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RIO – O baixista Aurelio Dias, de 54 anos, morreu neste domingo, dia 26 de agosto, por complicações de um câncer. O músico se dividiu entre as bandas de nomes consagrados da música brasileira, como Ed Motta, Marina Lima, Fernanda Abreu e Herbert Vianna, e o trabalho como soundesigner e diretor de som de filmes nacionais. O artista será cremado nesta terça, no Cemitério do Caju, no Rio, às 9h.

Aurelio descobriu que tinha GIST (um tipo raro de câncer gastroinstestinal) em 2006. Vinha tratando a doença com alimentação macrobiótica e no Instituto Nacional do Câncer (INCA).

— Radio e quimioterapia não teriam efeito sobre esse tipo de câncer. Mas ele lutou até o fim, teve uma vida e uma morte dignas, e deixo meu agradecimento ao INCA por propiciar isso – disse a viúva, a produtora audiovisual Maria Byington.

Ele assinou edição de som e mixagem de dois filmes que estão em cartaz: “Vou rifar meu coração” e “Infinitum”, animação que já foi vista por mais de 40 mil crianças no Planetário da Gávea. Desta última, era dele também a trilha sonora original.

Mais de 30 filmes tinham o nome de Aurelio nos créditos. Quatro deles venceram o Festival do Rio: “Estrada Real da Cachaça”, “Memória para uso diário” (trilha e edição de som), “Matraga” e “Dzi Croquettes” (edição de som e mixagem). O último, ainda inédito, é “Fernando Pessoa”, de Julio Bressane.

Aurelio deu aula para diversos baixistas e tinha um método próprio para ensinar o instrumento, que alunos como Bruno Migliari (que toca com Frejat) querem editar.

O músico deixa viúva e uma filha de 15 anos.