“Salve MauVal e Nandão,
Escrevo inebriado após uma apresentação estrombólica do Azymuth aqui em Berlim. Moro aqui há pouco mais de 1 ano e aqui também reside um grande amigo do Rio de Janeiro, meu cumpadre, Eduardo Stalinho.
A razão deste email que, diga-se de passagem, é meio primeiro para o programa, se dá somente para relatar como o ronquinha vem servido para nós como um encontro afetivo. Toda quinta/sexta escutamos o programa novo e passamos o final de semana quase como se nos encontrássemos no Bar 31, na Voluntários da Pátria, nos nossos tempos idos do Rio. Afetivamente, sinto como se esse bar fosse algo como a pastelaria, um lugar democrático para se comentar de tudo, sem se falar sobre nada.
Hoje tivemos a honra maior de assistir a apresentação do Azymuth em uma feliz turnê pela Europa em homenagem ao saudoso Mamão que infelizmente nos deixou neste ano. Durante o show, entre emoções e balanços de bobrete (que até hoje não sei se se escreve com este R ou não), falamos tanto do nosso querido ronquinha que me senti na audácia de fazer este pedido.
Em algum momento, se acharem razoável, refaçam essa homenagem a esse gênio da batera brasileira. Imagino que Nandão, seletor das percussões, vá concordar que esse gênio-fruta se encontra entre os voláteis top 5 de nossos corações. Se puderem tocar um Azymuth, qualquer música ou a pedra que julguem mais brilhante, seria de uma felicidade enorme em nossos coraçẽos e, com certeza, nos dos roncracudos também.
Um grande abraço deste exílio procurado e, sempre, muito som para todos nós,”