H

o mais incrível na História de sixto rodriguez é que ninguém o conheceu… nem mesmo quando foi muito popular na áfrica do sul!

seus dois discos – “cold fact / 70” e “coming from reality / 71” – passaram desapercebidos pelos mercados internacionais…

até serem descobertos, anos depois, em pleno apartheid, pela rapeize oprimida/censurada da cidade do cabo!

enfim, trata-se de uma MEGA História… estonteante, ainda mais pela personalidade de rodriguez.

não deve existir nada parecido com a saga rodriguiana… mas, certamente, há trocentas outras Histórias, desconhecidas, igualmente espetaculares… e fundamentais!

se fizermos escavações similares no brasa, você tem noção do que nos aguarda?

hahaha… pensa bem na quantidade de gênios musicais de quem nada sabemos.

ou você acha que está por dentraço de pixinguinha, nelson cavaquinho, tom jobim, jacob do bandolim,  tim maia,  sergio sampaio, oswaldo nunes, aracy de almeida, severino araújo, monsueto, cartola, noel rosa?

e esta, verdadeira, primeira dama brasileira?

UAU!

sabe lá o que é contar os passos Dela? de ter gravado o primeiro disco aos 65 anos? hein?

esta fotoca foi registrada pela xeretinha, no show de miltão, no maracanãzinho… papo de 76/77!

e vou te contar, quando eu fizer a lista TOP10 dos shows da minha vidinha… clementina estará, exclusivamente, pelos poucos minutos em que dividiu o palco com o cidadão de boné! loucura!

clementina, Deusa!

( :

vertigo!

já viu?

vai ver?

veja!!!

fui pisoteado pelos dois… arrebentado, esculachado, violentado!

caramba, olhar para neil young é saber que deus existe… sério, acho mesmo!

“journeys” é o registro feito por jonathan demme de dois shows realizados no massey hall (toronto), ano passado.

é como zeca pagodinho tocar em xerem, sacumé?

a dobradinha com “after the gold rush” e “i believe in you” é mortal. PQParille!

há décadas neil young ilumina nossos caminhos… é gratificante ter certeza que esta lanterna jamais será desligada!

a História de sixto rodriguez é outro exemplo por onde a gente deve pisar.

a reação Dele ao desbunde, ao dinheiro, à fama… pelamordedeus, você tem que saber que Ele existe!

e como saber?

aí, a gente volta ao assunto do início da semana… a tal “validade”!

o espaço na mídia devotado à mulambalização do pensamento é devastador.

vamos imaginar apenas o brasa, ok?

temos marra de primeiro mundo, educação de quinto e políticos (= povo) de oitavo!

como a garotada vai usar as lanternas de neil young e mister rodriguez?

como?

claro, existem centenas de outras luzes porraí… em todas as frentes tem gente para nos ensinar.

mas para ficar – apenas – em nosso terreiro sônico, como não ser levado à beira do precipício?

sério, há tempos sinto a aproximação dele… e me borro de medo da altura!

mamãe!

página1

lembra quando coloquei aqui no tico a via crucis que foi ver o the who com meu primo roberto, em paris/1974?

é o assunto do dia 5 de setembro, algumas páginas atrás!

pois é, o MAM (componente d’aTRIPA) urrou ao ler o relato da “invasão”:

“qualquer dia desses, vou fazer a história em quadrinhos dessa trosoba”

êita… pressão!

afinal, MAM colabora com o roNca há anos & anos!

se o crumb ilustrou a bíblia… o MAM tira de letra “a invasão”, né?

a produça está correndo solta… entre uma aula de russo e um jogo do fogão, nosso artista coloca a mão na massa!

quando a obra estiver pronta, vamos colocar – semanalmente – “a invasão” aqui no tico… esta é a idéia!

para esquentar o assunto, MAM enviou material do que poderá ser a primeira página da HQ!

em primeiríssima mão…

 

zippando…

Governador Valladares, bispo maior da radiofolândia do terceiro mundo, ontem eu cavalgava pelo deserto aqui nas imediações de Victoria Durango, México, MG, e de repente me bateu o maior baixo astral. Comi uma rabada de tamanduá no almoço acompanhada de tequila de 95 graus, também conhecida como Morryssey porque arde muito o nosso sul do mundo. Sim, Gov. my Gov., não uso mais palavras de baixo calão porque se já é difícil me interpretar imagine, minha nega, me interpretar mal. Mas, rewindind, voltando, o baixo astral parecia uma gambá no deserto. Parei, cortei um cactus de oito bocas como aquele que Don Juan cortava para o seu saudoso amigo e traficante Carlos Castañeda, acendi um foguerón e fiz um chá. Como havia decidido fazer o passeio num cavalo crioulo, ou melhor, afro-equo-descendente, estava com os glúteos levemente doloridos, como os de Clóvis Bornay ( in memorium) nas quartas-feiras de cinzas. Dezessete horas depois, o chá ficou pronto. Entornei o caldeirón de uma única vez, bispo Valladares, como um palhaço de circo. La onda bateu cinco a 17 minutos depois e eu soube o por que do baixo astral. Foi a partida da sua, da minha, da Hebe Camargo del pueblo. Tomado pela la onda del chá, pelo vento de lo deserto, temperatura amena, los peidos de Tachô, el caválio, chorei pra cará, governador. Chorei porque partiu Hebe e ficaram Faustón, Galbón Bueno, Luciano Hulk, Chucha, Eurrico Miranda, Datena, enfim, Gov. my Gov. explodiram o chiqueiro mas não levaram os porcos. Apesar dos 23 graus celsius de temperatura (75 farenheit) eu sentia um fuerte calor tomar conta de meu ser, Gov. my Gov. Ficamos sem Hebe e deixaram la caganiera toda para trás???? Fulo de la vida, sem ter o que matar sobrou para Tachô, em cabalo. Chamei aquele pueto “Tachô, Tachô, Tachô, Tachô” e ele veio. Entornei lo chá de cactus fervente em los ouvidos do animale, mais um litro de fluido para isqueiro Zippo, acendi e, como una ursa em el cio, o animale voou pelo desierto e explodiu adelante. Pois é, Gov. my Gov., bela homenagem que você não fez a Hebe. Só porque ela não era rastafari nem niu uêivi, né? Mas eu aqui, com esse notebook em pleno desierto, penso, penso, penso e não concluo, certamiente por causa de la onda do cactus: como regressarei a mio lar se matei el cavalo? Ummagumma Ferrare, Deserto de Itaboraí, Durango México. P.S. – Em la foto, a ginástica barata que el pueblo faz a cá para acabar com aquelas toneladinhas a mais.