Arquivo da categoria: torcida

pepe, magrinha, axé astral…

Subject: No muro da praia, noisqtá…

“Oi Mauricio,

 

Acho incrível quando a gente se propõe a de fato fazer algo que há tempos planeja, e quando isso acontece a vida mostra sinais, in loco e ao vivo, de que valeu muito a pena.
Me “permiti” tirar uns 15 dias de férias em Outubro. A máquina de moer capitalista da vida freelancer vinha adiando isso há algum tempo. Mas precisava muito pensar na vida, em mim e, com a distância dele, no meu próprio trabalho.
Peguei a magrinha e fui fazer algo que havia anos era um dos meus roteiros pretendidos: pedalar a Rio Santos no trecho do litoral paulista.
Eis que me deparo com o “RoNca RoNca” grafitado num muro no final da dificílima e perigosa (para ciclistas e pedestres) serra entre Boiçucanga e Maresias.
Parei para uma foto e para mentalizar ali na hora um axé astral para vocês ! Grato pela companhia 🙂
Beijos,”
Pepe / SP

william pirando a bordo…

Subject: Um tempinho fora e um reencontro prazeroso: 620 em alto nível.
“Olá mauval.
Que ronca ronca é esse? Bang-bang: que tiro foi esse?
howlin Wolf, can, Cocteau twins, Nilo amaro, Nancy sinatra, neubauten, van Morrison…
Carinho pros ouvidos numa tarde chuvosa do rio de janeiro.
Devido as correrias, imprevistos e cambalhotas da vida fiquei um tempinho sem ouvir o programa, mas o ronca ronca é como aquele amigo querido que reencontramos depois de um tempinho e percebemos que nada mudou e tudo faz sentido, aquele amigo que queremos e precisamos sempre por perto.
E saltando um pouquinho atrás, pro programa anterior, demais mesmo esse encontro gráfico-musical de Crumb e Janis, nessa lindeza visual e auditiva em forma de LP chamada cheap thrills.
Vou me organizar aqui pra tirar o atraso e ouvir os programas anteriores , pra alegrar os ouvidos e aquecer o coração.
Tim-tim & bang-bang
Grande abraço “
William
P.s
para a horta das couves: vai aqui 2 pedidos/sugestões de versões abrasileiradas de Mr. Dylan:
– furacão (hurricaine) com Cida Moreira
-mr. Tambourine Man com Zé Ramalho e Renato e seus blue caps
 (Aliás que baixista é o Paulo Cesar barros, descobri recentemente o trabalho dele ouvindo uma canção do Roberto Carlos , tinha um baixo sinistrão e fui pesquisar quem tocava, descobri que era ele e que gravou com todo mundo da música brasileira)
P.s 2
Ainda na rebarba do papo gráfico musical do Crumb e janis…
Faço parte de um coletivo/editora de artes gráficas chamado oficina do prelo, lançamos no final do ano passado um livro chamado antiusual, que é uma compilação de um fanzine publicado pelo Alberto Monteiro nos anos 90, já tava pra falar com vc há algum tempo do livro, pra lhe enviar uma cópia de presente, e ouvindo o papo do Crumb e Janis lembrei novamente do livro do Alberto ,acho que tem a ver com o ronca ronca: fanzine, do It yourself, quadrinhos underground, colagens, música alternativa, noite rock etc…

nerv & cocteau twins no méier, em 1991…

Subject: elizabeth

“Que momento bicho

Público pequeno mas muito emocionado. Turnê do Heaven on Las Vegas (melhor álbum pra mim)
A cada fim de música, a estonteante lírica divina Elizabeth colocava as mãos na garganta reclamando da própria voz. Cantou o fino ainda assim. Sai totalmente apaixonado no alto dos meus 19.
Ela é linda
Memorável
abracooo”
Nerv

itamar falando tudo e dizendo nada ao mesmo tempo…

Subject: 3 + 1

“Oi, Mauricio, 😃

Tudo joia, bicho? Espero que tudo esteja maravilha total por aí. Tem que estar.
Olha, curti tanto os dois últimos programas – pra variar, né. Tem um jeito solto neles que é demais, umas colagens que irrompem NO MEIO de uma situação (duma conversa, dum papo furado), caramba, caem maravilhosamente bem.
Mas teve a amarrada sofisticadíssima do assunto “marcos de memória”, que você passou a solda mestra quando insistiu no 3+1 do pai do Nandão.
Pô, esse assunto me perseguiu a semana inteira, bicho. De quinta a quinta, feito um encosto. 👻
No meio da semana, no espaço entre os dois ronca, eu topei com um texto simpático sobre a discografia do dinosaur jr. O autor elocubrou uma teoria bacana.
O texto é sobre os discos da retomada de atividades da banda, em 2007, depois de uma década com o pessoal encostado.
O moço escrevinhador propôs que os discos lançados a partir de 2007 são todos consistentemente bons, uma diferença enorme pra grande parte do que veio antes: as bolachas eram montanhas russas com declives arretados pelo meio, MAS com picos absurdos também, que são canções como “freak scene”, “start chopping” etc.
Pra mim, tá clara a conexão com seu papo com o Nandão. O que vale mais, um artefato que seja inteiro bom, mas que não transcenda, ou um bichinho incandescente feito de derrotas torra-saco e de bombas atômicas da paixão?
No texto, o cabra dizia que preferia a consistência – no que pessoalmente discordo. Eu adoraria outra “freak scene”, mas sei que isso já não é mais possível.
Ou é? 🙂
Fica, então, um possível debate pros roncrackudos opinarem, se você achar que esse assunto ainda rede conversa e chamego.
Ótimo fim de semana pra tu, bicho. Beijos gigantescos e totais. 💋💋💋💋💋💋💋”
Itamar

helcio, janis e o blublu em são francisco (USA)…

Subject: Cry baby
“Mauricio,
Nao te conheço pessoalmente, mas me identifico 100% com as ocasionais lágrimas que te escapam nos muitos momentos emocionantes do programa.
Eu sou um sujeito reconhecidamente chorão. Homem que chora, pra valer. A glote aqui fecha com frequência. Por motivos diversos. Os motivos musicais são frequentes. Ando tão a flor da pele que qualquer música do Nick Cave me faz chorar.
Encontro-me em São Francisco, a trabalho. Terra do Fillmore, do Sly e do Jefferson Airplane. E foi perambulando pelas ruas da cidade em um carro alugado, que escutei o #618. E quando rolou “Cry baby” da Janis, desabei a chorar. No semáforo, a motorista do lado, nada entendia.
Não foi culpa só da Janis, claro. Música é estopim, é gota que cai em copo cheio.
Mais uma vez, obrigado por tanto.
Forte abraço”
Helcio