a História da foto ali embaixo…

contada por joca vidal:

“Tava no histórico show do Stevie Wonder em 95, no Metropolitan. Ele lançava aquele disco que acho muito bom até, o “Conversation Peace”. Tocou várias músicas desse trabalho na apresentação que teve participação do Gil. A partir daí fiquei mais ligado na obra dele, corri atrás dos discos antigos e megulhei nas músicas. Passado um tempo rolou a oportunidade de ver um show durante uma viagem para Rotterdam, em 2008. Pirei total depois desse show! Ele já estava com essa banda que veio ao Brasil e fiquei chocado com a qualidade dos músicos, dos arranjos, repertório, o show foi perfeito e fiquei em êxtase. Quando Mr. Wonder lançou o DVD ao vivo dessa turnê que vi na Holanda eu assisti até furar. Pesquisei sobre os músicos que mais gostava e estava me familiarizando cada vez mais com cada um deles. Fiquei fã de vários, como o Keith John (http://www.myspace.com/keithjohnofficialmusicspace), backing vocal que está com o Stevie há 26 anos, o batera Stanley Randolph e o saxofonista Ryan Kilgore (http://ryankilgoremusic.com/).

O tempo foi passando e a vontade de ver outro show aumentava. Eu tava percebendo que ele ia mudando o repertório, colocava outros covers (como “Human Nature”) no setlist e cada show era melhor que outro, como dava para perceber na apresentação do Glastonbury, ano passado, que facilmente você acha para baixar em blogs.

Quando soube que ele viria para o Rock In Rio, eu e minha namorada Luanda começamos a contactar os músicos que tinhamos mais afinidade pelo facebook. Foi aí que o Ryan Kilgore entrou na história: descobrimos que ele é amigo do meu cunhado, o músico Francisco Fattoruso (http://www.myspace.com/franciscofattoruso), que também mora em Atlanta. Esse foi o pulo do gato para que mantessemos uma amizade virtual com ele. Luanda também ficou muito próxima da backing vocal Lanesha Baca e da tecladista Victoria Theodore. Quanto mais o tempo passava mais ficávamos nervosos porque a possibilidade de conhecê-los era real e para nós isso já bastava!

Na semana passada o Ryan nos acenou com a chance de ir pro backstage depois mas até o dia do show estava rolando um suspense, até que recebemos um e-mail dele já na Cidade do Rock com as instruções para chegar lá assim que acabasse. Rolou o show, maravilhoso, 2 horas passaram voando, o repertório casca-grossíssima, os músicos inspirados e quando acaba tudo fomos tentar entrar. Conversamos com uma produtora e o nome da Luanda estava na lista. Ela nos colocou pra dentro e andamos até a área dos camarins. Chegando lá um produtor do Stevie, um gentleman e muito simpático, perguntou quem tinha convidado a gente. Depois de falarmos o nome do Ryan as portas se abriram e ficamos esperando aonde ele disse, do lado de fora de uma área aonde já haviam umas 15 pessoas entre músicos das bandas da Janelle e Jamiroquai (infelizmente não vi o Jay Kay) e alguns poucos fãs e músicos (o George Israel também ficou esperando com o filho).

Chegou uma hora que percebemos que Stevie estava por lá atendendo algumas pessoas, só que não podíamos entrar ainda. Quando finalmente entramos ele já tinha ido para o camarim e não sabíamos se iria voltar. Enquanto esperávamos já tinha falado e tirado fotos com o Keith John (grande figura, foi super simpático e brincalhão) a Victoria e o Stanley. Conhecemos finalmente o Ryan pessoalmente, conversamos um tempo, falamos com a Aisha, filha do Stevie e que canta muito, o guitarrista Errol, até que o tempo ia passando a o cansaço aumentando. Não tinhamos certeza se iriamos falar com Mr. Wonder, mas ficamos por ali até que todos foram embora e ficamos nós com a banda e os produtores.

Foi aí que o produtor gentleman me perguntou se ainda queríamos alguma coisa. Disse que estavamos tentando falar com Stevie, tirar uma foto, e ele comentou que o Ryan deveria apresentá-lo, essa era a regra. Chamamos o Ryan de novo (já tinhamos nos despedido dele para conversar com os outros músicos) e ele acabou fazendo isso, falou com a chefona do camarim dele que acabou providenciando. A única orientação era para que não demorássemos e que os 4 (além de mim e da Luanda estavamos com mais duas amigas) tirassem a foto juntos. Quando Stevie apareceu, eu tremi, parecia que via Deus na minha frente. Todo simpático nos apresentamos, apertamos as mãos e eu só consegui dizer “great show” e “thank you”. Ryan disparou 2 clicks e finalmente registarmos o momento. Mr. Wonder falou “obrigado” e voltamos para casa exaustos, ás 5h, com o dia clareando. Até agora a ficha não caiu direito!”

Joca