a gargaNta travando com risco forte de asfixia, mamãe…

Subject: RoNca #400
“Grandes Mauricio e Nandão!

Aposto que muita gente comentou que é difícil demais citar as 20 músicas prediletas dessas duas últimas décadas. Tenho 43 anos, e imagino que sua audiência também seja mais ou menos semelhante na idade. Sou um sujeito que se esbaldou musicalmente nas duas décadas anteriores (80 e 90), mas à medida que as opções de informação aumentaram, justamente neste milênio, a relação com a música diminuiu. Vejo explicação nisso no fato de que aquela sensação de pesquisa musical e “procura ao inédito” acabou. Comprar revistas; tentar imaginar o som da banda antes de ter a oportunidade de ouvir; dar valor à TODAS as músicas do disco/cd que se tem à mão porque não se tinha disponível alguma outra música aleatória de um outro artista aleatório à distância de um cutucão numa telinha de vidro… Essa sensação de pertencimento e vivência da arte (nesse caso, a apreciação musical) se foi com o tsunami de informações à disposição após a virada do milênio. Ficou confortável esperar, ao invés de pesquisar. E isso pode explicar muita coisa coisa atual fora do nosso mundinho de apreciação musical também, como a captação de informação em relação à política, etc… Poucos abnegados, como o RoNquinha, não se resignaram a esse papel.

Nesse caso o RoNca RoNca faz um excelente serviço! É mais importante que nunca, do que em qualquer outra década passada, que o RoNquinha esteja na ativa e desorientando a Tripa sedenta por novidades sobre “algo que nunca se ouviu antes”. O RoNca RoNca querido faz parte da minha vida desde o episódio da subida de Mark E. Smith pra bater papo com Hendrix e Cartola porque me trouxe essa vontade de pesquisar música novamente. De curtir a música. De sentir o arrepio na pele (no meu caso é literal, mesmo) ao ouvir um novo conjunto de sonoridades, tons e melodias que nos tocam de alguma maneira.

Só desejo então VIDA LONGA ao RoNca RoNca e que venham mais 400 programas na UEBI.

Frederico 

Abaixo, minhas músicas escolhidas…”