Assunto: É rádio!

“Maurição, maurição!

Assim fica difícil! Vou virar o chatola que manda email toda semana! Minha empolgação é tanta que tive que segurar a onda e juntar a emoção de ouvir o papo com o Adelzon Alves da semana passada com o pequeno infarto que tive ouvindo o Renato Russo conversando contigo no programa desta semana!

Começando pelo Adelzon. Cara, aquele depoimento é o elo perdido, o Santo Graal do rádio. Daqui a milênios, quando nossa espécie já tiver sido varrida da face da terra pela revolução do VAR, esse áudio será o testemunho de que valeu a pena a nossa passagem no planetinha. O roNquinha não é Podcast: é rádio! E rádio é aquilo!

E, eis que eu estava no fim de semana na Vila História de Mambucaba, na estonteante Angra das Milícias (digo, dos Reis), tomando um gorozinho e tinha um rapaz tocando um violão e cantando aquele sozinho de barzinho. O jovem de Paraty fechou o show tocando Faroeste Caboclo de cabo a rabo, com todas os bebuns do recinto cantando junto sem errar uma palavrinha da letra. E eu fiquei pensando que o cara tem que ser um artista muito foda, pra música dele seguir reverberando três décadas depois, no cotovelo do nosso inóspito balneário, num boteco onde 90% dos pinguços não deviam nem ter nascido! E aí, o Renato Russo baixa no roNquinha desta semana! Ai ai ai meu coraçãozinho! Só a música vai salvar a gente!

Saúde!”
André
Da Babylon by Gus

+

Assunto: São Paulo X Lisboa

“MauVal!!!!!
É assim: não vou falar sobre o #350, ok?
Não consegui me recuperar!!
Chamo esse programa de “é Deus mamãe” com “this is religion”!!
Seguinte, ouvi no #351, sobre o show do Orlando Bolão em SP, no delicioso Jazz nos Fundos! Algum de vcs estará lá??
Queria tanto um “encontrinho”!!! Um “date”!! Hehehehe
Estarei em SP de 06 à 22/09 e quem sabe rolava um “caramelo”!!!
Beijinhos!!”

Gisele

+

Assunto: Black Midi e Porcelana.

“Fala MauVal, tudo certo com você?

Mano, to adorando as presenças do Black Midi nos últimos programas. Descobri a banda aí no Ronquinha e curto muito.

Tava tomando conhecimento só do som, mas esses dias fui procurar um vídeo deles ao vivo e PORRA, os caras são tudo moleque. Que alegria ver gente nova fazendo um som tão foda assim.

Outra coisa que eu queria falar (na verdade, chorar, hahahaha) era que eu queria muito ganhar uma canequinha do Ronca, mas daqui de São Paulo eu não encontro maneiras. Será que chega se eu te mandar uma caixinha pronta para o reenvio (selada e com um plastiquinho bolha) aqui pra São Paulo? Pouco folgado, hahahahaha.

Grande abraço Mauricio! E vida longa ao ronquinha! Alegrando minhas sextas-feiras!!!!”

Rafael

+

Assunto: A porcelana Mimiming in the greatest moment

“Mauval, saudações estrogonóficas de BH.

Este integrante da tripa que aqui vos fala, irá contrair (que termo mais bisonho) matrimônio no próximo dia 05/10, e, como a tripa não anda sozinha, teremos as inoxidáveis participações de Mr Mark Mixto-Quente, do Bituca Greathouse e Thiago Pai do Helinho Mamede dentre os confrades que ali abençoarão aquele momento tão glorioso (Babulina vai também, do jeito dele).

Daí que teremos o famoso “momento campari”, e LÓGICO, será mais especial se for na porcelanazinha chinesa que data de outros tempos mais sombrios. temos algum trafica Rio de Janeura Belo Horizonte pra fazer o transporte pra esse jovem padawan aqui (questões aduaneiras como o imposto de importação claro, por nossa conta)?

Tentar não custa, se não der os deuses tão sabendo o que fazem. De qualquer forma, mandaremos os registros para vossa senhoria.

Aquele abraço, na esperança de que o senhor sempre ilumine nossos corações.

Então, toca uma do Jorge Drexler pra mim?”

Paulo

Assunto: Tem apito aí…? pra festa ficar completa.

“Finalmente a porcelana se junta aos ítens que gosto muito….
E voltam as boas lembranças das festas, onde me divertia muito…”

Luiz Fortes da zona oeste do RJ.

Assunto: Ronca #351

“Nandão, Mauricio,

aqui é Danilo Cruz, sigo o ronca desde 2009. Sou baiano de Ribeira do Pombal, meu pai é músico (foi baterista na tour latina de Genival Lacerda em 2000), meu avô foi sanfoneiro (Jaime Sanfoneiro) conhecido na cidade que nasci e popularmente reconhecido pela quantidade de quadrilhas juninas que arrastou na região nas décadas de 1980 e 1990.

Hoje, dia 02 de setembro, voltando de Petrolina/PE para Paulo Afonso/BA, no meio do sertão pernambucano, mais precisamente entre Cabrobró e Belém de São Francisco me vejo completamente emocionado com a palavra desconcertante de Adelzon Alves sobre Jackson do Pandeiro e o Rei do Baião. Sinto saudades do meu avô e me sinto frustrado principalmente por não ter registrado sua obra de forma digna.

Agradeço ao Ronca pela sensibilidade de sempre.
Agradeço ao Ronca pelo resgate na memória nacional.

Abraços.”

Danilo

Assunto: Adelzon Alves

“Bom dia a todos!

Embriagado por mais uma exibição de gala do melhor Flamengo pós era Zico, fui ouvir o programa domingo à noite e chorei de emoção. E não foi pela sapecada rubro negra.
cara, sou fã do Ronca e os seus derivados desde a época da Flu FM. posso dizer que faço parte da geração criada aos sons vindos do programa.
confesso que foi impossível conter as lágrimas ao ouvir o Adelzon Alves contar a história da reaproximação entre Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro.
Chorei mesmo, e quem não se emocionou com a voz embargada do Adelzon ao final do causo, definitivamente é um “cabra desalmado”. Parabéns, cara, foi um momento clássico do ronca e da comunicação nacional.

abs.”

Onaicram

ps: para não perder o hábito, queria pedir uma canção. uma do Jackson que rolava direto nas festinhas de faculdade: a genial “Tem Mulher Tô Lá”.

Assunto: Assuntos

“Oi Mauricio, como tão as coisas aí?

Não tava ligado no aniversário do Van – tomei uma cerveja por ele no sábado.

Essa lembrança do Adelzon Alves com Jackson e Gonzagão é muito especial. Não quero falar o óbvio, né. Mas é um episódio que representa bem o algo a mais nas histórias que você conta no Ronquinha. A voz do Adelzon quebrando quando ele narra o encontro é de uma emoção avassaladora. Situações que só a música apresenta pra gente… você tem que fazer esse especial de samba com o Adelzon.

Foi bonita demais a participação do Jeneci semana passada. Você teve uma sensibilidade muito foda na hora de escolher a música. Deve ter rolado uma energia surreal no estúdio. Se eu não me engano, esse mês sai um livro novo da mãe do Jeff com memórias sobre ele. E a Sony lançou uma edição comemorativa do Grace – acharam umas gravações inéditas, tá no Spotify. Vi todas as imagens que estavam no arquivo numa das minhas primeiras reuniões aqui em NY. Quase chorei.

29/agosto também foi o aniversário de Michael Jackson. Como eu, ignorante, não sabia do aniversário do Jackson do Pandeiro, quando vi a chamada do programa já achei que era uma referência incidental ao MJ.

Legal vc ter citado o Simas e o Encruzilhadas. O livro dele com o Nei Lopes (Dicionário do Samba) é bom demais. Aprendi muito lendo os verbetes. Ia até comentar contigo se vc conhecia o pessoal da Central3. Eles produzem varios podcasts legais.

Trabalhar na Sony aqui em NY me fez encontrar alguns heróis anônimos do business. Quando você falou da cena pós créditos no final do filme do Tarantino, eu achei que você ia se referir a vinheta do Batman que entra na parte final dos créditos. Durante todo o filme o Tarantino colocou varias vinhetas reais do final da década de 60. Isso não foi parar lá por acaso: um a&r da Sony fez algumas compilações para o Tarantino escolher as músicas da trilha sonora do filme. Ele teve a ideia de colocar propagandas da época entre as musicas. Daí o Tarantino decidiu aproveitar algumas dessas vinhetas no filme.

Abs”
Tulio

Assunto: Ronca , van the man, peel, Jeneci e João Nogueira e Paulo Cézar Pinheiro e os Flintstones , Var e maraca e paul

“Mauricio meu caro ,

Tudo bem?

A pauta é grande….podcast escrito em resenha em português não tão castiço diga-se .. aliás eu descobri recentemente que resenha dos jovens não é a resenha do meu tempo kkkkkkk..

Momento sonoro devidamente emoldurado pela sequência Nelson Gonçalves e Ramones …só gratidão ..como emoldurar um som?como fotografar um momento sonoro? Nisso você é craque!

O vídeo que você postou do Peel sobre a trajetória sensacional dele pensei em uma cena para vc perguntar no ronca . Imagina a situation delírio total !

Que canção dos Beatles você gostaria de escutar com o Peel no Carango dele que aparece no vídeo? (por sinal que Carango lindo!)…isso a pretexto do filme em cartaz imaginando que só a pessoa e o Peel soubessem da existência dos Beatles ?

Eu assisti primeiro show do Paul no gramado do Maraca de mão dada com Cínthia minha namorada a época e não larguei a mão dela um só minuto… difícil escolher uma canção !

Jeneci com a canção sobre o pai me fez pensar no meu pai e a partir de agora pra mim forma a tríade de canções que lembram meu pai ..espelho e além do espelho canções de João Nogueira e Paulo Cezar Pinheiro ..responsa tamanha do Jeneci estar ao lado de João e Paulo Cezar Pinheiro …e olha os espelhos se perpetuando …a canção do Jeneci fala em espelho também!

Van Morrison o aniversariante cacilds ..que tal um ronca só com canções dele 2 horas de van pqp …seria eu acho um programa histórico do rádio brasileiro !ou então que canções o Peel escolheria pra tocar do van… cacilds já imaginou a situation ?

Var que carinhosamente chamo de” vai ali ruminar ” é o fim dos tempos …a graça do futebol é exatamente aquilo que o var quer acabar …porque o var no tênis por exemplo leva menos de 2 segundos e é binário bola fora bola dentro sendo o tênis um esporte de precisão e tem um número predeterminado de vezes para ser pedido pelo jogador.

Cenas engraçadas do último programa …vc tirando sarro do nandao que não assistiu a última cena do filme do Tarantino kkkkkkkkkkkk …tipo você fica quase 3 horas assistindo o filme e sai do cinema sem ver a cena que define o filme.kkkkkkk mega engraçado kkkkkkkkk…fica a sensação que você não assistiu o filme kkkkk…pagou ingresso e não viu o filme kkkkkk e isso já me aconteceu também kkkkk..diga a ele que isso é normal kkkkk.

E por fim the Flintstones …olha a cena …minha mulher me pega cantando a canção em alto e bom som quase meia noite e com um olhar do tipo que passa com você ela pergunta : Nelson por favor vem dormir você tá precisando kkkkk. Tu me fez voltar quando criança que chegava sempre atrasado no escola porque queria assistir os Flintstones até o final kkkkk.

É isso grande abraço e vida longa ao ronca by the way que sensacional seria o herbert tocando police com o Andy ..”

Nelson

Assunto: O que dizer sobre o programa #350?

“Prezados Mauricio Valladares e Nandão, boa tarde.
Demorei uma semana para conseguir escrever este e-mail. Espero que até o final dele fique claro o motivo de tamanha demora.
Até começar a ouvir o roNca roNca eu só havia chorado copiosamente por causa de um programa de rádio uma vez: foi no dia 11 de outubro de 1996, aproximadamente as 16:00 hs.
Nesta data e horário eu voltava da cidade de Santos, litoral de São Paulo, onde eu havia ido prestar serviços para a empresa de telecomunicações que eu trabalhava à época.
Subindo a Rodovia dos Imigrantes há um trecho, logo na parte de planalto, em que se é possível sintonizar a 89FM.

Assim que eu entrei dentro da área de cobertura da emissora, liguei o carro e levei nos ouvidos uma enxurrada de músicas da Legião Urbana. Enxurrada esta devidamente interrompida pelo locutor da época, Roberto Hais, avisando que havia acabado de falecer Renato Russo.
Não faço a menor ideia de como eu cheguei em casa, tamanha a tristeza e a quantidade de prantos que eu verti ao saber desta notícia.
Não preciso dizer que eu, com 45 anos de idade atualmente e com 22 aninhos na data do ocorrido, sofri uma brutal influência da Legião Urbana e de seu vocalista na minha infância / adolescência. Ao saber que ele não mais daria voz a ideias, sons e pensamentos com os quais eu tanto me identificava fiquei consternado.
Desde então eu achei que nunca mais seria arrebatado por uma emoção tão forte vinda das ondas do rádio quanto foi aquela sexta feira a tarde.
Pois o destino me reservou outra sexta feira a tarde no meu caminho.

Sexta feira passada, dia 23 de agosto de 2019, fui pegar minhas duas crias na escola (Elisa (03 anos) e Nicolas (08 anos)) e ao chegar em casa fui preparar o jantar da casa, enquanto os pimpolhos se deleitavam em algum desenho animado na Netflix.
Como minha esposa ainda estava trabalhando e iria demorar um pouco para voltar, peguei minha caixinha de som Bluetooth, pareei com meu celular e coloquei o #350 para rodar.
E eis, em determinado momento do programa e do jantar, que me entra no ar o Marcelo Jeneci cantando Saudade do Meu Pai…

Meninos….
Eu não faço ideia de como eu terminei o jantar… e nem se o mesmo ficou bom… as crianças na sala vendo TV e eu sentado no chão da cozinha derretendo em lágrimas.

Voltei para repetir esse trecho do podcast algumas vezes…
Eu não conhecia o Marcelo Jeneci. Vim a conhece-lo por intermédio de vocês do roNca roNca.
Meu pai é falecido há 25 anos. E até este programa eu não sabia muito bem expressar o tamanho e a dimensão da saudade que eu sinto por meu pai.

Eu sou pai de duas crianças. Estar na cozinha preparando para eles uma refeição, com aquele sentimento que só a paternidade pode lhe dar, de que você está cuidando, alimentando, educando, criando seus descendentes e herdeiros e ouvir a música que vinha dos alto falantes, que correlacionava passado, presente e futuro é algo que realmente me emocionou muito.

Muito, mas muito obrigado mesmo pelo programa de vocês e por vocês proporcionarem uma experiencia musical muito além da música em si.
Valeu demais a pena ouvir as palavras do meu chefe, a um ano e meio atrás, dizendo que havia descoberto um podcast que ele achava que eu iria me amarrar, um tal de roNca roNca.
A palavra roNca roNca me remetia apenas a música do Lulu Santos. E depois de ouvir diversos programas de vocês consegui entender a falta de correlação entre as duas coisas.
Esse meu primeiro contato com vocês aconteceu no #316. De lá pra cá não perdi absolutamente nenhum.
E ainda andei escafunchando no Bau do roNca, onde ouvi uns excelentes programas.
Mas nenhum até agora teve o impacto sequer próximo ao que o #350 me causou.

Vocês estão de parabéns mesmo.

Que tenham vida longa e que possam continuar nos proporcionando música de qualidade com conhecimento de qualidade.

O meu mais forte e fraternal abraço e mil desculpas pelo longo e-mail.
Vou ali enxugar minhas lágrimas e já volto para tomar coragem e ouvir o #351.
Tenham um excelente final de semana.”

ALESSANDRO