a bula do #118…

led zeppelin – “houses of the holy” (rough mix with overdubs)

tony williams lifetime & jack bruce – “once i lived”

moacir santos – “coisa n° 1”

tony williams lifetime – “vuelta abajo”

virginia rosa – “sambamba”

inezita barroso – “eu me agarro na viola”

woody guthrie – “train breakdown”

black future – “eu sou o rio”

linton kwesi johnson – “wat about di workin claas” (ao vivo)

art ensemble of chicago – “nice guys”

o rappa – “o que sobrou do céu” (ao vivo no roNca, em 23fevereiro2000″

tribo massáhi – “fareuá”

milton nascimento – “bridges”

satanique samba trio – “badtriptronics #18″ (10”)

cássia eller – “tutti frutti” (ao vivo no radiolla, em 8julho1992)

cássia eller – “tutti frutti” (ao vivo no radiolla, em 8julho1992)

ornette coleman – “tomorrow is the question”

led zeppelin – “boogie with stu” (sunset sound mix)

trio mocotó – “swinga sambaby” (7″)

o peso – “cabeça feita”

os paralamas do sucesso – “vital e sua moto” (1990)

o #118, hoje, às 22h (ou SS3,ornette,cássia,LKJ,zep,massáhi,woody)…

shogun, como sempre, ofertando delícias inoxidáveis.

portanto, o #118 pipocará aqui, às 22h, com o paladar pra lá de incrementado.

mas a audição seguirá a mesma afinação de puro prazer com…

o peso, black future, tony willimas & jack bruce, woody guthtrie jamming com inezita barroso,

o rappa com “o que sobrou do céu”, ao vivo no roNca roNca, há quinze aninhos…

art ensemble of chicago estremecendo as entranhas, trio mocotó (estréia da caixa postal)… & o diabo aquático!!!

selvagem, muito selvagem!

graNde miguel…

Assunto: Miguel
“Olá, MauVal, Shogun e Nação Ronqueira. Sou fã do programa já há algum tempo, desde os tempos de rádio. Atualmente, procuro escutar os que são “ao vivo”. Nesta semana, tive uma grata surpresa: meu filho, Miguel – de 1 mês de vida – andava meio agitado aqui em casa, coloquei um podcast de vocês pra tocar ( o que começa com I Shall Be Released, com Joe Cocker ), e Miguel começou a ficar quieto, prestando atenção nas músicas e nos comentários de vocês. Tenho ouvido os outros programas com ele, e a reação é a mesma: fica quieto, meio que prestando atenção no programa. Acho que temos mais um integrante da Nação RoNcaRoNca. Abraços, Wenderson (acompanhado brilhantemente por Miguel)

colocando os pingos nos is…

foi preciso cadú puxar o UAIfone dele e mostrar a masterpiece acima para que a “paz” voltasse, ainda agora (são 17h), à pastelaria.

o embate começou quando soraya iniciou o desfile de ilustres torcedores do fogão: tom, pagodinho, beth, cantuária, emilio, imperial…

cadú ficou empolgadão e chegou forte com a tchurma da colina: paulinho, pixinguinha, dicró, jamelão, martinho, tim maia…

PQParille, na hora em que o síndico foi citado a porradaria quase estancou… foi barra pesada!

em uníssono neguinho urrou – “que porra de tim maia é vasco? tá louco?”

cadú chegou com a faca nos dentes: “caraca, vocês são uns inguinnorante que não sabem de bosta nenhuma porque são guiados pela merda da globo que sempre disse do tim ser américa. porra nenhuma. tim sempre foi vascão, não fode. se ele fosse o tal do mengo, vocês certamente saberiam”

well, well, well… as cadeiras já estavam prestes a voar quando entrou em cena o salvador celular com a imagem de mister motta.

a vascainada presente deu cambalhotas de felicidade… enquanto os outros botaram a viola no saco.

gimme shelter…

tá pra rolar no roNca uma promo com a seguinte perguntinha:

– qual show, em todos os tempos, você mais gostaria de ter visto?

captou?

pensando na pauta, lá na pastelaria, cheguei (entre alguns outros) ao show dos stones, em altamont/1969… lembra, né?

em caso positivo, você tem recordação daquele inferno – exclusivamente – pelo MEGA/espetacular documentário “gimme shelter”… criação dos irmãos albert & david maysles. procede?

um dos três filmes que mais assisti em toda a minha vidinha… os outros são “blow up” e “apocalypse now“.

enfim, albert maysles subiu, ontem… deixando pra gente, junto com david, o legado de uma História fundamental para tentarmos compreender nosso poleiro.

altamont é o marco definitivo na mudança do planeta… em tudo… pode escolher a pauta que, cedo ou tarde, você encontrará conexão com a passagem dos stones por aquele autódromo do capeta, poucos meses depois do climão “paz & amor” celebrado em woodstock.

só pra ter idéia do tamanho da encrenca, estavam escalados santana (nem chegou perto), grateful dead (pipocou), jefferson airplane (entrou na porrada) e flying burrito brothers que conseguiu fazer um set de poucos minutos… as consequências, todos nós conhecemos por conta dos maysles brothers!

o sorriso de vital ao som de “cabeça feita”…

um dos muitos momentos inoxidáveis de vital acontecia quando ele interpretava a música acima.

PQParille… do início ao fim… com volume/goela no máximo durante o refrão!!!

segue registro da xeretinha na festonha em comemoração aos 30 anos dos paralamas, em dezembro2013,  com vital & bigorrilho bem na hora em que coloquei o clássico do peso… com um falando pro outro “segura, lascou, bora caprichar no vocal”…

que momento!

paNda dread (ou gdansk in DUB)…

Assunto: LKJ & a Polônia
“Fala MauVal, beleza?

Cara, esse vídeo do Linton Kwesi Johnson em terras polacas mexeu bonito com a minha memória musical-emotiva-viajante.
O ano era 2012, eu estava numa tour chamada Ubuntu Amandla, junto com dois artistas, da África do Sul e de Gana. A galera, alemã, que organizava a tour arrumou um show pra gente na cidade de Gdansk, norte da Polônia, e lá fomos nós enfiados numa van cheia de criolos (me incluíndo aqui) atravessar umas 8, 9 horas de viagem de Berlin até a costa polonesa.
As etradas da polônia são um capítulo a parte, que me fizeram lembrar bem as ruas da minha querida Baixada Fluminense. Depois de muito saculejo chegamos em Gdansk, que estava um ferno danado, pois na época recebia a Eurocopa. Achamos o lugar do show, era um open air, de frente pro Cais do Porto, e antes mesmo de começar o sound check percebemos que a organização tinha disponibilzado um sonzinho muito mequetrefe. 1, 2, 1, 2 teste pra lá e pra cá e a gente vi que a coisa não ia rolar muito bem, quando de repente passou um polones de 2 metros montado numa bicicleta, parou e começou a interpelar a gente. “Vocês são de onde? Brasil, África, que legal! E você vão tocar nesse sonzinho aí? Porra nenhuma! Me dá 15 minutos…” E o cara desapareceu.
Eu sinceramente achei que nunca mais veria o malandro e já tava quase dando início ao triste espetáculo que seria o show com aquele equipamento, quando uma van branca estacionou do meu lado. “Oh, fulano, ajuda aqui a descer o equipamento!”. O cara era dono de um típico Sound System jamaicano (chamado Panda Dread) e botou o som dele alí na pista pra gente usar, assim, depois de 5 minutos de conversa, sem ter menor noção de quem éramos. Salve Simpatia!
Fizemos o show, que foi ótimo e entre outras loucuras teve a presença de hoolihgans neo-nazistas poloneses, que foram enxotados pelos rastas polacos a base de chutes e ponta-pés! Moral da história, os poloneses se amarram num Dub e a coisa por lá é levada muito a sério no nível da política/ativismo.
Segue em anexo uma foto do salvador da pátria, o famoso Panda Dread e sua senhora, que na época estava grávida do primeiro filho ,registrada pela minha Zenit 12, no quintal deles.
Aquele abraço e curta o LKJ por nós.”
João Xavi