o #433 mostrando páginas inoxidáveis do Rádio + nandão reluzente + weather report, vieira e seu conjunto, tom jones, the raconteurs, washington rodrigues (apolinho), PiL, voluntários da pátria, joe cuba, the kinks… e muito mais.
o #433, hoje, às 22h, aqui mesmo no poleiro
(+ deezer, spotify, itunes, google podcasts, mixcloud, castbox…)
Como andam as coisas por aí? Não sei se tem como estar bem né? O mundo nessa loucura e o reinado do mocorongo com força total! No Brasil um mocorongo se encontrou com outro e ganhou muita força… mas precisamos seguir.
Putz, que saudade. Meu último pombo pra vocês foi dia 05/12/2019 (ainda estou esperando o Bola de Nieve). Lembrando de como era a nossa vida… parece que entramos em outra dimensão.
Durante esse mais de um ano vocês me acompanharam nessa jornada pandemística (pode?) e trouxeram momentos de alento, alegria, reflexão e de companhia. Tiveram alguns programas históricos como o 400 (ouvi várias vezes), o 409 (beijo tripinha!) e tantos outros que me fizeram pendurar no teto com o olho parado total.
Apesar desse hiato de mensagens, nossa convivência semanal me deixa muito próximo de vocês, e consequentemente de toda a TRIPA. Estabeleci diversos diálogos, enquanto ouvia o programa, e pensava depois mando um pombo pra eles. Mas acabei adiando esse momento. Talvez porque o meu subconsciente sabia que a emoção seria forte e que precisaria de um estoque de lenços a disposição… mas cá estou para agradecer vocês por todos esses momentos. A música realmente salva!
Muito obrigado por continuar, mesmo diante de tudo isso…
bethinha e filipão dando uma circulada por cromwell road, tranquilões, com zereta de segurança pra alegria da rapeize nas calçadas… pena que a coluna do carango encobriu a expressão de felicidade da monarca quando o duque de edimburgo apresentou o “tamanho do badejo” que seria servido mais tarde nos aposentos reais…
segue o detalhe (em clima “blow up”) também mostrando a carinha pimpona do amarra cachorro / 007 no banco do carona…
O tripé da programação se completa com as rodas de conversa. Do dia 23 ao 27, sempre às 20h, Fred Coelho, autor do ensaio biográfico sobre Jards, media debates entre o artista e alguns dos diretores e atores dos filmes da mostra. Entre os convidados, estão os diretores Cláudio Assis, Eryk Rocha, André Sampaio, Daniel Caetano e o ator Ney Santanna. Na Trilha de Jards tem acesso gratuito e conta com o patrocínio da Lei Aldir Blanc, por meio do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Confira a programação abaixo:
Show e Rodas de Conversa
23/03 | 20h30
Apresentação Cine Macalé
24/03 | 20h
Filme – Amuleto de Ogum
Debate “Jards descobre o cinema” – com Macalé, Coelho e Ney Santanna
25/03 | 20h
Filme – Big Jato
Debate “Um cantor ator” – com Macalé, Coelho e Cláudio Assis
26/03 | 20h
Filmes –Conceição – Autor bom é autor morto / Tira os Óculos e Recolhe o Homem
Debate “Cinema, música e experimentação” – com Macalé, Coelho, André Sampaio e Daniel Caetano
27/03 | 20h
Debate “Música verdade” – com Macalé, Coelho e Eryk Rocha
Mostra de Filmes
O Amuleto de Ogum Direção: Nelson Pereira dos Santos
Ficção|1974| 112 min Bethânia Bem de Perto
Direção: Julio Bressane e Eduardo Escorel
Doc|1966| 32 min
Big Jato
Direção: Claudio Assis
Ficção| 93 min |2015
Canções do Exílio: A labareda que lambeu tudo
Direção: Geneton Moraes Neto
Doc|91min| 2011
Casa 9 Direção: Luiz Carlos Lacerda
Documentário|70 min|2011
Conceição – autor bom é autor morto
Direção: Daniel Caetano / Samantha Ribeiro / Andre Sampaio / Guilherme Sarmiento / Cynthia Sims
Ficção | 78min |2008
Jards Direção: Eryk Rocha
Doc | 94 min | 2012
Jards Macalé: Um Morcego na Porta Principal Direção: Marcos Abujamra e João Pimentel
Doc|2008| 72 min
Macunaíma
Direção: Joaquim Pedro de Andrade
Ficção|98 min|1969
Tenda dos Milagres Direção: Nelson Pereira dos Santos
Ficção|2h15m|1979
Tira os Óculos e Recolhe o Homem
Direção: André Sampaio
Ficção | 20min |2008
claudio assis dando a letra precisa (como sempre), trilha fueda (jorge du peixe), fotografia, estrogonófica (walter carvalho), interpretações de tirar pica pau do oco… D+
Subject: Uma prova cabal da existência da Síndrome da Escadaria!
“Alô, MauVal e Nandão!
Refletindo sobre a Síndrome da Escadaria lembrei de uma evidência do começo deste século que a antecipou. Seguinte:
Dentre as centenas de bandas que o Netunos, a minha, tocou no underground carioca dos anos 00, estava uma curiosa banda de São Gonçalo (se não me engano) chamada A Kombi Que Pega Crianças. Tocamos com eles em lugares como a Casa da Zorra (Engenho de Dentro) e o saudoso Garage, na Rua Ceará…
Pois bem: eles tinham uma música no CD deles chamada “Coincidência”, cujos versos diziam uma grande verdade da época: “Todo mundo que toca violão/ Sabe tocar/ Stairway To Heaven!/ Nem que seja um pouquinho/Nem que seja só o comecinho”… Eu achei essa pérola no YouTube e tá aqui… Confiram!
Certamente o fato de todos saberem tocar “Stairway To Heaven” contribuiu para que essa música merecesse o nome da síndrome de canções que adoramos mas que realmente saturaram de tanto que foram executadas…
Por fim, segue minha curta listinha de músicas amadas mas que de alguma forma há tempos já galgaram os degraus da Síndrome da Escadaria:
– Ramones, “Pet Sematary”
– The Clash, “Should I Stay or Should I Go?”
– Blur, “Song 2”
– Bob Marley, “Is This Love?”
Há outras na minha listinha mas essas são campeoníssimas!
Assunto: “Um país que tem uma música como a nossa não merecia dívida externa…” Marcus Pereira
“Mais uma manhã de domingo em meio a essa triste situação pandêmica…
Ponho o frango pra descongelar pro almoço e vou pra pia lavar uns vinis empoeirados, enquanto faço isso aproveito pra tirar o atraso e ouvir os últimos programas do ronca ronca.
Tenho nas mãos sob a bica d’água o LP a música de Paulo Vanzolini , interpretado por Carmen Costa e Paulo Marquez, um belíssimo LP lançado pela Discos Marcus Pereira. Aí me vem essa associação… um disco da Marcus Pereira nas mãos , o ronca ronca nos ouvidos… Dois belos exemplos de paixão pela música.
Não sei se em algum programa já foi falado sobre o trabalho incrível realizado pelo Marcus Pereira, um serviço de valor imensurável prestado à música Brasileira… seu bar jogral em São Paulo nos anos 60, a desistência da carreira bem sucedida de publicitário pra se dedicar a música e criar uma gravadora nos anos 70 (que nos deu o primeiro disco de Cartola, Lps do Quinteto Armorial, Elomar , Arthur Moreira Lima e uma coleção sensacional de 16 Lps com registros do cancioneiro popular das quatro regiões do país) sua crença na importância da música brasileira, as dificuldades, a dedicação, as decepções, a sua partida antes da hora…
Enfim um trabalho de amor a música e de imensa importância que merece ser conhecido por muita gente.
De repente acho que o ronca seria um bom lugar pra se falar um pouco desse trabalho do Marcus Pereira e de repente tocar algumas canções desse acervo espetacular que a discos Marcus Pereira nos deixou.
O homem se foi mas suas realizações magistrais permanecem.
Abração
Mauval e Nandão
e longa vida ao indispensável ronquinha.”