Todos os posts de mauval

a garota…

Assunto: Cine Shogun
“Salve, queridos!

Esperando ansiosamente pelos comentários do Shogun sobre A Garota Dinamarquesa!
Aguardei a semana inteira por esse momeNto. 🙂
Eu assisti duas vezes. hahah
e chorei copiosamente…

quero saber se esse filme tocou o coraçãozinho gelado desse rapaz.

graNde abraço,”

Nathalie,
Dallas

ronca.desenho

o #168, hoje, às 22h, com estréia do “cine shogun”…

cineshogun.logo

por conta de zilhões de pedidos d’aTRIPA, o #168 levará ao ar o pilotão psicodélico do que poderá ser o mais estrogonófico programa sobre cinema no rádio mundial:

CINE SHOGUN

é isso, shogun comentando filmes vistos e resenhando outros tantos (a maioria) não testemunhados… pura poesia, desorientation, sagacidade, falta de informação, esquecimento, lester bangs & joão saldanha mixados… arte, aliás: Arte!

a trilha sonora estará costurando o ambiente em clima emergência de pronto socorro, a sangue quente, LIVE. no cardápio, “taxi driver”, “zabriskie point”, “dead man walking”, “barry lyndon”, “one from the heart”,  david hemmings, juliano gauche, cat power, los alamos, pierre boulez, the clash, cássia eller… & o diabo A4.

violência!

thiago+pedras+meNte+maNto (ou o coletivo)…

Assunto: Stones, manto, cheiro de música e pedido!
“Fala Mauricio!!
Que ótima noticia saber que você conseguiu ir ao show! Eu estava lá muito bem vestido com o manto imaginando se você estaria! Que loucura a energia daqueles rapazes, hein?! Demais, demais…
Na volta pra Bh de busão, inexplicavelmente pintou no meu HD mental uma banda que eu não escutava a uns 20 anos. Já rolou contigo isso? De repente um estalo e você pensa: “porra, é mesmo.. eu curtia demais essa banda!” Daí cheguei em casa coloquei o cd e foi muito bacana constatar como a música é processada e armazenada na nossa mente, mesmo depois de tanto tempo cantei letra por letra do cd todo e como você diz as vezes: senti o cheiro daquela época!
A banda em questão, não sei se você conhece ou curte: Collective Soul, o cd “Hits, Allegations & Things left unsaid” de 94. Se rolar de tocar isso no Ronquinha seria demais!!
Segue fotinha do manto, momentos antes dos acordes de “Start me up”!!
Grande abraço”
Thiago- BH
thiago.bh

sábado no gramadão…

ferrare

Governador Valladares, vi você, sábado, no gramadão do Maracanã mas, pra variar, você fingiu não conhecer a minha pessoa, só porque sou preto e ex-pobre. Na onda do saudosismo que embebedou o ex-maior estádio do mundo, ouvi Mick Jimenez disparar clássicos como “Yôio Como Vá” e, chorando de emoção, vendi cheirinho da loló para 250 pessoas que, como você, estavam ali no gargarejo. Eu, molhado na chuva, abraçado a meu pelourinho portátil para ver se penetro no regime de cotas e arranjo um emprego (emprego, trabalho, não!). Via você, meu chefe supremo, sentado na área VIP cercado de taparracas bem nutridas pelo sol da zona sul, misturado as marmitas do Hortifruti que lhe eram oferecidas, mas você, cara de mau, dizia “passo”, secamente. E as mulheres se arrastavam humilhadas, gotejando furor rejeitado por entre as coxas depiladas com cera marroquina. Lembrei, como lembrei, do show dos Rolling Stones em 1969. Eu era flanelinha e estacionava lambretas em frente ao Royal Albert Hall (FOTO), que reservou uma chaminé exclusiva para expelir o coquetel de bagulhos que Keith Santana fumou (FOTO, primeira chaminé a direita de quem vai). Ele fumou até um taco de sinuca que pertenceu a Rainha Vitória, lembra? Não lembra porque em vez de prestar atenção ao show dos Stones você tirava retrato com aquela sua máquina Azarrô Pentax, que depois virou marca de perfume francês. Såbado, no ex-Maracanã, vendi minhas guloseimas de praxe: LSD, haxixe, ópio, pó de mármore, durma bem já apertado e o lançamento deste final de verão, o Bezerro do Silva, uma cabeça de nêgo que mistura maconha, skank, Jota Quest, Detonautas, Naldo, Anitta, enfim, não é à toa que muitos usuários (já em outra encarnação) escrevem chamando a nova droga de Apocalipse Now.
E foi assim, a lâmpada apagou. Num piscar de olhos as 4 horas meia de show passaram rápido como um peidinho na van e no final, gritando “Yôio Como Vá” tentei falar com Keith Santana, lembrar que eu o ajudei a destruir o Teatro Municipal do Rio nos anos 70 e até o lustre central esmaguei e dei para ele cheirar. Mas o sucesso subiu às cabeças de Santana. Manco, dor nas costas, cantarolando “quando olho no espelho / estou ficando velho e acabado”, ele rumou para o camarim e se fechou em copas no sarcófago refrigerado. Ummagumma Ferrare, estádio Desmaracanã, UK.

rolando forévis…

como se num passe de mágica, aos 45 minutos do segundo tempo (mais uma lembrança a rafael vaz), pipocou o conva para as pedras… foi uma surpresa, totalmente, inesperada.

no caminho para a arena, tive certeza que o mundo seria coberto pelas águas… só que, ao chegar no ex-maior do mundo, a lua (cheiaça) garantiu nossa permanência em solo terrestre e a “tranquilidade” do show…

rs4

cheguei meia hora antes da bola rolar… talvez por isso, não encarei fila, pressão, perrengue. rapidinho o som estrogonófico do PA sacodiu a rapaziada com ‘start me up”.

falar o quê de uma apresentação dos stones? quase tudo já foi escrito, gritado, gravado. a bula é a mesma de sempre, felizmente… como não encharcar os olhinhos com “you got the silver”? não imaginar que “gimme shelter” é uma das três songs mais inoxidáveis que a humanidade já criou? olhar pros cornos de keith richards e não creditar a ele alguns dos momentos mais cabriocáricos que já gozamos em nossas vidinhas? não lembrar de ron wood com o faces?

no final, com as luzes acesas, cruzei com a renata que do alto de seus 17/18 aninhos (fissurada em k.vile, deerhunter, liars, j.holter) colou na minha orelha e disse:

–  não estou acreditando que finalmente vi os stones e comecei a entender muitas coisas

PQParille, quase desabei com a percepção dela que mais parecia um charuto de bêbado… de tão suada.

em seguida, esbarrei com o chico (contemporâneo de richards. isso) que já testemunhou toda e qualquer banda foda que você possa imaginar:

– mauricio, ver os stones é como se fosse sempre a primeira vez

vazei tranquilão da arena ouvindo, volta e meia, a nação ronqueira celebrando a noite, aos gritos – RONCA RONCA… hahaha! D+!

para fechar a noitada, dividi umas ampolas com zé emilio rondeau, LENDA queridíssima… que, ontem, marcou a coronha de sua winchester (modelo 1963) com o décimo sexto risco… é fato, o show no maracanã foi a décima sexta vez que eles compartilharam o mesmo espaço… sideral.

cheers

ze+rs