C+S+N

Subject: CS&N
“Fala Mauricio,

Tinha alguns dias que eu não passava pelo Tico, então não tinha visto suas linhas sobre CS&N.

Fui vê-los em BH. O disco Deja Vu é trilha sonora da minha infância, coisa que ouvi zilhões de vezes por tabela, porque meu pai adora o disco.

Então ver o trio era também, de certa forma, uma questão afetiva. Fiz o possível para chegar no show sem expectativas, não olhei nenhum vídeo para saber como são as apresentações deles hoje em dia. Isso para manter o máximo da surpresa possível e, também, evitar qualquer decepção prévia (sabe como é, tem artista que com as décadas perde a voz, o tesão do palco, etc.).

O show foi muito melhor do que eu podia imaginar! As vozes continuam impecáveis e a animação deles em cena é contagiante. No palco, além dos cantores, estão um guitarrista/violonista, um baixista, um baterista, um organista e um tecladista (filho do Crosby, trajando uma camiseta do Joy Division).

Crosby, o meu favorito (o primeiro LP solo dele virou disco de cabeceira) é o mais paradão, na dele. Stills, eu não sabia, também é um BAITA guitarrista. Tem um jeito meio Neil Young de tocar. Fico me perguntando quantas figurinhas os dois trocaram na época do Buffalo Springfield. Ele deve ter jogado umas 20 palhetas para a galera! Nash é o mestre de cerimônicas, conversando o tempo todo com o público, contando histórias das músicas, agradecendo o público pela presença (arriscou até algumas palavras em espanhol). Quando ele inclina a cabeça para a direita, fecha os olhos e canta — pose clássica vista em várias fotos de época –, me sinto transportado para os 60’s, vendo os caras em algum festival ao ar livre.

O repertório fez um passeio pela discografia do trio (com ênfase nos discos Crosby, Stills & Nash e Deja Vu), algumas coisas da dupla Crosby & Nash, das carreiras solo deles (menos da do Crosby),Bluebird, do Buffalo Springfiled, Girl from the northern country, do Dylan. Foram quase três horas de show, com três voltas para bis. Pra ficar na memória.
Abs,”
Pedro

(D.F)