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a bula do #127 + gabriel muzak…

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muzak se deliciando com o ultra-psicodélico chazinho confeccionado por shogun…

que momento!!!

segura a bula…

songhoy blues – “soubur”

songhoy blues – “al hassidi terei”

hookfoot – “cruisin'”

ivor cutler – “beautiful cosmos”

23 skidoo – “ethics” (7″)

sonic youth – “i know there’s an answer”

sonic youth – “my friend goo”

hoyt axton – “the pusher”

jards macalé – “movimento dos barcos”

the heptones – “book of rules”

big star – “the ballad of el goodoo”

cassiano – “me chame atenção”

mãe ana – “mãe ana”

neil young – “tonight’s the night”

gabriel muzak – “action funk”

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gabriel muzak – “blue muzak”

gabriel muzak – “et maintenant écoute”

percy sledge – “when a man loves a woman”

gabriel muzak – “rabo de galo”

gabriel muzak – “segue o feeling”

roscoe mitchell – “ornette”

gabriel muzak – “frozen flowers”

the who – “la la la lies” (BBC)

gabriel muzak – “faroeste mandinga”

free_radio

weapon_tico

new new order…

lenine

= Lenine no palco: som pauleira, música encharcada de alegria (Foto: Divulgação) =

Lenine, um Kurt Cobain que requebra

O cantor pernambucano lembra no palco o carisma do roqueiro americano, mas sua presença é solar, não melancólica

IVAN MARTINS
03/05/2015

Vendo o show de sábado de Lenine no Sesc Pinheiros, em São Paulo, me ocorreu que o cantor e campositor Pernambuco é o nosso Kurt Cobain. Loiro, magro e carismático, ele, assim como o americano, incendeia o palco com a sua presença. Mas enquanto Cobain era uma criatura sombria e melancólica, Lenine é um talento solar. Ele sorri, celebra e requebra enquanto canta. Sua música vem encharcada de alegria. No sábado, ao longo do espetáculo de apresentação do disco Carbono, tive vontade de chorar um par de vezes e em outras tantas me deu ganas de subir na cadeira e dançar. Não se pode pedir de um artista que nos dê mais que lágrimas e êxtase.

O paralelo com Cobain surgiu – também –  pelo teor pauleira da música. Entrei no show achando que iria ouvir rádio Eldorado e descobri que era 89 FM. Uma sonzeira de balançar a cabeça. Eu, que só conhecia o Lenine da TV e dos discos, não sabia que ele fazia um som ao vivo tão poderoso. Adorei – e disse isso a ele pessoalmente, na porta do camarim.

Em casa, ouvindo o disco, com uma taça de vinho na mão, a experiência foi outra. Saem parte das guitarras e da bateria e entram arranjos mais rebuscados. Consegue-se, então, prestar atenção nas letras, que são excelentes. Ele abre o disco e o show com “Castanho”, composta em parceria com Carlos Posada, cuja refrão as pessoas cantarolavam na saída do teatro, depois do bis: “O que eu sou/ em sou em par. Não cheguei sozinho”.  A faixa que eu mais gosto chama-se “À meia noite dos tambores silenciosos”, e foi composta por Lenine e Carlos Rennó. É um poema acompanhado pelos metais da Orkestra Rumplezz que homenageia os deuses africanos do candomblé. Papa fina que não deve tocar no rádio. Outra beleza, com jeito de música de protesto, é “Quedê água?”. Lenine e Carlos Rennó deram verso e música à perplexidade geral com a seca do sudeste e com o descaso geral com a natureza. Acho que desde “Índio”, do Caetano, não se ouvia um libelo tão bem composto em defesa do planeta.

Se eu tivesse que apostar na música

que tocará no rádio, escolheria “Simples assim”, feita em parceria com Dudu Falcão. Letra bonita, melodia límpida, quase só voz e violão, é uma canção celebratória, aparentada em espírito com “O que é, o que é”, de Gonzaguinha, embora com timbre mais contido. No futuro, é possível que Lenine tenha de repeti-la a pedidos em seus shows, como faz invariavelmente com “Paciência” – ele canta apenas o primeiro verso de cada estrofe, e a plateia, extasiada, canta o resto. Que artista não se comove com isso, seja ele Lenine ou Kurt Cobain?

(revista época)

juventude sônica (ou o leão esfomeado)…

igor+tulio

igor & túlio… dois monumentos d’aTRIPA, ontem, no baixo méier.

estar com essa rapeize sempre foi – e sempre será – o melhor… de tudo.

durante a projeção do doc aTRIPA, em plena praça agripino grieco, meu esforço foi gigante para conter o blu blu sinistróide no zôio… testemunhar, mais uma vez, a conexão inoxidável do roNca  com essa tchurma quase arrancou meu coraçãozinho pela boca… casca!

para a noitada galgar parâmetros, comemoramos dois nivers, na redondeza:

z´da mar´, leNda cabriocárica…

ze.meier

e… e… e… SHOGUN…

shogun.meier

o mito do “cadê shogun? cadê shogun?”, finalmente, desceu pelo ralo… D+!

marcaram presença strogonóficamente:

gabizinha, imperador carlos magno, aline palavrão, magriça, craudinha, MAM, calvin, dine, sgt pimenta, leandrão, professora, JR, pedro “the lonely”…

& dezenas de outras figuraças que fazem d’aTRIPA uma nação cabeleira altíssima.

mas nem tudo foram flores no méier.

quando cheguei à praça (19:30), vi a “produção etíope” ultimar os preparativos para a projeção… fiquei papeando com igor (autor do doc junto com polly) e aguardei para saber

do equipamento de som que eu usaria.

me apresentei e perguntei à simpática/eficiente produtora:

– “onde você vai colocar os aparelhos de cd?”

com a expressão congelada pelo inusitado da indagação ela respondeu:

– “cd? aparelho de cd? não, não tem nada programado”

quando a ficha caiu pros etíopes, o corre corre foi forte para conseguir o tal equipamento…

que, óbvio, já estava acertado, confirmado, “garantido” há muito tempo.

depois da projeção, eles informaram que a busca estava finalizada…

e não haveria som na praça.

muita gente chegava embrasada para balançar o esqueleto por volta das 22:30…

e recebia um balde de água fria por dentro dos cornos… frustração total.

como não cabia encontrar as razões pro brutal silêncio, adivinha pra quem sobrou a creca?

“o leão comeu os aparelhos de cd”… bradou sorin, alucicrazy frequentador do pedaço.

mamãe!!!

mas como o melhor sempre é o corpo-a-corpo (ou melhor, o copo–a–copo) a noite foi memorável… com direito à saideira na vila mimosa…

mimo

ah, já ia esquecendo,

a xeretinha, também, quase foi comida pelo leão!

( :