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acabou-se o que era doce (ou flavão largando marimbondo pelas ventas)…

cacique de ramos  / av. rio branco (rio de janeiro)  /  fevereiro1978

“O que aconteceu com o carnaval carioca?

O que se vê é a triste confirmação da pasteurização MUNDIAL do Brazil com “z”, em todas as suas entranhas. Como diz o outro: bundamolização total. A playboyzada local, junto com a playboyzada visitante enterraram de vez com o que havia de lúdico no carnaval de rua da cidade. Essa turma, de todos os cantos do brazza e do mundo, invadiu tudo, perfumou tudo, tornaram tudo muito mais sem graça, triste, solitário, e com doses generosas de arrogância e espírito civilizatório, desde que o mundo é mundo (e ele nunca foi brinquedo, como diria B. Negrón).

Do Leblon a Ilha do Governador, cruzando por J. Botânico, Gávea, Humaíta, Botafogo, Flamengo, Laranjeiras, Catete, Glória, Aterro, Lapa, Centro, Leopoldina, Linha Vermelha, Ilha (trajeto que fiz), geral escrotizado. Talvez o carnaval de rua e de vizinhança da Zona Norte seja o mais interessante no momento, porque o bombadão Centro/Zona Sul “vou te falar pra tu uma coisa pra você”: que carnaval de rua mequetrefe, cretino, ruim pra caralho! Só pilantra, ladrão, vacilão, playboy otário, verme, filho da puta e garotinha retardada. Impressionante. Over, acabou, zefini! Para o mundo, que quero descer!! E pegar buzão?! Pânico, terror, pavio aceso pronto pra explodir a qualquer momento. Tensão. Galera de bate-bola, “neguinho” desmaiando no chão do coletivo pra lá de Marrakesh, cachaça, cocaína, que situação. Será que chego em casa vivo?

Porrada então, nem se fala. Por que a multidão acha que pode fazer o que quer? Se não tivesse distribuído uns 3 ou 4 boxe nos “mentex’ de 5 ou 6, fudeu, ia ser atropelado junto com Dona Selvagem. “Branquinho” abusado, sem noção, escrotamento à flor da pele, poderosidade playboyzesqua carioca, paulistana, mineira, paranaense, gringa, favelada, cretina, tudo junto e embolado. E você ainda tem que ter “espírito carnavalesco”. Caralho, que porra é essa?! Se deslocar, chegar em casa, descansar, trabalhar, chegar, passa a ser uma missão mais do que sinistra. Na ‘moral’, que se foda a multidão, que se foda o carnaval. Branquinho e neguinho se fudendo, se matando, destruindo, putarizando, estuprando, cagando pra tudo e todos. A inversão sociológica é coisa do passado e tentar fazer uma reflexão antropológica séria considerando os fatos e relativizar todas as atrocidades encarnadas é considerar o suicídio como o único e melhor remédio.

Risível, fake essa playboyzada pasteurizada cantando marchinha de carnaval dos anos 30/40/50, só comédia. Fantasias?! Sem comentários. No mínimo o caso é psiquiátrico. O figura ou a figura são esculachados o ano inteiro, tentam se enturmar e só se fodem. Chega o carnaval e se vestem de:  personagens de cinema blockbuster, seriado de TV à cabo e, como cantou Bezerra da Silva, “tão crentes que estão abafando”. Mas também o que esperar de uma juventude festiva, alegre e trigueira, sempre sorrindo que ao longo do ano sai na noite da cidade dizendo “vamos pra balada”? Já era, tá dominado…

Parabéns Rio de Janeiro, 450 anos, acabou-se o que era doce.

Cañamo, desligo!”

Flavão da Ilha do Amor

a bula do #115 (ou a certidão de morrissey & seus bluecaps)…

olha a felicidade de shogun com “new day rising” no colo!

que brasinha mais carnavalesca esse #115, hein?

muita História, muita lorotinha, muuuuita música, muita folia.

o papo com andré midani sobre o lançamento do smiths e a info, passada por ele, da possibilidade

da banda se apresentar no brasa, em 1986, está fazendo aTRIPA subir pelas paredes.

que momento!

segura a bula do #115…

iconili – “mulato”

café tacuba – “recuerdo prestado”

barrington levy – “under mi sensi”

tv on the radio – “repetition”

virginia rosa – “lamento da lavadeira”

miriam makeba – “chove chuva”

os paralamas do sucesso & jorge ben – “que maravilha”

the three johns – “do the square thing” (12″)

ed motta, roberto frejat & jimi hendrix – “up from the skies” (ao vivo no roNca roNca / rádio imprensa fm, em 13setembro2000)

tim buckley – “dolphins” (ao vivo)

tim buckley – “buzzin’ fly” (ao vivo)

primal scream – “kowalski”

husker du – “celebrated summer”

husker du – “new day rising”

edwin star – “war”

sly & the family stone – “fun”

sir victor uwaifo – “mother witch”

gilberto gil – “volkswagem blues”

andré midani falando sobre the smiths (ao vivo na rádio fluminense fm, em 10setembro1985)

the smiths – “this charming man” (BBC / peel session)

sun ra – “intergalactic motion”

ten years after – “love lika a man”

cadê o preto? cadê a cachaça?

Governador Valladares, como vai minha nega, tudo bem? Boi na sombra? Lombo ao vento, gente jovem reunida? Gov. my Gov. o negócio é o seguinte, toda vez que saio na rua (não digo todas as vezes, mas em 11 de cada 10) e a mocidade alegre grita “fala, Crioulo!”, eu me orgulho. Me orgulho de pertencer a maioria ampla, geral e irrestrita deste país, já que somos 70, 80% da população nas versões, preto, pardo, mulato, sarará, viado e crioulo propriamente dito. Por vir do negrume, crioulão com muita honra, fico fulo da vida quando perambulo pelos blocos de carnaval do Rio e só vejo coxinhas desfilando. Os pretos? Vendendo cerveja, dando porrada fantasiados de PM ou varrendo tudo como garis. Governadaço aço aço aço (como diria Fábio Stela Tela Tela Tela) o samba embarcou antes dos escravos nos navios. Quando nossos afroascendentes botaram os pés a bordo, os tamborins cantaram, o surdo fez tum-tum-tum e começou a orgia que um amigo seu ilustrou com essa FOTO do avião. Logo, o samba é preto, o jazz é judeu, a música eletrônica é viada, o blues é caucasiano, a música clássica é nazista, o maracatu é amarelo, enfim, Gov. my Gov. não tem esse papo de cada macaco no seu galho. A música não discrimina, não tem departamentos, tribos, grupinhos. Por isso, enquanto preto de alma branca pergunto a seus tímpanos: por que não tem crioulo no carnaval de rua do Rio? Por que quando ligo a TV só vejo coxinha, playboyzinho de boné e viseira, oclinhos Chilli Beans e sacolé de vodca Absolute na mão? Cadê o preto? Cadê a cachaça, governador Valladares? Todo mundo sabe que 97% dos frequentadores desses blocos são mulheres com teias de aranha nos intramuros da alma, não vêem uma jeba desde as filmagens de “Black Emanuelle”, samba-enredo paraguaio parodiando o clássico “Emmanuele” de  Just Jaeckin, viado campeiro que seu amigo Siri andou comendo. Talvez por isso, meus iguais pretos estejam fugindo desses blocos para não serem estuprados por essas taradas brancas, de óculos da moda, saronge no ventre e taparraca canibal que adoram currar afrodescendentes atrás de tapumes da Light. Convoco meus irmão de pele, “epiderme da alma” como canta Cássio Hélio, a opinarem aqui nessa tribuna livre (habbeus corpus), agora enquanto ainda. Ummagumma Ferrare – no iPhone roubado de um John Lennon do bloco Sargento Pimenta.

o #115 carnavalesco, hoje (ou como o the smiths nasceu no brasil)…

violência, brutalidade… informações inéditas ausentes de nossos ouvidos/corações há quase trinta anos… doideira, acredite!

você saberá, hoje, às 22h, aqui (roncaronca.com.br), como morrissey & seus bluecaps foram gerados nos trópicos.

IMPERDÍVEL… História inoxidável da Música “brasileira” contada pelo “pai de todos”… PQParille, casca!

na boa, umas das mais relevantes presenças no jumboteKo.

na boa (2), pode pedir o “dinheiro de volta” se o fato não transcorrer, logo mais, com a grandiosidade citada.

recomendo a presença a bordo de jornalistas, pesquisadores, antropólogos, paleontologistas, escavadores, coveiros…

+

TV on the radio, sir victor uwaifo, sly, iconili, virginia rosa, husker du, café tacuba… & o diabo A4.

o parto do smiths vale a fita K7… e como vale… zerada, claro.

iNtergalático…

Sun Ra (piano, clavioline))
Ahk Tal Ebah (trumpet, drum)
Kwame Hadi (trumpet, drum)
Ali Hassan (trombone, dum)
Teddy Nance (trombone, drum)
Bernard Pettaway (trombone)
Marshall Allen (alto sax, flute, oboe, drums)
Danny Davis (alto sax, flute)
Robert Cummings (bass clarinet)
Pat Patrick (baritone sax, flute, drums)
John Gilmore (tenor sax, drums)
Ronnie Boykins (bass)
Nimrod Hunt (drums)
James Jackson (drums, flute)
Clifford Jarvis (percussion)

Recorded live in New York City 1968

negativos & positivos (155) [“o misterioso casal”, em paris]…

como sempre, tem muita gente que aporta aqui (pela primeira vez) e fica meio sem entender o poleiro.

portanto, é bom informar que a série “negativos & positivos” mostra (basicamente) imagens que

jamais foram ampliadas por mim… consequentemente, nunca vistas pelos meus olhinhos.

cavucando uns negativos clicados no terraço da notre dame, esbarrei com essa fotoca que

me lembra um still de filme europeu (húngaro, romeno, tcheco) dos anos 60.

não tenho noção de quem seja o “misterioso/enigmático casal”…

notre dame (paris)  /  abril1981

aTRIPA viraNdo sem dar seta (ou a “roNcadora”, BLACK RYE INDIA PALE ALE)…

Assunto: #112, 113, 114 ou esmiuçando a bagaça 

“Salve maurição e toda a trupe batráquia da curadoria e afins!

Rapaz, sigo viajando na cápsula temporal do ronquinha soando freneticamente nos meus fones de ouvido.
/ bnegão sagaz demais! Desde o século passado nos porões das escolas técnicas do RJ que ele faz a minha cabeça. Aquele papo de ter disco por aí que salva uma vida é totalmente real!! Lembro até hoje do dia que botei o dark side of the moon pra rolar no toca-discos do meu pai e pirei!!! Acho que muita gente que tava ligado no programa lembrou de momentos como esse.

/ Carlos Moore não tem como sair da pauta: o cara é uma entidade!! A simplicidade do ôme é uma escola. Quando entrou o buena vista e eu sabia que ele tava no estúdio, literalmente abri o berreiro!!! Essa galera está na atividade do abano de uma responsa da música que é muito fodona!! Só quem sabe o que é uma banda de baile nos subúrbios, ou uma festa de soul em Irajá está ligado que escola é essa. Lembro do Robertinho Silva falando que dispensou o Milton Nascimento na primeira vez que recebeu o convite pra tocar com ele dizendo “tô muito bem na minha banda de baile”. E devia estar mesmo!

/ eu tava ouvindo o #114, na cozinha – porque eu sou quituteiro que nem o Shogum – quando vi que ia rolar o dueto do tom waits com o Alceu, deixei minhas panelinhas em fogo baixo, sentei e colei o radinho na minha orelhinha… Ai ai ai ai ai!!!! Que momento mediovágel!!!!
/ a vinheta do peninha é muito helpis! Dá pra sacar que a criança emendou mais uns dez minutos de fala depois do trecho que ficou. Ele já tava tomando ar pra disparar a matraca. Que figuraça! Cacete de agulha!!
/ esse papo de plágio tirando onda no grammy não é de hoje. Aquele tal do Aloe (e vera) Blacc chupou total a música “caminho do bem” do nosso São Sebastião em uma faixa que ele chamou de “soldier in the city”. Como os advogados do tim não são os mesmo do tom e nem do fluminense, ele não entrou como coautor do plágio.
/ alguém já ouviu falar de um tal de Pono? Vi o Neil Young fazendo propaganda desse aparelinho dizendo que é a melhor parada depois do vinil. Confere? Essa bagaça presta mesmo?
Besos!!! Cheers!!!!”
André
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Assunto: Programas
“Caro Mauricio

Ouvi recentemente os últimos programas- estava viajando- e achei-os excelentes.
Cada vez melhor. Apesar de ter achado o programa sobre o Basement Tapes assim como se em um universo paralelo, em uma dobra temporal imaginária, ouvíssemos o John Peel entrevistando o Oswald Mosley sobre, sei lá, Wagner. Acho esse Eduardo Bueno meio esquisito.
No entanto, o conteúdo muito bom.
Falou-se muito no Cream no final do ano, se der toca uma do Blind Faith.
E Ooh la la do Faces, acho que o único vocal do Ron Wood que me lembro.
Forte abraço”
Gerson
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Assunto: passapusso+alceu & tom+LKJ+zebrabeat 
“Oi Mauricio, beleza? O programa 113 com Carlos Moore foi realmente inoxidável, iluminado mesmo. Mas esse 114 não podia dar melhor seqüência.  Nada melhor que o bom e velho Ronca Ronca, virando sem dar seta, surpreendendo nossos ouvidos e fazendo gingar a alma. Que demais ouvir aquele sonzaço  do Pere Ubu seguido por Cássia Eller e depois Alceu Valença com Tom Waits, terminando com The Doors. Genial!
Muito grato!
Abração” Rodrigo
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Assunto: GRANDES MOMENTOS DO RONQUINHA
“Salve Mauval!!
Não pude deixar de pirar ao som desse momento antológico de de Alceu Valença e Tom Waits, gravado no roNca Tripa de agosto de 1990….Não deu pra deixar passar em branco, então fiz isso aí!!!
É a tossida interferindo forte!!
É só clicar no link …
Cheers!!”
Charles
Maceió-AL
+
Assunto: Novidades daqui de riba!
“Mauriçoca, meu amigo, boa tarde!

Estou aqui fabricando meus equipamentos cervejeiros e ouvindo o RoNca, daí me lembrei de te passar aduas situações importantíssima! Segura:
– brassei na madrugada da segunda feira última passada o protótipo da prometida RoNcadora, uma bela duma BLACK RYE INDIA PALE ALE, que vai ficar uma delícia, tenho certeza. Feita com malte pale ale alemon, malte torrado igualmente germânico, lúpulos cítricos de variedade americana (Centennial e Cascade) e com um toque de centeio pra aveludar o final do gole, vai ficar sinistra, é esperar pra ver! Mando foto do processo pra você e Shogun darem um confere.
– informo ao amigo que no próximo dia 25/02 tô embarcando num bião com a turma toda rumo ao aprazível balneário de Coimbra, onde passaremos pelo menos os próximos 4 meses e meio, aprontando muito por lá, e ouvindo sempre o RoNca, com certeza, comendo muito bolinho de vacalhau e catando disquinhos pela terra de Vasco da Gama… né moleza não.
Simbarerê!”
André Nader

provocativo, profundo, extraordinário…

Shadows In The Night, 36º álbum de estúdio de Bob Dylan, estreou em 1º na parada Top Rock Albums, da Billboard. O disco teve 50 mil cópias vendidas na primeira semana, de acordo com a Nielsen Music.

O álbum também chegou à 7ª posição no Billboard 200, quase 50 anos após a primeira aparição de Dylan no Top 10. Bringin It All Back Home (1965) entreou nas dez mais em 29 de maio de 1965.

Shadows também chegou ao topo da parada Vinyl Album, com quatro mil cópias comercializadas. O trabalho é uma coleção de covers de clássicos do pop americano feitas pelo lendário músico.

O último disco de inéditas de Dylan, Tempest (2012), chegou ao 3º lugar tanto do ranking de rock quanto do Billboard 200.

muita espontaneidade no sabadão de momo…

D+!

essa fofinha chamada julie tippetts também é conhecida como julie driscoll

a lenda que gravou com brian auger (e tantos outros)… casca!

e a MEGA desorientação “cabeleira altíssima” do batera john stevens?

aliás, caso você queira mandar pro roNca o disco (cd ou Lp)…

por favor, basta utilizar o endereço…

caixa postal 33165

cep 224490-970

R.J

agradecido!

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