Após completar o segundo álbum de sua carreira solo, Gram decide ir ao Joshua National Park para comemorar. Mas no dia de 19 de setembro, é descoberto morto em sua cama no hotel do parque.
Após o triste incidente, Phil entrou em contato com o seu padrasto, Robert Palmer, que estava organizando o funeral de Gram em sua terra natal, no Texas, para o qual nenhum de seus amigos, feitos ao longo da sua carreira musical, seria convidado. Explicou a ele que o desejo de Gram era ser cremado no parque, mas seu padrasto nem considerou a possibilidade. Com o padrasto irredutível, Phil decide tomar uma ação drástica.
Enquanto o corpo esperava no aeroporto de Los Angeles para ser buscado por Robert, que vinha do Texas para isso, Phil Kauffman contrata um carro funerário para sequestrar o corpo de Gram, um carro amarelo com pequenas flores desenhadas em suas laterais. Chegando ao aeroporto, Phil corrompe um agente funerário e preenche diversos documentos como se o corpo que estava levando fosse de um John Doe (Zé Ninguém). Com isso, acaba conseguindo raptar o corpo de um dos grandes músicos do rock’n roll e de seu grande amigo Gram Parsons.
Enquanto tudo isso acontece, uma ex-namorada de Gram tentava arrumar um jeito de fraudar o testamento para incluir seu nome; por isso entra também na corrida para conseguir chegar ao corpo de Gram, a essa altura já resgatado por Phil.
Começa então uma das perseguições mais bizarras da história da música: Phil fugindo com o corpo enquanto Robert alugava um carro para ir atrás; atrás dos dois, a ex namorada de Gram.
No meio do caminho Phil para em um posto para fazer um lanche, e sem entender nada de como cremar um corpo, compra cinco litros de gasolina. Perto de chegar no parque, Robert consegue alcançar o carro onde está Gram mas Phil acaba por convencer Palmer a os deixar irem até o final. Mas a ex ainda estava na perseguição, e quando Phil finalmente alcança o parque, joga a gasolina e bota o fogo no corpo, ela estava sendo parada pela polícia e estava tentando convencer um guarda a ajudá-la. Os dois se assustam quando um grande clarão aparece no céu.
Quando Phil jogou o isqueiro dentro do caixão com toda aquela gasolina no meio do deserto, Gram não cremou, simplesmente. A quantidade de gasolina era tanta que o corpo explodiu numa bola de fogo no céu, deixando uma mancha preta no chão que está lá até hoje onde tudo aconteceu.
O clarão serviu para as autoridades (que também estavam a procura do corpo e de seu sequestrador) descobrirem o seu paradeiro. Mas como não existiam leis contra sequestrar corpos, Phil foi apenas multado em 750 dólares por deixar 16 quilos de pedaços de corpo queimados pelo parque.
Depois disso, o que restou do corpo foi levado e enterrado em um cemitério em Louisiana. Hoje em dia existe um memorial a Gram Parsons no parque onde tudo aconteceu, e Phil acabou por escrever um livro contando suas histórias como road manager, que conta esta e muitas outras. E a música de Gram sobrevive até hoje.
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conheça o blog a folha do gragoatá!

 

você viu?

que espetáculo, hein?

daqui a pouquinho, às 2 da madruga, começa outra reprise!

IMPERDÍVEL!!!

caramba, que momento ver/ouvir lou reed soltinho tal e qual farofa… rindo, dispostão a falar… D+!

e como é bom presenciar um entrevistador bem humorado mas sem aquele risinho patético, o tempo todo, tão comum em nossa TV.

aliás, você saberia a razão dessa síndrome auriverde?

já reparou que, na “editoria de cultura” da telinha, os “jornalistas” são incapazes de entabular

uma conversa sem mostrar, non stop, a dentadura se arregaçando?

mais uma já que estou na gaveta de perguntinhas:

– com tanto FDP circulando por aí, por quê bala perdida só mata inocente?

hein?

) :

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antonio acabou de responder:

– seria bala achada

diz pra gente, 4kg…

Subject: Tapajós, Reed e Vasco
“Porra Maurição, depois daquela semana em que subiram Gilmar e De Sordi agora sobem juntos Paulinho Tapajós e Lou Reed. Lembro eu muleque indo assistir a peça “Verde que te quero Ver” do Paulinho e do Edmundo Souto. Perfeitos seus textos sobre a subida dos dois. Quanto mais eu fico velho mais me dá ódio no coração ver esse emburrecimento galopante que você citou. Tudo é nivelado por baixo. Tudo é raso. Mas em meio a esse mar de mediocridade encontramos textos mais interessantes, olha só:

http://divirta-se.uai.com.br/app/noticia/musica/2013/10/28/noticia_musica,147883/lou-reed-o-homem-que-nao-amou-o-sol.shtml
Pra coroar a porra da semana, esse time sofrível a beira do abismo. Será que tem salvação?

Terça-feira as 21hs a gente vai a forra!

Grande abraço”

Bernardo4Kg

lou reed?

sério, não é por conta da derrota do vasco pra ponte preta (são 17:20) que estou soltando marimbondo enferrujado pelas ventas!

quer dizer… é um pouco!

o fato é que a subida de lou reed não tem nenhuma importância nesse mundinho bundamole em que vivemos.

pior ainda, não tem… e não terá!

“walk on the wild side” é coisa do século 20!

em uma semana, o nome dele estará no “museu” igualzinho ao de machado de assis, bert jansch e noel rosa!

o planetinha seguirá girando ao som das corporações, da banalização, da massificação… ao rítmo do emburrecimento galopante!

o importante é o agora, NOW, o HYPE (de dois meses)… independente do que seja… e que se foda o resto!

 “valores” como tempo, precisão & atenção de nada valem!

junte à pauta o assunto paulinho tapajós onde a informação de sua subida

foi tratada tal e qual um papel higiêncico usado!

acabei de saber que um dos filhos de paulinho assim reagiu ao jeito da mídia noticiar a morte do pai:

– esse não é meu pai!

PQParille!!!

a notícia no UOL sobre a morte de lou reed  o coloca na gaveta dos guitarristas…

– MORRE GUITARRISTA LOU REED, aos 71 anos

quer dizer, quem nunca ouviu falar dele, vai achar que perdemos alguém do quilate instrumental de clapton, hendrix, page,

pepeu, lanny gordin!

e ainda convidam: “ouça os grandes sucessos de lou reed”!!!

que porra é essa?

sucesso? caraca… em que mundo vivemos?

ahhhhhhhh, tá… esqueci, ele morreu hoje… vale tudo!

semana retrasada, um desses sites informou que quando chuck berry chegou à música,

“só havia atitude e que ele trouxe musicalidade”!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

coitado, era aniversário dele!

qualquer um fala sobre qualquer coisa.. de qualquer jeito… e pronto!

tá captando onde quero chegar…ou não chegar?

será impossível aos “pensadores” da modernidade se tocarem que é preciso navegar comtra a correnteza?

que tal uns goles?

bem mais sobre paulinho tapajós…

hendrix e cartola receberam, ontem, a visita de paulinho tapajós!

) :

durante muito tempo cruzei com ele pelas ruas do finado leblon…

no tempo em que os moradores que fizeram o bairro ainda não haviam sido expulsos pela e$peculação imobiliária e pela cenografia da vênus!!!

toda vez eu pensava: “hora dessas vou incomodar a peça pra levar um lero”!

mas paulinho estava muito doente e não mais circulava… até que subiu!

também triste é como a mídia vem informando sobre sua passagen pelo planetinha.

catei a notícia em vários sites… de todos os tamanhos e de várias cidades… e encontrei as mesmas letrinhas!

atualmente, basta o primeiro comunicado aparecer para que todos os outros veículos o repliquem!

FUEDA!

ou seja, na real, dezenas de canais de informação não dizem nada… simplesmente, repetem o que já foi escrito!

é assim, praticamente, em todas as galáxias!

o fato é que paulinho foi muitos mais que um dos autores de “andança”… mas para saber um pouco além, bastaria ao “jornalista” entrar – no mínimo – em outra página do site dele para se deparar com…

Em 1969 e 1970, Paulinho Tapajós exerceu os cargos de diretor de produção e produtor musical do selo Forma/Philips, da gravadora Phonogram (hoje Universal Music), que lançou no mercado fonográfico artistas como Ivan Lins, O Terço, Lucinha Lins, Gonzaguinha e Fagner, entre outros.

De 1970 a 1978, atuou como produtor musical contratado da Philips, onde foi responsável por discos de vários artistas, como Lucinha Lins, Dorinha Tapajós, César Costa Filho, Gonzaguinha, Carlos da Fé, Fagner (“Manera Fru Fru Manera”), O Terço (“O Terço”), Ivan Lins (“Agora”, “Deixa o trem seguir” e “Quem sou eu”), Antonio Adolfo (“Antonio Adolfo”), Trio Mocotó (“Muita zorra”), Toquinho & Vinicius (“Vinicius e Toquinho, Toquinho e Vinicius”), Nara Leão (“Meu primeiro amor”), Carlos Lyra (“Eu e elas”), Jorge Benjor (“Negro é lindo”, “Ben”, “A tábua de esmeraldas”, “10 anos depois” e “Solta o pavão”), Gilberto Gil e Jorge Benjor (“Gil & Jorge”), Altamiro Carrilho (“Antologia do chorinho”), Banda do Canecão (“Cem anos de Carnaval vols 1, 2 e 3”), Quinteto Violado (“Antologia do baião”, “Folguedo”), Quarteto em Cy (“Antologia do samba-canção”, volumes 1 e 2, “Quatro sucessos em Cy”), e MPB 4 (“Sucessos – vol 4”, “10 anos depois” e “Palhaços e reis”), entre outros, além de projetos com diversos artistas, como “Som Livre Exportação”, “Máximo de Sucessos vol. 3, Máximo de Sucessos vol 14”, “Os maiores sambas-enredo”, “16 sucessos brasileiros” “Encontros”, “Encontros vols 1,2 e 3, “Antologia da Marcha-rancho” e “Orações profanas”, entre outros.

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acho que para o leitor interessado pela obra de paulinho tapajós seria bem mais impactante saber de sua relação, por exemplo, com jorge ben que, apenas, sobre a autoria de “andança”!

paulinho, leNda!

nas garriNhas d’aTRIPA(2)…

pra quem não curte bruce, se já estava chato antes do show, deve estar insuportável a presença dele aqui no poleiro!

mas o fato é que jamais houve tanta reverberação por causa de uma apresentação no brasa.

as mensagens não param de chegar… para engrossar o caldo, elas são de quem sempre gostou e, sobretudo,

de quem foi convertido ao cidadão de new jersey!

outro ponto interessante é que não me recordo de um show ter recebido tantas críticas positivas por parte da mídia.

em outros casos, também elogiosos, sempre houve uma dose de ironia… o popular “morde & assopra”, manja?

seguem mais mensagens (alguns pedem para os emails não serem publicados) e o texto do andré forastieri

Subject: O chefe
“Oi Mauricio,

estás inspiradíssimo em seus programas antes e depois do Chefe passar por aqui. Inacreditável que ainda existam pessoas a dizer que Bruce é hiper americano, mas o fato é , que o sujeito realmente nasceu nos USA ( eita…) e representa uma classe artística e trabalhadora que sempre se f.. por lá. E por isso merece todo meu respeito. Se antes do do show eu vibrei com a Orquestra Voadora ( em mais um show absurdamente carnavalesco e rock n rol) que tocou Chico e Nação Zumbi, entre outras músicas, e depois estiquei minha canga no gramado pra dormir , isso mesmo, DORMIR durante as apresentações de Phillip Phillips ( cuma?) boyzinho empurrado por gravadora  e John Mayer (aliás esse aí só serviu como  trilha sonora de beijos ). Por um lado foi bom, porque guardei energia para o momento sublime de rock n roll na veia e nas véias ….hehehehe  Desde criancinha , adolescente nos anos 80 eu SEI que Bruce faz um dos melhores shows do planeta Terra. Tá guardado no meu coração ,junto ao PG no SWU, Chico Science no Circo Voador, Sepultura no Imperator , Rede Hot em 93, Pearl Jam na praça da Apoteose, Rolling Stones em Copa , Orquestra Voadora em qualquer lugar do planeta e Paul Mc Cartney no Maraca ..só pra citar alguns.
Mauricio keep on rockin in a free world!!!!!!!!!!!!!!!!!!” Adriana
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Subject: Rona Ronca
Salve Mauricio! quero aqui registrar o show espetacular do Bruce no rock in rio que assisti pela TV. Eu conhecia muito pouco o Bruce Springsteen, até eu conhecer o Ronquinha, a alguns anos pela radio cidade. Me lembro em uma ocasião quando você falava do Bruce, desde aquela época comecei a acompanhar o trabalho do The Boss. Confesso que ultimamente nem sempre consigo acompanhar o programa toda semana, pois minha internet não é  das melhores, aqui em Magé, (na minha baixada fluminense). Não é nada fácil,  mas continuo insistindo na melhoria e quando  a internet fica rápida consigo acompanhar o Ronquinha. Obrigado pela  atenção. Vida longa ao Ronca Ronca. Abraço! Alexsandro
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+
Subject: Salve Bruce e salve o Ronca Ronca
“Mau Val,

Sinceramente, certo que com certa tristeza e numa visão individualista, ainda bem que The Boss tem baixo valor para a mídia brasileira, só assim cheguei no ESPETÁCULO em SP, infelizmente com a grande versão de Sociedade Alternativa já tocada, adquiri ingresso da pista mais próxima do palco por preço de pista distante e me emocionei ao extremo, já a partir da segunda música, com a performance e a qualidade inacreditáveis, instalado confortavelmente próximo ao palco, no balcão do bar que foi escalado pelo Chefe, com direito a contato nos olhos, proximidade à magnífica E Street Band e tapa nas costas do Figura, curtindo o ‘inoxidável’ show. Certamente, vai ser difícil repetir o momento. A fase está mesmo muito favorável, com direito ao inesperado repeteco (bug?) do Ronca na Oi Fm, logo após ao término do programa, neste 24/09, que, aliás, poderia ser rotina, lembrando, entre outros, dos Talking Heads e do querido Itamar. Que venha a Caixa Preta! Brother, salve os momentos especiais que a vida e você nos proporciona. Obrigado e forte abraço.”
Roberto
+

Bruce Springsteen escolheu “Sociedade Alternativa” como música política made in Brazil pra cantar em seu primeiro show aqui. Em outros países da América do Sul, as opções foram canções de protesto. Aqui, hino hippie, rocker, retado e retardado. Os instintos de Bruce estão afiados. No dia em que o Supremo Tribunal Federal comprovou que a lei do nação continua ser a do cão, soaria choroso ou ingênuo se arriscasse “Canção da América” ou “Que País É Este”.

MInha lista de recomendações incluiria “Inútil”. A gente não sabemos tomar conta da gente, tem gringo pensando que nós é indigente… mas derrotista demais. Se tem uma coisa que Bruce Springsteen não aceita é derrota. Sua música é sempre épica, mesmo quando amarga. Bruce, rei do rock íntegro, é sobre enfrentar a realidade, mas mais ainda sobre sonhar o sonho americano. Um sonho de liberdade individual, de justiça individual, e da procura individual da felicidade. Que é, claro, bancada coletivamente pelos tributos pagos pelos americanos, e pelo planeta, ao maior império que esse mundo já viu…

Me pergunto que espírito endiabrado soprou o hino de Raul Seixas e Paulo Coelho nos ouvidos de Bruce. “Sociedade Alternativa” é trilha sonora perfeita para hoje e para os tempos que vêm. Não é tempo de reformistas, muito menos de revolucionários. É tempo de rebeldes. De procurar em você o que é único, e inspirar outros a trilhar suas próprias jornadas de herói. É hora de escalar o caminho do relâmpago, na árvore da vida. Nem todo homem ou toda mulher podem ser estrelas, mas este é o mandamento.

Faz o que tu queres pois é tudo da Lei, ordenou Aleister Crowley, inspiração de “Sociedade Alternativa”, após ouvir anjos e demônios. Que lei? As únicas que importam: as que estavam no Templo de Apolo, no Oráculo de Delfos. Vamos começar por Conhece a Ti Mesmo?

Vamos. Toca Raul, Bruce!

André Forastieri