PQParille, a primeira tijolada do dia chegou pelo chapa rodrigo dizendo:
“grant hart morreu”
e a foto dos dois (grant à direita)…
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(1961 – 2017)
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PQParille, a primeira tijolada do dia chegou pelo chapa rodrigo dizendo:
“grant hart morreu”
e a foto dos dois (grant à direita)…
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(1961 – 2017)
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não tem régua no planeta para medir a dor que a família (e amigos) estão sentindo nessa hora… PQParille!
volta e meia cruzo com abelão… sempre fechado, sem olhar pra quem passa, na dele total. lá atrás, com ele no CRVG de técnico, fiz uma saudação singela (nem lembro qual) e recebi um estrondoso rugido de volta… hahaha, abelão, né? nunca mais ousei cutucar a fera.
quando ouvia os relatos da paixão pelo piano, pensava em dar um toque (do outro lado da rua, claro), tipo: “abelão já ouviu o novo do father john misty? tremendo som de piano em clima elton john, papo de 72″… ou então, pedir (também do outro lado da rua) alguma dica de vinhota barratinha, no supermercado.
mas na boa, diante da tragédia de hoje, não duvido nada de abelão jogar a toalha… isso, a fera / o leão / a rocha largar o mundo da bola… pensar no tempo que passou em campo com gabirus, fernandões, freds, richarlisons e centenas de outros enquanto o filhote estava em casa, em outra cidade, longe pra meirelles, crescendo… fueda.
perder um filho, ainda mais nessas circunstâncias, balança qualquer cidadão… e abelão – assim como montillo, recentemente – pode mostrar pra gente que nem tudo tem preço.
deixo o texto do tricolor cezar motta que recebi de um chapa…
Cezar Motta
4 h · Brasília,
A tragédia de Abel Braga
Mais do que o técnico de um time, ou um profissional do futebol que vem e passa, Abel Braga é para a torcida do Fluminense uma espécie de amigo, um pai para os jogadores mais jovens, um irmão para a turma mais velha.
É um cara em que todos nós, tricolores, confiamos. É um de nós.
Abelão é um sujeito humano, paternalista, afetuoso, que só consegue trabalhar onde estabelece laços de amizade, confiança e espírito coletivo.
Apesar de todo o sucesso profissional, não é arrogante ou vaidoso, e os repórteres que acompanham o Flu sabem e são testemunhas do que digo.
Campeão brasileiro com o Flu, mundial e da Libertadores com o Inter, Abelão deixa laços afetivos por onde passa. Como na Ponte Preta, que dirigiu em 2003 com salários de todo o elenco atrasados em três a quatro meses, e onde evitou um rebaixamento dado como certo.
Os atletas jogaram por ele.
A perda de um filho deve ser algo devastador para qualquer ser humano normal. Imaginem, amigos, para alguém assim.
Quando o centro-avante Michael, na época um menino, foi flagrado no antidoping em 2013, e praticamente liquidou a própria carreira, Abel abraçou-o como um a filho, ofereceu-lhe a própria casa, jurou que o apoiaria.
Em 2012, eu estava em Londres e visitava com o Rodrigo, meu filho mais velho, o estádio do Arsenal, o Emirates Stadium. Ao longo do tour, conhecemos um gaúcho, funcionário do Departamento de Futebol do Internacional de Porto Alegre, que estava lá para visitar o neto, que treinava e tentava a carreira
nas categorias de base do Chelsea.
O cara me dizia, e ao meu filho Rodrigo, que se dependesse dele e de boa parte dos funcionários e da torcida do Inter, Abel ficaria lá para sempre. Havia estabelecido uma relação de carinho e respeito. Como bonachão, na hora das refeições pegava com os dedos a carne no prato dos outros; tinha o carinho de todo mundo. Deu ao Inter uma Libertadores e um Mundial.
Quem ainda tem a paciência de ler as bobagens que escrevo aqui sabe que eu sou um abelista. Critico algumas vezes suas decisões, acho que o time anda mal treinado, mas não consigo imaginar ninguém no lugar dele. É um representante da torcida na direção do time. Um tricolor autêntico e um ser humano especial.
Nunca tive o prazer de conhecer Abel Braga pessoalmente, mas acompanho-lhe a carreira desde o início, em 1972, quando esteve na seleção brasileira de base, que disputou o título de Toulon, na França. Nunca o perdi de vista, porque achava que seria um personagem do futebol brasileiro.
Em todas as vezes que chegou para dirigir o Flu, escrevi sobre sua história de vida, menino de classe média baixa da Vila da Penha, filho de pai português e vascaíno, dono de oficina mecânica. Repeti velhas histórias, como a de que toca piano, mas em vez de puxar o banco para tocar, puxava o piano.
As histórias de que fala bem francês e é um grande conhecedor de vinhos. Dono de um restaurante de massas e um gourmet – talvez mais comilão do que gourmet.
Ou a história ainda mais velha, de quando, como jogador juvenil do Fluminense (era como se chamavam os jogadores da base antes de 1980, infanto-juvenis e juvenis), foi convocado para a seleção brasileira juvenil. Um repórter ligou para a casa dele e foi atendido pela mãe do jogador:
— O Abel está?
Naquela época, o Fluminense tinha espaço na mídia, e seus jogadores da base eram procurados pela imprensa.
— Qual deles? – perguntou a mãe – O Abelão ou o Abelinho?
O repórter pensou na imagem do zagueiro, com 1m88, e respondeu:
— O Abelão.
E ficou surpreso quando veio o velho Abel, dono da oficina mecânica, com o forte sotaque lusitano:
— Ah, você quer falar com o meu filho. Abelinho, telefone pra você! É um gajo do jornal!
Abel não merecia a tragédia que lhe aconteceu. Nenhum pai merece isso. Tenho a certeza de que todos os tricolores estão solidários com o nosso técnico.
Força nesta hora, Abelão. Estamos com você.
o ventre (gabriel-larissa-hugo), ainda agora (papo de 20h), pode ter secado o último pedacinho de gelo do polo-norte, estrogonófico estabelecimento na rua felipe camarão (vila isabel)… acho que foi o show de despedida do estúdio/local de show.
pediram a casa. sei lá, pode até ser que alguma situação bacana seja lá instalada… mas imagina isso aqui em pouco tempo…
que são marley nos proteja…
à esquerda da primeira foto, sodade…
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(1955 – 2017)
Radio, live transmission
Radio, live transmission
Listen to the silence, let it ring on
Eyes, dark grey lenses frightened of the sun
We would have a fine time living in the night
Left to blind destruction
Waiting for our sight
And we would go on as though nothing was wrong
And hide from these days we remained all alone
Staying in the same place, just staying out the time
Touching from a distance
Further all the time
Dance, dance, dance, dance, dance, to the radio
Dance, dance, dance, dance, dance, to the radio
Dance, dance, dance, dance, dance, to the radio
Dance, dance, dance, dance, dance, to the radio
Well I could call out when the going gets tough
The things that we’ve learnt are no longer enough
No language, just sound, that’s all we need know, to synchronise
Love to the beat of the show
And we could dance
Dance, dance, dance, dance, dance, to the radio
Dance, dance, dance, dance, dance, to the radio
Dance, dance, dance, dance, dance, to the radio
Dance, dance, dance, dance, dance, to the radio
(joy division)
ele tinha nomes de artistas. desses com residência fixa no nosso coração… egberto era o da certidão. ronnie lane era o da admiração, do carinho, da emoção. por anos eu delirei que ele seria o clone cinematográfico brasileiro do baixista do faces e só me referia a ele desse jeito… por mais tempo ainda recomendei a trocentos amigos envolvidos com jornalismo sua personalidade absurdamente única, transgressora, genial para ocupar os veículos de comunicação… evidente que ninguém se sensibilizou com um garçom sem hype, na dele, foreta da badalação que se destacava, “simplesmente”, por sua inteligência.
egberto foi, por 28 anos, garçom do restaurante hipódromo (baixo gávea). atencioso, sagaz, sabia tudo sobre cinema. falava de filosofia, política, literatura. vascaíno cascudaço. acompanhava todos os assuntos. nada escapava de suas garras.
caramba, tive uma sensação inigualável quando o avistei no lançamento do preto e branco… gritei: PQParlle, ronnie lane… e lembrarei pra sempre o abraço que dei nele (registrado pela camila ali em cima).
semana retrasada, christiano (chapa, designer do preto e branco) esteve com ele e não relatou boas observações sobre nosso ídolo… muito magro, com dores no braço. chris se prontificou a catar um doctor e deixou o telefone para egberto fazer contato… e nada!
segunda feira, passando com shogun pelo hipódromo, perguntei ao garçom que estava trabalhando na varanda:
– egberto tá aí?
– egberto faleceu tem uns dez dias
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Assunto: White Hart Lane“Fala, MV.Pra quem tem no futebol um fator de formação de caráter, autoestima e sensação de pertencimento, ver um estádio histórico ir abaixo é sempre uma tristeza, ainda que seja do outro lado do Atlântico.Olha que matéria incrível o Guardian (sempre ele) fez sobre isso.E as histórias, principalmente as da 2° Guerra Mundial, são paralisantes.Abraços”Kleber