Arquivo da categoria: torcida

pirando com aTRIPA no #613…

Subject: Sergio Mendes

“Salve, meus amigos.

Poxa, estava tão envolvido na audição do 613, com o Fountains DC (melhor banda de hoje, não?), a pertinente falation e todo o desenrolar promissor do programa, quando tomei, assim como vários de nós, essa porrada que foi a subida de um dos totens da música nacional. Desculpem, mas perdi o tesão de seguir o prazer que o Ronquinha me proporcion a cada semana, para cair dentro de discos do cara. Uma ridícula, mas bem pessoal homenagem, que me fez pinçar essas três pepitas:
O trio bossa nova em NYC, enfurnado no estúdio com feras do jazz e Tom Jobim, o combo de samba jazz em um dos álbuns que definiram o gênero e um estado de espírito, e o músico embarcando de vez no soul funk bem a cara do final dos anos 70, quase uma vertente suave do que os gringos chamam de brazilian boogie. no final das contas, a constatação de que todos eles estão indo embora, sem a devida reposição.
Que vá na paz.
PS: se não foi muito, humildemente peço uma musiquinha dele no setlist do próximo programa.
Abraços a todos e bjs na família.”
Onaicram.
+
Subject: Batatada Futebolística
“RoNcas,
Graceland me liberou por uns bons minutos e pude terminar o 613. Aí curti demais o então para mim ignoto Fontaine  DC, (vi o video do menor socando a Fender no palco com os caras), bom pra caralho.
Curti demais as Aracys e o segmento antifla (honraria narrativa os povos submetidos rendem aos conquistadores), o comportamento olímpico e o muxoxo altivo do Nandão condensa todo o arcabouço teórico desse papo magistralmente. Mas a versão apresentada no caso d’Aquele Abraço merece umas linhas, não para contestação, mas para uma breve contextualização poética.
A canção é toda construída em torno de Abelardo Barbosa e os seus bordões utilizados nos seus clássicos programas Buzina e Discoteca do Chacrinha. Aquele abraço cita também o aprazível arrabalde de Realengo, assim batizado por indicar terras advindas da conquista colonial no seculo XVI. A localidade, situada entre o Maciço da Pedra Branca e a Serra do Mendanha foi escolhida em 1905 como sede da Escola Preparatória de Cadetes do Exército.
Durante nossos anos de chumbo o local de ensino, agora denominada Escola MIlitar do Realengo, foi usada como local de interrogatório, encarceramento e tortura dos que eram considerados hostis ao regime militar. Foi nessa unidade repressiva do aparelho estatal que Gilberto Gil, em 1968, travou seu contato mais próximo com a tigrada então no poder.
Parece lógico e até mesmo inescapável que Gil tivesse algo a dizer aos seus captores, nem que fosse mandar um abraço.
Ao saudar a rapaziada de Realengo a rima rica (a rima acontece entre palavras de classes gramaticais diferentes) mais natural à mão não poderia ser outra que não Flamengo. Pode até ser que tenha rolado essa referencia cruzada em função de um dos fla-flus da epoca, mas tudo indica que foi mera coincidência. Tudo indica que o abraço é pra torcida do Flamengo porque era a melhor rima com Realengo.
abs
srn”
arthur
+
Subject: Tomada de decisão

“Coe Mauval

O assunto fotografia eu tô adorando.  Estarei coladaço no setecentola!
Tenho zero intimidade com fotografia assim com não conheço nada de música. Ouço o RoNquinha exatamente por me orientar desorientando. Se vcs começarem a falar de energia elétrica eu vou ficar igualmente fissurado querendo conhecer os maiores eletricistas da humanidade (só não vou curtir assunto de decisão de tomada).
A parada é que se um programa sobre futebol começar a falar sobre a tomada de decisão do jogador eu vou pular fora na hora. Que nem esse papinho aí de momento decisivo.
Pô, devia ter uns 200 fotógrafos credenciados pelo COI pra estar ali registrando os surfistas. O Jerome podia estar na frente da onda pra fotografar o Medina dentro do tubo. Ele podia estar na ilha de caras fotografando o Bruno gagliasso. Podia estar na praia de Ipanema clicando a Débora seco tomando sol. Mas não. O malandro tava atrás da onda no lugar e momento exato pra tirar aquela foto medalha de ouro.
Tanto faz se a câmera dele tira zilhoes de foto por segundo. Só ele tava ali naquele momento e lugar que gerou a imagem. Foda! # (detalhe da curadoria do roNca: jerome não estava solo. pelo contrário, estava num barco com vários fotógrafos. por isso mesmo, mais foda ainda) # Tipo era o baixinho dentro da pequena área. Se estivesse descalço contra um monte de brucutu com a melhor chuteira do momento, já era. Saco.
Esqueci de perguntar naquele dia se o novo disco do Fontaines DC já tinha vaga no programa. Tô maluco nesse disco novo. Ouvi a primeira vez e não entendi nada. Aí ouvi mais 50 vezes e não consigo mais ouvir outra coisa. Gostei da ideia e tô dentro se rolar uma vaquinha pra alugar um lençol branco e um retroprojetor pra transmitir o show do Fontaines DC no Lolapaloser. Aí é só cara um levar umas Guinness e umas ampolinhas e tá feito.
Aproveitando que falei de tomada de decisão e que vc tocou o Oasis (que só consigo ouvir no programa), já viu esses vídeos de uma pelada que tem a participação do Damon Albarn e do Liam Gallagher?
Não curto muito a música mas admiro o Liam Gallaguer. Outro dia chegou pra mim esse vídeo com a melhor entrevista que já vi fazerem com ele.
Abraço.”
Dj Zotta

tramontin, CAP, #612, são jujuba, #700tóla…

(foto do tramontin no jogo de segunda feira pelo brasileirão, no rio)

josé tramontin é fotógrafo do CAP e frequentemente é citado no roNca pela qualidade do trabalho exibido em várias frentes… mas nunca nos falamos/encontramos.

lembrei no #612 – quinta feira – que, na hora do pgm, ele deveria estar em são jujuba cobrindo o primeiro embate pela copa do brasil e ainda mencionei o nome dele como participante no #700tóla sobre fotografia… hahahaha, doiderinha!

pois bem, minha glote segue fechadaça com essas letras que ele acabou de enviar (são 17h, sexta feira)…

Subject: Fui pro dejaneura testemunhar a força de São Jujuba

“Fala Nandão, fala MauVal, como vocês estão?

Acabei de chegar do dejaneura. Confesso que ainda tô meio atordoado. Pô, tomar duas traulitadas do Vascão na mesma semana é fogo viu! Duas viradas! Dois jogaços antológicos! Depois dessa eu tinha que escrever pra vocês. Talvez até pra me ajudar a digerir o que foi tudo isso.

Se o Tim Maia foi pra Londres duas vezes em quinze dias, eu fui pro Rio duas vezes em quatro dias. Não me pergunte por quê, mas os gênios da logística preferiram voltar pra Curitiba ao invés de ficar a semana no RJ (aí depois reclamam da correria do calendário kk). Eu sei lá, ultimamente só tô entrando no avião e seguindo.  Mas fiquei meio bolado porque eu poderia dar um pulo pra buscar meu exemplar da Magnífica. Da maneira como foi, ficou difícil.

Ainda tenho pelo menos mais uma viagem pra aí até o final do ano. Vou fazer dar certo.

Preciso falar da experiência São Januário. Eu sempre quis conhecer, até que ano passado rolou. Entretanto, pra não fugir muito das suas tradições, o Vascão tinha tomado uma punição de dez jogos com os portões fechados. Baita azar o meu.

Mas essa semana, bicho… experiência completa, e em dobro!

É claro que eu to puto com as derrotas! Mas ver a torcida vascaína nos dois jogos, principalmente no segundo, foi algo que mexeu comigo. Explicou muita coisa (boa) que acontece com o Vasco. Ano passado, sem torcida, o Furacão venceu em São Januário pela primeira vez na história . Esse ano, fomos atropelados…

É óbvio que estou adorando a pauta fotográfica que vem sendo abordada nos últimos programas. O Nandão deveria escrever um livro sobre. Mas só com fotografias, entende?

Escutei o #612 enquanto voltava pra Curitiba. Muito obrigado pelo convite para o 700tola! Já comecei a ensaiar por aqui.

Queria deixar registrado nessa primeira carta que tô escrevendo pra vocês, o quanto

é bom saber que existe um roNca roNca na nossa vida.
Se me permitem, quero aproveitar também pra mandar um abraço pro Silvio, do Phono Pub, em Ponta Grossa – PR, que é roncracudo convicto faz tempo. O Silvio foi meu chefe no Phono, quando eu fazia faculdade e tava começando a fotografar. Eu trabalhava lá a noite e ele deixava eu colocar umas bolachas da bela coleção dele na vitrola do bar. Era bom demais!

Pra finalizar, seguem anexas algumas singelas imagens desse período no dejaneura. 

Um abração pra vocês dois e pro pessoal do estúdio. Obrigado por tudo e até breve!”
José Tramontin
como ele escreveu recebemos algumas imagens de são janú como a lá de cima e essa aqui que me deixou com os joelhinhos tremendo…
.
UAU… que oNda, hein?
D+D+D+D+
cheers

joão & leonard no mar do norte…

Subject: The Great Lady Day!
 “Fala, MiV!
Fiquei tão chapado com a presença de Miss Holiday no #611 que decidi traduzir (beeeem livremente) a fala de apresentação do Leonard Feather no show dela em Köln :
 
…é com muito orgulho que eu apresento agora a estrela do nosso show. A sua voz é A voz do Jazz. A voz que fez sua fama por todo planeta através de centenas de discos.
Ela será acompanhada de Carl Drinkard no Piano, Elaine Leighton e Red Mitchell.
Senhoras e senhoras, a grande Lady Day, Miss Billie Holiday!
 
Imagina isso naquele contexto de pós-guerra… e Köln é colada em Bonn, que é uma micro cidade, quase artificial e que foi a capital da Alemanha Ocidental. Sinistrong!
 
Nem sempre saindo de trás da moita, ouvindo SEMPRE TODOS os programas 🙂
Aquele abraço!
joão xavi
 
PS: Obrigado pela lembrança do aniversário, escutei esse

programa de frente pra esta vista ali em cima. Colado no mar do norte em Otterndorf, aka Vila da Lontra 🙂 que momento :)” 

renato, tom waits, mars volta, boca roNca…

Subject: Tom Waits & Mars Volta na zooropa – 2008
“Alô Alô MauVal e Nandão!
Já faz algum tempo que estou para escrever sobre uma experiência sônica cabeleira altíssima!
A confirmação de que precisava escrever veio com o relato canhestro do Marcelo Caipirinha que nunca tinha presenciado o bufão Tom Waits ao vivo…
O ano de 2008 seguia na marmota de sempre até que em 02/05 tropiquei no vídeo do anúncio da turnê (ali em cima) “Glitter and Doom” do Tom Waits. Hã?! Como assim?! Fiquei maluco… febre… alteração do sono… palpitações… o cara já não fazia turnês regulares tinha um tempo e vi naquele anúncio uma mensagem esotérica! Ele falou comigo! Juro!
Dias depois começaram as vendas e não podia deixar o Tom no vácuo. Comprei uma data, que na minha cabeça, daria para resolver tramites burocráticos diversos, e curtir o show totalmente bilú tetéia! Segue prova:
Apesar de ser tudo muito arriscado… para acontecer teria que meter um bate-volta de asadura daquele jeito… era o que tinha! E ainda por cima era a última data da turnê norte americana…
Mas os deuses da música mexeram os pauzinhos e pouco depois Tom anunciou a perna europeia da turnê… ufa! E ele falou comigo novamente! Só que dessa vez ele falou “traz a galera, pode ser a última.” Foi o que fiz. Convoquei amigos e amigas para a empreitada na zooropa. Embarcaram nessa três das mais importantes figuras para a empreitada sônica/etílica/turística/cultural. O endereço para encontrar Tom? Praga, em 21/07/2008:
Claro que nada é tão simples assim e quando comecei a campanha para ter mais testemunhas comigo, toda sorte de dificuldade apareceu… e eis que numa busca do que mais poderíamos ver por lá… pintou uma semana depois Mars Volta no Roxy de Praga! Fechou! Quem vai, vem!
O Mars Volta já tinha quebrado tudo por aqui em 2004 (depois de um Libertines super inflacionado) com direito a manter um zumbido nazoreia dos convivas uma segunda-feira inteira… vê-los num inferninho em Praga deu aquela dimensão marciana que precisávamos para seguir nossa missão RoNcaRoNca por lá!
Estamos por aqui sempre na escuta e participamos do Boca Ronca. Foi demais! Aguardando os próximos eventos.
Grande abraço!”
Renato

cacá e as bestas…

(e o trailer começa imitando o roNca, hahahaha…)

Subject: Reverberando…
“E é sempre assim…TODA (!) chegada de um novo programa do Ronca Ronca é assim: ouví-lo, apreciar as músicas, ficar atento às conversas aleatórias (mas nem tanto) mas nada, nadica vazias…e isso demora: para, volta, ouve novamente, anota as dicas, volta na audição, para pra tirar as compras do carro…isso dura umas três horas em um programa de duas horas…mas é bom demais! e qdo termina fica reverberando por dias…nessa dinâmica sempre estou atrasado com os programas…tento acelerar mas não consigo…vida que segue…vcs já fazem parte do meu cotidiano…
E num final de semana desses últimos, como sempre faço, assisti um filme que ficou reverberando na minha cabeça (como faz o Ronca Ronca) e queria compatilhar com vcs (pode ser que já tenham visto): “As Bestas” …uau, que história forte, bem construída e com um ótimo roteiro…detalhe: a vida não é tão bela nas oropa…
Abçs,”
Cacá