Todos os posts de mauval

oh yoko (2)…

Assunto: Chuck Berry Vs. Yoko
“M.V.,

Parabéns pelo #135 e por todo trabalho dos bastidores pro Ronquinha chegar pra Tripa mas devo repilar vosso posicionamento sobre a importância de Yoko Ono pra música planetária. Fico ao lado Xogun nessa questão. E mais, recorro a Sir Chuck Berry para me proteger dessa chatanga voadora.
No vídeo acima, temos Chuck Berry + John Lennon + banda + Yoko em um programa de TV da década de 70 cantando um clássico de Chuck.
Mauval, me explica que porra que sua amiga yoko está fazendo nesse palco???? Olha a carinha de Chuck Berry desejando ser surdo de vez aos 1:21″ do vídeo. PQP, mauval!
Tudo bem que ela conseguia juntar uma banda Strogonófica mas aquele grito da maluca não é arte não, maaaan… Manda música, manda música!
Abraços!”
Arrudinha (Victoria)
yoko2

oh yoko…

yoko2

Assunto: yoko ono
“prezado mauvall,
fiquei um pouco aborrecido com o comentário de shogun, ao final do 135, sobre yoko ono.
basicamente, eu realmente não consigo compreender, por mais que tente, o arraigado preconceito que a artista japonesa sofre, desde há pelo menos 45 anos. não dá pra entender. com toda certeza, o preconceito é fruto daquilo que fez john lennon afirmar, na década de 1970: yoko é a artista anônima mais famosa do mundo. porque todo mundo sabe quem ela é, mas quase ninguém sabe o que ela faz. ou se recusa a querer saber.
é incrível que isso permaneça, como uma craca no casco de um navio, como a posição oficial de parte da crítica e de um certo público “bitolado”, em pleno século 21! e mais incrível que alguém antenado, inteligente e sempre bem informado como shogun aceite tomar parte dessa infâmia! não curti. de verdade. em primeiro lugar, porque não consigo concordar com o clichê que torna a imagem de yoko ono como uma mera aproveitadora sem talento.
vale lembrar: yoko ono está sendo homenageada com uma retrospectiva de sua carreira no MoMA, o mais prestigioso museu de arte moderna do planeta. e pra constar, não é a primeira vez que ela expõe sua obra lá. desde a década de 1960 – antes de yoko ter cruzado o caminho do joãozinho – ela já era figura carimbada por lá.
também não custa lembrar: yoko era uma artista famosa antes de john lennon ser famoso. depois que se casaram, ela lançou vários álbuns na década de 1970, em paralelo com a carreira do marido. pelo menos um desses discos merece figurar entre os grandes discos da década de 1970, o fantástico “approximately infinite universe”, de 1972.
os álbuns “plastic ono band” (1970);  “fly”, de 71, se têm sua marca no experimentalismo radical e desconstrutivo, que faz yoko soar como siouxie sioux, o punk e b52’s ANTES de siouxie, punks e b52’s aparecerem, também merecem melhor atenção. o que poderia diferenciar a sonoridade e as propostas desses discos de um “sister ray”, do velvet underground, ou de iggy pop?
eu entendo que o lado desconstrutivo da obra de yoko, tanto musical quanto artístico e conceitual, seja difícil de ser digerido por ouvidos e olhares acostumados com “formas naturais”, e pouco ruído.
mas o ruído é musical! e artístico, também! ou caravaggio, marquês de sade, artur bispo do rosário, peter greenaway, dadá, stockhausen, schoenberg, velvet underground, björk são lixo?
o lance é que yoko nunca foi uma “viúva negra”.  e muito menos a “mulher que perverteu john lennon e acabou com os beatles”.
ela fez e continua a fazer MÚSICA. inclusive POP. e PUNK. baladas e rockabilly. new wave. eletrônica.
minha opinião: as faixas utilizada para ilustrar o ronquinha 135 com a música de yoko ono talvez não tenham sido as mais adequadas para oferecer às e aos ouvintes – e quem sabe, surpreendê-l@s – a face “melódica”, “harmônica” e “tradicional” de yoko. há canções não deixam nada a desejar a qualquer hit pop da década de 1970. mas não apareceram – e continuam escondidos – na maior parte das vezes por má vontade.
se alguma dúvida ou controvérsia ainda persistirem, o que custa, de verdade, ouvir os discos dela?
ANTES, DURANTE E DEPOIS de john lennon?
sugestões aos detratores – em especial, aos que se recusam a ultrapassar os clichês da perseguição mediática e fanática que yoko sofreu e ainda sofre:
death of samantha
move on fast
kiss kiss kiss
i’m moving on
peter the dealer
if only
a thousand times yes
woman of salem
walking on the thin ice
loneliness
she gets down on her knees
dogtown
winterfriend
a story
midsummer new york
mrs. lennon
she hits back
poderia prosseguir, mas vou parar por aqui. as canções acima são um roteiro suficiente e básico para quem quiser saber o que realmente é o trabalho musical de yoko. depois, cada um fica por sua conta e vai atrás, se quiser.
por favor, maurício, não me leve a mal, mas não é permitido falar mal de yoko – ou de quem quer que seja – sem conhecê-la direito. é absurdo mais ainda reduzir o seu trabalho por seus aspectos mais controversos.
é no mínimo honesto ouvir antes, dar uma pesquisadinha básica.
ornette colleman, klaus voormann, eric clapton, ringo starr, björk e até lady gaga que o digam.
abraccios,”
andré

feito pra acabar (ou o fim do NME)…

NME

a música de jeneci, “feito pra acabar”, reforça o óbvio mas joga na nossa cara que, após a validade vencida, brota uma nova situação… uma realidade melhor. ao fim de tudo, a esperança (quase) sempre vence. pelo menos tem sido desse jeitinho aqui pelo lados da civilizacão on earth, procede?

toda essa poesia quântica é para debulhar lágrimas de sangue pela patética transformação que está passando o NME. pelo andar da carrocinha, o jornal (fundado em 1952) será distribuido gratuitamente e terá a web como seu principal porto. enfim, o NME é mais uma instituição a desabar diante das radicais mudanças de hábitos dos consumidores de informação, música e entretenimento.

marcelo “caipirinha” mandou uma mensagem sobre a pauta:

– “A longa e inexorável decadência do NME é de fazer qualquer um chorar. Essa nova idéia, do NME virar um lifestyle guide, é esfregar sal na ferida. A gente fica aqui torcendo pra ir alguém lá e dar o tiro de misericórdia, o NME não merecia essa indignidade toda”

enfim, em pouquíssimo tempo o NME será esquecido no pântano raso da web e sua relevância jurássica não passará de um post aqui no tico… o pior de tudo é saber que a coisa acabou e a roda, emperradona, atoladaça, não sairá do lugar… né, steven?

NME2

a bula do #135…

135

shilpa ray – “shilpa ray on broadway”

shilpa ray – “pipe dreams ponzi schemes”

tupi & the nickins – “trailer, trailer, trailer”

tom jones & jack white – “evil” (7″)

tom.single

tune yards – “water fountain”

arthur verocai – “queimadas” (ao vivo)

dônica – “retorno para cotegipe”

chris squire – “lucky seven”

flying lotus – “kill your co-workers”

dom la nena – “llegaré”

alan hull – “i hate to see you cry”

alan.hull

alan hull – “breakfast”

public image limited – “low life”

reanto russo & dado villa lobos – “on the way home” (ao vivo no radiolla, 18dezembro1991)

legiao.papel

(letra de renato em vermelho)

richard thompson – “broken doll”

chelpa ferro – “endoplanetas”

nevilton – “uma brasileira” (ao vivo no roNca, em 16abril2013)

toots & the maytals – “bam bam”

los pirata – “glory days”

fairport convention – “the hexhamshire lass”

alabama shakes – “shoegaze”

nick cave & the bad seeds – “wide lovely eyes” (ao vivo)

the pentangle – “jump baby jump”

plastic ono band – “touch me”

yoko1

yoko2

free_radio

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MAMÃEZINHA (ou “vamos tomar uma cerveja?”)…

570

fui visitar um chapa, hoje, para checar os discos da crionça… papo de 17:30, engarrafamento sinstróide pra laranjeiras… mas busão vazião, tranquilex… no que chegou no ponto, me aproximei da porta de saída e avistei uma senhora, ao meu lado, magrinha, toda agasalhada, de óculos, cabelo preso, simples, muito simples, na dela, bonitinha pra meireles… ela olhou pra mim, deu um sorriso e acenou com a cabeça em direção ao banco onde eu estava sentado… pensei com meus botões: “hein? não esqueci nada, não estava carregando nada, hein?”… dei dois passos pra trás, olhei pro banco e vi minha carteira “perdidona, largada pra trás” sobre o gélido assento… PQPARILLE… nela estavam: o ingresso de vasco X river plate – semi final da libertadores em buenos aires, em 1998 + cartão de banco + cartão telefônico (?!) + 15 reais. PQParille!!! eu estava prestes a descer do busão… ela também. o motora nos aguardando, peguei a carteira, dei um abraço apertado nela e disse: “caramba, muito obrigado. meu 2015 começou hoje” e descemos do ônibus. em pleno cosme velho mandei na lata da minha deusa: “vamos tomar uma cerveja?”… ela respondeu: “não, obrigado, eu não bebo”… insisti: “vamos tomar um café?”… ela: “não, obrigado, estou atrasada”… continuei insistindo: “mas eu preciso ficar mais tempo com você”… e a fofa desapareceu no ponto. PQParille… tive de respirar fundo e lamentar não saber, ao menos, o nome da minha protetora! que momento! happy new year!!!

o #135, hoje, às 22h, com yoko+dônica+shilpa+lotus…

135

pode começar a se enroscar para ouvir, aqui mesmo / às 22h, o #135… com toots & the maytals, PiL, plastic ono band, “on the way home” com dadinho & renato (no radiolla/1991), flying lotus, dônica, tom jones & jack white, los pirata, SHILPA RAY, “uma brasileira” com nevilton (ao vivo no roNca/2013), tupi & the nickins… e sequência cabriocária com a pepitas enviadas pelo gerson, d’aTRIPA… grosseria, grosseria, grosseria… K7 zeradão, fufavô!