batatando…

há tempos venho com uma batataça carcomendo minhas idéias.

converso com uma penca de gente interessada em música/comunicação… e a creca só aumenta!

ainda mais, às vésperas do record store day!

não vou ficar chovendo no molhado de como a relação com os sons, atualmente, tem a profundidade de um dedal…

claro que temos muitos & muitos exemplos foreta desta gaveta, há três deles logo ali embaixo!

mas o que me assombra, sobretudo no brasa, é a impiedosa “logística” de tranformar música em algo desprezível.

dias desses, na TV, num canal especializado em música, testemunhei como qualquer som/artista é colocado ao lado de outro sem nenhuma ligação entre eles.

tipo, aparece um clip da madonna, depois uma entrevista com o supercordas, que dá espaço a um nome do sertanejo, que é seguido do motorhead… e depois, legião, zeca pagodinho, alguma coisa disco, claudia leite, pink floyd, charles brown, barão, beyonce…

enfim, música passou a ser qualquer emissão de som.

basta você perceber como são as campanhas publicitárias envolvendo “música”.

por essas – e outras – hoje em dia, todo mundo está com um fone nas orêia.

a onda sonora se transformou num gigantesco tsunami de nota$… todo mundo ouve qualquer coisa…

o que poderia ser muito bom, só que ninguém sabe o que está ouvindo!

palavras como referência / exigência / qualidade foram arrancadas do dicionário.

recentemente, na pastelaria, um chapa proferiu:

– tempos atrás, música era música, com suas associações normais e corriqueiras. tempos depois, música virou um produto, perdeu as conexões originais e passou a ser vista como uma sandália… e as consequências, a gente conhece. mais recentemente, música passou a ser um serviço, sem cara, sem autor, sem história, sem eira nem beira!

mamãe!