a cabeleira do zezé…

Insubordinate man with zipped mouth

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Governador Valladares, que merda, hein? Digo, como vai, vai bem? Escrevo aos corvos que repartem minhas grossas linhas em seus voos pelo Rio de Janeura que leio aqui em Islamabad, minha terra, minha bolsa, minha vida, que um bando de piranhos de velcros envenenados resolveu censurar marchinhas de carnaval desgraças ao politicamente correto. Valladares, nosso rei, Valladares, tempestade no deserto,  Gov de todos nós eu amo o Paquistão porque aqui não tem essa porra de correto em nada. Aqui, em vez da “cabeleira do Zezé” o povo canta “olha o cabeçudo do Zezé”, chutando cabeças degoladas de empoderados metidos a achar pentelho em ovo. Como bem disse um líder aqui do meu quarteirão “ninguém manda em ninguém nessa porra; aqui é Tim Maia’s Law: “só não pode dançar homem com homem, nem mulher com mulher”.
O que se comenta aqui no Baixo Islamabad é que o carnaval do Rio vai pras picas em breve. Motivos: muita mulher gostosa, muito pau no lorto, muito minete, gritaria, alegria, alto astral, liberdade, bêbados, mijões, cagões, porradaria, quebra-quebra. O que os politicamente corretos querem é que em todos os blocos a macharia se fantasie de escoteiro e as mulheres de saco de alpiste, já que o bando da sapataria paquetá quer nivelar por baixo, na base “se não tem pra mim que sou canhão e baleia, não vai ter pra ninguém”. Chegaram ao cúmulo de fantasiar a ex-mulata Globeleza (
mulata tá proibido) de Vovó Donalda sem exibir um mísero pentelho. Aí, o Crivella vai adorar, vai fazer seu filho – que acabou de empregar como chefe da casa civil – escrever uma lei chamada “Destrepa Tudo”. O velho Criva vai virar governador do Estado, depois presidente, sendo sucedido por hordas de bispos da igreja do tio. Assim para o furor uterino dos politicamente corretos, o Brasil vai se tornar um estado radical evangélico, pior do que o estado islâmico.
Sinto vergonha vendo João Roberto Kelly quase chorando por ter tido ceifadas do reinado de Momo suas músicas como “Cabeleira do Zezé”. O bando do “velcro unido jamais será vencido”, vulgo cerol de glande, acha que “transviado” é o mesmo que viado. Nem o dicionário consultaram. Está lá. Transviado: aquele que se transviou; quem se afastou dos bons; um outsider; um Daminhão Experiença, um Milton Mete em Negro, um Pedro Blackhill.
E você me imagina voltando para aí? No cu, rolinha! Prefiro o atraso assumido das escravas sexuais, poligamia, suruba, ópio e geordnt (manguaça daqui) do que essa trolha chamada censura enterrada na boca. Ummagumma Ferrare – Centauru´s Massage Inc. Corp. Islamabad, RJ, Ponto Com.