negativos & positivos (126) [“john lennon shot dead”]…

ainda zonzo, a primeira coisa que fazia era ligar o radinho… de imediato, “imagine” ecoou.

pensei: “que surpresa, lennon. bacana, mas inesperado”

em seguida, a bomba do assassinato… chapei… e fui pra rua testemunhar a História… PQParille!

desorientação, tristeza brutal… silêncio absoluto, absoluto. parecia que até os carros estavam mudos… inesquecível!

à noite, fui fotografar o queen, no empire pool/wembley… e quando a banda tocou “imagine”… tem noção?

mamãe!

londres  /  dezembro1980

jornalismo…

tá vendo o “destaque” que o globo, de hoje, deu à eliminação do clube carioca da copa do brasil?

tá vendo?

não?

você está 100% ok com seus olhinhos… não carece marcar oftalmologista.

a “manchete” é para não ser vista mesmo… tá amoitadinha, no mocó.

você acha que ela fala de eliminação, massacre, vergonha, indignação, o novo “7a1”?

hahaha… inocente!

o “destaque” é “fla perde”!

jornalismo puro!!!

( :

cartola & marley…

ziguezagueando, ontem, pela pedra do sal (praça mauá – RJ) dei de cara com esta imagem de cartola pintada na parede.

ela é a reprodução da cláááássica Fotografia de milton montenegro registrada em 1977, no teatro da galeria (rio de janeura)…

é aí que a gente chega ao detalhe principal do assunto:

essa criação de milton já não mais pertece a ele… virou algo incontrolável, sem “dono”… é do povo, da humanidade.

nessa brecha, entram em ação os espertalhões que a usam em livros-discos-etc sem dar a menor satisfação.

mais ou menos como o click em que xeretinha captou os dreads de marley para cima… é camiseta, bandeira na torcida do santos, avental, tattoo, caneca…

jah rastafari!

( :

1,2,3,4,5,6,7,8…94,95,96,97,98,99,100…

as cabeleiras voaram alto… subiram pelas paredes… a barra pesou!

a suspeita desse #100 se transformar no roNca mais acessado de todos os tempos… virou certeza.

mais uma vez, quero agradecer a todos que participaram do TOP20.

como foi dito, nenhuma música ficou de fora, nenhuma ausência foi sentida… essa lista é o retrato d’aTRIPA, em outubro2014.

para quem não ouviu ontem, “ao vivo”, fica a recomendação de checar a relação das músicas (bula), apenas, após o encerramento do programa.

afinal, a surpresa é que dá rítmo ao #100, procede?

vale o esforço!

( :

segura, janeliNha & bula do centésimo roNca roNca, na oi fm web.

detalhe:

muito tem sido comentado sobre a qualidade de áudio do #100.

teve um chapa, ontem, que pensou durante o programa:

– caramba, esse meu cd do tim maia tá com um som alucinante. putz, estou conectado na internet”

enfim, seguem nossos parachoques à equipe técnica da oi fm web por disponibilizar um streaming de altíssima qualidade…

e, claro, a shogun… que faz de tudo para galgar parâmetros sônicos! D+!

inoxidável!!!

david bowie – “space oddity” (1969)

echo & the bunnymen – “killing moon” (1984)

nelson cavaquinho – “juízo final” (1973)

radiohead – “fake plastic trees” (1995)

banda black rio – “maria fumaça” (1977)

the jimi hendrix experience – “fire” (1967)

tim maia – “bom senso” (1975)

caetano veloso – “alegria alegria” (1967)

bob dylan – “highway 61 revisited” (1965)

legião urbana – “perfeição” (1993)

jorge ben – “o homem da gravata florida” (1974)

the clash – “london calling” (1979)

led zeppelin – “kashmir” (1975)

the beatles – “a day in the life” (1967)

john coltrane – “acknowledgement / a love supreme” (1965)

chico buarque – “construção” (1971)

the smiths – “what difference does it make” (1984)

os mutantes – “ando meio desligado” (1969)

chico science & nação zumbi – “da lama ao caos” (1994)

novos baianos – “mistério do planeta” (1972)

 

recomendando o #100, logo mais…

ok, você é ouvinte do programa, você enviou participação pro TOP20…

enfim, você estará conectado ao roNca, hoje, às 21h.

mas sabe a quem o #100 deveria ser recomendado?

a quem nunca esteve a bordo do programa… ou a quem passou por ele uma ou duas vezes e achou uma grandissíssima josta.

ainda agora, observei a lista das vinte Músicas que serão tocadas e os nomes dos convidados…

cacilds, é imperdível!

você ainda pode seduzir o tal do “não-ouvinte” dizendo:

“relaxa, não foi o mauricio que escolheu as músicas”

hahaha… tenta lá!

quem sabe a gente não engrossa aTRIPA… forévis!

qualquer um escreve qualquer coisa em qualquer lugar…

Vasco quer Maracanã lotado no sábado, contra o CRB

(depois de horas no ar, a batatada acabou de ser corrigida. são 11:30)

esta é a chamada de primeira página no globo.com, HOJE!

estamos falando do O GLOBO, o maior jornal do país (segundo eles).

na boa, se o “jornalista” é capaz de confundir o real adversário do vasco o ABC (de natal) com o CRB (de maceió) que está na série C…

onde mais o distinto cidadão pode fazer a mesma lambança?

imagina as linhas, igualmente embaralhadas, que nos informam sobre economia, política, medicina, música, culinária e turismo!

imaginou?

cuidado ao reservar hotel em petrópolis… a dica era sobre higienópolis!

mamãe!

“fundição do poço”…

Assunto: + Echo

“É MauVal. Ainda bem que temos esse espaço para reverberarmos assuntos clima desabafos como esse. Por isso te escrevi pedindo uma segunda opinião. E ela veio. Estou lendo agora o texto que vc postou da Tatiana e olha: Chorei. Agora mais calmo com copos de maracujá adentro, tenho que dar a cara a tapa. A Tatiana está com toda a razão: A culpa foi nossa! Talvez não minha, da Tatiane e de mais meia dúzia que aplaudiram, gritaram Ian Ian Ian, etc e realmente queriam estar em um show do Echo. Mas parece que a molambalização está chegando ao fundo do poço (seria Fundição do poço?). A inércia parece ter tomado conta do Rio e parece não ter mais volta, pelo menos não sei se viverei para ver tal mudança. Estou pensando seriamente em, a partir de hoje, separar alguns Reais para passagens para São Paulo em shows de maior intensidade. Somente assim não correrei o risco de ver escoar pelo ralo nem meu dinheiro e nem a chance de ver um grande show em sua plenitude e emoção. Será isso MauVal? Estaria faltando emoção no Rio de Janeiro? Fica no ar a pergunta. Abraços MauVal e um beijo na Tatiana por abrir meus olhos. Ainda triste mas se recuperando.” Carlos Magno (Paracambi).

ainda os coelhos na fundição…

Assunto: 1, 2, 3 Echo
“Carlos Magno,

Eu e vários ronqueiros (darks ou não) estavam no show do Echo . Assim como você, estou até agora soltando marimbondo pelas ventas.

Mas, ao contrário da maioria, para mim, a culpa da falta de bis, de Lips like Sugar, não foi da banda, do som ou de qualquer outra coisa, a não ser, exclusivamente, da impressionante inércia da plateia!!! Eu nunca vi um público como aquele, imagina o Ian & cia?

A inércia é um problema crônico por aqui e que chegou com força total ao show do Echo no Rio. Parece que brasileiro, sobretudo o carioca, há tempos, vem desaprendendo a pedir bis.  E pior, sem sequer fazer por onde, se sente no direito de ouvir ao menos um bis, afinal, pagou ingresso, e caro.

Mas, na era onde o mais importante é filmar, fotografar, postar nas redes sociais ou ficar conversando com o amigo ao lado, bater palmas pra quê, né? Melhor ficar segurando celular e o copo de cerveja…

Dá uma olhada em shows das décadas de 80 e 90 para ver como a plateia se comportava bem! Ganhamos até fama internacional por conta da animação.

Como você bem disse, a “Fudição Regresso” é um lugar tradicional na noite carioca sim, mas que, para mim, deveria ser interditado para shows. O único show que eu me lembre de ter ido lá com som decente, foi os dos Paralamas – 30 anos, que você bem citou. Mas convenhamos, o engenheiro do som da banda, além de ser supercompetente, conhece o território há décadas. Mas, se você for ao show dos Paralamas neste mês no Circo, o som será bem melhor.

Depois da ligeira reforma e de adquirir um novo sistema de som, a “Fudição Regresso” deu uma ligeira melhorada, mas ainda sim vamos eternamente correr o risco de pagar para assistir a shows com a qualidade de som ouvida no sábado.

A “Fudição Regresso” é um caixote de concreto, sem nenhum tratamento acústico. Quando se passa o som com a casa vazia, é uma coisa. Quando a casa está com público, é outra bem diferente. E conforme o lugar em que ficar na plateia, a pessoa vai ouvir um som razoável, ruim  ou menos pior.

Agora, vamos analisar os fatos do sábado friamente, embora a temparatura estivesse por volta dos 40º:

1 – Ian & cia entram no palco quase que na hora marcada (palmas para eles); a turma da “Fudição” ignora e continua veiculando no telão o vídeo insituicional com som alto pacas. Enquanto isso, Ian faz uns testes no mic e tenta ser ouvido;

2 – Ian avista uma casa meia boca, com a plateia superior inteiramente vazia, coisa que ele não deve estar acostumado…

3 – O som está uma porcaria não só pra plateia como para a banda. Ian reclama uma vez, e segue cantando. O maior problema, por ironia, parece ser o reverber, o echo! O som não melhora, ele continua reclamando nas músicas seguintes. E eu me pergunto “será que o engenheiro de som consegue entender o que Ian diz?”. Enquanto isso, o rodie se vira nos 30 pra fazer a ponte entre o patrão e os engenheiros de som, já que os recadinhos educados e diretos de Ian ao mic não surtiam efeito (mas o reverb continuava nas orelhas dele).O rodie chega a desplugar e plugar instrumento no meio da música pra ver se a situação melhora! Pode isso Arnaldo?

Ian podia ter abandonado o palco enquanto resolvessem o(s) problema(s) do som, não o fez.  “The show must go on”. Não só seguiu adiante, em respeito à plateia, como fez tudo o que brasileiro gosta: agradeçou várias vezes, inclusive em portugês; falou do Brasil; se dirigiu diversas vezes ao público, e, nos hits, ordenava a banda dar uma amaciada para o coro da plateia sobressair.

4 – Após uma sequência com All That Jazz  / Bring On the Dancing Horses /The Killing Moon  /The Cutter, Ian sai do palco e espera o sinal da plateia para então retornar e cantar  Nothing Lasts Forever / Walk on the Wild Side / Don’t Let Me Down / In the Midnight Hour +  Lips Like Sugar . E depois, num planejado segundo bis, Ocean Rain.

Só que, como diria Tim Maia: “Ele partiu, partiu e nunca mais voltou”. Ah se em vez do Ian fosse o Tim no palco…. As coisas iam ser bem diferentes e pra pior.

5 – A plateia, na certeza de que teria bis, ficou estática, inerte, olhando pro palco enquanto eu e meia dúzia (literalmente) batiam palmas e se esgoelavam para ele voltar.

Pô, onde já se viu, integrantes da equipe da banda aparaceram no palco TRÊS vezes para implorar, gestualmente, para a plateia reagir, bater palmas, enfim, pedir para Ian & cia voltar para os 2 bis programados? E nada… a plateia nem aí.

Você pediu bis? Por quantos centésimos de segundo? Quantas pessoas a sua volta bateram palmas e fizeram barulho para a banda voltar?

Você voltaria ao palco se a plateia não pedisse?

Ian não é Tiaguinho…

Deu no que deu.  Não voltou.

6 – Depois de longos minutos, a luz se ascendeu, a plateia ainda inerte, esperava pelo bis. O DJ pôs som na caixa enquanto isso iam desmontado o palco. Até que a plateia, tardiamente, se tocou que não teria bis. Acordou, vaiou, esperneou, arremessou latas ao palco e saiu detonando a banda: “Babacas”; “Que desrespeito” e por aí foi.

A galera despirocou na hora e de maneira erradas…

A esta altura, Ian já estava longe, atracado com (mais) capirinhas em algum boteco da cidade.

OBS: Em SP, as coisas parecem que foram bem melhores, além das músicas programadas para os dois bis, que não rolaram no Rio, Ian cantou, à cappela, The Game.

OBS2: Após várias vindas ao Brasa, Ian vai  pensar duas vezes se voltará ao Rio …

“Assim caminha a humanidade, com passos de formiga e sem vontade…”

Tatiana