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a mesma piada de sempre…

s.jujuba3

normal, esse tipo de “tratamento” já é conhecido há mais de cem anos…

Ministério Público do Rio interdita São Januário por 180 dias; clube vai recorrer

Estádio do Vasco é fechado após o conflito ocorrido no clássico com o Flamengo, dia 8 de julho, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro

vou ali na esquina dar umas gargalhadas por conta do MP… de onde ele é mermo?

ahhhhh, tá… MP do estado do rio de janeiro

comédia!

são jujuba, meu amor…

geral

por Luiz Antonio Simas

Não é apenas sobre futebol. É sobre a cidade. A tragédia de ontem em São Januário é derivada de inúmeros fatores, tais como o despreparo da PM, a crise política do Vasco, a cultura da violência como elemento de sociabilidade entre membros de torcida, a construção de pertencimento a um grupo a partir do ódio ao outro (elemento marcante da relação entre Vasco e Flamengo nas últimas décadas), o esfacelamento da autoridade pública no Rio de Janeiro, etc.

Ela tem como pano de fundo, todavia, o assassinato do Maracanã. Morte matada, cruel, pensada nos gabinetes mais sórdidos do poder. Como um sujeito que tenta participar minimamente do debate público sobre a cidade, escrevi sobre isso em O Globo (Santuário Profanado, 26/12/2011) e em O Dia (A cidade era o Maracanã, 27/04/2016). Retomo aqui algumas ideias daqueles artigos.

O Maracanã talvez tenha sido a maior encarnação, ao lado das praias, de certo mito de convívio cordial, ao mesmo tempo sórdido e afetuoso, da cidade do Rio de Janeiro. O estádio foi pensado, em 1950, para ser frequentado por torcedores de todas as classes sociais, mas não de forma igualitária. Ele foi espacialmente dividido, como se cada torcedor tivesse que saber qual é a sua posição na sociedade: os mais pobres na geral, a classe média nas arquibancadas, os mais remediados nas cadeiras azuis e os mais remediados ainda em suas cadeiras cativas.

Esta fabulação de espaço democrático que era o antigo Maracanã, todavia, ainda permitia duas coisas que nos faziam acreditar em uma cidade menos injusta: a crença num modelo de coesão cordato, em que as diferenças se evidenciavam no espaço, mas se diluíam em certo imaginário de amor pelo futebol; e a possibilidade de invenção de afetos e sociabilidades dentro do que havia de mais precário. A geral – o precário provisório – acabava sendo o local em que as soluções mais inusitadas e originais sobre como torcer surgiam.

A geral era, em suma, a fresta pela qual a festa do jogo se potencializava da forma mais vigorosa: como catarse, espírito criativo, performance dramática e sociabilização no perrengue.O fim da geral, a rigor, poderia ser defensável, considerando-se a precariedade do espaço. O problema é que ele veio acompanhado de um projeto muito mais perverso: não era a geral que precisava sumir; eram os geraldinos. Na arena multiuso, interessa um público restrito, selecionado pelo potencial de consumo dentro dos estádios e pelos programas de sócios torcedores. Facilita-se assim a massificação das transmissões televisivas por canais a cabo.

O fim da geral foi, simbolicamente, o esfacelamento de um pacto de cordialidade que usou o manto do consenso para desenhar simulacros de democracia na cidade. Mas até isso já era. Prevalece agora a lógica da exclusão explícita.

Noves fora isso, a destruição do Maracanã fez parte do projeto mais amplo de assalto ao Rio de Janeiro promovido pela organização criminosa de Sérgio Cabral / Pezão e comparsas.

Eu não acredito em qualquer pacto ou em qualquer reconstrução da cidade do Rio de Janeiro – esfacelada, aniquilada, assaltada , extorquida, mediocrizada – que não passe pela devolução do Maracanã aos cariocas.

Um efeito perverso, dentre vários, que vai ser gerado pela noite triste em São Januário é o reforço do discurso dos que acham que o futebol tem que ser mesmo elitizado. Outro efeito deletério é a desqualificação de São Januário, um templo da cultura carioca e um patrimônio do Brasil que, todavia, não pode comportar clássicos.

Desculpem-me os que acham que estamos discutindo futebol ao debater o que aconteceu em São Januário e o crime cometido contra o Maracanã. Não é isso. Nós estamos discutindo a cidade e o Brasil como mínimas possibilidades de convívio digno, fraterno e inventivo entre nossas gentes.

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infelizmente, não conheço o luiz antonio.

assim como ele aponta a morte do maracanã como causa do esfacelamento democrático no mundo da bola, ele anexa o desejo gigantesco da mídia gourmetizada, padrão FIFA, “meu barça” de implodir o estádio do CRVG.

não vou entrar aqui, evidente, em disputas clubísticas mas para entender o que estou tentando dizer, basta alargar ainda mais o texto do luiz na direção de são januário, símbolo máximo da zona norte carioca / centro da extrema democracia racial / exemplo inoxidável de convívio pacífico com os desprovidos de tudo / templo eterno da força do povo.

sempre foi muuuuito duro para a zona sul aceitar essa distância “filosófica”. imagina agora, onde  o preconceito assume proporções medievais.

ontem mesmo, ao final do jogo (num pé sujo da ZS frequentado por porteiros-flanelinhas-desempregados-traficantes de vinil), um desses signatários do desconhecimento globalizado gritava: “a culpa é da barreira do vasco” (a barreira é a favela colada a são januário).

olhei pros cornos dele e disse: “oh maluco, você já foi lá pra dizer essa merda?”

o fato é que quanto mais a sociedade (via mídia) se mostra includente, a realidade deságua em um pântano habitado pela mais fina flor da intolerância… e da barbárie.

simples assim

territorio

direto de manchester pra fechar a celebration de roupa nova…

# Fundada em 1924, a Umbro é a autêntica marca do futebol, pois se dedica a este esporte há mais de 90 anos. Nascida em Manchester, Inglaterra, a Umbro tem seus produtos usados dentro e fora de campo em mais de 100 países por todo o mundo. Hoje, a companhia soma sua herança na alfaiataria esportiva com uma moderna visão do futebol para criar roupas, calçados e acessórios que combinam desempenho e estilo #

é isso, a UMBRO mirou nos 90 anos de são jujuba pra lançar os novos modelos do manto vascaíno e até diegão, palmeirense de dublin, acabou de encomendar esta peça pra tirar onda pela cidade…

vasco.umbro

caramba… que lindeza, mamãe!

evidente que xeretinha ficou toda serelepe para dar um chego, hoje, em são cri cri… ok, não fizemos todo aquele roteiro recomendado ali embaixo mas…

s.jujuba3

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e esbarramos com fernanda, a rainha do hip hop na CADEG…

fernanda

UAU

( :

as piranhas…

bloco

bloco das piranhas (criação do moisés), no carná de madureira.

essa fotoca dever ser papo de 74-75 e mostra (da esp pra dir): joel santana (leNda), brito (campeão do mundo em 1970), moisés (de preto) e alcir (de branco, capião do vasco campeão brasileiro em 1974)… aliás, todos passaram – fabulosamente – por são jujuba!

alcir

jeferson mandou pra gente (ou 118 velinhas no bolo, hoje)…

vasco.tico

O Vasco não nasceu de pai e mãe. Foram paus e mãos que o ergueram. Trocou o berço de ouro pelo braço do povo. Os louros da vitória pelos negros da história. Negrito, o chamavam.

O Vasco nasceu num bom samba no pé do morro, com churrasco no tijolo, Pinga caseira e Cocada para adoçar a boca. Festa simples, mas com o Feitiço carioca que a torna única.

Nasceu ali, do lado do Bar do Bigode – Seu Valdir, para os chegados -, perto do depósito de Dinamite, onde o Baixinho costumava fazer bagunça, para desespero do Coronel e de seu pai, Santana.

Veio ao mundo em dia de tempestade, de fazer cair o queixo de Ademir. Mar revolto, onde nem Bismarck – o navio alemão – se atreveria a cruzar. Mas ele não poderia nascer num dia comum. Mar tranquilo nunca fez bom marinheiro, e quando o assunto é transpor barreiras, Vasco da Gama é especialista.

O Vasco nasceu no Rio, no subúrbio, mas com temperos capixabas, pernambucanos, baianos, portugueses… Nasceu num panelão na casa de Dona Maria, em São Cristóvão, num almoço de domingo com todos os vizinhos e parentes. Nasceu para encher barrigas e corações.

O Vasco nasceu para preencher os espaços deixados pela sociedade.

O Vasco é a alegria de um pandeiro na mão de um menino, a cerveja gelada após a pelada com os amigos, a relaxada no sofá após um dia de trabalho, o abraço do filho no fim de sábado.

Vasco é vida bem vivida. E isso inclui lágrimas e sorrisos.

É a dor de Barbosa e a rebolada de Edmundo. É a morte de Dener e a recuperação de Geovani. O título e a queda, a luta e a guerra.

Nunca a calmaria.

O Vasco é duro como as estátuas de Bellini e Romário, e mole como o coração do torcedor.

É o Vasco do Expresso, do exposto, daquele que se posiciona, manifesta, não se omite. Luta!

Expresso da Vitória. És pressa para a glória. És peça da história!

por André Schmidt

a turma…

última década difícil pra essa garotada. tomara que, em breve, eles saibam o significado de uma das mais lindas faixas que a arquibancada do maraca já testemunhou:

“felicidade, seu nome é vasco”

e o camisudo, perdidão, ali no meio… monumento!

vasco.mae